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sábado, 23 de dezembro de 2023

REINO DOS MEDOS - BARDYAS

 



Era o segundo filho de Ciro, o Grande, recebeu de seu pai o governo da vasta região da Báctria, a região da Báctria fazia parte da região persa  onde hoje integra, o Afeganistão, Tajiquistão, Uzbequistão, Paquistão e parte  oeste da China. Se localizava ao norte do Indocuche e ao sul do rio Amu Dária (ou Oxo).

Era uma enorme região gigantesca, sendo maior que o Brasil e a melhor parte é que Bardya não precisava pagar impostos ao seu irmão Cambises. Bardias era um governante tão bom quanto seu irmão mais velho e igualmente a Cambises, Bardias era um exímio esgrimista, atirador de flecha, era ótimo com a lança e um intelingentíssimo líder militar.

Seu irmão Cambises era o rei por direito, pois ele era o mais velho dos irmãos Aquemênidas, mas ele estava muito encantado com o Egito, Cambises não estava governando o império dos Medos como deveria, pois ele ficou morando no Egito e se proclamou Faraó, deixando os assuntos de estado lá na Média com seus ministros.

Acontece que havia protocolos políticos e assuntos graves que precisavam da atenção do rei, mas este estava distraído e distante da política e da economia estatal. O grandioso reino Medo começou a ter problemas com isso, os nobres e os ministros, vendo que Cambises não queria voltar para a vida chata, porém necessária da política imperial, começou a mandar emissários para falar com Bardya, que por ser mais novo, também era tão competente quanto seu irmão mais velho.

No começo Bardya relutou, não queria se meter com esse negócio de governo imperial, pois ele estava bem cuidando de suas vastas e gigantescas terras, longe das chatices políticas e econômicas imperiais, coisa que ele também achava muito chato.

Mas vendo que os emissários do reino não paravam de ir até ele, Bardias então resolveu se meter nos assuntos do reino e disse que seria o novo rei em lugar se seu irmão, em março de 522 a.C. Bardias se proclama o verdadeiro imperador da Média, Cambises sabendo disso, fica preocupado, então no mesmo instante, resolve sair do Egito, abandonando a boa vida de Faraó e vai ao encontro de seu irmão, que acabara de se proclamar rei em seu lugar.

Mas Cambises morre no caminho, ele morre no ano 522 a.C. assassinado na Síria quando estava indo encontrar seu irmão mais novo. A história oficial é de que quando o Rei Cambises foi descer de seu cavalo para descansar, ele ao descer, feriu a coxa com sua própria espada, e por conta dos ferimentos que infeccionou, ele morreu.

Mas quem conta esta história é Dário, e o próprio estava sozinho com seu irmão, claro que a conta não fecha.

E a história fica mais interessante quando Bardya morre, pois o irmão mais novo de Cambises morre no mesmo mês que seu irmão. Bardya morre também assassinado no ano 522 a.C. pelo usurpador e regicida Dário.

Diz a história oficial que Bardya morreu assassinado a mando de seu irmão Cambises, mas acontece que Cambises morreu antes de Bardya.

Após assassinar o Rei, Dário saiu da Síria e foi ao encontro de Bardya. Dário que era também da família dos Aquemênidas e, portanto, parente de Bardyas e de Cambises, foi com seis conspiradores tentar matar Bardyas, o príncipe estava em seus aposentos reais no forte chamado Sikaiavatich, nesse lugar, Bardias se encontrava com Faidin ou Fedima que era uma de suas esposas, os sete conspiradores entram e tentam matar Bardias, até que Athafernes irmão de Dário, mata Bardias com uma facada. Uma vez assassinado o príncipe, Dário não queria cometer o mesmo erro de sumir com o corpo, pois agora desta vez, os guardas, embora estivessem fora dos aposentos do príncipe, ainda assim, estavam próximos o bastante para suspeitar dos barulhos que ouviram dentro dos aposentos reais.

Dário contou uma história muito interessante quando mostra o corpo do príncipe assassinado, ele disse que o corpo do morto não era o corpo do verdadeiro príncipe Bardya, pois o verdadeiro Bardya fora assassinado dias antes. Dário teve a brilhante ideia de cortar a orelha do corpo do príncipe falecido, para dizer que este corpo era o corpo de um impostor.

Otanes, outro parente de Bardya era pai de Faidin ou Fedima  que estava nos aposentos reais quando o príncipe foi assassinado. Como Faidin ou Fedima era uma testemunha crível, Otanes disse à sua filha confirmar a história de que o corpo em questão não era o corpo verdadeiro de Bardya, pois ela mesma notou que o corpo em questão não tinha uma das orelhas e que o corpo verdadeiro do príncipe legítimo, tinha obviamente duas orelhas. E ela disse justamente o combinado, que quando estava com seu marido, ela notou que ele não tinha uma das orelhas, portanto este morto era mesmo um impostor, pois o verdadeiro Bardya tinha as duas orelhas.

Foi acordado em chamar os médicos reais para examinar o corpo, mas os conspiradores claro, já tinham dado sumiço com o corpo de Bardya, ninguém podia examinar o corpo para conferir se tinha orelha ou não

Para não ficar somente com uma versão dessa história que não iria pegar bem, Dário tinha que inventar uma versão para colocar uma pá de cal nessa conversa. Dário disse que além de o corpo ser de um impostor, este sujeito tinha nome, e não era qualquer pessoa, pois o impostor era um mago, portanto, o corpo desse falso Bardya era na verdade um Mago que mexia com magia proibida. Dario disse que o nome do impostor é o Mago Galmata.


REINO DOS MEDOS - CAMBISES

 


Seu nome original é Kambujiya 

Quando o Rei Ciro morre em batalha, seu filho Cambises reina em seu lugar, Cambises foi rei da Média entre 530 e 522 a.C., foi o segundo governante da dinastia dos Aquemênidas. Herdou de seu pai, Ciro II, o maior império que o mundo jamais vira.

Cambises como rei conquistou o Egito no ano 525 a.C. na Batalha de Pelusa, derrotando o faraó Psamético III. Após conquistar o Egito, tentou dominar a região da Núbia (região do atual Sudão, na África), porém, os soldados persas não conseguiram atravessar o grande deserto da Núbia.

Enquanto Ciro foi lembrado por sua generosidade para com seus inimigos, Cambises foi lembrado como um tirano. Dizia-se que era um homem de temperamento explosivo. Segundo Heródoto, Cambises teria tido um acesso de fúria contra sua irmã Roxana que estava grávida, e a teria matado por espancamento. Uma outra história sobre seu temperamento é de que Cambises mandou esfolar um de seus juízes por corrupção e fez com que a pele do homem fosse esticada sobre sua cátedra de juiz.

Por ordem de seu pai quando ainda estava vivo, Cambises casou-se com duas de suas irmãs, Atossa e Roxana, para assegurar o trono dinástico da família dos Aquemênedas. Cambises tinha um irmão mais novo chamado Bardiya ou Esmérdis como também é conhecido.

Cambises não era um gênio político como fora seu pai, ele preferia a vida militar, foi um grande rei guerreiro, era bom no arco e flecha, lança, luta corporal e um ótimo espadachim, Cambises herdou de seu pai a genialidade de estratégia de guerra, seu irmão mais novo Bardyas também era tão bom quanto seu irmão mais velho.

Cambises era o rei por direito, pois ele era o mais velho dos irmãos Aquemênedas, mas ele estava muito encantado com o Egito, Cambises não estava governando o império dos Medos como deveria, pois ele ficou morando no Egito e se proclamou Faraó, deixando os assuntos de estado lá na Média com seus ministros.

Acontece que havia protocolos políticos e assuntos graves que precisavam da atenção do rei, mas este estava distraído e distante da política e da economia estatal. O grandioso reino Medo começou a ter problemas com isso, os nobres e os ministros, vendo que Cambises não queria voltar para a vida chata, porém necessária da política imperial, Dário e outros nobres mandaram emissários para falar com Bardyas, que por ser mais novo, também era tão competente quanto seu irmão mais velho.

No começo Bardyas relutou, não queria se meter com esse negócio de governo imperial, pois ele estava muito bem cuidando de suas vastas e gigantescas terras, longe das chatices políticas e economicas imperiais, coisas que ele também achava muito chato.

Mas vendo que os emissários do reino não paravam de ir até ele, Bardias então resolveu se meter nos assuntos do reino e disse que seria o novo rei em lugar se seu irmão, em março de 522 a.C. Bardias se proclama o verdadeiro imperador da Média, Cambises sabendo disso, fica preocupado, então no mesmo instante, resolve sair do Egito, abandonando a boa vida de Faraó e vai ao encontro de seu irmão, que acabara de se proclamar rei em seu lugar.

Mas Cambises morre no caminho, no mês de Julho ano 522 a.C. na cidade de Hamã na Síria quando estava indo encontrar seu irmão mais novo, sua morte é cheia de especulações e mistérios.

