Seguidores

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

A SUMÉRIA ANTES DA SUMÉRIA

 


Embora o ser humano seja oriundo da África, a ocupação da região da mesopotâmia é antiquíssima, é certo que temos no local a cultura civilizatória organizada mais antiga do planeta.

O que nos interessa aqui é a história da primeira civilização organizada do mundo. É claro que o ser humano tem mais de 3 milhões de anos, agora em milhões de anos, não é possível que a história da nossa civilização tenha somente 6 ou 12 mil anos no máximo.

Ninguém sabia que existiu um povo que inspirou a Bíblia, nada se sabia sobre uma civilização extremamente organizada e complexa, chamada de Šuméria.

Depois que se sabia que existiu um povo revolucionário e muito mais antigo que as histórias bíblicas, o mundo nunca mais foi o mesmo.

O primeiro pesquisador a chamar essa nação de Šuméria, foi Julius ou Jules Oppert 1825-1905, um Assiriólogo judeu franco-alemão. Ele foi  um dos primeiros a publicar o nome Suméria em uma palestra em 17 de janeiro de 1869.

Antes disso, nada se sabia desse povo, tendo um nome. É claro que os Šumérios não se chamavam de Sumérios, eles se chamavam de Uŋ Šaŋ Giga ou  Ùĝ Saĝ Gíg Ga, que quer dizer, "Povo de Cabeça Preta". Eles também se chamavam de Ki En Gir que quer dizer "Terra dos Nobres Senhores". Quem chamava os Sumérios de Sumérios, eram os Akadios. O termo acádio Šhumer poderia representar o nome geográfico em algum dialeto local, porém, como o desenvolvimento fonológico levou ao termo acádio Šhumerû ainda é incerto.

Na Bíblia, esse povo é chamado de Šhinar, Shinar ou Sinar. Refletindo a cor negra desse povo, isso quer dizer que esse povo todo era negro, preto, escuro.


Períodos de Ocupação

Quando uma ínfima minoria de andarilhos, começou a pensar em parar com a vida nômade, uma microscópica parcela dos seres humanos, cansou de ficar vagando de uma parte para outra e queria se fixar em alguns lugares, daí, vemos seres humanos morando em vários lugares do planeta, e na região da mesopotâmia, tivemos também pessoas que antes tinham vidas nômades, começarem a se fixar também.

• Período Hassuna e Samarra: Os dados mais antigos de um povo que viria ter o nome de Suméria, Uŋ Šaŋ Giga ou Ùĝ Saĝ Gíg Ga, ou Ki En Gir, vem ainda do chamado período neolítico, existiram períodos muito mais arcaicos que hoje são chamados de períodos Hassuna e Samarra, com evidências de mudanças sociais e cerâmicas notáveis, indicando um desenvolvimento gradual e complexo destas sociedades. E estas mudanças não aconteceram nestes períodos, pois é atestado e provado que tais culturas já estavam muito bem desenvolvidas. Os nomes Hassuna e Samarra são só uma maneira de se tentar nomear e datar uma cultura rica, antiquíssima e complexa, que já existia há milhares de anos. 

Sendo que é atestado que a cultura Hassuna tinha 6300–6000 a.C. e a cultura Samarra tinha 5500–4800 a.C. Lembrando que estas datas são hipotéticas, e como vemos, são datas religiosas.

Pois estas culturas são muito mais antigas que isso, pois são jogadas somente seis mil anos para a história da civilização, por conta da Bíblia, que, graças aos religiosos, tem medo da humanidade civilizada ser mais velha que isso, pois para eles, o Livro dos Gênesis é um livro verdadeiro.

• Período Halaf: A cultura Halaf vem depois das culturas Hassuna e Samarra, tendo 5500–4500 a.C. de idad. Lembre-se de que não se pode acreditar a ferro e fogo nestas datas, pois nossa civilização é muito, mas muito mais antiga que isso. Estas datas são puramente hipotéticas. Essa cultura demonstra uma evolução significativa na arquitetura, cerâmica e organização social. 

• Período Ubaid: O fim da cultura Halaf levou ao período de transição Halaf-Ubaid, onde a cultura Halaf gradualmente se fundiu com a cultura Ubaid, que se desenvolveu no sul da Mesopotâmia. 

A Cultura Ubaid, nomeada em homenagem ao sítio arqueológico de Tell Al-Ubaid, no sul da Mesopotâmia, representa um período cultural significativo nos primórdios da civilização humana, abrangendo aproximadamente de 6500 a 3800 a.C. Reparem que as próprias datas, dadas pelos pesquisadores, por si só não batem.

• Período de Uruk: É datado de 4100-2900 a.C. Vem depois da cultura Ubaid.

• Período Jemdet Nasr: É geralmente datado de 3100 a 2900 a.C. Seu nome é uma homenagem ao sítio arqueológico Tell Jemdet Nasr, onde o conjunto típico deste período foi reconhecido pela primeira vez.

• Período Dinástico Inicial: Ocorreu aproximadamente entre 2900 e 2350 a.C., precedido pelos períodos de Uruk e Jemdet Nasr, e seguido pela ascensão do Império Acadiano.


Os períodos e suas fases estão corretos, o que pega mesmo são as datações, pois se a humanidade tem mais de 3 milhões de anos, não é possível que tudo isso, toda essa evolução, se deu somente há pouco mais de 6 mil anos, isso não faz nenhum sentido. 

