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domingo, 24 de dezembro de 2023

ALEXANDRE



Alexandre não recebeu o epíteto de O Grande sem merecer, pois foi um grande general e um exímio estrategista de guerra. Após o assassinato de seu pai ele continua os projetos de seu pai e avança para a Pérsia, derrotando seu último soberano que foi Dário III, aos dezoito anos, Alexandre já é um dos principais Generais de seu Pai Felipe na Batalha de Queronéia, aos vinte anos ele já é um grande Imperador. Alexandre era muito culto, assim como fora seu Pai Felipe, pois Alexandre teve como professor o Filósofo Aristóteles, o maior filósofo de sua época.

Alexandre expandiu o Império Macedônico iniciado por seu pai conquistando a Ásia, África, Império Persa, Fenícia, Egito e parte da Índia, ele queria chegar até o Rio Ganges e quem sabe cruzá-lo, mas suas tropas não quiseram, pois estavam cansados de tantas conquistas e desejavam chegar em casa.

Alexandre espalhou a cultura helênica por todo seu vastíssimo império, helenizando todo o mundo antigo. Por outro lado, seu gênio forte, bebidas e festas em demasias, fizeram com seus generais e amigos de infância brigassem entre si, isso aconteceu por vários motivos:

a) eles estavam a mais de uma década longe de casa e queriam voltar, pois já estavam fartos de guerrear

b) Alexandre casou-se com Roxana, Parisátide II e Estatira, mulheres estrangeiras e não teve um filho macedônio ou grego legítimo.

c) Alexandre mandou executar alguns amigos de infância por vários motivos, e, isto baixou o moral de seus conhecidos.

d) a morte de seu amante Heféstio em 324 a.C.  causou muita tristeza e indignação, fazendo-o a entregar-se mais ainda à bebida

Com estes problemas gratuitos, Alexandre não soube administrar a paz em seu reino, e depois de mais uma noite de bebedeiras e exageros, ele amanhece doente, sua febre dura algumas semanas, fazendo-o falecer poucos dias antes de completar 33 anos no mês de junho de 323 a.C. Especula-se que ele morreu assassinado.

Como Alexandre não determinou um herdeiro, seus generais e amigos de infância Alexandre não determinou um herdeiro, seus generais guerrearam entre si pelo domínio do Império e o dividiram.

Ptolemeu ficou com o Egito

Cassandro com a Macedônia e a Grécia

Lisímaco com parte da Península da Anatólia e da Trácia

Selêuco com os territórios da Mesopotâmia e do Império Persa

Esses generais, seus descendentes e outros governadores de províncias estavam constantemente em guerra entre si tentando reestabelecer o Império de Alexandre em toda a sua magnitude. Assim, por exemplo, com a morte de Lisímaco, um de seus oficiais tomou o que restou de seu Império na Anatólia, em torno da cidade de Pérgamo e deu origem a dinastia Atálida.

Essa divisão política acabou permitindo que os romanos, entre os séculos II e I a.C., dominassem estes reinos. Vários traços da cultura grega acabaram sendo absorvidos nesse novo processo de dominação. Dessa forma, a civilização grega vivenciou a última etapa da sua história na Antiguidade.

 

sábado, 23 de dezembro de 2023

BATALHA DE QUERONEIA



A Batalha de Queroneia ocorreu no dia 2 de agosto de 338 a.C. Foi a batalha mais importante travada pelo então rei da Macedônia, Filipe II.

O rei macedônio lutava pela expansão territorial de seu reinado e a consequente integração das cidades-estado gregas, que ficariam unificadas sob o comando da Macedônia. Para compreendermos a importância dessa batalha, temos que entender o contexto em que ocorreu o empreendimento expansionista de Filipe II.

Filipe assumiu o reino da Macedônia em 359 a.C., época em que a Macedônia estava subjugada pelos Ilírios, povos indo-europeus que haviam ocupado parte da Península Balcânica. Uma das primeiras ações político-militares de Filipe foi justamente promover a libertação de seu reino, guerreando com os Ilírios. Desde o início, portanto, Filipe II deu um caráter belicoso (propenso à guerra) ao governo. O projeto que sucedeu à libertação da Macedônia foi o de conquista das outras cidades-estado gregas, começando por aquelas que tinham potencial de reação mais baixo que as duas mais poderosas, Atenas e Tebas.

A política de expansão de Filipe ocorreu em uma época em que a Hélade havia enfrentado um período turbulento com a chamada Guerra do Peloponeso, um conflito interno entre as principais cidades gregas, que lutavam pela hegemonia política. Essa guerra durou o longo período de 431 a 404 a.C. As principais cidades-estado, Esparta, Atenas e Tebas, demoraram para conseguir sua recuperação e, ainda assim, continuaram, nas décadas seguintes, à frente de conflitos menores com cidades sob sua influência.

Esse cenário acabou por favorecer a Macedônia, que passou a ocupar cidades menores, como Elateia e Anfissa, demonstrando seu poderio militar para toda a Hélade. Em seguida, Filipe II e seu exército ocuparam Queroneia, cidade próxima a Tebas. Sabendo do avanço intermitente de Filipe, Tebas e Atenas, que haviam sido rivais na Guerra do Peloponeso, aliaram-se para confrontá-lo, marchando também para a cidade de Queroneia. Entretanto, essa grande ofensiva de Tebas e Atenas, que ocorreu em 3 de agosto de 338 a.C. mas não tiveram sucesso. O exército poderoso de Filipe conseguiu acabar com as defesas das duas grandes cidades-estado e estabelecer o domínio completo sobre a Grécia Antiga.

Após conquistar os Helenos, Felipe se organizou para conquistar o Reino da Média, mas morreu assassinado antes de executar seu projeto.

As conquistas de Filipe II foram o primeiro passo para a construção do Império Macedônico, que seria comandado por seu filho, Alexandre Magno, que, participou da Batalha de Queroneia como general de cavalaria, aos 22 anos.

 

FELIPE II DA MACEDÔNIA



Felipe da Macedônia era filho do Rei Amintas III da Macedônia e filho de Arrideu, Amintas III reinou na Macedónia em 393 a.C., e novamente 392-370 a.C. até ser assassinado por Ptolomeu Alorita, o usurpador do trono macedônico.

Felipe da Macedônia não era apontado para ser rei, pois ele tinha dois irmãos mais velhos que foram Alexandre II da Macedônia, que reinou de  370 a.C. a 368 a.C., após o assassinato do seu pai Amintas III. Alexandre II reinou somente 2 anos, pois morreu assassinado por Ptolomeu Alorita durante uma festa.

Ele tinha outro irmão mais velho que era Pérdicas III que reinou em lugar de seu irmão assassinado. Pelos cálculos de Jerônimo de Estridão, Pérdicas reinou por seis anos, de 368 a.C. a 362 a.C. mas como era muito novo para governar, o oportunista Ptolomeu Alorita governou como regente. Mas seu reinado durou somente quatro anos, que foi de 372 a.C. a 368 a.C. pois Pérdicas matou-o e tomou o trono.

Ptolomeu Alorita, era um ambicioso aristocrata macedônio, sem ter consciência, colaborou para o desenvolvimento militar do Estado nos anos seguintes ao planejar o assassinato do rei Amintas, neto de Alexandre I, por volta de 370 aC.

Felipe era muito jovem para assumir o trono, então o próprio Ptolomeu Alorita tornou-se o novo regente da Macedônia. Nessa mesma época, os tebanos quebraram a hegemonia espartana vencendo em Leuctras, e Tebas se tornaria a cidade-estado mais poderosa da Grécia. Atento a isso, Ptolomeu, desejando aproximar-se de Tebas e afastar possíveis pretendentes ao trono da Macedônia, ofereceu aos tebanos alguns distintos reféns macedônios.