A história oficial conta que Cambises morreus por conta de um ferimento que se infeccionou quando ele desce de seu cavalo na cidade de Hamã, na Síria. A história é que quando Cambises foi descer de seu cavalo para descansar, ele ao descer, feriu a coxa com sua própria espada.  Isto é o que consta nos anais da história oficial.

Mas há alguns problemas nesta história oficial.

1) Ninguém viu o corpo do Rei morto - Quando Cambises morre, ninguém vê o corpo do Rei para fazer um funeral apropriado, Cambises assistiu ao funeral real de seu falecido pai, sendo um monarca é costume os súditos se despedirem do monarca que morre, fazendo um ritual fúnebre para o Rei. Mas ninguém viu o Corpo.

2) Só estava seu primo Dário quando Cambises se fere acidentalmente ao descer de seu cavalo - Dário era primo do Rei, quanto a isso sem problemas, mas é difícil um Rei não estar acompanhado de sua guarda pessoal, tudo bem que ele estava acompanhado de seu primo Dário, mas cadê seus seguranças pessoais? Tudo bem que sua guarda pessoal talvez não poderia estar tão próximo do Monarca, que ficassem longe, isso é compreensível, mas não tão longe ao ponto de sair do campo de visão, ou de ficar longe da mira das flechas ou lanças, mesmo assim, seria impossível que Dário estivesse sozinho com o Rei em campo aberto fora da vista da segurança real.

3) Sumiço do corpo - Sendo Cambises um Rei conhecido em sua época, era viável e necessário que se examinasse o corpo do Rei, pois Dário disse que ele morreu por conta de uma infecção que se agravou, sendo assim, os médicos reais, iriam querer examinar tal ferimento, e veririficar se o Rei realmente morreu por conta da infecção ou se ele foi envenedado, pois uma infecção não mata assim tão depressa, ainda mais alguém que se alimentava bem, que era o caso de Cambises, pois ele era rico e tinha acesso a boa comida.

4) Tratamento dos ferimentos - Se Dário disse que o Rei morreu por causa de uma ferida, porque cargas dágua, Dário não tratou do Rei aplicando os primeiros socorros? E outra, porque Dário não chamou os médicos do rei quando este se feriu? É difícil alguém morrer de repente com um ferimento na coxa tão rápido, isso é muito esquisito.

5) Morte tola - Cambises desde criança aprendeu a arte da guerra, seu treinamento para dirigir o vasto império da Média começou quando ele tinha 5 anos de idade e terminou quando ele tinha seus 19 anos, sendo um ótimo guerreiro e comandante das tropas do seu pai quando ele já tinha seus 20 anos, Cambíses no mínimo sabia descer e subir em cavalos. Como um Rei tão inteligente como era Cambises iria esquecer ou desaprender a descer de um cavalo? Lembrando que na época só tinha Dário como testemunha.

Outra suspeita é que a versão da morte de Cambises é dada somente por Dário, em todos os documentos oficiais que se tem da morte de Cambises, só se tem a versão de Dário, e o que chama atenção é que o próprio Dário estava sozinho com o Rei Cambises.

Os guardas da época, quando perguntados, disseram que Dário estava sozinho com o Rei e quando vão ver o Monarca, este está morto, e Dário vivinho da silva acompanhado desta versão fajuta de que o Rei Cambises foi descer de seu cavalo para descansar, ele ao descer, feriu a coxa com sua própria espada.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

REINO DOS MEDOS - CIRO O GRANDE

 



Seu nome original de Ciro é Kūrušh

O império Caldeu está no auge, seu último rei é Belsazar que gosta muito de festas e de curtir a vida. Em uma noite de  5 ou 6 de Outubro do ano 539 a.C. quando o rei Belsazar neto de Nabucodonosor, dá uma de suas inúmeras festas para os seus mais de mil convidados da alta nobreza, regalada a muito vinho, música, sexo e risadas, acontece o evento da escrita na parede Daniel (5:1-31 ver Daniel 5). Nessa mesma noite, aos 62 anos, morre o velho rei Belsazar indolente e néscio. Ciro o Medo começa a reinar em seu lugar, dando fim ao Império Caldeu e começando a era do Império Medo Persa.

São vários povos que habitavam o planalto do Irã, alguns deles são; os iranianos, persas, Medos, Partas, Aquemênidas, Masságetas, Arsácidas, Sassânidas, Cimérios, Citas, Sacas, etc. Ciro o Grande é quem dá início do Poderoso Império dos Medos no ano 539 a.C. quando derrota Belsazar o último Rei Caldeu, o Profeta Isaías tinha profetizado a respeito dele, dizendo com riquezas detalhes seu nome e de como ele venceria os Caldeus - Isaías 44:24, 27, 28 - Isaías 45:1 com mais de 150 ou  200 anos de antecedência, muito tempo antes de o rei Ciro o Grande ter nascido, o profeta hebreu Isaías explicou como esse rei conquistaria a poderosa cidade de Babel.

Os filósofos e historiadores Heródoto e Xenofonte fornecem ambos o mesmo relato básico. Ciro, o Grande desviou o rio Eufrates, que atravessava a Suméria e servia como parte de seu sistema de defesa. Os exércitos conquistadores marcharam então pelo leito do rio, obtendo acesso à cidade através dos portões ao longo do cais. Os Caldeus, entregues a banquetes e festanças, foram apanhados totalmente de surpresa, e a cidade caiu naquela mesma noite. Isaías foi profeta em Jerusalém por cerca de 40 anos de 740 a 701 a.C. ele foi profeta nos reinados dos reis Uzias, Jotão, Acaz, e Ezequias, reis de Judá, Isaías 1:1.

Os persas se estenderam por um largo território. Dentre as suas conquistas destacamos: o Reino Caldeu, o Egito, os Reinos da Lídia, Fenícia, Síria, Palestina e as regiões gregas da Ásia Menor, etc.

Mas foram as suas ações posteriores que marcaram um avanço muito importante para o Homem. Ele libertou os escravos, declarou que todas as pessoas tinham o direito de escolher a sua própria religião, e estabeleceu a igualdade racial. Estes e outros decretos foram registados em acádico num cilindro de argila cozida (em escrita cuneiforme).

Conhecido hoje como o Cilindro de Ciro o Grande, este registo antigo foi agora reconhecido como a primeira carta mundial dos direitos humanos. Está traduzido nas seis línguas oficiais das Nações Unidas e as suas estipulações são análogas aos quatro primeiros artigos da Declaração Universal dos Direitos do Homem.

Com início na cidade Sumeriana de Babel, a ideia de direitos humanos espalhou-se rapidamente para a Índia, Grécia e por fim chegou a Roma. Ali o conceito de “lei natural” apareceu, na observação do facto de que as pessoas tendiam a seguir certas leis não escritas, no decurso das suas vidas, e a lei Romana era baseada em ideias racionais derivadas da natureza das coisas.

Documentos afirmando os direitos individuais, tais como a Magna Carta (1215), a Petição de Direito (1628), a Constituição dos EUA (1787), a Declaração Francesa de Direitos do Homem e do Cidadão (1789), e a Declaração de Direitos dos EUA (1791) são os precursores escritos de muitos dos documentos de direitos humanos de hoje.

O Rei Ciro da Média, deixou que as nações que estavam sob seu poder voltassem aos seus locais de origem, desde que continuassem pagando os tributos, foi a partir do ano 538 a.C. que Ciro escreve um decreto, deixando os povos exilados voltarem para seus países de origem Esdras 1:1 a 11, esta é mais uma profecia cumprida na bíblia, que foi proclamada pelo profeta de Deus Jeremias, Jeremias 25:1 a 38.

O Rei Ciro o Grande é o único ser humano não Hebreu chamado de Ungido na Bíblia, seu reinado durou de 559–530 a.C. totalizando 29 anos de reinado. Ele foi um dos maiores Reis de toda história, político extremamente habilidoso, bom gestor e um inteligentíssimo líder militar, ele expandiu o império dos medos ao máximo.

Ele era da Tribo dos Aquemênida e colocou os reino dos Medos em destaque no mundo, Ciro morreu em batalha quando lutava contra os Masságetas, ele foi ferido em batalha e não conseguiu se recuperar dos ferimentos. Ciro o Grande foi sucedido por seu filho Cambises II em 530 a.C., ao que parece, Cambises já governava o império Medo com seu Pai, sendo seu co-regente.


O Rei Ciro mencionado na Bíblia;

Isaías 44:26 a 28; - 45:1,2

Esdras 1: 1 a 4 - 4:3 a 7 - 5:13,14 - 6:14

2Cronicas 36: 22-23

O livro de Daniel possui várias referências a Ciro

Daniel 1:21 - 10:1 - 6:28

domingo, 17 de dezembro de 2023

NUNCA EXISTIU IMPÉRIO BABILÔNICO




O Império Babilônico nunca existiu, o que existiu foram povos que dominaram a região da Suméria que se identificavam com o nome de suas respectivas tribos.