Se tirarmos as datações religiosas, aí tudo começa a fazer sentido, mas o problema é que nada pode ser mais velho que as imaginativas datações bíblicas do livro de Gênesis. Mas está na hora de quebrarmos esse tabu.

É certo que nada é mais antigo do que as culturas ou períodos Hassuna e Samarra, é já nestes períodos que temos um altíssimo e antiquíssimo desenvolvimento civilizatório humano. Podemos dizer que já era a Suméria, antes da Suméria.

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

A HISTÓRIA E O PROBLEMA DAS DATAÇÕES

 


O problema destes Assiriólogos ou Sumeriólogos, é o calendário. 

Isso tem como problema, a marcação dos anos, pois serão levados em conta somente o calendário católico como um padrão generalizado.

• Antoine-Jean Saint-Martin por exemplo foi um dos fundadores do martinismo, um movimento filosófico e místico que combinava elementos da teosofia cristã com a sua própria busca pela iluminação interior e conhecimento espiritual. 

• Rasmus Kristian Rask não era particularmente religioso e tinha sérias dúvidas em relação à religião, embora se tenha inscrito como estudante de teologia para poder estudar línguas, o que era o seu verdadeiro interesse.

• Henry Rawlinson era Anglicano

• Hormuzd Rassam era da Religião Católica Caldeia

• Samuel Noah Kramer era Judeu

• Austen Henry Layard era Anglicano

Mesmo que Geroge Smith fosse Ateu, que de fato era, tem a questão da visão europeia que quase todos tinham, pois o pensamento Eugenista, era, e ainda é, muito comum. 


O Darwinismo Social, juntamente com a visão eurocentrista que dominava e ainda domina as pessoas de países imponentes, impede de imaginar uma civilização humana antiga. Isto acontece por causa do forte tabu religioso e também do costume doutrinário de se imaginar a nossa civilização tendo no máximo 12 mil anos de existência.

Na Bíblia, segundo a mitologia do Gênesis, se fizer a contagem das gerações antes do dilúvio de Adão até Noé, a civilização irá ter apenas 8.436 (oito mil e quatrocentos e trinta e seis anos), isso é pouco. Na mitologia original da Suméria, que é a mitologia que tem mais de três mil anos, antes da mitologia bíblica, fazendo a contagem das gerações antes do dilúvio, de Alulim de Eridu até Utnapishtim ou Siuzudra ou Astrahasis ou Noé que governou Shurupak, civilização irá ter 276.400 (duzentos e setenta e seis mil e quatrocentos anos). Isto faz mais sentido.

A história da nossa civilização, incluindo a pré-história (outro conceito europeu) segundo a cademia, é muito nova, mas se olharmos com mais detalhes a nossa história, os anos de existência da nossa humanidade civilizatória é muito antiga.

Infelizmente, existe a crença de que a civilização organizada, tem somente 6 mil ou 12 mil anos, no máximo. Isso é errado, pois essa contagem é levada em consideração pelo calendário religioso católico, que ensina que a história da civilização tem 6 mil ou 12 mil anos, no máximo. E a escrita tem somente 4 mil anos. Sabemos que a nossa civilização é muito mais velha que isso.

A única coisa que está muito errado, é a unilateralidade errática do calendário. Pois é levado em conta somente o calendário do Papa Gregório XIII de 1582. O certo é levar em conta os outros calendários antigos da própria região. Assim, é possível fazer uma medição de período e época, juntamente com o calendário católico do Papa Gregório. 

É estranho fazer uma datação com um calendário de outro continente (Europeu) de uma religião totalmente diferente (Católico Romano) de um contexto social totalmente estranho. 

Sem falar que o calendário Católico é solar e o calendário mesopotâmico é lunar. 

Não é errado fazer as datações com o calendário Católico, o que é errado, é usar somente este calendário para fazer as medições históricas sem levar em consideração os calendários de seus próprios povos.

Não existe um calendário certo, como também, não existe um calendário errado, temos que usar ambos os calendários para fazermos as datações históricas justas. 

A história da humanidade é muito antiga, não é uma história de apenas 12 mil anos.

A história registrada ou a escrita tendo somente 4 ou 3 mil anos, Gobekli Tep tendo somente  nove mil anos, as pirâmides tendo cinco mil anos, é errado. A civilização organizada humana é muito mais antigo. 

Quando se faz estas contagens de tempo já dando uma certeza, é errado.

As contagens temporais da história antiga são hipotéticas ninguém pode afirmar com exatidão.



OS PRIMEIROS ASSIRIÓLOGOS OU SUMERIÓLOGOS



Claudius James Rich 1787-1821 Inglaterra

As descobertas de Claudius James Rich, principalmente através das suas explorações arqueológicas na Babilônia e Nínive e da sua coleção de manuscritos e antiguidades, foram fundamentais para o início da arqueologia da Mesopotâmia e para o estudo de culturas antigas. Ele publicou trabalhos importantes sobre as ruínas da Babilônia e Nínive, e também construiu uma vasta coleção de artefatos orientais que hoje fazem parte do British Museum. 

Cláudius James Rich falava várias línguas, incluindo grego, latim, hebraico, persa, siríaco e várias línguas europeias desde a infância, além de ter fluência em turco e árabe, o que foi muito útil em sua carreira como residente da Companhia das Índias Orientais em Bagdá. 

Claudius James Rich, que, no início do século XIX, coletou e estudou inscrições mesopotâmicas, sendo suas obras consideradas o marco inicial da Assiriologia e dos estudos cuneiformes.