Entre eles estava o futuro rei Filipe II, na época com 15 anos. Filipe viveu em Tebas sob a tutela de Panmenes, amigo próximo do histórico general Epaminondas. Aos 24 anos, Filipe assume o trono da Macedônia. Ele enfrentou forte oposição de concorrentes que almejavam sua posição, entretanto aprendeu a usar de grande capacidade diplomática, poder de persuasão e de intimidação para assegurar seu trono.

A Filipe atribui-se uma série de mudanças dentro do Exército macedônico, que o fizeram mais eficiente e profissional, como a instalação de um núcleo de soldados permanentes profissionais e alto investimento na formação de engenheiros para o desenvolvimento de técnicas de sítio, exaltadas e copiadas na época até por seus críticos. Filipe inovou também no posicionamento da cavalaria macedônica, que costumava apresentar-se em formação linear, e passou a usar a forma de cunha. Essa novidade possibilitou uma mudança mais rápida de direção e, também, explorar melhor os buracos no Exército inimigo.

A nova formação da cavalaria tornou-se tendência em toda a Grécia e marca o momento em que ela assume um papel mais decisivo nas estratégias militares gregas, passando a ser temida por todas as infantarias. Com Filipe a infantaria macedônica ganhou força e destaque, com o desenvolvimento dos perzhetaroi, o famoso batalhão do seu Exército.

Apesar de terem, de fato, se desenvolvido a partir de Filipe, os perzhetaroi foram criados anos antes por Alexandre I. Foi com Filipe que os homens que compunham esse contingente foram tão bem preparados e passaram a ter como arma principal a sarissa, lança de longo alcance com cerca de 4 metros. Filipe instaurou um forte regime disciplinar sobre seus soldados. Há relatos de marchas forçadas de 300 estádios olímpicos que o rei impunha aos seus comandados, que, ainda, deviam carregar às pelta (escudos) e as sarissa no trajeto.

Todas as inovações trazidas por Filipe possibilitaram à Macedônia controlar melhor suas fronteiras e expandir sua influência por toda a Grécia. A vitória na batalha de Queroneia, em 338 a.C. contra uma aliança de cidades-estados gregos liderados por Atenas e Tebas, deu à Macedônia uma posição central na política grega e tornou-se Filipe o senhor da Grécia. Dessa forma, o rei firmou a criação da chamada Liga de Corinto (apenas Esparta não entrou para a Liga), com a qual se organizou, anos depois, a expedição à Pérsia, que teria como líder Alexandre, o Grande.

O reinado de Filipe significou uma ascensão meteórica do reino da Macedônia, que até então não passava de uma periferia do mundo grego. Filipe morreu no outono do ano de 336, dando início ao reinado de seu filho Alexandre, o Grande. O rei dos macedônios foi assassinado em meio a um festejo, por Pausânias, seu claro amante. A causa do assassinato permanece obscura. Alguns alegam a participação da mãe de Alexandre, Olímpia, que desejava que o filho subisse logo ao trono, pois Filipe havia se separado dela e poderia ter outros herdeiros.

A morte prematura o impediu de dar início ao seu grande gol, conquistar o Império Persa. Para esse capítulo a História reservou um papel especial ao seu filho Alexandre,

que pelo sucesso alcançado na Ásia se tornou o maior conquistador da Antiguidade.

Felipe II foi muito maior que seu filho Alexandre, pois ele causou revolução e mudanças no exército de seu país e de seu novo império. Ele derrotou toda a Hélade e fez todos os preparativos, planos e táticas para conquistar a Média. Seu filho Alexandre teve felizmente a felicidade de herdar tudo de mão beijada e aproveitou a ocasião, lógico que Alexandre é um exímio líder militar, mas seu pai é quem deveria ter a alcunha de O Grande, pois ele revolucionou a arte da guerra de seu reinado no mundo antigo.

 


BATALHA DE ELEUCTRA - TEBAS X ESPARTA


Após a Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.) entre Atenas e Esparta, resultou na vitória de Esparta. Esta situação seria interrompida após alguns anos pela revolta da cidade de Tebas, que ficou indignada por Esparta se unir aos Persas que eram inimigos de toda Hélade. Além de fazerem acordo com o inimigo, Esparta deu as cidades gregas da costa da Turquia para os Persas, o que era revoltante para Tebas e para outras cidades Helênas.

A guerra de Tebas contra Esparta aconteceu em  Leuctra no mês de Julho de 371 a.C. que foi vencida por Tebas com o seu Batalhão Sagrado de Tebas.

O Batalhão Sagrado de Tebas foi um ma das mais emblemáticas e importantes tropas militares da Grécia Antiga, o Batalhão Sagrado de Tebas era um selecionado de soldados de elite, composto por 300 homens, que inovou as táticas militares da época e venceu Esparta na Batalha de Leuctra, expulsando o exército espartano do território, mesmo estando em desvantagem numérica, no ano de 375 antes da era comum. Junto ao grande talento militar, o Batalhão Sagrado se destaca na história por ser formado exclusivamente por amantes do mesmo sexo: o exército de 300 homens era formado por 150 casais homossexuais.

Entre homens e jovens, os pares no batalhão frequentemente reuniam um mestre e seu aprendiz, em aproximação que, sem tabus, era considerada parte importante do crescimento de um jovem cidadão na sociedade grega de então. Essa conexão profunda – não somente amorosa e sexual, mas também pedagógica, filosófica, de orientação e aprendizado – era justamente vista como arma para o campo de batalha, tanto no entrosamento entre os soldados, quanto para a proteção do grupo durante os conflitos, como um elemento adicional ao conhecimento tático e de batalha propriamente.

Acredita-se que o Batalhão Sagrado de Tebas tenha sido estabelecido pelo comandante Górgidas no ano de 378 AEC, para proteger a cidade-estado grega de eventuais invasões ou ataques. O filósofo grego Plutarco, no livro A Vida de Pelópidas, descreveu a tropa como “um grupo cimentado pela amizade baseada no amor é inquebrável e invencível, já que os amantes, envergonhados de serem fracos à vista de seus amados, e os amados diante de seus amantes, de bom grado se arriscam para o alívio um do outro”.

Foi o Batalhão quem inovou a tática militar utilizando a “ordem oblíqua”, quando um dos flancos de batalha é especialmente reforçado, na inesperada vitória da Batalha de Leuctra, liderada por Epaminondas. Após o período de hegemonia tebatana, o Batalhão Sagrado de Tebas foi aniquilado por Alexandre, o Grande, quando ainda era liderado por seu pai, Filipe II da Macedônia, na Batalha de Queroneia, no ano de 338 a.C.

A Batalha de Eleuctra foi registrada pelo militar, historiador e filósofo Xenofonte de Erchia em seu livo intitulado Hellenica.

 

GUERRA DO PELOPONESO


Atenas saiu totalmente vitoriosa com a guerra contra os Medos, uma vez que Esparta covardemente não participou da Primeira Guerra Médica em Maratona com a desculpa esfarrapada que teria o festival religioso da Carnéia, não teve tanta moral quanto Atenas tinha, por esse motivo, ganhando as Guerras Médicas quase que sozinha, Atenas tinha moral suficiente para se impor diante a união dos Helenos para se precaverem contra uma possível nova invasão estrangeira. No ano 478 a.C. é feita a Liga ou Confederação de Delos, o ateniense Aristides, o Justo, organizou a força marítima da liga.

A cidade de Esparta e suas aliadas do Peloponeso no primeiro momento entraram na liga, mas depois consideraram que o perigo tinha passado e a abandonaram a liga de Delos para formas a sua própria liga na região do Peloponeso, saindo da Liga de Delos Esparta foi responsável por criar a Liga do Peloponeso, que fazia oposição à Atenas.