Muitos povos dominaram a região da Suméria, tais como: Acádios, Gutios, Hititas, Elamitas e Assírios, e nenhum destes povos, chamou a região de Reino Babilônico, Reino da Babilônia ou Império Babilônico.

Acontece que a cidade Sumeriana de Babel foi sede governamental destas famílias poderosas que montaram reinos potentes e importantes.

Por hora, o que se sabe, segundo a arqueologia, é que foram três tribos poderosíssimas que fizeram da cidade Sumeriana de Babel, a sede de seus fortíssimos reinos. E foram os clãs ou tribos do Amoritas, Cassitias e dos Caldeus que fizeram da cidade de Babel, a sede de seus poderosos reinados.

 

Amoritas

O primeiro clã a fazer da cidade de Babel a sede de seu reinado foi o clã dos Amoritas, começando com o Rei Sumu Abum, fundador do Império Amorita, que reinou por 13 anos.

O Reino Amorita durou 300 anos, de 1895-1595.

Foram no total onze reis Amoritas que governaram seu império e estes chamavam seu império de Reino Amorita e não Reino Babilônico, o famoso Rei Hamurábi que reinou por 42 anos.

O último rei Amorita é o rei Samsu Ditana, que perde seu reinado para a tribo dos Hititas da Turquia, no caso, o Rei Hitita Mursil é quem derrota o Rei Samsu Ditana.  Com a queda do clã dos Amoritas, os Cassitas tomam o lugar que um dia foi da tribo Amorita.

 

Cassitas

Os Cassitas foram a segunda tribo a mandar na região da Suméria, seu reino ficou conhecido como Reino Cassita, outra vez, não vemos esta tribo chamar seu reinado de Império Babilônico. Eles chamavam seu vasto e poderoso reinado de Reino Cassita.

Eles também fizeram da cidade Sumeriana de Babel a sede governamental de seu império.

O Reino Cassita durou 440 anos, de 1595-1155 a.C.

O primeiro rei Cassita foi o Rei Gandas que reinou por 26 anos, foram mais de 18 reis Cassitas que governaram a Suméria tendo a cidade de Babel como Capital.

O último rei Cassita foi o Rei Enlil Nadin Ahhe que reinou 2 anos.

Que perde seu reinado para o Rei Sutruque-Nacunte Rei de Elam, a coroa do país foi dada a seu filho Cutir-Nacunte III. O Rei Cassita Enlil Nadin Ahhe tentou lutar contra o domínio dos Elamitas, mas não teve jeito. Os elamitas, sob o comando de Cutir-Nacunte, agiram com força contra os rebeldes, e após dois anos foram completamente derrotados e o Rei Enlil Nadin Ahhe foi capturado.

 

Caldeus

Os Caldeus foram os últimos a ter a cidade de Babel como capital de seu reinado.

O Reino Caldeu durou somente 87 anos, de 626-539 a.C.

A família dos Caldeus não são originários da cidade de Babel, eles são originários da cidade de Uruk, Nabonassar é o patriarca da família dos Caldeus, ele é pai de Nabucodonosor I que por sua vez é pai de Nabopolassar que derrota o último rei assírio Assur Ubalite II. Nabopolassar é pai de Nabucodonosor II.

Os Caldeus não chamavam seu reinado de Reinado Babilônico ou Império Babilônico, e sim de Reinado Caldeu.

 

A cidade de Babel foi sempre conhecida como Cidade de Babel, nunca foi mencionado o termo Babilônia pelos moradores da região ou pelas tribos que governaram a cidade ou a região da Suméria.

Quanto a Torre de Babel, nem se quer se soube desse nome na época pelas pessoas que moravam lá na época. Acontece que todos os lugares tem os famosos templos religiosos como se tem ainda atualmente, e na época não seria diferente, o que se chama erroneamente de Torre de Babel, na verdade, era simplesmente um templo religioso, que eles chamavam de Zigurati ou Etemenanki.

E estes templos religiosos no futuro, irá inspirar os egípcios a construírem suas famosas pirâmides.

Um fato bem curioso que ninguém menciona são os tão chamados Primeiro e Segundo Impérios Babilônicos. Isso não faz sentido, pois o Reino Amorita durou 300 anos, o Reino Cassita durou 440 anos e o Reino Caldeu durou somente 87 anos, forçando a barra, dá pra dizer que o reinado durou 100 anos, e não dá para ir mais longe que isso.

Porque cargas dáguas então, o menor dos reinos é mais famoso do que os reinos que duraram mais? Tem alguma coisa errada aí.

E outra, nenhum destes clãs chamaram seus reinados de Reinos Babilônicos, a cidade de Babel que tinha o deus Maduk como patrono, foi apenas a sede destes reinos.

Alguém pode até dizer que o nome Babilônia vem devido ao Cativeiro Judeu, mas acontece que o Cativeiro Israelita causado pelo Rei Assírio Salmanaser V foi bem maior e mais notório na época do que o Cativeiro Judeu, isto porque o reino do Norte de Israel era mais rico do que o Reino de Judá do Sul.

 

CALDEU



O membro mais antigo da família dos Caldeus é Nabonassar, ele foi um grande Sumo Sacerdote, da cidade de Uruk do Templo da Eanna (Inana) Deusa  do amor, da guerra e da fertilidade e da beleza. Este templo também era a residência do Deus Anu (An em Sumério) ele era Deus do Céu, Deus dos Deuses. O Templo ficava na cidade de Uruk, que era a Ereke da Bíbia e hoje é o país do Iraque. Se Nabonassr era o Sumo Sacerdote na cidade de Uruk, isto quer dizer, que esta família é oriunda de Uruk. Nabonassar não era somente um simples Sumo Sacerdote, ele detinha todos os títulos sacerdotais Sumerianos: 

Mah- O Sumo Sacerdote chefe no culto prático religioso, e o Teólogo principal.

Ummia - Ele era o Professor, Filósofo, Mestre e Rabino da escola de Uruk.

En - Sacerdote e Governador de Uruk.

Šatammu - Sumo Sacerdote e Juiz Supremo da Coorte Judiciária de Uruk. O termo Šatammu vem de Šataran que é Juiz Supremo das Leis Jurídicas Sumérias, é daí que vem o termo Šatanás.

O nome original de Nabonassar é Nabû-Nāṣir que quer dizer 'Nabu (é) protetor'. O Deus Nabu é o deus Sumeriano da escrita e da sabedoria, da alfabetização, das artes, do conhecimento, deus dos escribas e o deus da educação. Na mitologia Sumeriana, Nabu foi quem deu a escrita para o homem. É o filho de Marduk e casado com Tasmetum. É mencionado na Bíblia como Nebo.

O Šatammu  ou Sumo Sacerdote Nabonassar foi chefe religioso no  templo Eanna em Uruk quando Assaradão reinava na Assíria 681-669 a.C. 

Nabonassar foi pai de Nabucodonosor I, Nabucodonosor I foi pai de NabopolassAr e Nabopolassar foi pai de Nabucodonosor II, Nabucodonosor II conquista o Reino de Judá.

O Caldeu Nabopolassar, pai de Nabucodonosor II, faz muitas coalisões com os reinos da Lídia, Média, Persa, Egito, etc. Seu nome original é Nabu Apla Usur, que quer dizer "Nebo Proteja o Filho"

Com dinheiro em caixa, com o exército armado, com comida estocada e com outros recursos em posse, o Rei Caldeu Nabopolassar, pai de Nabucodonosor II, faz guerra contra a Assíria, e com ajuda de outros reinos (países), vence com muita dificuldade o poderoso, glorioso e fortíssimo Reino da Assíria, vale ressaltar que o Rei Caldeu Nabopolassar, pai de Nabucodonossor vence com muita dificuldade a Assíria, e se não fosse com ajuda de outros reinos (países) ele não conseguiria vencer, pois a Assíria, mesmo com brigas internas, era um poderoso oponente. 

Vencido o forte Reino da Assíria, o Rei Caldeu Nabopolassar, pai de Nabucodonosor, começa a fortificar seu reino e fixa na cidade Sumeriana de Babel, a sede do seu vasto reinado. Nabopolassar, governou seu poderoso império na Cidade de Babel, seu filho e sucessor, Nabucodonosor também reina em Babel. Nabucodonosor foi um ótimo rei, assim como fora seu pai Nabopolassar, ele deu continuidade à riqueza da Caldeia, neste período, o Reino Caldeu era o maior reino do mundo. 

Não existiu o Reino Babilônico, por assim dizer, pois os Caldeus chamavam seu reinado de Reino Caldeu, o termo Reino Babilônico nunca foi citado por eles.