Principais Contribuições

Babilônia: Em 1811, Rich visitou a Babilônia para estudar a topografia do local e realizou pequenas escavações. A publicação de suas "Memórias sobre as Ruínas da Babilônia" em 1815 é considerada o ponto de partida da arqueologia mesopotâmica. 

Nínive: Rich também fez uma investigação em Nínive, que culminou na publicação da sua obra "Narrative of a Residence in Koordistan and on the site of ancient Nineveh", sendo a sua "Narrative" um dos primeiros relatos geográficos e arqueológicos da região no século XIX. 

Manuscritos e Artefatos: Rich acumulou uma valiosa coleção de manuscritos árabes, persas, turcos, siríacos, armênios, gregos e carxuni, que foram posteriormente incorporados às coleções do British Museum. 

Documentação: As suas explorações e investigações resultaram na criação de mapas e esquemas da Babilônia, que são cruciais para a compreensão do local. 


Legado

Arqueologia Mesopotâmica:

A sua contribuição é essencial para o reconhecimento da Babilônia e Nínive como sítios arqueológicos, marcando o início do estudo científico da região. 

Estudo de Idiomas Antigos:

Sua fluência em diversas línguas do Oriente Médio e sua coleção de manuscritos contribuíram para o estudo de textos antigos da região.


Antoine Jean Saint-Martin 1791-1832 França

Foi orientalista e pioneiro nos Estudos Armênios. Sua contribuição fundamental foi o seu trabalho na área de filologia e história armênia, tendo aprendido e dominado línguas orientais como armênio, árabe, persa e turco. Ele também incentivou expedições arqueológicas na região do Lago Van, que levaram à descoberta da civilização de Urartu, e deixou obras que foram publicadas postumamente, como a tradução da História da Armênia. 

Demonstrou uma notável habilidade linguística, aprendendo e utilizando várias línguas orientais, como o armênio, árabe, persa, tcheco e o Zend (a língua das escrituras sagradas persas).


Rasmus Kristian Rask 1787-1832 Dinamarca

O seu trabalho pioneiro e fundamental em linguística comparativa, estabelecendo a relação entre línguas indo-europeias, formulando a primeira versão da "Lei de Grimm" sobre a transmutação de consoantes e produzindo gramáticas importantes para o anglo-saxão, islandês e dinamarquês. Rask também demonstrou a conexão entre as línguas germânicas e outras famílias linguísticas, como as balto-eslavas, e foi o primeiro a agrupar línguas do norte e do ocidente do germânico. 

Lei de Grimm: Ele formulou uma versão funcional do que mais tarde ficou conhecido como "Lei de Grimm", que descreve as mudanças de consoantes nas línguas indo-europeias para as línguas germânicas. 


Henry Creswicke Rawlinson 1810-1895 Inglaterra

É frequentemente descrito como o "Pai da Assiriologia" por ter decifrado a Pedra de Behistun, um marco crucial para o estudo da escrita cuneiforme. 

A Pedra de Behistun é uma declaração de Dario I da Pérsia, e inclui três versões do mesmo texto, escrito em três línguas e alfabetos diferentes: Persa antigo, Elamita e Acadiano. Sir Henry Rawlinson, oficial do exército britânico, transcreveu a inscrição duas vezes, em 1835 e 1843. Rawlinson foi capaz de traduzir o texto cuneiforme em Persa antigo em 1838, os textos em Elamita e Acadiano foram traduzidos por Henry Rawlinson, Antoine-Jean Saint-Martin e Rasmus Christian Rask depois de 1843. 


George Smith 1840-1876 Inglaterra

Foi um assiriólogo que descobriu e traduziu a Epopéia de Gilgamés, uma das obras literárias mais antigas e conhecidas da literatura.

Em 1871, Smith publicou Annals of Assur-bani-pal, transliterou e traduziu e comunicou à recém-fundada Sociedade de Arqueologia Bíblica um artigo sobre "A História Antiga da Babilônia " e um relato de sua decifração das inscrições de Cipriota.

Em 1872, Smith alcançou fama mundial por sua tradução do relato caldeu do Grande Dilúvio, que ele leu na Sociedade de Arqueologia Bíblica em 3 de dezembro e cuja audiência incluía o Primeiro Ministro William Ewart Gladstone.

Ele foi um dos primeiros a decifrar os textos cuneiformes, abrindo caminho para o estudo dos antigos anais da Mesopotâmia. As descobertas de Smith foram essenciais para a assiriologia e a compreensão da literatura e história da Mesopotâmia. 


Hormuzd Rassam 1826-1910 Síria

Ele é conhecido por fazer uma série de importantes descobertas arqueológicas de 1877 a 1882, incluindo as tábuas de argila que continham a Epopéia de Gilgamesh, a literatura notável mais antiga do mundo. Acredita-se que ele foi o primeiro arqueólogo do Oriente Médio e assírio conhecido do Império Otomano. Ele emigrou para o Reino Unido, onde foi naturalizado como cidadão britânico, estabelecendo-se em Brighton. Ele representou o governo como diplomata, ajudando a libertar diplomatas britânicos do cativeiro na Etiópia.

