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domingo, 12 de janeiro de 2025

BIBLIOTECAS DO MUNDO ANTIGO

 




Biblioteca de Nínive

IRAQUE – Erguida em Nívine no século VII A.C., é considerada a primeira biblioteca do mundo, sendo portanto, a mais antiga.

Foi construída pelo rei Assurbanipal II, Rei da Assíria e guardava um acervo de 25 mil placas de argila com textos em cuneiforme. Uma das obras mais importantes era a Epopeia de Gilgamesh, o relato do Enuma Elish, são relatos das primeiras que se têm notícia da literatura mundial. A cidade de Nínive foi destruída em 612 A.C.

A Biblioteca de Nínive localizava-se no palácio de Assurbanípal, em Nínive, cidade situada na margem ocidental do rio Tigre, e que foi a capital do Império Assírio (atual Iraque). Tal palácio era a residência oficial do monarca da Assíria, e se localizava a 450 quilômetros da Babilônia.

Tais escritos versavam sobre assuntos diversos que eram a fonte de preocupação e estudo na época, e apresentavam textos sobre geografia, matemática, geometria, astrologia, medicina, religião, filosofia e leis, etc. Além de servirem como manuais de exorcismo e de presságio. Apresentavam também alguns relatos de aventuras.

O Rei Assurbanípal era um Rei literato e acadêmico que tinha grande interesse pela literatura e erudição, tanto que, ao subir ao trono, após a consolidação de seu reino passou a se preocupar com a cultura, enviando escribas a Assur, Babilônia, Cuta, Nipur, Acade, Ereque e a outros centros, com a tarefa de copiar e reunir livros (de argila) sobre todos os assuntos então correntes. Tais livros foram trazidos ao seu palácio em Nínive, onde ele os estudou, além de acrescentar cópias bilíngues nos idiomas Sumérios e Acádios em argila, na escritura cuneiforme, e que foram arquivadas.

Não era somente uma Biblioteca como se conhece nos dias de hoje, era principalmente um centro de pesquisa e de estudos avançados.


Biblioteca de Alexandria

EGITO – Possivelmente a mais importante da história, foi destruída por um ou vários incêndios (as duas versões são sustentadas por historiadores). Acredita-se que a biblioteca guardava cerca de 700 mil rolos de papiro e pergaminhos, e que conservava as principais obras da antiguidade como documentos de Euclides, Arquimedes e Ptolomeu, entre outros. Alexandria era a cidade cultural mais importante entre os séculos III a.C. e IV d.C. Contava com um instituto de pesquisa, dez laboratórios, zoológico, jardim botânico, observatório astronômico e locais de descanso. Por isso, muitos estudiosos a consideram como a primeira universidade que existiu.

Os reis do Egito apoiavam generosamente a biblioteca. Mandaram emissários para comprar manuscritos em todos os idiomas e os papiros que chegavam com os comerciantes ao porto de Alexandria eram copiados e devolvidos aos donos. Durante o reinado de Cleópatra, calcula-se que a biblioteca reuniu cerca de 1 milhão de pergaminhos.

A Biblioteca de Alexandria sofreu um grande incêndio no ano de 48 a.C. quando o imperador Júlio César mandou atacar a cidade.

No entanto, no século II, Alexandria também sofreu rebeliões populares que acabam por destruir o seu patrimônio.

O saque produzido pelo imperador romano Caracala (188-217), no ano de 215, nos deixa constância de que a biblioteca sofreu perda de material nesta época.

Por fim, o Califa Omar, no ano 640 termina de destruir a tão magnífica Biblioteca.

Quando o cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano, a biblioteca foi invadida e incendiada por cristãos que destruíram os livros que não estavam de acordo com sua fé.

Com seu fim, obras importantíssimas se perderam, como peças teatrais de Ésquilo, Eurípedes e Aristófane e o tratado de astronomia de Aristarco de Samos. Este estudioso afirmava que a Terra era mais um dos planetas em órbita, que as estrelas estavam muito distantes e se moviam lentamente, por exemplo.


Vila dos Papiros

ITÁLIA – Situada em Herculano, acredita-se que a Vila dos Papiros pertenceu ao sogro de Júlio César. Ficava bem próxima ao vulcão Vesúvio e foi enterrada pelas cinzas da erupção que devastou a região no ano de 79. Em 1754, foram descobertos cerca de 2000 rolos de papiro carbonizados onde ficava a biblioteca. Recentemente, cientistas descobriram uma maneira de ler os papiros queimados usando a tecnologia de raio-x de tomografia com contraste.


Biblioteca de Pérgamo

TURQUIA – Foi fundada no período helenístico, na antiga cidade de Pérgamo (hoje Bergama), berço do pergaminho. Acredita-se que abrigava 200 mil volumes, entre eles os manuscritos de Aristóteles. Segundo consta, Cleópatra teria recebido todos os volumes da biblioteca de presente de casamento de Marco Antônio, transferindo-os para a Biblioteca de Alexandria. Poderosa, não?

A Biblioteca de Pérgamo só perdia em opulência somente para a famosa Biblioteca de Alexandria, devido a grande influência e fama sua rica e majestosa biblioteca, deram o nome de Pergaminho ao nome de uma pele de cabra, carneiro, cordeiro ou ovelha, que por sinal, foi em Pérgamo que foi inventado tal técnica.


Biblioteca da Universidade de Nalanda

ÍNDIA – Situada em Bihar, capital da Índia Oriental, é considerada a universidade mais antiga do mundo e foi um importante centro de estudos budista. Havia três grandes bibliotecas no local, a Ratnasagara, a Ratnaranjaka e a Ratnodadhi, que comportavam 9 milhões de volumes. A universidade foi erguida em 5 DC e destruída por um exército em 1193. Hoje só restam as ruínas.


Casa da Sabedoria

IRAQUE – Inspirada na universidade persa de Jandaisapur, foi um importante núcleo intelectual e científico antigo, além de ser um centro de traduções. Situada em Bagdá, foi fundada pelo califa Harune Arraxide no início do século IX. No lugar, fazia-se a recuperação, cópia e difusão de textos sobre filosofia, ciência e astronomia. Para quem quiser conhecer um pouco mais sobre a Casa da Sabedoria.


Biblioteca Imperial de Constantinopla

TURQUIA – A maioria dos clássicos gregos que conhecemos hoje em dia são graças às cópias originárias da Biblioteca Imperial de Constantinopla. Fundada pelo Rei Constâncio II entre 337 e 361 DC, o lugar armazenou documentos dos antigos romanos e gregos por 1.000 anos após a destruição da Biblioteca de Alexandria. Ficava na atual Istambul, mas foi destruída na época das Cruzadas, no século XIII. Foi a última das grandes bibliotecas da antiguidade.

 

 

 

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