Nabucodonosor continua a expansão do reino da Caldeia e conquista muitos reinos, inclusive o reino de Jerusalém, no dia 16 de março de 597 a. C., seu nome original é Nabû Kudurri Uṣur quer dizer "Nabu ou Nebo, Vigie meu Herdeiro" Nebo, proteja as Fronteiras” ou “Nebo proteja meu Reinado”


Jerusalém cai nas mãos de Nabucodonosor

O último rei de Jerusalém foi o Rei Zedequias, o Rei Zedequias viu seus filhos serem presos, torturados e mortos na sua frente, ele foi preso, algemado, cegado e levado como prisioneiro para a cidade Sumeriana de Babel, onde morreu preso e humilhado em 586 a.C. 2 Reis 25:7 (ver 2Reis 25). A Capital do Reino de Judá era Jerusalém, tendo o templo sagrado no Monte Moriá. Nabucodonosor mandou queimar toda Jerusalém, destruiu o Templo Sagrado que ficava no Monte Moriá e destruiu toda Judá, deixando todo pais em ruínas. 

O declínio do Império Caldeu se dá quando o último rei Caldeu que foi o Rei Belsazar começa a gerenciar mal seu império.

Com a morte de Nabucodonosor, sua filha Nitócris reina junto com seu marido, o Rei Nabonido, Nitócris e Nabonido foram os pais de Belsazar, quando a rainha Nitócris morre, seu marido o rei Nabonido continua a reinar, neste período seu filho Belsazar reina junto com seu pai. Com o tempo, o rei Nabonido também morre e seu filho Belsazar reina sozinho em Babel, com a morte de seus pais, seu reinado é um reinado ruim e desastroso.

No ano 539 a.C. o rei indolente Belsazar dá uma festa para seus lordes, o número destes convidados de alta classe é de mil pessoas, animado pelo vinho, mandou trazer os vasos sagrados que o seu "pai" (ou, mais precisamente, avô) Nabucodonosor havia pilhado do templo de Jerusalém, e, com seus príncipes, bebeu neles. De repente, apareceu uma mão, que escreveu na parede o julgamento de Deus. As palavras eram Mene, Tequel e Parsim. Como ninguém descobriu o significado das palavras, chamaram um ex-sábio do rei Nabucodonosor, Daniel, que interpretou as escritas; na mesma noite, o reino dos caldeus chegou ao fim, e o rei foi morto no ano de 539 a.C. O reino foi tomado por Ciro da Tribo dos Aquemênidas e Rei dos Medos.

Sobre a Queda de Jerusalém, ler;

Jeremias 39 - 46 - 52

2Reis 25 

2 Crônicas 36

Durante muito tempo, a ausência de registros arqueológicos do nome do Rei Belsazar pôs em dúvida o texto do Livro de Daniel, porém em 1854 Sir Henry Rawlinson encontrou uma inscrição de Nabonido na qual ele se referia ao seu filho mais velho. No final do século XIX, foram encontrados documentos de recibos e contratos, com a data do terceiro ano de Marduquesaruzur, que corresponde a Belsazar.

sábado, 16 de dezembro de 2023

ASSÍRIA

 


O Reino da Assíria foi um grandioso império que abalou o mundo de sua época. Mas nem sempre foi assim, no começo o povo da Assíria era um povo pacato e manso.

Os assírios moravam no Norte da Suméria, e o terreno lá é montanhoso, seco e árido, que dificulta a pastagem e a agricultura, mas os assírios faziam o que davam para viver.

Acontece que eles começaram a ser invadidos e escravizados por muitos povos e nações, com o tempo, os assírios perceberam que se eles não fizerem alguma coisa, sua sina nunca iria mudar, então eles juntaram dinheiro, começaram a estudar as nações que estavam ao seu redor, estudaram a forma de organizar um exército, treinaram técnicas de lutas, fizeram armamentos e se dedicaram a também estudar estratégia de guerra. Também começaram a guardar munições, comida e começaram a se organizar.

Mas se eles moravam em uma região tão ruim, por quê eles foram invadidos? Eles foram invadidos devido ao que havia na região. O norte da Suméria que é onde eles moravam, tinha muito bronze onde eles obtinham o estanho. Criavam e comercializavam Gado, Ovelha, Cabras, etc. Os ricos moravam próximos ao Rio Tigre, já os pobres moravam nas regiões próximo às montanhas, sem contar que a região estava em um local estratégico para rotas comerciais.

O tempo passou e os Assírios agora estavam prontos a pararem de serem conquistados e passarem a ser conquistadores, e assim fizeram. O Império Assirio se ergueu efetivamente por volta de 1.300 a.C. e perdurou até 612 a.C. totalizando 688 anos de Império no Mundo, o povo da Assíria era Semita e seus reis eram todos guerreiros, este império foi um império cruel, sanguinário e violento. Os assírios caracterizaram-se, sobretudo, por serem uma nação de guerreiros, isto é, estavam enquadrados em uma sociedade militarizada, governada por uma aristocracia militar altamente organizada. O império Assírio era uma perfeita máquina de guerra. Para evitar revoltas ou insurreição dos povos que conquistavam, os assírios deportavam a população de sua região originária e levavam-nos como escravos para outras partes do império. Essa estratégia desagregava as outras culturas, retirava-lhes a unidade e impedia-as de se reorganizarem.

Os assírios com sua máquina de guerra extremamente violenta, causava medo nas outras nações, tinham países que se entregavam para os Assírios só pela sua fama, isto acontecia porque seu exército não hesitava em decapitar, empalar, castrar, enforcar, queimar, afogar, estrangular, estuprar, esquartejar e torturar seus inimigos. Alguns de seus escravos eram oferecidos em oferta ao deus Assur, no caso, eles queimavam pessoas em homenagem ao deus Assur Aš-šhur. O deus principal dos Assírios era o deus Assur, o deus Assur era o deus do Sol, deus da luz, deus da sabedoria e do conhecimento, também era o deus da guerra. O deus Assur foi marido da deusa Ninlil, a deusa Ninlil era a deusa da cura, deusa mãe.

O Reino da Assíria que até então era o Reino mais poderoso do mundo começou a ter muitas brigas internas entre seus governantes, algumas nações que estavam sob o domínio Assírio, começou a se rebelar, sem contar que a corrupção e mal governo de seus últimos reis somaram para a queda deste grande império.

Os últimos reis da Assíria foram o Rei Sin Sariscum SÎN-ŠAR-IŠKUN, quer dizer "Sim Estabeleceu ou Confirmou o Rei" e o Rei Assur Ubalite, ambos estes reis enfrentaram as tropas de Nabopolasar rei da Caldeu e pai de Nabucodonosor, o penúltimo Rei da Assíria o Rei Sin Sariscum até que tentou derrotar Nabopolassar, mas ele teve outra briga interna com seu irmão Aššur Etil Ilāni que reinava em outra parte do País, ambos eram filhos do grande Rei Assur Banípal, quando Assur Banípal morre, os irmãos brigam pelo poder. Nessa briga entre os irmãos, Sin Sariscum vence seu irmão Aššur Etil Ilāni que morre em 627 a.C.

O Rei Sin Sariscum morre em  612 a.C. em seu lugar reina o Rei Assurubalite, que pega um reino devastado, endividado, fraco e decadente.

As principais cidades da Assíria eram as cidades de Assur e Nínive, inclusive o profeta Jonas foi pregar nesta cidade; (ver livro profeta Jonas), o profeta Naum profetizou contra esta cidade (ver profeta Naum).

No ano 722 o Rei Salmanaser SALMĀNU-AŠARĒD 'Salmanu é o Principal' derrota Samaria, o último Rei de Samaria foi o Rei Oséias que não obedeceu a Deus, por conta disso, Salmanasser invadiu Samaria e devastou toda a região 2 Reis 17:1-4 ele levou o povo de Israel cativo para seu império, espalhando o povo. (ver 2Reis 17). O livro de Tobias registra que o povo de Israel realmente estava na Assíria (ver livro de Tobias).

Nessa época Samaria era a capital de Israel, tendo seu templo sagrado no Monte Gerizim. Salmanaser levou o povo de Israel (Samaria) como cativo e espalhou o povo por seu império 2 Reis 17: 6,7 (ver 2 Reis 17). Salmanasser mandou queimar toda Samaria, destruiu o Templo Sagrado que ficava no Monte Gerizim e destruiu todo Israel, deixando todo pais em ruínas.