Aos 20 anos, em 1846, Rassam foi contratado pelo arqueólogo britânico Austen Henry Layard como pagador em Nimrud, um antigo sítio de escavação assírio próximo. Layard, que estava em Mosul em sua primeira expedição (1845-1847), ficou impressionado com o trabalhador Rassam e o acolheu; eles permaneceriam amigos para o resto da vida. Layard proporcionou a Rassam a oportunidade de viajar para a Inglaterra e estudar no Magdalen College, em Oxford. Ele estudou lá por 18 meses antes de acompanhar Layard em sua segunda expedição ao Iraque (1849-1851).

Layard abandonou a arqueologia para iniciar uma carreira política. Rassam continuou o trabalho de campo (1852-1854) em Nimrud e Nínive, onde fez uma série de descobertas importantes e independentes. Entre elas, estavam as tábuas de argila que mais tarde seriam decifradas por George Smith como a Epopeia de Gilgamesh, o poema narrativo escrito mais antigo do mundo. A descrição nas tábuas de um mito do dilúvio , escrita 1000 anos antes do registro mais antigo da história bíblica de Noé, causou muito debate na época sobre a narrativa bíblica da história antiga.

De 1877 a 1882, enquanto realizava quatro expedições em nome do Museu Britânico, Rassam fez algumas descobertas importantes. Numerosos achados significativos foram transportados para o museu, graças a um acordo feito com o sultão otomano por Austen Henry Layard, antigo colega de Rassam, agora embaixador em Constantinopla, permitindo que Rassam retornasse e continuasse suas escavações anteriores e "embalasse e despachasse para a Inglaterra quaisquer antiguidades que encontrasse... desde que, no entanto, não houvesse duplicatas". Um representante do sultão foi instruído a estar presente na escavação para examinar os objetos à medida que fossem descobertos. 

Na Assíria, suas principais descobertas foram o templo de Assurnasirpal em Nimrud (Calah), o cilindro de Assurbanipal em Nínive e duas das tiras de bronze únicas e historicamente importantes dos Portões de Balawat. Ele identificou os famosos Jardins Suspensos da Babilônia com o monte conhecido como Babil (Babel). Ele escavou um palácio de Nabucodonosor II em Borsipa. 

Em março de 1879, no local de Esagila, na Babilônia, Rassam encontrou o Cilindro de Ciro, a famosa declaração de Ciro, o Grande, emitida em 539 a.C. para comemorar a conquista da Babilônia pelo Império Aquemênida.

Em Abu Habba, em 1881, Rassam descobriu o templo do sol em Sippar. Lá, ele encontrou um Cilindro de Nabonido e a tábua de pedra de Nabu-apla-iddina da Babilônia com seu baixo-relevo ritual e inscrição. Além disso, ele descobriu cerca de 50.000 tábuas de argila contendo os relatos do templo. 

Após 1882, Rassam viveu principalmente em Brighton , Inglaterra. Ele escreveu sobre a exploração assírio-babilônica , os antigos povos cristãos do Oriente Próximo e as controvérsias religiosas atuais na Inglaterra.


Principais Contribuições

A principais descobertas de Rassam foram; 

Epopéia de Gilgamesh: Rassam encontrou uma coleção de tábuas de argila contendo fragmentos da Epopéia de Gilgamesh, a mais antiga obra literária conhecida do mundo. 

Cilindro de Ciro: Descoberto em 1879, o Cilindro de Ciro é um artefato crucial que registra a conquista da Babilônia por Ciro, o Grande. 

Imago Mundi: Em 1881, Rassam descobriu o mapa mais antigo conhecido do mundo, batizado de "Imago Mundi", no Iraque. 

Muitas outras tábuas cuneiformes:

Em escavações em locais como Nínive e Sippar, Rassam encontrou um grande número de tábuas cuneiformes que hoje fazem parte do acervo do Museu Britânico. 

Através de seu trabalho, Rassam desempenhou um papel fundamental em conectar o patrimônio assírio com o conhecimento ocidental.


Austen Henry Layard 1817-1894 França

Ele nasceu em uma família majoritariamente inglesa em Paris e cresceu principalmente na Itália. Ele é mais conhecido como o escavador de Nimrud e de Nínive, onde descobriu uma grande proporção dos relevos palacianos assírios conhecidos e, em 1851, a biblioteca de Assurbanipal. A maioria de suas descobertas está agora no Museu Britânico. Ele ganhou uma grande quantia de dinheiro com seus relatos best-sellers de suas escavações.

Layard liderou expedições que escavaram as ruínas das antigas cidades assírias, nomeadamente Nimrud (na margem do Tigre) e identificou Nínive (no monte Kuyunjik). 


Samuel Noah Kramer 1897-1990 Kiev - Ucrânia 

Sua família era judia. Em 1905, como resultado dos pogroms antissemitas por turbas após o Manifesto de Outubro do Imperador Nicolau II da Rússia, sua família emigrou para Filadélfia, onde seu pai fundou uma escola hebraica.

Ele foi um dos fundadores da disciplina moderna da Sumériologia, autor de inúmeras obras populares e académicas e curador de coleções de tabletes de argila na Universidade da Pensilvânia. 

É considerado o criador da Sumériologia como um campo académico moderno, tendo escrito cerca de 30 livros, alguns para o público em geral, sobre a cultura suméria. 

Com obras como "A História Começa na Suméria" (1956) e "Mitologia Suméria" (1961), Kramer tornou a história e a cultura da Suméria acessíveis a um público mais amplo. 

Participou de expedições arqueológicas e trabalhou em museus de todo o mundo, como Bagdá e Istambul, copiando e traduzindo textos. 

Fez comparações entre a literatura suméria e a Bíblia, demonstrando a influência da civilização suméria em outras culturas.