Atenas desvirtua a Liga de Delos e passa a coagir os antigos aliados ao pagamento de tributos, além de impor seu modelo de sistema político, a democracia.

A cidade de Esparta e suas aliadas do Peloponeso no primeiro momento entraram na liga, mas depois consideraram que o perigo tinha passado e a abandonaram a liga de Delos para formas a sua própria liga na região do Peloponeso, Esparta e algumas outras cidades reclamavam da tirania ateniense, com isso, Esparta e as cidades da região do Peloponeso saem da Liga de Delos, e comandadas por Esparta a Liga do Peloponeso é criada no ano 550 a.C.

O crescimento de poder de Atenas começa a causar medo às outras cidades-estados, que viam sua soberania ameaçada pelas imposições políticas e tributárias atenienses, assim como por ela estar acumulando cada vez mais recursos e controle, tornando-se uma força quase impossível de ser combatida. A situação grega se torna insustentável, empurrando Esparta ao conflito e à guerra, lembrando que ela era uma sociedade completamente voltada para a preparação militar de seus meninos e homens, então o conflito como solução à ameaça de sua soberania era esperado.

A consequência para o surgimento dessas novas contendas vai ser a Guerra do Peloponeso, conflito militar que durou entre os anos de 431 a 404 a.C. e se deu entre Atenas e Esparta, Esparta tinha cidades gregas fortes como suas aliadas, tais como Tebas e Corinto, no que ficou conhecida como a Liga do Peloponeso. Tratou-se de uma luta fratricida entre cidades gregas, que anos antes tinham lutado como aliadas contra um inimigo em comum, que eram os Medos (Persas), mas que agora viam na guerra a única solução para o seu confronto de ideias. A Guerra do Peloponeso foi a maior guerra da Hélade antiga (Grécia Antiga) o escritor, historiador e filósofo Tucídides nos informa esta guerra foi como nenhuma outra do mundo Helênico. As cidades começam a ver a democracia como uma forma tirânica de controle, que lhes tirava soberania e independência (era somente uma forma que Atenas encontrou para suprir seus desejos de poder e riqueza).

Por outro lado, a cidade de Esparta, que era a maior e a mais poderosa cidade da região do Peloponeso, começou a ficar cruel com as cidades que lhe eram subalternas. Esparta oprimia estas cidades, para  fazer prevalecer seu poderio político, econômico e militar.

Nesse momento, o sistema democrático passa a ser um símbolo e uma ferramenta da supremacia ateniense, causando a bipolarização do mundo Helênico em dois modelos de sistema político, a democracia de Atenas e a oligarquia Espartana.

Esparta passa então a lutar em nome da independência e contra a democracia, e foi justamente essa ameaça a sua liberdade que as pólis do Peloponeso vão usar como argumento para a legitimação da guerra, pregando que estavam lutando pela liberdade de todos os gregos.

Esparta tinha ao seu lado grandes potências militares, como Tebas e Corinto, a cidade de Atenas tinha as cidades que apenas pagavam tributos, mas que não tinham poderes militares como tinham as cidades de Esparta, Tebas e Corinto. Atenas lutou sozinha contra estas cidades poderosas.

A Guerra do Peloponeso durou 27 anos, e ao longo destes 27 anos de guerra, Esparta e suas poderosas cidades aliadas não conseguiram vencer Atenas, que lutava praticamente sozinha contra esta poderosa coalizão. Esparta sabia que não iria vencer os aguerridos Atenienses, vendo que a guerra se demorava  por demais, os Espartanos buscam ajuda de um país poderoso, que haveria de mudar a balança ao seu favor, estes poderosos eram os Persas, isso mesmo, Esparta fez acordo comercial e militar com o antigo inimigo estrangeiro para vencer seus compatriotas Atenienses.

Nesse acordo, Esparta entregaria as colônias gregas (cidades gregas) que estão na Turquia para os Medos (Persas) e os Medos entregam navios para os Espartanos derrotar seus compatriotas Atenienses. Esparta não era páreo para os Atenienses no mar e nem tinham experiência naval para superar Atenas.

Atenas luta sozinha por 27 anos contra Esparta, Tebas e Corinto e consegue se manter firme contra esta coalizão, agora teria que enfrentar a frota Pérsia, com tantas frentes a confrontar, Atenas não teve força para suportar estes ataques, para finalizar, uma praga (doença) se acometeu na cidade de Atenas, matando centenas de cidadãos atenienses. Com todos estes infortúnios, Atenas sai derrotada em 404 a.C., o século de Péricles, caracterizado pelo apogeu de Atenas e pela fundação da democracia, foi destruído nessa guerra. Esparta e suas aliadas saíram vitoriosas, mas enfraquecida por conta da longa duração da guerra e do esforço empreendido.

A Guerra do Peloponeso marcou o fim do Período Clássico da Grécia Antiga. Marcou também a invasão dos macedônicos liderados por Filipe II e, após sua morte, pelo seu filho Alexandre, o Grande.

A cultura grega que se consolidou em seu território foi levada para outras regiões e misturou-se com as culturas de outros povos. Esse contato da cultura grega com culturas estrangeiras foi chamado de helenismo.

 

Referências Bibliográficas:

FUNARI, P. P. Grécia e Roma. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2002. (Coleção Repensando a História).

MAGNOLI, D. (Org.). História das guerras. 4. ed. São Paulo: Contexto, 2009.

GONÇALVES, F. J. A. P. e C. O crescimento do império ateniense e o medo causado em Esparta: o efeito “spill over” da democracia. Revista Militar, Lisboa, n. 2497/2498, fev./mar. 2010. Disponível em: https://www.revistamilitar.pt/artigo.php?art_id=552#_ftn1. Acesso em: 28/11/2020.

LIGA DO PELOPONESO



O Reino da Média, que era o maior império do mundo, por duas vezes tentaram dominar a Hélade, temendo uma outra invasão de alguma outra nação, os Helenos resolveram se ajudar. A cidade de Atenas saiu totalmente vitoriosa com a guerra contra os Medos, uma vez que Esparta covardemente não participou da Primeira Guerra Médica em Maratona com a desculpa esfarrapada que teria o festival religioso da Carnéia, não teve tanta moral quanto Atenas tinha, por esse motivo, ganhando as Guerras Médicas quase que sozinha, Atenas tinha moral suficiente para se impor diante a união dos Helenos para se precaverem contra uma possível nova invasão estrangeira. No ano 478 a.C. é feita a Liga ou Confederação de Delos, o ateniense Aristides, o Justo, organizou a força marítima da liga.

A cidade de Esparta e suas aliadas do Peloponeso no primeiro momento entraram na liga, mas depois consideraram que o perigo tinha passado e a abandonaram a liga de Delos para formas a sua própria liga na região do Peloponeso, saindo da Liga de Delos Esparta foi responsável por criar a Liga do Peloponeso, que fazia oposição à Atenas.

Atenas desvirtua a Liga de Delos e passa a coagir os antigos aliados ao pagamento de tributos, além de impor seu modelo de sistema político, a democracia.

A cidade de Esparta e suas aliadas do Peloponeso no primeiro momento entraram na liga, mas depois consideraram que o perigo tinha passado e a abandonaram a liga de Delos para formas a sua própria liga na região do Peloponeso, Esparta e algumas outras cidades reclamavam da tirania ateniense, com isso, Esparta e as cidades da região do Peloponeso saem da Liga de Delos, e comandadas por Esparta a Liga do Peloponeso é criada no ano 550 a.C.

Com o poder concentrado em Atenas, que cobrava altas taxas de impostos e que formou uma democracia estável, a disputa pelo poder interno fez com que outras cidades-estado, especialmente as de regime oligárquico, se unissem. Assim, foi formada a Liga do Peloponeso, liderada por Esparta, que contestou a concentração de poder ateniense e era formada um povo altamente militarizado e com educação rígida.