ELAMITAS

 


Os Elamitas foram um povo antigo que viveu no Planalto Iraniano, ao sul do atual Irã. 
A civilização Elamita remonta desde 6 a 5 mil anos a.C. eles são a primeira civilização conhecida na região do atual Irã, ainda no final do Neolítico, tendo como capitais Anshan e depois Susa.
Segundo relatos bíblicos de Gênesis 10;22, Elam seria filho de Sem e neto de Noé. Portanto, seus descendentes seriam contados entre as nações semitas. 
Os Elamitas foram rivais dos Sumérios, Acádios, Mitanis, Hurritas, Amoritas, e Cassitas na disputa pela hegemonia da região da Suméria.
O Rei Sutruque-Nacunte Rei de Elam, por fim, derrota o último Rei Cassita, que foi o Rei Enlil Nadin Ahhe que reinou 2 anos. 
Os Elamitas falavam uma língua aglutinante, de afinidades desconhecidas, chamada Elamita. 
Foi a língua oficial do Império Aquemênida do século VI ao IV a.C.. Os registros escritos mais recentes do idioma datam da conquista do Império Aquemênida por Alexandre, o Grande. 
Os Elamitas viveram entre 2.500 a.C. e 539 a.C.. 
Em Atos 2,9, é destacado que haviam Elamitas presentes na descida do Espírito Santo no Dia de Pentecostes. 
O último Rei Elamita foi o Rei Tamaritu II que perdeu seu reinado para o Rei Assírio, Assurbanipal, no ano 647 a.C.. Por fim, os Elamitas foram derrotados Nabucodonosor II da Caldéia, o mesmo Nabucodonosor que capturou o Reino de Judá. 

HITITAS

 

"Os hititas foram um povo indo-europeu que se estabeleceu na região da Anatólia, também conhecida como Ásia Menor (atual Turquia), provavelmente antes de 2000 a.C. A partir de 1700 a.C., eles formaram um grande império na região, que chegou a rivalizar com o Império Egípcio (inclusive travando guerras contra eles). A Civilização Hitita exerceu sua hegemonia na região até aproximadamente 1200 a.C., quando foram conquistados pelos assírios.

As primeiras evidências da existência dos hititas foram localizadas ainda no século XIX, no entanto, a comprovação acerca desse povo aconteceu em dois grandes momentos. Primeiramente, em 1906, o arqueólogo alemão Hugo Winckler descobriu mais de 10 mil tábuas escritas pelos hititas.

As tábuas encontradas por Winckler registravam informações importantes da história dos hititas e de suas transações comerciais, por exemplo. O conhecimento sobre o conteúdo dessas placas só foi possível pelo trabalho do linguista checo Bedrich Hrozny, que, em 1916, conseguiu decifrar o idioma hitita e identificou-o como uma linguagem indo-europeia.

O trabalho de Hrozny pôde ser feito graças à tradução do trecho em hitita `Nu Ninda-An Ezzateni, Vatar-Ma Ekuteni’, que significa “você comerá pão, você beberá água”. A partir disso, ampliou-se a compreensão dos historiadores sobre a trajetória da civilização formada pelos hititas.

A história dos hititas foi organizada pelos historiadores com a seguinte cronologia:

Antigo Império Hitita (1700-1400 a.C.)

Médio Império (1400-1343 a.C.)

Novo Império ou Império Hitita (1343-1200 a.C.)

O Antigo Império iniciou-se aproximadamente em 1700 a.C., com a fixação dos hititas na região e com a formação de um império. O estabelecimento dos hititas aconteceu a partir das campanhas promovidas contra os Hatitas, um povo natural da região da Anatólia. Os ataques dos hititas concentraram-se contra a capital Hatita, que se chamava Hattusa.

Com a derrota dos Hatitas e a destruição de sua capital, os hititas reconstruíram-na pouco tempo depois e fizeram dessa cidade a capital de seu império. A conquista de Hattusa e a fundação do Império Hitita deram-se sob a liderança do rei Hatusil I. Atribui-se a esse rei o mérito de ter conseguido unificar o reino hitita e ter governado as grandes cidades da região com a ajuda de seus familiares.

Dessa forma, os hatitas foram gradualmente assimilados pelos hititas, e os historiadores afirmam ter existido uma grande influência da cultura hatita na cultura hitita. No entanto, sobre o curto período do Médio Império, o conhecimento desses especialistas é extremamente limitado por causa da falta de fontes com informações dessa fase da história dos hititas.

Durante o Novo Império, os hititas alcançaram o seu auge, principalmente durante os anos de reinado do rei Supiluliuma I, considerado o mais importante e mais poderoso rei dos hititas e que teria assumido o poder em 1344 a.C. Sob o governo dele, os hititas conseguiram derrotar o Reino dos Mitani (reino dos hurritas), transformando seus habitantes em vassalos.

Além disso, durante o reinado de Supiluliuma I, os hititas conquistaram os territórios do Levante (que corresponde a parte do Líbano, Síria e Israel). Essa região era controlada pelos egípcios, que foram sucessivamente derrotados com o crescimento e fortalecimento do exército dos hititas. Supiluliuma I ampliou seu ataque contra os egípcios após um de seus filhos ter sido morto por um general do exército egípcio.

Na campanha militar contra os egípcios, o rei Supiluliuma I morreu vítima de uma praga que se espalhou na região em 1322 a.C.. O seu filho, Arnuwanda II, sucedeu-o durante um breve período como rei hitita, porém também foi vítima da praga, e o poder passou para Mursili II, o filho mais novo de Supiluliuma I. Mursili II foi rei hitita no período de 1321 a.C. a 1295 a.C.

O reinado de Mursili II também foi bastante próspero, com o rei garantindo o controle sobre as terras já conquistadas e dominando novos territórios. Durante esse reinado, os historiadores acreditam que os hititas travaram guerras contra um povo chamado Ahhiyawa, que, muito provavelmente, trata-se dos micênicos. Existe, inclusive, uma teoria que afirma que a Guerra de Troia foi, na verdade, uma guerra travada entre micênicos e hititas na Ásia Menor.

Após os reinados de Supiluliuma I e Mursili II, os hititas entraram em um processo de decadência, que coincidiu com o fortalecimento dos assírios na Mesopotâmia. A região foi gradualmente conquistada por esse povo, e a capital Hattusa foi destruída por volta de 1200 a.C. Os historiadores acreditam que a região de Hattusa permaneceu esvaziada até por volta de 800 a.C.

O último rei Hitita foi o Rei Supiluliuma II que pode ter sido morto no grande saque de Hatussa em 1190 a.C. Hatussa foi destruída e ficou por mais de 500 anos abandonada, foi reocupada pelos Frígios, por Cuzi Tessube, um governante de Carquemis e descendente de Supiluliuma II. 


Os hititas e a Bíblia

Os hititas são mencionados na Bíblia em diversas passagens, com algumas traduções da Bíblia usando a denominação heteus. São listados no livro de Gênesis 10,15 (a tabela das nações) como a segunda das doze nações cananeias, descendentes de Hete (חת ḤT no alfabeto hebraico de consoantes). Sob os nomes בני - חת (BNY-HT "filhos de Hete") ou חתי (HTY "nativos de Hete"), eles são mencionados várias vezes como vivendo em ou próximo a Canaã, desde o tempo de Abraão (estimado entre 2 000 a.C. e 1 500 a.C.) até o tempo de Esdras após o retorno do cativeiro babilônico (cerca de 450 a.C.). Hete (hebraico: חֵת, moderno: Het, Tiberiano: Ḥēṯ) é descrito em Gênesis como sendo um dos filhos de Canaã, filho de Cam, filho de Noé.

Os hititas são contados desse modo entre os Cananeus. São descritos geralmente como pessoas que viveram entre os Israelitas mas que tinham seus próprios reis e território, e eram suficientemente poderosos para pôr um exército sírio em fuga segundo o registro bíblico. Urias, marido de Betsabá, era hitita segundo a Bíblia (Segundo Livro de Samuel).



CASSITAS


Os Cassitas ou Kashshû foram uma tribo do Antigo Oriente que imperou na região da Suméria cerca de 1 531 a.C. O reinado dos Cassitas durou até 1.155 a.C., quando foram derrotados pelos Elamitas. Sua linguagem é classificada como isolada.

Os Cassitas são um dos povos com origem mais misteriosa dentre os vários que povoaram a antiga Mesopotâmia. Acredita-se que são oriundos do sudoeste do Irã e que chegaram à Suméria através dos Montes Zagros. As primeiras menções dos Cassitas os situam no século XVIII a.C., quando atacaram a região da Acádia ou Suméria no nono ano de reinado de Samsiluna 1 686 - 1 648 a.C., filho de Hamurabi. Samsiluna repeliu a invasão, porém os Cassitas conquistaram o norte da região Sumeriana, após a queda deste para os hititas em 1 531 a.C., terminando por conquistar também a parte sul em 1 437 a.C..

Gandas foi o primeiro rei Cassita que se tem notícia, ele reinou por 26 anos, os Cassitas eram aliados dos Hititas e juntos, derrubaram o último rei Amorita, Samsu Ditana, o rei Hitita Mursil I quem derrotou Sansu Ditana, tendo apoio dos Cassitas.

Eles fizeram da cidade Sumeriana de Babel, a capital do seu império, os Cassitas governaram a região de  1 595 a.C. a 1 155 a.C. 440 anos. Eles nunca chamaram seu reinado de Reino Babilônico, desde Gandas, que foi o primeiro Rei Cassita, até seu último rei, que foi o Rei Enlil Nadin Ahhe, chamavam seu vasto domínio de Reino Cassita.