Em seu trabalho, buscou revelar informações sobre a sociedade suméria, mostrando semelhanças com problemas sociais da atualidade, a partir de textos literários. 


DESCOBRINDO A SUMÉRIA



Desde a queda de paradigmas da Igreja Católica com a Reforma Protestante, muitos mitos religiosos Católicos, se quebraram. Galileu Galilei, em 1609, com sua luneta, observou que a Terra não é o centro do universo. Mais um mito religioso contestado. 
Duzentos e cinquenta anos depois, em 24 de novembro de 1859, Charles Darwin publica o livro A Origem das Espécies, mais um marco do pensamento religioso e científico.
Acontece que no século XIX, grandes avanços científicos foram feitos por europeus, como a teoria da evolução de Charles Darwin 1859, a genética de Gregor Mendel com a publicação do seu trabalho, "Experimentos em Hibridização de Plantas" 1866, a medicina experimental de Claude Bernard, com seu livro  seu livro "Introdução ao Estudo da Medicina Experimental" em 1865, a teoria celular de Rudolf Virchow, com seu trabalho,  "Omnis Cellula Ex Cellula" (Toda Célula Surge de Uma Célula Preexistente) e a teoria microbiana das doenças. Outras figuras notáveis incluem Eunice Newton Foote, que descobriu os efeitos do CO₂ no aquecimento global 1856, e Michael Faraday, cujas descobertas revolucionaram a eletricidade e a química, dentre os quais, ele fez descobertas importantes entre os anos de 1820 e 1845, incluindo a indução eletromagnética em 1831, que é a base dos geradores e transformadores elétricos, e o diamagnetismo em 1845. Outras invenções e descobertas relevantes ocorreram em: 1821 (primeiro motor elétrico), 1823 (liquefação de gases) e 1833 (leis da eletrólise). 
A Europa vivia em um despertar científico, que abalava as bases do sistema religioso vigente. Tanto Católicos, como Protestantes, viam estas inovações como uma coisa do demônio.


Jean-Baptiste de Lamarck 1744-1829
Mas desde 1500, com o Renascimento, a Europa começava a despertar do sono religioso, para respirar o ar científico e filosófico.
Antes de Charles Darwin publicar seu livro A Origem das Espécies, Jean-Baptiste de Lamarck (1744-1829), em 1809,  já vinha com ideias científicas nada ortodoxas, tais como:
Lei do Uso e Desuso: Onde ele dizia que os órgãos mais utilizados por um organismo, tendem a se desenvolver, enquanto aqueles que não são usados tendem a atrofiar. 
Lei da Transmissão dos Caracteres Adquiridos: Onde ele dizia que as características que um ser vivo adquire ou desenvolve ao longo da sua vida são transmitidas para a sua prole. 
Influência do Ambiente: Esta lei dizia que mudanças no ambiente são o principal fator que induz as modificações nos seres vivos. 
Transformismo: Diz que crença de que os seres vivos não se extinguem, mas se transformam e evoluem ao longo do tempo, buscando uma maior complexidade. 


Antoine-Laurent de Lavoisier 1743-1794
Não devemos esquecer de Antoine-Laurent de Lavoisier (1743-1794), que foi outro contribuinte para o avanço científico.
São dele as seguintes descobertas científicas:
Lei da Conservação da Massa: Em 1775, Lavoisier propôs que, em qualquer reação química, a massa total dos reagentes é igual à massa total dos produtos, enunciada como "Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". 
Oxigênio: Em 1778, Lavoisier identificou o oxigênio como o gás que reage durante a combustão, refutando a teoria do flogisto e estabelecendo o conceito de elemento químico. 
Composição da Água: Em 1783, demonstrou que a água não era um elemento, mas sim uma substância composta por hidrogênio e oxigênio. 
Nomenclatura Química: Em 1789, publicou o Traité Élémentaire de Chimie (Tratado Elementar de Química), onde apresentou a primeira lista de elementos químicos conhecidos e introduziu um sistema moderno de nomenclatura, que é amplamente usado na química hoje. 

História e a Arqueologia
A História e a Arqueologia não ficaram de fora dos assuntos científicos, juntamente com a Botânica, colocaram os religiosos na berlinda e as ideias teológicas começaram a entrar em xeque.
Pesquisadores ingleses como Claudius James Rich 1787- 1821, Henry Rawlinson 1810-1895, George Smith 1840-1876, colocaram toda comunidade religiosa de joelhos, pois o que se tinha crido, como uma certeza inexorável bíblica, veio à tona, quando provas irrefutáveis de dogmas balizados e fortes, começaram a ficar sem resposta plausível.

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

GIPAR - O SANTO DOS SANTOS ORIGINAL SUMERIANO

 


A Tenda da Congregação e depois o Templo de Jerusalém tinham o Santo dos Santos, que em Hebreu é chamado de, Kodesh Hakodashim, todos já sabem como era, só o sumo sacerdote, uma vez no ano. Hebreus 9:7.

Mas, muito antes dos Hebreus fazerem o Santo lugar, os Sumérios, há mais de três mil anos, já tinham feito o Santo dos Santos original.

O nome do Santo dos Santos original sumeriano era Gipar. Gipar era o Santo dos Santos dos Templos Sumérios, onde somente o Sumo Sacerdote, chamado em Sumério de En, podia entrar. Era o lugar mais sagrado do templo sumeriano, chamado de Zigurati.

