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sábado, 23 de dezembro de 2023

FELIPE II DA MACEDÔNIA



Felipe da Macedônia era filho do Rei Amintas III da Macedônia e filho de Arrideu, Amintas III reinou na Macedónia em 393 a.C., e novamente 392-370 a.C. até ser assassinado por Ptolomeu Alorita, o usurpador do trono macedônico.

Felipe da Macedônia não era apontado para ser rei, pois ele tinha dois irmãos mais velhos que foram Alexandre II da Macedônia, que reinou de  370 a.C. a 368 a.C., após o assassinato do seu pai Amintas III. Alexandre II reinou somente 2 anos, pois morreu assassinado por Ptolomeu Alorita durante uma festa.

Ele tinha outro irmão mais velho que era Pérdicas III que reinou em lugar de seu irmão assassinado. Pelos cálculos de Jerônimo de Estridão, Pérdicas reinou por seis anos, de 368 a.C. a 362 a.C. mas como era muito novo para governar, o oportunista Ptolomeu Alorita governou como regente. Mas seu reinado durou somente quatro anos, que foi de 372 a.C. a 368 a.C. pois Pérdicas matou-o e tomou o trono.

Ptolomeu Alorita, era um ambicioso aristocrata macedônio, sem ter consciência, colaborou para o desenvolvimento militar do Estado nos anos seguintes ao planejar o assassinato do rei Amintas, neto de Alexandre I, por volta de 370 aC.

Felipe era muito jovem para assumir o trono, então o próprio Ptolomeu Alorita tornou-se o novo regente da Macedônia. Nessa mesma época, os tebanos quebraram a hegemonia espartana vencendo em Leuctras, e Tebas se tornaria a cidade-estado mais poderosa da Grécia. Atento a isso, Ptolomeu, desejando aproximar-se de Tebas e afastar possíveis pretendentes ao trono da Macedônia, ofereceu aos tebanos alguns distintos reféns macedônios.

Entre eles estava o futuro rei Filipe II, na época com 15 anos. Filipe viveu em Tebas sob a tutela de Panmenes, amigo próximo do histórico general Epaminondas. Aos 24 anos, Filipe assume o trono da Macedônia. Ele enfrentou forte oposição de concorrentes que almejavam sua posição, entretanto aprendeu a usar de grande capacidade diplomática, poder de persuasão e de intimidação para assegurar seu trono.

A Filipe atribui-se uma série de mudanças dentro do Exército macedônico, que o fizeram mais eficiente e profissional, como a instalação de um núcleo de soldados permanentes profissionais e alto investimento na formação de engenheiros para o desenvolvimento de técnicas de sítio, exaltadas e copiadas na época até por seus críticos. Filipe inovou também no posicionamento da cavalaria macedônica, que costumava apresentar-se em formação linear, e passou a usar a forma de cunha. Essa novidade possibilitou uma mudança mais rápida de direção e, também, explorar melhor os buracos no Exército inimigo.

A nova formação da cavalaria tornou-se tendência em toda a Grécia e marca o momento em que ela assume um papel mais decisivo nas estratégias militares gregas, passando a ser temida por todas as infantarias. Com Filipe a infantaria macedônica ganhou força e destaque, com o desenvolvimento dos perzhetaroi, o famoso batalhão do seu Exército.

Apesar de terem, de fato, se desenvolvido a partir de Filipe, os perzhetaroi foram criados anos antes por Alexandre I. Foi com Filipe que os homens que compunham esse contingente foram tão bem preparados e passaram a ter como arma principal a sarissa, lança de longo alcance com cerca de 4 metros. Filipe instaurou um forte regime disciplinar sobre seus soldados. Há relatos de marchas forçadas de 300 estádios olímpicos que o rei impunha aos seus comandados, que, ainda, deviam carregar às pelta (escudos) e as sarissa no trajeto.

Todas as inovações trazidas por Filipe possibilitaram à Macedônia controlar melhor suas fronteiras e expandir sua influência por toda a Grécia. A vitória na batalha de Queroneia, em 338 a.C. contra uma aliança de cidades-estados gregos liderados por Atenas e Tebas, deu à Macedônia uma posição central na política grega e tornou-se Filipe o senhor da Grécia. Dessa forma, o rei firmou a criação da chamada Liga de Corinto (apenas Esparta não entrou para a Liga), com a qual se organizou, anos depois, a expedição à Pérsia, que teria como líder Alexandre, o Grande.

O reinado de Filipe significou uma ascensão meteórica do reino da Macedônia, que até então não passava de uma periferia do mundo grego. Filipe morreu no outono do ano de 336, dando início ao reinado de seu filho Alexandre, o Grande. O rei dos macedônios foi assassinado em meio a um festejo, por Pausânias, seu claro amante. A causa do assassinato permanece obscura. Alguns alegam a participação da mãe de Alexandre, Olímpia, que desejava que o filho subisse logo ao trono, pois Filipe havia se separado dela e poderia ter outros herdeiros.

A morte prematura o impediu de dar início ao seu grande gol, conquistar o Império Persa. Para esse capítulo a História reservou um papel especial ao seu filho Alexandre,

que pelo sucesso alcançado na Ásia se tornou o maior conquistador da Antiguidade.

Felipe II foi muito maior que seu filho Alexandre, pois ele causou revolução e mudanças no exército de seu país e de seu novo império. Ele derrotou toda a Hélade e fez todos os preparativos, planos e táticas para conquistar a Média. Seu filho Alexandre teve felizmente a felicidade de herdar tudo de mão beijada e aproveitou a ocasião, lógico que Alexandre é um exímio líder militar, mas seu pai é quem deveria ter a alcunha de O Grande, pois ele revolucionou a arte da guerra de seu reinado no mundo antigo.

 


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