Os Cassitas impuseram a paz e a ordem no território, criando um período de estabilidade, proporcionando uma grande prosperidade. Houve uma caída no número de habitantes nas cidades e um aumento de grandes povoados e aldeias, o que poderia significar uma melhor partilha da terra de cultivo e a segurança suficiente para estabelecer-se fora da proteção das cidades. Os preços baixaram durante um século em um padrão-ouro, como é feito na atualidade.

Os Cassitas formavam uma reduzida elite social disseminada pelo território, sendo o núcleo do exército, do governo e da corte. A ascensão da dinastia Cassita ao trono não supõe ter havido uma ruptura cultural nem política, e pouco a pouco foram sendo diluídos nos elementos Acádios e Sumérios originais. Os últimos reis da dinastia possuíram nomes Sumérios-Acádios.

Os Cassitas criaram uma rede de províncias para administrar o reino, geralmente governadas por personagens locais. Em nível internacional, a sede do reinado que é a cidade de Babel fica distante do centro político, já que primeiro Mitani e também a Assíria criam obstáculos para a sua saída ao norte. Ainda assim, os contatos e relações comerciais são frequentes. Assim, o Rei Caraindas organizou um serviço de correio regular com o Egito. O Rei Curigalzu I financiou com ouro egípcio a construção de sua nova capital, Dur-Curigalzu. O Rei Cadashmanenlil I ou Cadasmanenlil ofereceu, primeiramente, sua irmã e, posteriormente, sua filha em matrimônio com Amenófis III. Tem-se registros através das cartas encontradas em Amarna das negociações que levaram a cabo de ambos monarcas para estabelecer uma contrapartida em ouro. Também sabe-se das relações comerciais que mantiveram com os reis hititas Hatusil III e Cadasmanenlil II. Escavações realizadas na década de 1960 na área do Bahrein, em cuja ilha está localizado um assentamento comercial e uma fortaleza, e textos localizados em Nipur, sugerem que essa zona do Golfo Pérsico era governada por reis Cassitas.

O último rei Cassita foi o Rei Enlil Nadin Ahhe, que foi derrotado pelo Rei Elamita, Shutruk Nakhunte

Segundo alguns peritos os primeiros Cuxitas (Cusitas) descendentes de Cuxe que se espalharam logo após a dispersão da Torre de Babel eram os Cassitas mesopotâmicos ou que certos grupos deste povo permaneceu na Mesopotâmia (cassitas) e que o resto migrou para o oeste da península Arábica e leste da África na Etiópia.


AMORITAS


Os Amoritas eram povos semitas oriundos do deserto sírio-árabe que invadiram as cidades-estado da Suméria por volta de 2000 a.C., após a queda da civilização suméria-acadiana.

Eles fizeram a sede de seu império na cidade Sumeriana de Babel, que seria um dos muitos centros comerciais sumerianos graças à estratégica localização, cerca de 75 km da atual capital iraquiana Bagdá. Os Amoritas nunca chamaram seu reinado de Reino Babilônico, e sim de, Reino Amorita ou Reino Amorreu, desde o seu primeiro rei, que foi o Rei Sumuabum, até seu último rei, que foi o Rei Samsu Ditana, chamavam seus domínios de Reino Amorita ou Reino Amorreu, e não Reino Babilônico.

O império Amorita foi erguido pelo Amorreu Sumuabum, por volta de 1894 a.C., resultando em diversas disputas com remanescentes dos povos Sumérios e Acadianos até a unificação realizada pelo Imperador Hamurabi, formando o Primeiro Império Babilônico, embora não houve um Império Babilônico propriamente dito.

O Império Amorita durou 300 anos, de 1895 com Sumuabum sendo seu primeiro rei, até 1595 com Samsu Ditana sendo seu último rei.

O Rei Hamurabi foi responsável por um grande avanço no setor agricultor ao construir canais de irrigação próximos aos rios, além de expandir o reino Amorita para além do Golfo Pérsico, agregando territórios da atual Turquia, do rio Khabur, na Síria e nos montes Zagros, mais ao leste.

Tais avanços imperiais exigiam um controle efetivo do Estado, que ficava responsável por fiscalizar todas as obras empreendidas pelo imperador. Com isso, o Estado ficou centralizado na mão da monarquia, que com o passar dos tempos mostraria caráter mais interventor e autoritário em suas decisões.

A história clássica fala que Hamurabi escreveu o primeiro código de Leis, mas isso não é verdade, pois o Rei de Lagash Urucaguina é quem escreveu o primeiro código de leis que ficou conhecido como "O Código de Urucaguina”, temos também o Rei da cidade de Ur, Ur Namur que também escreveu um código de leis, o código de Ur Namur foi descoberto somente em 1952, pelo assiriólogo e professor da Universidade da Pensilvânia, Samuel Noah Kramer. 

Apesar de tomar a cidade dos antigos povos Sumérios e Acadianos, que desenvolveram suas próprias culturas, os Amoritas adotaram a mesma escrita, arte, literatura e sistema de educação, apesar de manterem seu idioma de origem semita.

Na prática comercial, os mercadores eram subordinados ao Estado na venda de produtos artesanais, auxiliando a monarquia na cobrança de impostos dos contribuintes. De fato, as atividades privadas eram subsidiadas pelo Estado, que fornecia propriedades agrícolas aos funcionários públicos e arrendatários, fazendo com que o poder público controlasse o giro da economia.

Os antigos povos mesopotâmios, que eram politeístas (ou seja, acreditavam em mais de um deus), presenciaram uma grande reforma religiosa a mando de Hamurabi. O deus Marduk seria elevado como principal divindade de toda a Mesopotâmia, recebendo uma importante reverência com a construção do Zigurate de Babel, que seria citado no livro de Gênesis, na Bíblia, como a tentativa humana de chegar ao céu.

Com a morte da importante figura política de Hamurabi, o Império Amorita cairia com as revoltas populares das cidades-Estados dominadas, as conspirações contra a sucessão imperial e as grandes cargas de trabalho delegadas pelo Estado aos camponeses. Isso daria margem para a invasão dos Cassitas, povo indo-europeu que habitava no leste do rio Tigre - à Baixa Mesopotâmia, acabando com o domínio dos Amoritas.

Samsu Ditana foi o último rei Amorita, ele perde seu reinado para os Hititas, o Rei Hitita Mursil I, com a derrota do povo Amorita, os Cassitas tomam o poder na região.


ABRAÃO

Na época de Abraão, até que existia a cidade de Ur, mas esta cidade não estava em poder dos Caldeus, pois esta tribo não estava no poder no momento, quem estava no poder era o clã dos Amoritas que fundam o Império Amorita com o Rei ou Lugal ou Patesi Samuabum que foi o primeiro rei da Amorita. 


GUTIOS

 

Os Gutios são conhecidos por vários nomes, como por exemplo, Guti (/ ɡ uː t i /) ou Quti, Gutians ou Guteans, eram um povo nômade da Ásia Ocidental, ao redor das montanhas Zagros (Irã moderno) durante os tempos antigos. Sua terra natal era conhecida como Gutium. O conflito entre Gutium e o Império Acadiano foi associado ao colapso do Império da Acádia no final de 3 000 a.C. Os Guti subsequentemente invadiram o sul da Suméria ou Mesopotâmia e formaram a dinastia Gutian da Suméria. A lista de reis Sumérios sugere que os Guti governaram a Suméria por várias gerações após a queda do Império Acadiano.

Durante o período do Império Acadiano, os gutianos cresceram lentamente em força e então estabeleceram uma capital na cidade de Adab. Os gutianos finalmente invadiram Acádia e, como a Lista de Reis nos diz, seu exército também subjugou Uruk pela hegemonia da Suméria, por volta de 2147–2050 aC.

O primeiro rei Gutio foi o Rei Erridu Pizir, ele reinou na cidade de Nippur, fazendo a cidade de Nippur a sede de seu Império, ele comandou toda região. Erridu Pizir derrotou o Rei Shu Durul, o último rei da Acádia, depois de governar a Acádia por 14 anos, Shu Durul enfim, perde seu reinado para o rei gutiano Erridu Pizir. O Império Gutio durou de  2 300 a.C. - 2 100 a.C. tendo portanto, 200 anos de duração.

Os gutianos invadiram também Elam brevemente na mesma época, no final do reinado de Kutik-Inshushinak (c.2100 aC). Em uma estátua do rei gutiano Erridu Pizir em Nippur, uma inscrição imita seus predecessores acadianos, denominando-o "Rei de Gutium, Rei dos Quatro Quartos".

Os anais reais assírios usam o termo Gutianos em relação às populações conhecidas como medos ou manáus. Ainda no reinado de Ciro, o Grande, da Pérsia, o famoso general Gubaru (Gobryas) foi descrito como o "governador de Gutium".