Dependendo da cidade, do período e da ocasião, o En (Sumo Sacerdote) poderia até dormir. 

No Gipar, poderia até fazer alguns ritos cerimoniais, como casamento, batismo, ou algum outro tipo de ritual sagrado. No caso de um casamento ou batismo, por exemplo, só os Reis que eram chamados de Lugal ou alguém da nobreza que eram chamados de Gi ou Gir, poderiam ter um casamento sagrado ou um batismo sagrado.

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

A VERDADEIRA SEFIROT DA CABALA É INVENÇÃO DA SUMÉRIA

 


Dizem que a Sefirot é uma invenção dos Judeus, no caso, da Cabala Judaica, de onde Ein Soph manifestou sua vontade (Ratzon), na produção do Universo.

Ein Sof ou Ain Soph, quer dizer "sem limites ou ilimitado ou Infinito".  É um termo cabalístico para a Deidade antes de sua automanifestação na Criação dos mundos, termo criado por Solomon Ibn Gabirol 1021 na Andaluzia, 1058 em Valência. Isso quer dizer que o Seforot ou a Árvore da Vida da religião Cabalística Judaica, nasceu na Idade Média, em Andaluzia.

Na linguagem do Zohar ganhou o significado de Esfera (σφαῑρα), mas a verdadeira doutrina dos Sefirot como Atributos que se tornou a pedra angular da Cabalá se categorizou a partir do século XII.

O termo Sephirot, em hebraico, significa, originalmente: número, contagem ou estatística. Foi usado pela primeira vez num sentido metafísico pelo autor do Sêfer Yetzirá.

Sêfer Yetzirá, é o livro da formação, é um tratado filosófico, talvez o mais antigo (existente) em hebraico, não há um consenso dentre acadêmicos sobre sua origem (data e local). O livro trata sobre a origem do universo (macrocosmo) e da humanidade (microcosmo), o arranjo alfabético e numeral apresentado no tratado é uma característica de linguagem de autores semíticos.


Invenção Suméria

A Sefirot da Cabala Judaica é uma invenção de Ein Sof, que se inspirou na cultura da Antiga Suméria. Na antiga suméria, a crença na árvore-da-vida já era uma crendice bastante popular.

Desde o paleolítico e neolítico, os seres humanos já tinham a concepção do arquétipo de uma árvore-da-vida, os sumérios, foram os primeiros a desenhar o que hoje, chamamos de árvore-da-vida, depois deles, todos os povos a seguir, começaram a desenhar, cada um a sua maneira, uma árvore-da-vida próprio.

O que é errado é uma religião, como a Judaica, por exemplo, dizer que inventou o desenho de uma árvore-da-vida, que eles chamam de Sefirot e dizer que é invenção propriamente deles, isso é um clássico caso de plágio, da forma mais vergonhosa e vexatória possível.

Não dar os créditos e não reconhecer que o símbolo religioso deles é uma invenção de uma cultura muito mais antiga e prodigiosa que eles, não é vergonhoso, e sim, honroso.















O VERDADEIRO CADUCEU É INVENÇÃO DA SUMÉRIA

 


Símbolo

O caduceu é tradicionalmente um símbolo de paz e prosperidade, levado por mensageiros para indicar uma missão pacífica. Também simboliza a união de opostos e o conhecimento.


Suméria

O caduceu tem origem na Suméria e está relacionado com o deus Ningishzida, um deus-serpente com duas serpentes emergindo dos ombros, e o seu símbolo apareceu no vaso de libação do rei sumério Gudea, por volta de 2100 a.C. Este símbolo sumério, que representava a juventude, a saúde e a renovação, foi um dos precursores do caduceu de Hermes/Mercúrio na Grécia antiga. 

O caduceu original sumeriano,  simbolizando juventude e saúde devido à sua capacidade de trocar de pele e à sua associação com as águas da terra,


Egito

Não há um "caduceu egípcio" no sentido do símbolo grego com duas serpentes e asas, mas a figura de Thoth (ou Djehuti), deus egípcio da sabedoria e da escrita, é muitas vezes associada a um cajado com um ou mais bastões. Em contrapartida, o Bastão de Asclépio, que possui uma única serpente enrolada num cajado, é o verdadeiro símbolo da medicina, mas o caduceu, com suas duas serpentes e asas, é confundido com ele e usado indevidamente em contextos médicos.


Grécia

O caduceu é um símbolo com origem na antiga Suméria e, posteriormente, associado a Hermes, o deus grego da comunicação e do comércio. 


Hermanúbis

Hermanúbis é uma divindade greco-egípcia, uma fusão do deus grego Hermes e do deus egípcio Anúbis, criada durante o período ptolomaico, quando o Egito foi governado por gregos. Ele é representado com o corpo de um humano e a cabeça de um chacal, assim como Anúbis, mas veste-se como os gregos e segura o caduceu de Hermes, o que simboliza sua natureza dupla. Hermanúbis é o condutor das almas para o pós-vida e está associado à sabedoria, magia e mistério. 

Hermanúbis nasceu da necessidade de harmonizar as crenças egípcias com a influência helenística, combinando o papel de Hermes (o guia de almas na mitologia grega) com o de Anúbis (o protetor dos mortos egípcios). 

Ele guiava os espíritos na travessia para o submundo e também trazia consigo a inteligência e o aspecto comunicador de Hermes, sendo associado à sabedoria e à magia. 


