No ano de 751 d.C. quando a cidade de Ravena na Itália, cai, derrotada pelos Lombardos, o último exarca Etios foi morto quando a cidade caiu. Nesse período, a cidade de Ravena era a capital do governo italiano.
Anos antes, o Papa tinha pedido ajuda dos Francos para proteger Roma e a Itália contra os Lombardos que estavam dominando a região. O Papa pediu ajuda para os Francos porque Constantinopla e os exarcas falharam em proteger a Itália contra os Lombardos. E por conta de brigas devido a questões religiosas entre a Itália (Roma) e Constantinopla, depois do ano de 751, Roma e Constantinopla se afastaram, por isso que Roma pediu ajuda para os Francos.
Os Francos, por fim, derrotaram os Lombardos pela liderança do Rei dos Francos, Carlos Magno, e Roma ficou sob a proteção dos Francos desde então. Em agradecimento, o Papa Leão III coroa, no ano 800, o Rei Carlos Magno como sendo o Rei do Sacro Império Romano- Germânico, ou seja, Santo Império Romano Alemão, por assim dizer. Seria, portanto, um novo império romano ocidental? Isso carece de discussões. A questão é que o Império Romano do Oriente que é Constantinopla, seria visto como Gregos e não como fazendo parte do Império de Roma como sempre foi, Ocidente e Oriente já não se davam bem há séculos, com isso, a Igreja Católica faz renascer, ou pelo menos tenta renascer a antiga glória de Roma, mas já existia uma Roma no Oriente, mas por causas de diferenças religiosas, pautas de usos e costumes, diferenças linguísticas (pois os Italianos falavam o Latim e os de Constantinopla falavam o grego) e outras diferenças idiotas, os Católicos Romanos deslegitimar o domínio ou influência de Constantinopla da Itália.
Os séculos se passaram, a deslegitimação ficou mais enraizada, para tanto que, na época, os Italianos chamavam o Império de Constantinopla de Império Grego. Nessa altura do campeonato, as diferenças culturais estavam pra lá de diferentes e distintos.
Para os Católicos Romanos da Itália, só poderia haver um Império Romano e para os habitantes de Constantinopla, só poderia haver um Império Romano, pois eles diziam que sempre foram o Império Romano legítimo, que certamente é uma verdade, mas Roma não via assim.
Com a queda da cidade de Ravena em 751, onde o antigo Império Romano da Itália cai sob as mãos dos Lombardos e, por conseguinte, a influência de Constantinopla sobre Ravena e Roma cai em definitivo, que as diferenças, brigas e querelas que já existiam, ficaram mais acentuadas. Embora Constantinopla ainda mantivesse possessões ou domínios no sul da Itália incrivelmente por mais de três séculos, os Francos começaram a ter influência cultural na região.
Foi a partir de 751 que os Romanos da Itália começaram a se distanciar dos Romanos de Constantinopla em definitivo, e desde então, os Reis Germânicos eram chamados de Imperadores Romanos e, os Imperadores Romanos de Constantinopla, eram chamados de Imperadores Gregos.
É por isso que, atualmente, historiadores chamam o Império Romano do Oriente, ou seja, de Constantinopla, de Império Bizantino. O nome Império Bizantino nasceu em 1557, quando o historiador alemão Hieronymus Wolf publicou sua obra Corpus Historiæ Byzantinæ. Isso foi feito para deslegitimar os Romanos do Oriente e, atualmente, muitos pensam erroneamente que o Império Bizantino não era o Império Romano.
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