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sábado, 23 de dezembro de 2023

GUERRA DO PELOPONESO


Atenas saiu totalmente vitoriosa com a guerra contra os Medos, uma vez que Esparta covardemente não participou da Primeira Guerra Médica em Maratona com a desculpa esfarrapada que teria o festival religioso da Carnéia, não teve tanta moral quanto Atenas tinha, por esse motivo, ganhando as Guerras Médicas quase que sozinha, Atenas tinha moral suficiente para se impor diante a união dos Helenos para se precaverem contra uma possível nova invasão estrangeira. No ano 478 a.C. é feita a Liga ou Confederação de Delos, o ateniense Aristides, o Justo, organizou a força marítima da liga.

A cidade de Esparta e suas aliadas do Peloponeso no primeiro momento entraram na liga, mas depois consideraram que o perigo tinha passado e a abandonaram a liga de Delos para formas a sua própria liga na região do Peloponeso, saindo da Liga de Delos Esparta foi responsável por criar a Liga do Peloponeso, que fazia oposição à Atenas.

Atenas desvirtua a Liga de Delos e passa a coagir os antigos aliados ao pagamento de tributos, além de impor seu modelo de sistema político, a democracia.

A cidade de Esparta e suas aliadas do Peloponeso no primeiro momento entraram na liga, mas depois consideraram que o perigo tinha passado e a abandonaram a liga de Delos para formas a sua própria liga na região do Peloponeso, Esparta e algumas outras cidades reclamavam da tirania ateniense, com isso, Esparta e as cidades da região do Peloponeso saem da Liga de Delos, e comandadas por Esparta a Liga do Peloponeso é criada no ano 550 a.C.

O crescimento de poder de Atenas começa a causar medo às outras cidades-estados, que viam sua soberania ameaçada pelas imposições políticas e tributárias atenienses, assim como por ela estar acumulando cada vez mais recursos e controle, tornando-se uma força quase impossível de ser combatida. A situação grega se torna insustentável, empurrando Esparta ao conflito e à guerra, lembrando que ela era uma sociedade completamente voltada para a preparação militar de seus meninos e homens, então o conflito como solução à ameaça de sua soberania era esperado.

A consequência para o surgimento dessas novas contendas vai ser a Guerra do Peloponeso, conflito militar que durou entre os anos de 431 a 404 a.C. e se deu entre Atenas e Esparta, Esparta tinha cidades gregas fortes como suas aliadas, tais como Tebas e Corinto, no que ficou conhecida como a Liga do Peloponeso. Tratou-se de uma luta fratricida entre cidades gregas, que anos antes tinham lutado como aliadas contra um inimigo em comum, que eram os Medos (Persas), mas que agora viam na guerra a única solução para o seu confronto de ideias. A Guerra do Peloponeso foi a maior guerra da Hélade antiga (Grécia Antiga) o escritor, historiador e filósofo Tucídides nos informa esta guerra foi como nenhuma outra do mundo Helênico. As cidades começam a ver a democracia como uma forma tirânica de controle, que lhes tirava soberania e independência (era somente uma forma que Atenas encontrou para suprir seus desejos de poder e riqueza).

Por outro lado, a cidade de Esparta, que era a maior e a mais poderosa cidade da região do Peloponeso, começou a ficar cruel com as cidades que lhe eram subalternas. Esparta oprimia estas cidades, para  fazer prevalecer seu poderio político, econômico e militar.

Nesse momento, o sistema democrático passa a ser um símbolo e uma ferramenta da supremacia ateniense, causando a bipolarização do mundo Helênico em dois modelos de sistema político, a democracia de Atenas e a oligarquia Espartana.

Esparta passa então a lutar em nome da independência e contra a democracia, e foi justamente essa ameaça a sua liberdade que as pólis do Peloponeso vão usar como argumento para a legitimação da guerra, pregando que estavam lutando pela liberdade de todos os gregos.

Esparta tinha ao seu lado grandes potências militares, como Tebas e Corinto, a cidade de Atenas tinha as cidades que apenas pagavam tributos, mas que não tinham poderes militares como tinham as cidades de Esparta, Tebas e Corinto. Atenas lutou sozinha contra estas cidades poderosas.

A Guerra do Peloponeso durou 27 anos, e ao longo destes 27 anos de guerra, Esparta e suas poderosas cidades aliadas não conseguiram vencer Atenas, que lutava praticamente sozinha contra esta poderosa coalizão. Esparta sabia que não iria vencer os aguerridos Atenienses, vendo que a guerra se demorava  por demais, os Espartanos buscam ajuda de um país poderoso, que haveria de mudar a balança ao seu favor, estes poderosos eram os Persas, isso mesmo, Esparta fez acordo comercial e militar com o antigo inimigo estrangeiro para vencer seus compatriotas Atenienses.

Nesse acordo, Esparta entregaria as colônias gregas (cidades gregas) que estão na Turquia para os Medos (Persas) e os Medos entregam navios para os Espartanos derrotar seus compatriotas Atenienses. Esparta não era páreo para os Atenienses no mar e nem tinham experiência naval para superar Atenas.

Atenas luta sozinha por 27 anos contra Esparta, Tebas e Corinto e consegue se manter firme contra esta coalizão, agora teria que enfrentar a frota Pérsia, com tantas frentes a confrontar, Atenas não teve força para suportar estes ataques, para finalizar, uma praga (doença) se acometeu na cidade de Atenas, matando centenas de cidadãos atenienses. Com todos estes infortúnios, Atenas sai derrotada em 404 a.C., o século de Péricles, caracterizado pelo apogeu de Atenas e pela fundação da democracia, foi destruído nessa guerra. Esparta e suas aliadas saíram vitoriosas, mas enfraquecida por conta da longa duração da guerra e do esforço empreendido.

A Guerra do Peloponeso marcou o fim do Período Clássico da Grécia Antiga. Marcou também a invasão dos macedônicos liderados por Filipe II e, após sua morte, pelo seu filho Alexandre, o Grande.

A cultura grega que se consolidou em seu território foi levada para outras regiões e misturou-se com as culturas de outros povos. Esse contato da cultura grega com culturas estrangeiras foi chamado de helenismo.

 

Referências Bibliográficas:

FUNARI, P. P. Grécia e Roma. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2002. (Coleção Repensando a História).

MAGNOLI, D. (Org.). História das guerras. 4. ed. São Paulo: Contexto, 2009.

GONÇALVES, F. J. A. P. e C. O crescimento do império ateniense e o medo causado em Esparta: o efeito “spill over” da democracia. Revista Militar, Lisboa, n. 2497/2498, fev./mar. 2010. Disponível em: https://www.revistamilitar.pt/artigo.php?art_id=552#_ftn1. Acesso em: 28/11/2020.

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