Sargão, o Grande também os Gutiuns entre suas terras, listando-os entre Lullubi, Armanum e Akkad ao norte; Nikku e Der ao sul. De acordo com uma estela, o exército de 360.000 soldados de Naram-Sin de Akkad derrotou o rei Gutian Gula'an, apesar de ter 90.000 mortos pelos gutians.

A épica lenda cutheana de Naram-Sin reivindica Gutium entre as terras invadidas por Annubanini de Lulubum durante o reinado de Naram-Sin (c.2254–2218 a.C). Os nomes dos anos contemporâneos para Shar-kali-sharri de Akkad indicam que em um ano desconhecido de seu reinado, Shar-kali-sharri capturou Sharlag , rei de Gutium, enquanto em outro ano, "o jugo foi imposto a Gutium".

Segundo a lenda Sumeriana, por duas vezes o Deus Marduk convocou as forças de Gutium contra Naran Sin, Marduk deu seu reinado à força Gutian. Os gutianos eram pessoas infelizes que não sabiam como reverenciar os deuses, ignorantes das práticas de culto corretas. Segundo a lenda, retrata os reis gútios como incultos e rudes. Utu-hengal, o pescador, pegou um peixe na beira do mar para uma oferenda. Esse peixe não deveria ser oferecido a outro deus até que tivesse sido oferecido a Marduk, mas os gutianos pegaram o peixe cozido de sua mão antes de ser oferecido, então, por seu augusto comando, Marduk removeu a força gutiana do governo de sua terra e deu a Utu-hengal.

O Rei Utu-hengal da cidade Suméria de Uruk derrota o último rei gutiano Tirigan e remover os Guti do país por volta de 2050 a.C. 

Tirigan governou por 40 dias antes de ser derrotado por Utu-hengal de Uruk. Em sua Estela da Vitória, Utu-hengal escreveu sobre os gutianos: “Gutium, a cobra com presas das cordilheiras, um povo que agiu violentamente contra os deuses, povo que a realeza da Suméria para as montanhas tirou, que a Suméria encheu de maldade, que de alguém com uma esposa sua esposa tirou dele, que de alguém com um filho seu filho tirou dele, que maldade e violência produziram dentro do país..."

Em seguida, Ur-Nammu de Ur ordenou a destruição de Gutium. O ano 11 do rei Ur-Nammu também menciona "Ano em que Gutium foi destruído". No entanto, de acordo com um épico sumério, Ur-Nammu morreu em batalha com os gutianos, depois de ter sido abandonado por seu próprio exército.

Um texto sumeriano do início do segundo milênio refere-se ao Guti como tendo um "rosto humano, astúcia de cachorro e constituição de macaco". 

Os estudiosos da Bíblia acreditam que os Guti podem ser os " Koa " ( qôa ), nomeados com Shoa e Pekod ou Pekode  como inimigos de Jerusalém em Ezequiel 23:23, “²³ Os filhos de Babilônia, e todos os caldeus de Pecode, e de Soa, e de Coa, e todos os filhos da Assíria com eles, jovens cobiçáveis, capitàes e magistrados todos eles, grandes e afamados senhores, todos eles montados a cavalo. Ezequiel 23:23” que provavelmente foi escrito no século VI aC.

Os Guti históricos foram considerados os antepassados do Povo Curdo.


ACÁDIOS



Os Acádios eram da tribo dos Semitas, eles formaram um poderoso Império na região da Mesopotâmia depois de entrarem em guerra para tirar o poder do povo Sumério em torno de 2.300 a.C. foi o um império multiétnico, governado a partir de um centro. 

Os Acádios moravam na cidade Sumeriana da Acádia, eles falavam o Sumério com um sotaque carregado, que hoje é chamado de Idioma Acadiano. Os Acadianos portanto, eram os moradores de uma das cidades fundadas pelos Sumérios e muitos dos Acádios eram Sumérios.

O Império Acadiano exerceu influência na Mesopotâmia, no Levante e na Anatólia, ao enviar expedições militares ao sul até Dilmum e Magão (atual Barém e Omã) na Península Arábica.

O período Acadiano é geralmente datado de c. 2334 até c. 2154 a.C. 

O Império Acadiano atingiu seu ápice político entre o século XXIV e XXII a.C., seguindo as conquistas de seu fundador Sargão da Acádia. Sob o regime de Sargão e seus sucessores, a língua Acádia foi brevemente imposta aos Estados vizinhos conquistados, como Elam e Gutium. A Acádia é considerado como o primeiro império da história, mas isso não é bem verdade, pois o mítico personagem Nimrud, que é relatado na Bíblia como um grande conquistador, já tinha montado um império, bem antes.

Sargão o Grande derrotou o último rei Sumeriano que foi o Rei ou Lugal Zaguesi, Zaguesi foi Rei ou Lugal da cidade de Umma, mais tarde Zaguesi tornar-se-ia rei de toda Suméria, tendo a cidade de Uruk como a capital de seu império. Foi o único membro da terceira dinastia de Uruk e teria governado o país por por 25 ou 34 anos (dependendo da interpretação da lista real suméria).

Quando Sargão derrotou Zaguesi, ele desfilou com o antigo monarca, exibindo-o preso com uma canga em seu pescoço e matando-o logo em seguida.

Sargão o Grande ou Sargão da Acádia é um personagem histórico muito famoso, a história de sua infância é parecida com a história de Moisés, quando este foi colocado por sua mãe no Rio Nilo e foi achado pela filha do Faraó.

Na verdade, a história de Moisés que é parecida com a história de Sargão, já que o Grande Rei Sargão da Acádia nasceu primeiro que Moisés. O Rei Sargão nasceu por volta de c. 2 300 a.C. e Moisés nasceu 1560 ou 1500 a.C.. Isso dá cerca de 800 ou 740 anos de diferença. 

O nome do pai de Sargão é La'ibum, mas por algum motivo na lenda, ele diz não ter conhecido seu pai.

Segundo a lenda, o rei Sargão da Acádia foi colocado em uma cesta de junco e lançado no rio por sua mãe. Ele foi resgatado por Aqqi, que o adotou como seu próprio filho. Já crescido, Sargão foi protegido pela deusa Ishtar, ela era uma deusa Sumeriana, patrona da cidade de Ur, Ishtar era a deusa do amor e da guerra, seu nome original Sumério é Inana.

A deusa Ishtar  introduziu Sargão na corte do Rei ou Lugal ou Patesi Ur-Zababa, rei da cidade de Kish com as funções de servidor de vinho, copeiro, palavra essa que no mundo antigo era conhecido como Escanção.

Não devemos nos esquecer de que tanto a os Sumérios quanto o Egito, tinham culturas ribeirinhas. Colocar um bebê num cesto à prova d’água pode ser considerado uma maneira um pouquinho mais satisfatória de livrar-se duma criança do que jogá-la num aterro sanitário, o que era mais comum.

“Sargão, rei forte, rei de Akkad [Acádia], eu sou. A minha mãe era uma sacerdotisa, o meu pai, não sei. A minha família paterna habita a região da montanha. A minha cidade [de nascimento] é Azupiranu, que fica na margem do rio Eufrates. A minha mãe, uma sacerdotisa, concebeu-me, em segredo. Ela colocou-me numa cesta de junco, com betume ela calafetou a minha escotilha. Ela abandonou-me no rio do qual eu não podia escapar. O rio levou-me até Aqqi. Aqqi, o carregador de água ergeu-me quando mergulhou o seu balde. Aqqi, o carregador de água, criou-me como sendo seu filho adotivo. Aqqi, o carregador de água, colocou-me a trabalhar no seu jardim. Durante o meu trabalho no jardim, Ishtar amou-me de modo que durante 55 anos governei como um rei.” (Citação resumida de A lenda de Sargão, de Brain Lewis.)


quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

EGITO - KHEMET

 



Os Egípcios são originalmente conhecidos como Khemet que quer dizer, Quente, referindo-se ao povo Negro que mora na região. O Kemet ou Egito fica na África, portanto, o povo que morava lá naquela época era Negro, Preto, Escuro.

A vida egípcia estava regulada pelas cheias do rio Nilo. Quando as águas voltavam ao leito normal deixavam o solo recoberto com um limo que fertilizava a terra para a agricultura.

Os egípcios no começo usavam o sistema de escrita dos Sumérios, com o tempo eles formularam seu próprio sistema de escrita.

O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.

Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.

Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como a era dos grandes faraós.

A antiga sociedade egípcia estava dividida de maneira rígida e nela praticamente não havia mobilidade social.

No topo da sociedade encontrava-se o Faraó e sua imensidão de parentes. O faraó era venerado como um verdadeiro deus, pois era considerado como o intermediário entre os seres humanos e as demais divindades. Por isso, era uma monarquia teocrática, ou seja, um governo baseado nas ideias religiosas.