Roma

O culto a Hermanúbis foi mais proeminente no período romano, atraindo iniciados nos cultos esotéricos greco-egípcios.





domingo, 24 de agosto de 2025

ABRAÃO E A UR DOS CALDEUS

 


Abraão existiu realmente? Se existiu, ele viveu entre 2000 a 1500 a. C.


²⁷ E estas são as gerações de Terá: Terá gerou a Abrão, a Naor, e a Harã; e Harã gerou a Ló.

Ló era filho de Harã e sobrinho de Naor e Abrão.


²⁸ E morreu Harã estando seu pai Terá ainda vivo, na terra do seu nascimento, em Ur dos caldeus.

Harã, pai de Ló, morreu na cidade de Ur. 


²⁹ E tomaram Abrão e Naor mulheres para si: o nome da mulher de Abrão era Sarai, e o nome da mulher de Naor era Milca, filha de Harã, pai de Milca e pai de Iscá.

As mulheres de Abrão o Naor eram suas parentes, sendo Sarai, irmã de Abrão por parte de pai, Gênesis 12:13 e Gênesis 20:12. E Milca, filha sobrinha de Abrão e Naor.


³⁰ E Sarai foi estéril, não tinha filhos.

³¹ E tomou Terá a Abrão seu filho, e a Ló, filho de Harã, filho de seu filho, e a Sarai sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos caldeus, para ir à terra de Canaã; e vieram até Harã, e habitaram ali.

O pai de Abrão e Naor, já tinha decidido sair da cidade de Ur, antes de Abrão ouvir a voz de Deus. 


³² E foram os dias de Terá duzentos e cinco anos, e morreu Terá em Harã. 

Gênesis 11:27-32

O pai de Abrão, morre em Harã e não em Ur. 



¹ Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.

Abrão ouviu a voz de deus, quando ele estava morando na cidade de Harã. E não em Ur.


² E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção.

Eles já eram uma família rica, uma das famílias mais ricas de sua época. 

³ E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.

A benção aqui, não está reservada em dinheiro.


⁴ Assim partiu Abrão como o Senhor lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos quando saiu de Harã.

O Deus, Deus como conhecemos, não existia na época de Abrão. O deus patrono da cidade de Harã era Sin, deus da Lua.

O deus padroeiro da antiga cidade suméria de Ur era Nanna, também conhecido como Sin em acadiano, o deus da lua. 

O nome da cidade, Ur, deriva de "UNUGKI", que significa "a morada de Nanna". Seu principal santuário em Ur era o Zigurate de Ur, uma enorme estrutura em forma de pirâmide escalonada dedicada a ele. Porém, eu desconfio, desta informação, pois segundo o relatos dos Professores, Samuel Noah Kramer (a história começa na Suméria), George Smith (conhecido pela tradução da Epopéia de Gilgamésh), Taha Baqir (traduziu a Epopéia de Gilgamesh do acádio para o árabe) e outros, o nome Ur, quer dizer luz, cidade, terra.


⁵ E tomou Abrão a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e todos os bens que haviam adquirido, e as almas que lhe acresceram em Harã; e saíram para irem à terra de Canaã; e chegaram à terra de Canaã.

Abraão, Sarai e Ló, sairam de Harã e foram até a cidade de Canaã. 


⁶ E passou Abrão por aquela terra até ao lugar de Siquém, até ao carvalho de Moré; e estavam então os cananeus na terra. 

Gênesis 12:1-6


O Problema da Ur dos Caldeus

Na Bíblia lemos que a cidade de Ur era dos Caldeus; Gn 11:28 - Gn 11:31. O problema é que a cidade de Ur não era dominada pelos Caldeus na época de Abraão, a família dos Caldeus não estava no poder na época em que Terá, Abraão, Sara, Naor, Ló, etc., estavam vivos. Se acreditarmos que Abraão viveu por volta de 2000 a.C., quem estava no poder, nesse período, eram os Gútios ou Gutianos, um povo antigo que habitava a região dos Montes Zagros, ao leste da Suméria. Eles surgiram na história por volta de 2200 a.C., tornando-se notórios por sua invasão e domínio da região da Mesopotâmia, que incluía o controle da cidade de Akkad e a hegemonia sobre a Sumeria.

Os possíveis reis nesse perído, poderiam ser, os reis;

Yarlagab que dominou a região por volta de 2092-2089, tendo 3 anos de reinado.

Kurum que dominou a região por volta de 2089-2086, tendo 3 anos de reinado.

Apilkin que dominou a região por volta de 2086-2083, tendo 3 anos de reinado.

Lasirab que dominou a região por volta de 2083-2081, tendo 3 anos de reinado.

Irarum 2 anos de reinado - Ibranum 1 ano de reinado - Hablum 2 anos de reinado - Puzur-Suen 7 anos de reinado - Yarlaganda 7 anos de reinado - Síio 7 anos de reinado.

E o último rei, que é Tirigan que reinou por somente 40 dias. Derrotado pelo rei, Utu-Hengal de Uruk de acordo com a estela da vitória erguida em Uruk.

O que pode ser mais correto é que Abraão e sua família, viveram no período Amorita, sob o domínio do rei Amorita, Sumu Abum, o fundador da dinastia Amorita.


Tudo que sei é que, se os Gútios estavam no poder na época de Abraão e companhia limitada, eles dominaram a região por 90 anos. Agora, se foram os Amoritas ou Amorreus quem dominaram a região, eles dominaram por 300 anos. O mais provável é que os Amoritas dominaram a região quando Abraão e sua família estavam vivos.