A principal diferença entre as ligas, além da cidade central, Atenas e Esparta, era a cobrança de impostos. Enquanto Atenas abusou das cobranças, levantando fundos para as construções urbanas que a transformaram em centro cultural pulsante, a Liga do Peloponeso comandada por Esparta não exigia o pagamento de tributos, e vivia com contribuições variadas, mas não obrigatórias. Formaram um exército forte, que saiu vitorioso em muitas batalhas, como na Guerra do Peloponeso.

O foco principal da Liga do Peloponeso era garantir proteção e segurança às cidades-estado que dela participavam. Na organização da Liga somente Esparta tinha o poder e o direito de convocar o congresso. Esparta também não precisava seguir as decisões tomadas. A organização era dividida em: Assembleia e Congresso dos Aliados. A Assembleia era formada pelos espartanos, enquanto o Congresso dos Aliados era formado por representantes de cada cidade-estado aliada à Esparta.

Assim, o mundo grego foi dividido entre dois poderes: Esparta e Atenas. O conflito entre as duas cidades, ou entre as duas Ligas, ficou conhecido como Guerra do Peloponeso, que durou de 431 a.C. a 404 a.C., e foi narrada pelo   Filósofo e Historiador Tucídedes que nasceu em 460-395 a.C. na cidade de Halimus.

A Guerra do Peloponeso foi vencida por Esparta e marcou o declínio da hegemonia ateniense.

 

LIGA DE DELOS



O Reino da Média que era o maior império do mundo, por duas vezes tentaram dominar a Hélade, temendo outra invasão de alguma outra nação, os Helenos resolveram se ajudar. A cidade de Atenas saiu totalmente vitoriosa com a guerra contra os Medos, uma vez que Esparta covardemente não participou da Primeira Guerra Médica em Maratona com a desculpa esfarrapada que teria o festival religioso da Carnéia, não teve tanta moral quanto Atenas tinha, por esse motivo, ganhando as Guerras Médicas quase que sozinha, Atenas tinha moral suficiente para se impor diante a união dos Helenos para se precaverem contra uma possível nova invasão estrangeira. No ano 478 a.C. é feita a Liga ou Confederação de Delos, o ateniense Aristides, o Justo, organizou a força marítima da liga.

A Liga de Delos ou Confederação de Delos era comandada por Atenas, formada a Liga de Delos, Atenas, passou a estipular contribuições que as cidades-estados deveriam fazer à coletividade, para ser dada continuidade a guerra contra os persas, ou contra um possível outro invasor. O nome dessa união Helênica conhecido como Liga de Delos (nomenclatura que foi dada modernamente) e se deve ao fato que o tesouro em comum era, inicialmente, salvaguardado na ilha de Delos, localizada no Mar Egeu, dentro do templo dedicado a Apolo. Juntas, as pólis (cidades) conseguiram somar valores suficientes para combater e resistir aos Medos. A contribuição à liga poderia ser feita por meio de soldados, barcos ou material que servisse para a resistência militar Helênica.

Com o tempo, Atenas transfere o tesouro de Delos para Atenas, a cidade de Delos não gostou da ideia, mas não tinha muito o que fazer, uma vez que Atenas era a cidade mais forte de toda Hélade nesse período. Atenas forçou as cidades-estado aliadas a continuarem na liga, e transformou a contribuição de dinheiro em impostos forçados.

Em 450 a.C., o tesouro da liga foi transferido de Delos para Atenas. Parte do dinheiro da liga foi gasto na reconstrução de Atenas, que atingiu seu máximo esplendor e transformou-se num império marítimo e comercial durante o governo de Péricles, que também foi responsável pela construção do Partenon. Este período é conhecido como o Século de Péricles, onde o comandante de Atenas, aproveitando a riqueza da cidade de Atenas com o lucro gerado com a Liga de Delos, investiu o dinheiro em educação, saúde, artes, reformas e benfeitorias que possibilitassem a melhoria da cidade, o aumento da escravidão em Atenas foi considerável nesse período, houve também muitos investimentos para os filósofos, sob o comando de Péricles, a filosofia Ateniense alcançou patamares jamais alcançados, Atenas era na época a cidade mais culta do mundo.

Atenas ganhava muito poder e arrecadava muitos impostos (dinheiro) com a Liga, tornava-se difícil sair dela sem contrariar Atenas. Além disso, a forma de arrecadação pesava para as cidades que compunham a Liga: as cidades de grande porte contribuíam com o envio de tropas e navios, enquanto as cidades menores ficavam responsáveis por contribuições em forma de impostos.

O crescimento de poder de Atenas começa a causar medo às outras cidades-estados, que viam sua soberania ameaçada pelas imposições políticas e tributárias atenienses, assim como por ela estar acumulando cada vez mais recursos e controle, tornando-se uma força quase impossível de ser combatida. A situação grega se torna insustentável.

Atenas desvirtua a Liga de Delos e passa a coagir os antigos aliados ao pagamento de tributos, além de impor seu modelo de sistema político, a democracia.

A cidade de Esparta e suas aliadas do Peloponeso no primeiro momento entraram na liga, mas depois consideraram que o perigo tinha passado e a abandonaram a liga de Delos para formas a sua própria liga na região do Peloponeso, Esparta e algumas outras cidades reclamavam da tirania ateniense, com isso, Esparta e as cidades da região do Peloponeso saem da Liga de Delos, e comandadas por Esparta a Liga do Peloponeso é criada, e esta liga fazia oposição à Atenas.

A acirrada disputa entre as duas ligas, A Liga de Delos e a Liga do Peloponeso e principalmente entre as duas cidades, Atenas e Esparta faz com que a guerra entre as duas cidades, esteja por acontecer. O barril de pólvora, está por explodir.

GUERRAS MÉDICAS - A BATALHA DE PLATÉIA

 


Dessa vez o território era aberto e os gregos não poderiam contar com proteções naturais como tinham feito nas outras batalhas. Mas os persas também estavam em desvantagem: seus melhores homens tinham morrido em Salamina e não poderiam contar com nenhum tipo auxílio, por mar ou por terra.

A batalha de Plateia (julho de 479 a.C.) iniciou-se quando Mardônio, general Medo, sobrinho de Dario I e primo do Rei Xerxes ordenou o ataque, pois acreditou que uma das falanges gregas estava se retirando, quando na realidade estava somente fazendo uma mudança de posição. Pausânias de Esparta, militar dos mais brilhantes, comandando o maior contingente militar que a Hélade reuniu em toda sua história, aniquilou os inimigos.

Os espartanos atacaram impiedosamente os persas: 50 mil homens do exército persa foram mortos no local, inclusive o próprio Mardônio, enquanto o restante bateu em retirada, morrendo outros milhares durante a fuga.

Logo em seguida, navios gregos partiram em direção a Ásia Menor. Em agosto aconteceu a batalha de Micale, na qual os gregos destruíram a armada persa e libertaram as cidades jônicas, pondo fim a ameaça do Império Persa sobre os gregos.

Xerxes desistiu de seus planos imperialistas sobre o Ocidente. O pequeno contingente militar grego venceu o imenso exército formado por vários povos submetidos aos persas. As Guerras Médicas entraram para a história militar exatamente por que a vitória grega parecia impossível. A determinação política e militar deu ao exército grego sua unidade e seu motivo para o combate.

Mas foi a forma extremamente violenta de os gregos travarem seus combates que lhes rendeu a vitória final. Um banho de sangue marcou a derrota da Pérsia. E essa maneira de combater, a "batalha decisiva", serve de modelo aos exércitos do mundo, até nos dias de hoje.