Abaixo do faraó e de sua família vinham as camadas privilegiadas como sacerdotes, nobres e funcionários. Na base da pirâmide social egípcia estavam os não privilegiados que eram artesãos, camponeses, escravos e soldados.

Os sacerdotes formavam, junto com os nobres, a corte real. Tanto a nobreza como o sacerdócio eram hereditários compondo a elite militar e latifundiária.

Os escribas estavam a serviço do Estado para planejar, fiscalizar e controlar a economia. Por isso, sabiam ler e escrever e eram eles que anotavam os feitos do faraó durante o seu reinado. Estes textos seriam colocados nos seus túmulos quando morressem.

Já o exército era constituído por jovens que eram convocados em tempo de guerra e soldados mercenários estrangeiros contratados pelo Estado.

Por sua parte, os artesãos eram trabalhadores assalariados que exerciam diferentes ofícios como cortadores de pedra, carpinteiros, joalheiros, etc. Os camponeses formavam a maior parte da população, trabalhavam na agricultura, na criação de animais e deviam pagar altos impostos.

Na sociedade egípcia, as mulheres tinham uma posição de prestígio. Podiam exercer qualquer função política, econômica ou social em igualdade com os homens de sua categoria social. Isto significava, inclusive, que poderiam ser faraós, como foi o caso de Cleópatra.

Os egípcios, como todos os povos da Antiguidade, eram ótimos astrônomos e observando a trajetória do sol dividiram o calendário em 365 dias e um dia em 24 horas, que é usado até hoje pela maioria dos povos ocidentais.

Na medicina, os egípcios escreveram vários tratados sobre remédios para cura das doenças, cirurgias e descrição do funcionamento dos órgãos. Também existiam os médicos especialistas e seus ajudantes, equivalentes aos atuais enfermeiros.

Na escrita, a sociedade egípcia desenvolveu a escrita pelos hieróglifos. Estes eram figuras de animais, partes do corpo ou objetos do cotidiano que era utilizado para registrar a história, os textos religiosos, a economia do reino, etc.

A principal arte desenvolvida no Egito Antigo foi a arquitetura. Profundamente marcada pela religiosidade, as construções voltaram-se principalmente para a edificação de grandes templos como os de Karnac, Luxor, Abu-Simbel e as célebres pirâmides de Gizé, que serviam de túmulos aos faraós, entre as quais se destacam Quéops, Quéfren e Miquerinos.

A terra pertencia ao faraó e os camponeses eram obrigados a dar parte de seus produtos para o Estado em troca do direito de cultivar o solo. No entanto, a construção de diques, reservatórios e canais de irrigação era tarefa do Estado, que empregava tanto mão de obra livre quanto escrava para fazê-lo.


SUMÉRIA - ÙĜ SAĜ GÍG GA

Os Sumérios são de longe a civilização organizada mais antiga que existe.

Suméria em sumério: 𒋗𒈨𒊒;  ki-en-ĝir; em hebraico: שִׁנְעָר‎;  Šinʿar, que é a bíblica Sinar; em egípcio: Sangar; em hitita: Šanhar(a); em acádio: Šumeru ou Shumer , lit. "terra de reis civilizados" ou "terra nativa".  Os Sumérios referiam-se a si próprios como ùĝ saĝ gíg-ga, numa transcrição fonética uŋ saŋ giga, literalmente "o povo de cabeça negra". Querendo dizer assim, que este povo é Negro, Preto, Escuro.

As comunidades Sumérias eram cidades organizadas em torno de um templo e governadas por um sacerdócio. Dessa forma, a maior parte do povo da comunidade era considerada serva-escrava do deus do templo, devendo dedicar suas vidas a agradar os deuses. O papel do sacerdócio era evitar que problemas causados por deuses descontentes afligissem as cidades.

A estrutura política da Suméria era cidade-estado independente.

"Um dos poucos pontos em comum partilhados pelas cidades Sumérias era o próprio idioma Sumério, uma vez que essas cidades constantemente travavam guerras entre si para impor sua hegemonia sobre a região e para garantir acesso às terras mais férteis. Por causa disso, uma cidade-estado Suméria era extremamente fortificada e possuía muralhas altas.

Nas cidades Sumérias, houve um processo que causou desigualdade social, com a ascensão de uma elite que controlava grande quantidade de terras. Esse processo, especulam os historiadores, provavelmente iniciou-se ainda no período dos Ubaídas e intensificou-se com os Sumérios.

Cada cidade Suméria era governada por um rei, e o primeiro registro que se tem a respeito de um rei refere-se a Alulim de Eridu, segundo a Lista de Reis da Suméria, Alulim foi o primeiro governante Sumeriano, ele teria governado a cidade de Eridu por 28,800 anos, de 454 600 até 388 800 a.C. Segundo a lenda, o Deus Enk, o deus das águas doces, trouxe a civilização para a Suméria. 

Alulim de Eridu, o mítico Adapa e o bíblico Adão, podem ter sidos a mesma pessoa, não se sabe ao certo, contudo, depois de mais de 28 mil anos de reinado, o rei Alulim foi precedido pelo rei Alalngar de Eridu, que foi o segundo rei de Eridu e da Suméria, segundo consta, Alalngar reinou por 36.000 anos.

Os reis Sumérios moravam em luxuosos palácios, enquanto a maioria da população formada por camponeses viviam em casas de palha. As cidades Sumérias também possuíam grandes templos dedicados aos deuses, chamados Zigurates.

Os reis Sumérios eram chamados de Lugal, Lugal  é o termo Sumério para "rei, governante". Literalmente, o termo significa "grande homem". Em sumério, lu  é "homem" e gal é "grande" ou "enorme".

A palavra Patesi ou Ensi quer dizer "Senhor da lavoura" é um termo usado para designar o chefe político-religioso de dado império que viveu na região. O Patesi alegava ser o vice-rei na terra de seu deus, e que ainda estava dentro do limite de seus próprios domínios. Uma inscrição confirma a sugestão de que não havia grande distinção entre os títulos de Lugal e Patesi.

Dingir (em sumério:  DIĜIR, Dinguir) é o termo que traduz, na língua Suméria, a palavra deus ou deusa. 

O símbolo cuneiforme por si só era originalmente um ideograma para a palavra suméria am ("céu" ou "firmamento"); seu uso foi estendido a um logograma para a palavra dingir ("deus" ou "deusa") e a suprema divindade do panteão sumério, Am, e um fonograma para a sílaba /an/. O acadiano assumiu todos esses usos e adicionou-lhes uma leitura logográfica para o "ilum" nativo e de que uma leitura silábica de /il/. Na ortografia hitita, o valor silábico do sinal era novamente apenas /an/.

O conceito de "divindade" em sumério está intimamente associado com o céu, como é evidente pelo fato de que o signo cuneiforme dobra como o ideograma para "céu", e que sua forma original é a imagem de uma estrela. A associação original de "divindade" é assim com hierofanias "brilhantes" no céu

Os Sumérios usavam a palavra Yaru par se referir ao mundo dos mortos ou ao mundo dos Espíritos.

Os Sumérios são os percursores do que se conhece como cidades, pois eles inventaram a Escrita, os Números, a Matemática e todo Sistema Decimal, eles inventaram o Dízimo, o Batismo nas Águas, a Agricultura, o Arado, inventaram a Roda, a Enxada, Picareta, as Estradas, o que se conhece hoje como Boulevard é invenção Sumeriana, ele inventaram as Bigas, inventaram todo o Corpo Jurídico, como os Códigos de Leis com seus Artigos e Incisos, Juiz, Advogado de defesa, Promotoria, inventaram a Arquitetura, a Geografia, inventaram o calendário como os 12 meses do ano, o dia de 24 horas tendo 12 horas para o dia e 12 horas para a noite, os 7 dias da semana, inventaram os feriados os anos bixestos, inventaram a Astrologia e a Astronomia, descobriram os Planetas, as fases da Lua, as estações do Ano, inventaram a Escola, o método como fazemos contas hoje é invenção dos Sumérios, eles inventaram a Aritmética, o que se chama de Teorema de Pitágoras é invenção dos Sumérios, a fórmula de Báskara é outra invenção dos Sumérios, eles inventaram as frações, a divisão, subtração e soma, inventaram a raiz quadrada, inventaram régua, a geometria, inventaram o que conhecemos como compasso, transferidor, inventaram o astrolábio e sextante, inventaram a cerâmica, inventaram os tijolos, inventaram o relógio de sol, foram os construtores das primeiras pirâmides que são conhecidas como ziguratis, a irrigação do solo, a medicina, faziam cirurgias como a trepanação, cirurgia do coração, faziam circuncisão, inventaram a poesia, inventaram o sistema de esgoto fazendo tratamento dos rios Tigres e Eufrates, eles tomavam banhos diários, cuidavam da higiene bucal, nas casas dos ricos já tinha água encanada, etc.