Os Amoritas eram povos semitas oriundos do deserto sírio-árabe que invadiram as cidades-estado da Suméria por volta de 2000 a.C., após a queda da civilização suméria-acadiana.
Eles fizeram a sede de seu império na cidade Sumeriana de Babel, que seria um dos muitos centros comerciais sumerianos graças à estratégica localização, cerca de 75 km da atual capital iraquiana Bagdá. Os Amoritas nunca chamaram seu reinado de Reino Babilônico, e sim de, Reino Amorita ou Reino Amorreu, desde o seu primeiro rei, que foi o Rei Sumuabum, até seu último rei, que foi o Rei Samsu Ditana, chamavam seus domínios de Reino Amorita ou Reino Amorreu, e não Reino Babilônico.
O império Amorita foi erguido pelo Amorreu Sumuabum, por volta de 1894 a.C., resultando em diversas disputas com remanescentes dos povos Sumérios e Acadianos até a unificação realizada pelo Imperador Hamurabi, formando o Primeiro Império Babilônico, embora não houve um Império Babilônico propriamente dito.
O Império Amorita durou 300 anos, de 1895 com Sumuabum sendo seu primeiro rei, até 1595 com Samsu Ditana sendo seu último rei.
O Rei Hamurabi foi responsável por um grande avanço no setor agricultor ao construir canais de irrigação próximos aos rios, além de expandir o reino Amorita para além do Golfo Pérsico, agregando territórios da atual Turquia, do rio Khabur, na Síria e nos montes Zagros, mais ao leste.
Tais avanços imperiais exigiam um controle efetivo do Estado, que ficava responsável por fiscalizar todas as obras empreendidas pelo imperador. Com isso, o Estado ficou centralizado na mão da monarquia, que com o passar dos tempos mostraria caráter mais interventor e autoritário em suas decisões.
A história clássica fala que Hamurabi escreveu o primeiro código de Leis, mas isso não é verdade, pois o Rei de Lagash Urucaguina é quem escreveu o primeiro código de leis que ficou conhecido como "O Código de Urucaguina”, temos também o Rei da cidade de Ur, Ur Namur que também escreveu um código de leis, o código de Ur Namur foi descoberto somente em 1952, pelo assiriólogo e professor da Universidade da Pensilvânia, Samuel Noah Kramer.
Apesar de tomar a cidade dos antigos povos Sumérios e Acadianos, que desenvolveram suas próprias culturas, os Amoritas adotaram a mesma escrita, arte, literatura e sistema de educação, apesar de manterem seu idioma de origem semita.
Na prática comercial, os mercadores eram subordinados ao Estado na venda de produtos artesanais, auxiliando a monarquia na cobrança de impostos dos contribuintes. De fato, as atividades privadas eram subsidiadas pelo Estado, que fornecia propriedades agrícolas aos funcionários públicos e arrendatários, fazendo com que o poder público controlasse o giro da economia.
Os antigos povos mesopotâmios, que eram politeístas (ou seja, acreditavam em mais de um deus), presenciaram uma grande reforma religiosa a mando de Hamurabi. O deus Marduk seria elevado como principal divindade de toda a Mesopotâmia, recebendo uma importante reverência com a construção do Zigurate de Babel, que seria citado no livro de Gênesis, na Bíblia, como a tentativa humana de chegar ao céu.
Com a morte da importante figura política de Hamurabi, o Império Amorita cairia com as revoltas populares das cidades-Estados dominadas, as conspirações contra a sucessão imperial e as grandes cargas de trabalho delegadas pelo Estado aos camponeses. Isso daria margem para a invasão dos Cassitas, povo indo-europeu que habitava no leste do rio Tigre - à Baixa Mesopotâmia, acabando com o domínio dos Amoritas.
Samsu Ditana foi o último rei Amorita, ele perde seu reinado para os Hititas, o Rei Hitita Mursil I, com a derrota do povo Amorita, os Cassitas tomam o poder na região.
ABRAÃO
Na época de Abraão, até que existia a cidade de Ur, mas esta cidade não estava em poder dos Caldeus, pois esta tribo não estava no poder no momento, quem estava no poder era o clã dos Amoritas que fundam o Império Amorita com o Rei ou Lugal ou Patesi Samuabum que foi o primeiro rei da Amorita.
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