Xerxes ou Assuero se casou com a Ester da Bíblia, com a derrota nesta segunda guerra médica, Xerxes morre assassinado, seu filho Artaxerxes reina em seu lugar. 

GUERRAS MÉDICAS - A BATALHA DE SALAMINA

 


Poucos dias após a derrota em Termópilas, um vendaval afundou um número considerável de embarcações persas, o que possibilitou aos gregos a vitória sobre a marinha inimiga na batalha de Artemisium (agosto de 480 a.C.).

Xerxes avançou pela Hélade, tomando e incendiando Atenas. Temístocles estava decidido a tentar uma estratégia para reconquistar sua pólis: atrair a marinha persa para um estreito canal, de 2 km de largura, entre a ilha de Salamina e o continente e, assim, poder vencer a armada inimiga. Os espartanos resistiram em aceitar tal plano, pois queriam uma fortificação no istmo de Corinto, que defenderia o Peloponeso (sul da Grécia).

Heródoto narra um discurso de Temístocles: "Se vocês enfrentarem o inimigo no istmo, lutarão em águas abertas, o que será uma enorme desvantagem para nós, já que nossos navios (...) estão em menor número. Além disso, perderíamos Salamina, Megara e Égina, mesmo que fossemos vitoriosos ali".

Os espartanos foram convencidos. Temístocles enviou secretamente um escravo de confiança até Xerxes, que fez com os persas acreditassem que a marinha grega estava amedrontada, pronta para fugir. Xerxes mordeu a isca e avançou para Salamina.

Estima-se que 360 embarcações gregas enfrentaram mais de 600 embarcações persas na batalha de Salamina (setembro de 480 a.C.), considerada a mais mortal das batalhas navais travadas na história. A armada persa não tinha espaço para se locomover, enquanto os gregos manobravam rapidamente e atacavam os persas com seus aríetes. E como Xerxes acreditava que várias embarcações gregas bateriam em retirada, ordenou que a experiente armada egípcia esperasse ao longe, o que piorou em muito sua situação.

Depois de oito horas de combate, o mar estava coberto por destroços de navios e corpos lacerados. Calcula-se que 40 mil homens, 1/3 dos marinheiros persas, morreram afogados. Xerxes, que assistiu sua derrota sentado num trono próximo à água, poucos dias depois voltou a Pérsia, deixando Mardônio responsável pela retirada de suas tropas para a Tessália, de modo a ali se reorganizar e tentar nova investida contra os gregos no ano seguinte.

Mardônio se refugiou na Tessália e em poucos meses marchou novamente em direção ao sul, acampando em Plateia, na Beócia, com seus 250 mil homens. Do outro lado, sob a liderança de Pausânias, general espartano, e Aristides, general ateniense, 70 mil gregos montaram acampamento próximo aos persas. E por vários dias esperaram o combate.

GUERRAS MÉDICAS - A BATALHA DAS TERMÓPILAS

 



Os espartanos, que pisaram na bola por não participarem da grandiosa vitória em Maratona, devido a uma festa religiosa da Carnéia, desta vez se comprometeram em defender o restante das cidades gregas e marcharam ao encontro do exército persa. Leônidas, um dos dois reis espartanos, com sua guarda pessoal composta por 300 homens, e com o apoio de mais de 6 mil gregos, aguardava os persas numa situação geográfica que lhes dava ampla vantagem: no meio do desfiladeiro de Termópilas o pequeno número de gregos poderia suportar o imenso exército persa.

Xerxes esperou quatro dias pela chegada da cavalaria e da infantaria pesada da Pérsia. Nesse meio tempo enviou um mensageiro para convencer o general Leônidas a entregar suas armas. A resposta do espartano foi: "Venham buscá-las".

No quinto ou sexto dia, Xerxes ordenou o ataque. Acredita-se que 10 mil soldados da Pérsia morreram no primeiro dia de combate, sem causar danos substanciais aos gregos. Até que um traidor grego, da cidade de Trachis chamado Efialtes, ensinou aos persas um caminho através das montanhas que levaria até o outro lado do desfiladeiro.

Informado sobre essa manobra, Leônidas ordenou que a maioria dos gregos voltasse para um lugar seguro, enquanto ele, seus 300 espartanos e mais um grupo selecionado de aliados, totalizando em torno de 2 mil homens, ficaram para enfrentar o exército inimigo. Leônidas teria dito antes de iniciar a batalha final: "Almoçamos aqui, jantamos no Hades" (Hades é a terra dos mortos na cultura grega).

A batalha de Termópilas ocorrida em agosto de 480 a.C. foi a única derrota grega durante as Guerras Médicas. E esta vitória que Xerxes obteve, não pode ser comemorada e nem tida como vitória, uma vez que os Helenos Espartanos conseguiram seu objetivo, atrasar o máximo as tropas dos Medos, para que os Atenienses comandados por Temístocles pudessem mobilizar suas tropas rapidamente.

Pode se dizer que a aparente vitória de Xerxes, foi, na verdade uma derrota, pois logo após a Batalha das Termópilas, ele não obteve nenhuma outra vitória.


REINO DOS MEDOS - XERXES



Seu nome original é "Kshaiarsha" nasceu no ano 519 a.C.  e morreu assassinado no ano 465 a.C. foi um Xá (Rei) Aquemênida que governou de 486 a.C. até a data do seu assassinato em 465 a.C. Era filho de Dario I. Seu nome, Xerxes, é uma transliteração para o grego de seu nome persa depois de sua ascensão, Jshāyār Shah, que significa "Governante de Heróis". Na Bíblia é mencionado como "Assuero" אחשורש (Axashverosh Assuero transliterado em grego).

Xerxes era filho de Dario I e Atossa, filha de Ciro o Grande, Xerxes herdou o trono por designação do pai, sendo coroado apesar de não ser o primogênito. Continuou a guerra contra os Hélades, conhecida como Guerras Médicas, como forma de vingança, pois seu pai havia perdido a Batalha de Maratona em 490 a.C. na cidade de Maratona para os Atenienses.

Depois da vitória grega na batalha de Maratona, houve uma trégua de 10 anos que permitiu que os Atenienses organizassem sua marinha de guerra. Ao mesmo tempo, na Pérsia, Xerxes estava decidido continuar a campanha militar contra a Hélade. Conta-se que Xerxes mantinha ao seu lado um escravo que o tempo todo lhe falava: "Senhor, lembra-te dos Atenienses".

Xerxes mandou construir uma ponte no Helesponto (atual Estreito de Dardanelos), que tinha como "fundação" trirremes (embarcações da época), para possibilitar a passagem de suas tropas. Quando a notícia de tamanha proeza chegou à Hélade, as cidades do norte se renderam e passaram a compor, como símbolo de submissão, o exército persa. Mas, pelo mesmo motivo, outras cidades decidiram montar um bloqueio militar ao sul da região da Tessália.

Os persas invadiram a Hélade e mantiveram sua rota próxima ao mar, para garantir abastecimento e apoio em combate. Quando chegaram em Termópilas, um estreito desfiladeiro de 15 metros de largura, encontraram uma das mais preparadas forças militares gregas: as falanges de Esparta.


GUERRAS MÉDICAS - A BATALHA NA CIDADE DE MARATONA



Dário não queria empreender uma guerra contra os Helenos, pois sabia que não seria tão fácil, mas ele não tinha muita escolha, por conta das más explicações dos assassinatos dos príncipes, ele não tinha o agrado de todos os nobres e teria que fazer algo grandioso para se fazer valer, e algo grandioso no mundo antigo era conquistar uma grande nação.

