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domingo, 12 de janeiro de 2025

LEITE E DERIVADOS NA ALIMENTAÇÃO

 




O consumo do leite de vaca e seus derivados desempenha importante papel na mesa dos brasileiros. Ele é considerado nutritivo e um dos poucos alimentos acessíveis para a maioria da população. A maior parte da produção de leite no Brasil acontece no estado de Minas Gerais, que é responsável por mais de 40% da produção nacional. A indústria do leite no Brasil é enorme, o crescimento da produção quadruplicou desde a década de 70, e a produção anual chega a mais de 30 bilhões de litros.

Mas a recomendação de consumir leite de vaca para se ter uma vida mais saudável, com a prevenção de doenças crônicas, como a osteoporose, e como um alimento essencial para as crianças, parece perder cada vez mais adeptos.

Tudo começa em 2011 quando a Universidade de Harvard, uma das mais conceituadas do mundo, começou a propagar uma espécie nova pirâmide alimentar, onde restringia o consumo do leite e seus derivados. Isso se deu por conta de pesquisas que associavam o consumo de leite com câncer de mama e próstata.  A notícia foi como uma “bomba“ no campo da nutrição. Em 2013, o médico Dr. David Ludwig que é PhD e MD (Medicinæ Doctor Dr. Medicina) da Stanford University School levou à questão mais adiante e ampliou a discussão. Segundo seu artigo, publicado no Jornal Medical Association Pediatrics, os seres humanos não têm nenhuma exigência nutricional de consumo de leite animal. O cálcio, gordura e vitaminas podem ser encontrados em outros alimentos, e que estes não apresentam os possíveis riscos que o leite apresenta.

OS MALEFÍCIOS DO LEITE NÃO-HUMANO

Para o Dr. David Ludwig PHD em Medicina é que o leite industrializado e com baixo teor de gordura apresenta uma quantidade considerável de açúcar, que é adicionado durante o processo de extração da gordura do leite. Esses açúcares podem ser danosos a longo prazo.

Os cientistas ainda apontam que os humanos não possuem as mesmas necessidades nutricionais do bezerro, para se ter que beber o leite da vaca. O consumo de um alimento preparado para um animal diferente do homem pode causar um choque em sua digestão e absorção, podendo trazer alguns incômodos, sejam a curto ou longo prazo.

Estima-se que cerca de 65% da população mundial não pode ingerir leite. Isso se deve a intolerância a lactose ou alergia à proteína do leite, pois leva-se em consideração que o nosso organismo não foi criado para digerir o leite. Em alguns locais da Ásia e África essa intolerância chega a atingir 90% da população. A assimilação do leite não-humano foi um processo lento e gradativo e até hoje muitas pessoas têm problema em digeri-lo corretamente.

O cálcio do leite não-humano não parece prevenir a osteoporose ou fraturas ósseas. O índice de fraturas e osteoporose é igual entre países com alto consumo de leite (como EUA e Canadá), contra países que não o consome, como China, Japão e Tailândia. O processo de pasteurização, ao mesmo tempo em que elimina bactérias nocivas, destrói também parte das propriedades nutritivas do leite.

Outra questão levantada são os hormônios de crescimento que são adicionados nas criações dos animais. Alguns especialistas correlacionam isso ao aparecimento de doenças nos humanos, como o câncer. Além disso, o gado tratado com antibióticos, hormônios e outros medicamentos produzem um leite recheado destas substâncias, ou seja, corremos o risco de ingerir tudo isto. Existem relatos de leites contendo mais de 20 substâncias similares a medicamentos analgésicos e antibióticos em sua composição.

Por último, pesquisas apontam que o leite não-humano é um estimulante na produção de muco (catarro), e que jamais deve ser consumido durante uma gripe ou resfriado.

Existem muito mais pontos contra a serem considerados, e que podem ser encontrados facilmente em artigos científicos e documentários como o “Cowspiracy” e o “Food Choices”, ambos disponíveis na plataforma Netflix.

MAS, TAMBÉM HÁ QUEM O DEFENDA

Apesar do crescente número de pessoas contra o consumo do leite não-humano, ainda há os que se posicionam ao seu favor. A afirmação de que o homem é o único animal que bebe leite depois de crescido, não parece ser um argumento forte para alguns, que rebatem afirmando que isso se deve pelo fato do ser humano ser também o único animal que desenvolveu a agricultura e pecuária. Também é o único que cozinha feijoada, que joga futebol e faz cálculo matemático.

Outros apontam que não há esse exagero na aplicação de hormônios a antibióticos. E, que mesmo que sejam administrados, existe um tempo para que essa vaca volte a oferecer o seu leite para o mercado.

Por último, a principal alegação a favor do consumo do leite é que o mesmo continua sendo uma das fontes mais ricas em cálcio e que seu consumo só está restrito para quem possui intolerância à lactose ou alergia à proteína do leite.

TOMAR OU NÃO TOMAR? AFINAL - QUAL A CONCLUSÃO?

As visões que discordam acerca do consumo de leite não-humano têm não só pontuado, como também comprovado que realmente essa questão merece um cuidado e atenção maior. Mais estudos continuam em processo de andamento, levantando cada vez mais adeptos contra o leite não-humano. Apesar da propaganda da indústria no tocante a todo o cuidado no processo de sua fabricação, temos a consciência de que as coisas hoje não são mais como antigamente, e a tecnologia e novos processos para acelerar a produção, aumentar a produtividade e deixar o alimento mais bonito e saboroso, tem afetado a sua qualidade e originalidade, seja para melhor ou para pior.

A sugestão de Harvard de consumir leite e seus derivados com moderação parece ser a melhor opção por enquanto, mas novos e maiores estudos serão fundamentais para avaliar o real impacto do leite na saúde do homem.

 

Fontes

Portal Itnet: https://itnet.com.br/2017/08/12/porque-os-medicos-estao-proibindo-o-consumo-de-leite-de-vaca/ 

Sobre o Leite de Vaca: https://youtu.be/n55VobT-CbQ 

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