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sábado, 23 de dezembro de 2023

BATALHA DE ELEUCTRA - TEBAS X ESPARTA


Após a Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.) entre Atenas e Esparta, resultou na vitória de Esparta. Esta situação seria interrompida após alguns anos pela revolta da cidade de Tebas, que ficou indignada por Esparta se unir aos Persas que eram inimigos de toda Hélade. Além de fazerem acordo com o inimigo, Esparta deu as cidades gregas da costa da Turquia para os Persas, o que era revoltante para Tebas e para outras cidades Helênas.

A guerra de Tebas contra Esparta aconteceu em  Leuctra no mês de Julho de 371 a.C. que foi vencida por Tebas com o seu Batalhão Sagrado de Tebas.

O Batalhão Sagrado de Tebas foi um ma das mais emblemáticas e importantes tropas militares da Grécia Antiga, o Batalhão Sagrado de Tebas era um selecionado de soldados de elite, composto por 300 homens, que inovou as táticas militares da época e venceu Esparta na Batalha de Leuctra, expulsando o exército espartano do território, mesmo estando em desvantagem numérica, no ano de 375 antes da era comum. Junto ao grande talento militar, o Batalhão Sagrado se destaca na história por ser formado exclusivamente por amantes do mesmo sexo: o exército de 300 homens era formado por 150 casais homossexuais.

Entre homens e jovens, os pares no batalhão frequentemente reuniam um mestre e seu aprendiz, em aproximação que, sem tabus, era considerada parte importante do crescimento de um jovem cidadão na sociedade grega de então. Essa conexão profunda – não somente amorosa e sexual, mas também pedagógica, filosófica, de orientação e aprendizado – era justamente vista como arma para o campo de batalha, tanto no entrosamento entre os soldados, quanto para a proteção do grupo durante os conflitos, como um elemento adicional ao conhecimento tático e de batalha propriamente.

Acredita-se que o Batalhão Sagrado de Tebas tenha sido estabelecido pelo comandante Górgidas no ano de 378 AEC, para proteger a cidade-estado grega de eventuais invasões ou ataques. O filósofo grego Plutarco, no livro A Vida de Pelópidas, descreveu a tropa como “um grupo cimentado pela amizade baseada no amor é inquebrável e invencível, já que os amantes, envergonhados de serem fracos à vista de seus amados, e os amados diante de seus amantes, de bom grado se arriscam para o alívio um do outro”.

Foi o Batalhão quem inovou a tática militar utilizando a “ordem oblíqua”, quando um dos flancos de batalha é especialmente reforçado, na inesperada vitória da Batalha de Leuctra, liderada por Epaminondas. Após o período de hegemonia tebatana, o Batalhão Sagrado de Tebas foi aniquilado por Alexandre, o Grande, quando ainda era liderado por seu pai, Filipe II da Macedônia, na Batalha de Queroneia, no ano de 338 a.C.

A Batalha de Eleuctra foi registrada pelo militar, historiador e filósofo Xenofonte de Erchia em seu livo intitulado Hellenica.

 

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