E nesse período, a grande nação a ser conquistada, é a nação Grega. No ano 500 a.C. Dário começa a guerrear contra os Helenos, essa guerra é conhecida como Guerras Médicas, as Guerras Médicas terminam só no ano de 448 a.C. durando 52 anos. Foi a maior Guerra da Época, pela segunda vez na história, os Helenos se uniram contra um inimigo em comum, a primeira vez que os Helenos se uniram contra um inimigo em comum foi a quase mil anos atrás na Guerra de Troia, unidos eles venceram os Troianos e desta vez, quem sabe, se eles se unirem novamente, talvez eles possam vencer o maior império que o mundo já vira.

Dário empreende o maior exército do mundo contra os Helenos, os Helenos quase perdem a guerra, mas eles tinham um ótimo General que se chamava Milcíades, ele era um general nascido em Atenas, Milcíades preparou a frente ateniense enquanto um informante foi enviado a Esparta para solicitar ajuda, o nome desse enviado era Fidípides e ele percorreu cerca de 200 quilômetros correndo em menos de um dia, da cidade de Maratona até Esparta. Mas os Espartanos não ajudaram, alegaram que tinham uma festa religiosa, que era a festa da Carnéia, e daqui a seis dias eles poderiam ajudar os Atenienses, tempo era o que Milcíades não tinha, e ele e seu exército tiveram que se virar sozinhos, já que os Espartanos deram mancada.

A Batalha de Maratona foi vencida pelos atenienses, que oprimiram os persas no território de combate. Eles capturaram sete barcos inimigos e mataram cerca de 6 mil persas. Os invasores foram derrotados e massacrados, forçados a voltar para a Ásia.

O General Ateniense Milcíades e seus homens venceram a muito custo a guerra, muitos Helenos tombaram em batalha, morrendo por sua Pátria, os sobreviventes estavam alegres, mas estavam exaustos por demais. Mas a notícia teria que chegar em Atenas, após a vitória sobre o poderoso exército persa, Milcíades decidiu mandar novamente seu experiente corredor até Atenas, para passar a boa notícia. Mesmo exausto, Pheidippides ou Fidípides correu novamente os cerca de 42 km que separavam a cidade de Maratona de Atenas, e, lá chegando, conseguiu apenas dizer uma única palavra antes de cair morto. “Νενικήκαμεν” que quer dizer Nike! (Vencemos!).

O derrotado, cansado e idoso rei Dário, morre no ano 486 a.C. no Irã.

A batalha encerrou a Primeira Guerra Médica, em 490 a.C. Porém, não seria o fim definitivo dos confrontos, pois uma nova guerra começaria alguns anos depois.

 

 

REINO DOS MEDOS - DÁRIO

 


Dário foi um grande governante da Tribo Aquemêneda, seu nome original é Dārayavahush "Aquele que Possui Bondade” foi parente de Ciro o Grande, ele assume o trono em definitivo no ano 522 a.C. e reina até o ano 486 a.C. totalizando 36 anos de reinado. Dario subiu ao poder quando tinha 28 anos e morre aos 64 anos.

É em seu governo que o Império Medo atinge sua extensão máxima, chegando até a Índia. Ciro é um gênio administrativo, reestrutura o império, dividindo-o em 20 regiões denominadas Satrapias (Províncias ou Estados) com relativa autonomia, mas subordinadas ao poder central,  e coloca Sátrapas (Governadores) para governá-las. Organizou um novo sistema monetário unificado que era o Dárico.

Também instituiu projetos de construção por todo o império, especialmente em Susa, Pasárgadas, Persépolis, Babilônia e no Egito, onde também foi responsável pela codificação das leis.  

Dário também respeitou as religiões dos povos que estavam sob seu poder, dando continuidade de liberdade de culto que Ciro tinha iniciado.

A diversidade de língua e escrita foi um empecilho que Dario resolveu substituindo o persa e os outros idiomas pelo Aramaico, que era já utilizado pela monarquia Assíria, Dário fez do Aramaico o idioma oficial do império, facilitando assim as comunicações. Resolvido o problema de comunicação, o Rei Dario fez um eficiente sistema postal por todo império.

Enviadas para cada região, as ordens escritas em aramaico eram traduzidas para a língua local e divulgadas. Durante seu reinado, os judeus e os outros povos desfrutaram de muita paz e prosperidade.

Dário foi um excelentíssimo político, fez uma administração impecável e expandiu o reino Medo a patamares inimagináveis, mas nem tudo são flores, Dário só chegou onde chegou por meios sórdidos, desonestos e sombrios, assassinando Cambises e Bardyas.

Como deu muito trabalho explicar a morte dos dois filhos de Ciro, Dário teve que fazer o que podia para se manter no poder, por mais que ele assassinasse seus opositores, ele não poderia matar a todos, com isso ele recorreu aos subornos, distribuições de cargos e títulos. Dário também teve que agradar à casta sacerdotal, participando de vários eventos cerimoniais religiosos de seu vasto reinado.

Mas como é impossível agradar todo mundo, tinha algumas pessoas que realmente não gostava de Dario, principalmente os amigos e os familiares de Ciro e dos dois príncipes mortos, estas pessoas eram ricas, poderosas, eram a nata da sociedade Aquemêneda, estas pessoas tinham dinheiro e influências polida e militar, e Dario teria que fazer alguma coisa, já que não tem como subornar ou agradar de alguma forma estes descontentes, alguma coisa teria ser feita, para dar uma resposta eficaz e calar de vez estes opositores.

A única resposta que Daria poderia dar era alguma conquista de alguma nação forte e proeminente, e na época, a única nação que poderia dar o resultado que Dário queria era a nação dos Helenos. Dário então invade a Ásia Menor onde é hoje a Turquia e conquista algumas Colônias Helênicas, foi um bom resultado estas conquistas de algumas Colônias dos Helenos, mas ainda não era o suficiente para tapar a boca de seus inimigos.

REINO DOS MEDOS - BARDYAS

 



Era o segundo filho de Ciro, o Grande, recebeu de seu pai o governo da vasta região da Báctria, a região da Báctria fazia parte da região persa  onde hoje integra, o Afeganistão, Tajiquistão, Uzbequistão, Paquistão e parte  oeste da China. Se localizava ao norte do Indocuche e ao sul do rio Amu Dária (ou Oxo).

Era uma enorme região gigantesca, sendo maior que o Brasil e a melhor parte é que Bardya não precisava pagar impostos ao seu irmão Cambises. Bardias era um governante tão bom quanto seu irmão mais velho e igualmente a Cambises, Bardias era um exímio esgrimista, atirador de flecha, era ótimo com a lança e um intelingentíssimo líder militar.

Seu irmão Cambises era o rei por direito, pois ele era o mais velho dos irmãos Aquemênidas, mas ele estava muito encantado com o Egito, Cambises não estava governando o império dos Medos como deveria, pois ele ficou morando no Egito e se proclamou Faraó, deixando os assuntos de estado lá na Média com seus ministros.

Acontece que havia protocolos políticos e assuntos graves que precisavam da atenção do rei, mas este estava distraído e distante da política e da economia estatal. O grandioso reino Medo começou a ter problemas com isso, os nobres e os ministros, vendo que Cambises não queria voltar para a vida chata, porém necessária da política imperial, começou a mandar emissários para falar com Bardya, que por ser mais novo, também era tão competente quanto seu irmão mais velho.

No começo Bardya relutou, não queria se meter com esse negócio de governo imperial, pois ele estava bem cuidando de suas vastas e gigantescas terras, longe das chatices políticas e econômicas imperiais, coisa que ele também achava muito chato.

Mas vendo que os emissários do reino não paravam de ir até ele, Bardias então resolveu se meter nos assuntos do reino e disse que seria o novo rei em lugar se seu irmão, em março de 522 a.C. Bardias se proclama o verdadeiro imperador da Média, Cambises sabendo disso, fica preocupado, então no mesmo instante, resolve sair do Egito, abandonando a boa vida de Faraó e vai ao encontro de seu irmão, que acabara de se proclamar rei em seu lugar.

Mas Cambises morre no caminho, ele morre no ano 522 a.C. assassinado na Síria quando estava indo encontrar seu irmão mais novo. A história oficial é de que quando o Rei Cambises foi descer de seu cavalo para descansar, ele ao descer, feriu a coxa com sua própria espada, e por conta dos ferimentos que infeccionou, ele morreu.

Mas quem conta esta história é Dário, e o próprio estava sozinho com seu irmão, claro que a conta não fecha.

E a história fica mais interessante quando Bardya morre, pois o irmão mais novo de Cambises morre no mesmo mês que seu irmão. Bardya morre também assassinado no ano 522 a.C. pelo usurpador e regicida Dário.

Diz a história oficial que Bardya morreu assassinado a mando de seu irmão Cambises, mas acontece que Cambises morreu antes de Bardya.

Após assassinar o Rei, Dário saiu da Síria e foi ao encontro de Bardya. Dário que era também da família dos Aquemênidas e, portanto, parente de Bardyas e de Cambises, foi com seis conspiradores tentar matar Bardyas, o príncipe estava em seus aposentos reais no forte chamado Sikaiavatich, nesse lugar, Bardias se encontrava com Faidin ou Fedima que era uma de suas esposas, os sete conspiradores entram e tentam matar Bardias, até que Athafernes irmão de Dário, mata Bardias com uma facada. Uma vez assassinado o príncipe, Dário não queria cometer o mesmo erro de sumir com o corpo, pois agora desta vez, os guardas, embora estivessem fora dos aposentos do príncipe, ainda assim, estavam próximos o bastante para suspeitar dos barulhos que ouviram dentro dos aposentos reais.

Dário contou uma história muito interessante quando mostra o corpo do príncipe assassinado, ele disse que o corpo do morto não era o corpo do verdadeiro príncipe Bardya, pois o verdadeiro Bardya fora assassinado dias antes. Dário teve a brilhante ideia de cortar a orelha do corpo do príncipe falecido, para dizer que este corpo era o corpo de um impostor.

Otanes, outro parente de Bardya era pai de Faidin ou Fedima  que estava nos aposentos reais quando o príncipe foi assassinado. Como Faidin ou Fedima era uma testemunha crível, Otanes disse à sua filha confirmar a história de que o corpo em questão não era o corpo verdadeiro de Bardya, pois ela mesma notou que o corpo em questão não tinha uma das orelhas e que o corpo verdadeiro do príncipe legítimo, tinha obviamente duas orelhas. E ela disse justamente o combinado, que quando estava com seu marido, ela notou que ele não tinha uma das orelhas, portanto este morto era mesmo um impostor, pois o verdadeiro Bardya tinha as duas orelhas.

Foi acordado em chamar os médicos reais para examinar o corpo, mas os conspiradores claro, já tinham dado sumiço com o corpo de Bardya, ninguém podia examinar o corpo para conferir se tinha orelha ou não

Para não ficar somente com uma versão dessa história que não iria pegar bem, Dário tinha que inventar uma versão para colocar uma pá de cal nessa conversa. Dário disse que além de o corpo ser de um impostor, este sujeito tinha nome, e não era qualquer pessoa, pois o impostor era um mago, portanto, o corpo desse falso Bardya era na verdade um Mago que mexia com magia proibida. Dario disse que o nome do impostor é o Mago Galmata.


REINO DOS MEDOS - CAMBISES

 


Seu nome original é Kambujiya 

Quando o Rei Ciro morre em batalha, seu filho Cambises reina em seu lugar, Cambises foi rei da Média entre 530 e 522 a.C., foi o segundo governante da dinastia dos Aquemênidas. Herdou de seu pai, Ciro II, o maior império que o mundo jamais vira.

Cambises como rei conquistou o Egito no ano 525 a.C. na Batalha de Pelusa, derrotando o faraó Psamético III. Após conquistar o Egito, tentou dominar a região da Núbia (região do atual Sudão, na África), porém, os soldados persas não conseguiram atravessar o grande deserto da Núbia.

Enquanto Ciro foi lembrado por sua generosidade para com seus inimigos, Cambises foi lembrado como um tirano. Dizia-se que era um homem de temperamento explosivo. Segundo Heródoto, Cambises teria tido um acesso de fúria contra sua irmã Roxana que estava grávida, e a teria matado por espancamento. Uma outra história sobre seu temperamento é de que Cambises mandou esfolar um de seus juízes por corrupção e fez com que a pele do homem fosse esticada sobre sua cátedra de juiz.

Por ordem de seu pai quando ainda estava vivo, Cambises casou-se com duas de suas irmãs, Atossa e Roxana, para assegurar o trono dinástico da família dos Aquemênedas. Cambises tinha um irmão mais novo chamado Bardiya ou Esmérdis como também é conhecido.

Cambises não era um gênio político como fora seu pai, ele preferia a vida militar, foi um grande rei guerreiro, era bom no arco e flecha, lança, luta corporal e um ótimo espadachim, Cambises herdou de seu pai a genialidade de estratégia de guerra, seu irmão mais novo Bardyas também era tão bom quanto seu irmão mais velho.

Cambises era o rei por direito, pois ele era o mais velho dos irmãos Aquemênedas, mas ele estava muito encantado com o Egito, Cambises não estava governando o império dos Medos como deveria, pois ele ficou morando no Egito e se proclamou Faraó, deixando os assuntos de estado lá na Média com seus ministros.

Acontece que havia protocolos políticos e assuntos graves que precisavam da atenção do rei, mas este estava distraído e distante da política e da economia estatal. O grandioso reino Medo começou a ter problemas com isso, os nobres e os ministros, vendo que Cambises não queria voltar para a vida chata, porém necessária da política imperial, Dário e outros nobres mandaram emissários para falar com Bardyas, que por ser mais novo, também era tão competente quanto seu irmão mais velho.

No começo Bardyas relutou, não queria se meter com esse negócio de governo imperial, pois ele estava muito bem cuidando de suas vastas e gigantescas terras, longe das chatices políticas e economicas imperiais, coisas que ele também achava muito chato.

Mas vendo que os emissários do reino não paravam de ir até ele, Bardias então resolveu se meter nos assuntos do reino e disse que seria o novo rei em lugar se seu irmão, em março de 522 a.C. Bardias se proclama o verdadeiro imperador da Média, Cambises sabendo disso, fica preocupado, então no mesmo instante, resolve sair do Egito, abandonando a boa vida de Faraó e vai ao encontro de seu irmão, que acabara de se proclamar rei em seu lugar.

Mas Cambises morre no caminho, no mês de Julho ano 522 a.C. na cidade de Hamã na Síria quando estava indo encontrar seu irmão mais novo, sua morte é cheia de especulações e mistérios.

A história oficial conta que Cambises morreus por conta de um ferimento que se infeccionou quando ele desce de seu cavalo na cidade de Hamã, na Síria. A história é que quando Cambises foi descer de seu cavalo para descansar, ele ao descer, feriu a coxa com sua própria espada.  Isto é o que consta nos anais da história oficial.

Mas há alguns problemas nesta história oficial.

1) Ninguém viu o corpo do Rei morto - Quando Cambises morre, ninguém vê o corpo do Rei para fazer um funeral apropriado, Cambises assistiu ao funeral real de seu falecido pai, sendo um monarca é costume os súditos se despedirem do monarca que morre, fazendo um ritual fúnebre para o Rei. Mas ninguém viu o Corpo.

2) Só estava seu primo Dário quando Cambises se fere acidentalmente ao descer de seu cavalo - Dário era primo do Rei, quanto a isso sem problemas, mas é difícil um Rei não estar acompanhado de sua guarda pessoal, tudo bem que ele estava acompanhado de seu primo Dário, mas cadê seus seguranças pessoais? Tudo bem que sua guarda pessoal talvez não poderia estar tão próximo do Monarca, que ficassem longe, isso é compreensível, mas não tão longe ao ponto de sair do campo de visão, ou de ficar longe da mira das flechas ou lanças, mesmo assim, seria impossível que Dário estivesse sozinho com o Rei em campo aberto fora da vista da segurança real.

3) Sumiço do corpo - Sendo Cambises um Rei conhecido em sua época, era viável e necessário que se examinasse o corpo do Rei, pois Dário disse que ele morreu por conta de uma infecção que se agravou, sendo assim, os médicos reais, iriam querer examinar tal ferimento, e veririficar se o Rei realmente morreu por conta da infecção ou se ele foi envenedado, pois uma infecção não mata assim tão depressa, ainda mais alguém que se alimentava bem, que era o caso de Cambises, pois ele era rico e tinha acesso a boa comida.

4) Tratamento dos ferimentos - Se Dário disse que o Rei morreu por causa de uma ferida, porque cargas dágua, Dário não tratou do Rei aplicando os primeiros socorros? E outra, porque Dário não chamou os médicos do rei quando este se feriu? É difícil alguém morrer de repente com um ferimento na coxa tão rápido, isso é muito esquisito.

5) Morte tola - Cambises desde criança aprendeu a arte da guerra, seu treinamento para dirigir o vasto império da Média começou quando ele tinha 5 anos de idade e terminou quando ele tinha seus 19 anos, sendo um ótimo guerreiro e comandante das tropas do seu pai quando ele já tinha seus 20 anos, Cambíses no mínimo sabia descer e subir em cavalos. Como um Rei tão inteligente como era Cambises iria esquecer ou desaprender a descer de um cavalo? Lembrando que na época só tinha Dário como testemunha.

Outra suspeita é que a versão da morte de Cambises é dada somente por Dário, em todos os documentos oficiais que se tem da morte de Cambises, só se tem a versão de Dário, e o que chama atenção é que o próprio Dário estava sozinho com o Rei Cambises.

Os guardas da época, quando perguntados, disseram que Dário estava sozinho com o Rei e quando vão ver o Monarca, este está morto, e Dário vivinho da silva acompanhado desta versão fajuta de que o Rei Cambises foi descer de seu cavalo para descansar, ele ao descer, feriu a coxa com sua própria espada.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

REINO DOS MEDOS - CIRO O GRANDE

 



Seu nome original de Ciro é Kūrušh

O império Caldeu está no auge, seu último rei é Belsazar que gosta muito de festas e de curtir a vida. Em uma noite de  5 ou 6 de Outubro do ano 539 a.C. quando o rei Belsazar neto de Nabucodonosor, dá uma de suas inúmeras festas para os seus mais de mil convidados da alta nobreza, regalada a muito vinho, música, sexo e risadas, acontece o evento da escrita na parede Daniel (5:1-31 ver Daniel 5). Nessa mesma noite, aos 62 anos, morre o velho rei Belsazar indolente e néscio. Ciro o Medo começa a reinar em seu lugar, dando fim ao Império Caldeu e começando a era do Império Medo Persa.

São vários povos que habitavam o planalto do Irã, alguns deles são; os iranianos, persas, Medos, Partas, Aquemênidas, Masságetas, Arsácidas, Sassânidas, Cimérios, Citas, Sacas, etc. Ciro o Grande é quem dá início do Poderoso Império dos Medos no ano 539 a.C. quando derrota Belsazar o último Rei Caldeu, o Profeta Isaías tinha profetizado a respeito dele, dizendo com riquezas detalhes seu nome e de como ele venceria os Caldeus - Isaías 44:24, 27, 28 - Isaías 45:1 com mais de 150 ou  200 anos de antecedência, muito tempo antes de o rei Ciro o Grande ter nascido, o profeta hebreu Isaías explicou como esse rei conquistaria a poderosa cidade de Babel.

Os filósofos e historiadores Heródoto e Xenofonte fornecem ambos o mesmo relato básico. Ciro, o Grande desviou o rio Eufrates, que atravessava a Suméria e servia como parte de seu sistema de defesa. Os exércitos conquistadores marcharam então pelo leito do rio, obtendo acesso à cidade através dos portões ao longo do cais. Os Caldeus, entregues a banquetes e festanças, foram apanhados totalmente de surpresa, e a cidade caiu naquela mesma noite. Isaías foi profeta em Jerusalém por cerca de 40 anos de 740 a 701 a.C. ele foi profeta nos reinados dos reis Uzias, Jotão, Acaz, e Ezequias, reis de Judá, Isaías 1:1.

Os persas se estenderam por um largo território. Dentre as suas conquistas destacamos: o Reino Caldeu, o Egito, os Reinos da Lídia, Fenícia, Síria, Palestina e as regiões gregas da Ásia Menor, etc.

Mas foram as suas ações posteriores que marcaram um avanço muito importante para o Homem. Ele libertou os escravos, declarou que todas as pessoas tinham o direito de escolher a sua própria religião, e estabeleceu a igualdade racial. Estes e outros decretos foram registados em acádico num cilindro de argila cozida (em escrita cuneiforme).

Conhecido hoje como o Cilindro de Ciro o Grande, este registo antigo foi agora reconhecido como a primeira carta mundial dos direitos humanos. Está traduzido nas seis línguas oficiais das Nações Unidas e as suas estipulações são análogas aos quatro primeiros artigos da Declaração Universal dos Direitos do Homem.

Com início na cidade Sumeriana de Babel, a ideia de direitos humanos espalhou-se rapidamente para a Índia, Grécia e por fim chegou a Roma. Ali o conceito de “lei natural” apareceu, na observação do facto de que as pessoas tendiam a seguir certas leis não escritas, no decurso das suas vidas, e a lei Romana era baseada em ideias racionais derivadas da natureza das coisas.

Documentos afirmando os direitos individuais, tais como a Magna Carta (1215), a Petição de Direito (1628), a Constituição dos EUA (1787), a Declaração Francesa de Direitos do Homem e do Cidadão (1789), e a Declaração de Direitos dos EUA (1791) são os precursores escritos de muitos dos documentos de direitos humanos de hoje.

O Rei Ciro da Média, deixou que as nações que estavam sob seu poder voltassem aos seus locais de origem, desde que continuassem pagando os tributos, foi a partir do ano 538 a.C. que Ciro escreve um decreto, deixando os povos exilados voltarem para seus países de origem Esdras 1:1 a 11, esta é mais uma profecia cumprida na bíblia, que foi proclamada pelo profeta de Deus Jeremias, Jeremias 25:1 a 38.

O Rei Ciro o Grande é o único ser humano não Hebreu chamado de Ungido na Bíblia, seu reinado durou de 559–530 a.C. totalizando 29 anos de reinado. Ele foi um dos maiores Reis de toda história, político extremamente habilidoso, bom gestor e um inteligentíssimo líder militar, ele expandiu o império dos medos ao máximo.

Ele era da Tribo dos Aquemênida e colocou os reino dos Medos em destaque no mundo, Ciro morreu em batalha quando lutava contra os Masságetas, ele foi ferido em batalha e não conseguiu se recuperar dos ferimentos. Ciro o Grande foi sucedido por seu filho Cambises II em 530 a.C., ao que parece, Cambises já governava o império Medo com seu Pai, sendo seu co-regente.


O Rei Ciro mencionado na Bíblia;

Isaías 44:26 a 28; - 45:1,2

Esdras 1: 1 a 4 - 4:3 a 7 - 5:13,14 - 6:14

2Cronicas 36: 22-23

O livro de Daniel possui várias referências a Ciro

Daniel 1:21 - 10:1 - 6:28