Com isso, a cidade de Ur, não era dos Caldeus nesse período, a Ur nesse período, ou era a Ur dos Gútios, ou Ur dos Amoritas, ou Amorreus, mas com certeza não era a Ur dos Caldeus na época de Abraão.

Isso prova que Moisés não escreveu o livro dos Gênesis e nem o Pentateuco, o Pentateuco foi escrito quando o povo de Israel estava cativo na cidade de Babel, quando o Rei Nabucodonosor era o rei do mundo. Por isso, os escritores cativos em Babel chamam a cidade de Ur de Ur dos Caldeus, pois Nabucodonosor era um rei da família dos Caldeus.

Nesse período, temos a dinastia dos Caldeus, que começu em 626 a.C.. Que dá mais de 1200 anos de diferença, quando a família de Abraão estava viva.


Melquisedeque

Melquisedeque não era um rei que dominava a região, era um rei menor, tendo seu domínio apenas na cidade de Salém, que seria, no futuro, Jerusalém.

Sendo assim, este Melquisedeque era um rei local, que prestava continência para o rei dominante, da família Amorita, que poderia ser o rei Sumu Abum, Samulael, Sabium, Apil-Sim, Sim-Mubalite, ou o grandioso Hamurabi, ou seu filho, o rei Samsuiluna. Podendo ser, até o último rei Amorreu, que foi o rei Samsu Ditana, que perde seu reinado para o Mursili I, rei Hitita. 

Depois disso, os Amorreus perdem seu domínio para os Cassitas, um povo que também é oriundo do Monte Zagros.



sábado, 23 de agosto de 2025

RAINHA PUABI DE UR



Puabi  também chamada de Shubad ou Shudi-Ad devido a uma interpretação errônea de Sir Charles Woolley, foi uma importante rainha na cidade suméria de Ur, durante a Primeira Dinastia de Ur.  Comumente rotulada como "rainha", seu status é um tanto contestado, embora vários selos cilíndricos em seu túmulo, rotulados como sepultura PG 800 no Cemitério Real de Ur, a identifiquem pelo título "nin" ou "eresh", uma palavra suméria que denota uma rainha ou sacerdotisa. O selo de Puabi não a coloca em relação a nenhum rei ou marido, possivelmente indicando que ela governou por direito próprio. Foi sugerido que ela foi a segunda esposa do rei Meskalamdug. Embora pouco se saiba sobre a vida de Puabi, a descoberta do túmulo de Puabi e de seu poço de morte revela informações importantes e também levanta questões sobre a sociedade e a cultura mesopotâmicas.

O significado do nome de Puabi é incerto, embora talvez pudesse significar "palavra de meu pai" ou "pomar de meu pai".

O arqueólogo britânico Leonard Woolley descobriu o túmulo de Puabi, que foi escavado entre 1922 e 1934 por uma equipe conjunta patrocinada pelo Museu Britânico e pelo Museu de Arqueologia e Antropologia da Universidade da Pensilvânia. A equipe de Woolley incluía sua esposa e colega arqueóloga, Katharine, que desenhou os diagramas detalhados do local. O túmulo de Puabi foi encontrado junto com aproximadamente 1.800 outros túmulos no Cemitério Real de Ur . O túmulo de Puabi era claramente único entre as outras escavações, não apenas por causa do grande número de bens funerários de alta qualidade e bem preservados, mas também porque seu túmulo não foi tocado por saqueadores ao longo dos milênios.


Túmulo

O número de bens funerários que Woolley descobriu no túmulo de Puabi foi impressionante. Eles incluíam um pesado cocar dourado feito de folhas, anéis e pratos de ouro; uma lira soberba completa com uma cabeça de touro barbudo incrustada de ouro e lápis-lazúli; uma profusão de talheres de ouro; contas cilíndricas de ouro, cornalina e lápis-lazúli usadas em colares e cintos extravagantes; uma carruagem adornada com cabeças de leoa em prata e uma abundância de anéis e pulseiras de prata, lápis-lazúli e ouro, bem como seu cocar, um cinto feito de anéis de ouro, contas de cornalina e lápis-lazúli e outros anéis e brincos diversos. O cocar de Puabi se inspirou na natureza em seus motivos florais e é composto de fitas e folhas de ouro, contas de lápis-lazúli e cornalina e flores de ouro.

Os tecidos na tumba haviam sido reduzidos a pó. Mesmo assim, Wooley deduziu o padrão das tramas a partir dos restos intactos. As tramas incluíam "trama simples em ângulo reto, sobreposta e subordinada" (ou seja, trama Tabby), "tecido finamente tecido com nervuras diagonais "e" um tecido frouxamente tecido em ângulo reto, em um dos lados do qual havia fios longos formando uma pilha muito profunda ou então borlas". 

Vários "poços da morte" também foram encontrados fora das câmaras, bem como acima da câmara de Puabi, levantando questões sobre a atribuição inicial dos poços da morte especificamente a Puabi. O maior e mais conhecido poço da morte continha 74 atendentes, 6 homens e 68 mulheres, todos adornados com várias decorações de ouro, prata e lápis-lazúli, e uma mulher que parecia estar mais elaboradamente adornada do que as outras. Ela foi enterrada com 52 atendentes: servos, guardas, leões, um cavalo, uma carruagem e vários outros corpos — servos que foram suspeitos pelo escavador Leonard Woolley de terem se envenenado (ou de terem sido envenenados por outros) para servir sua senhora no outro mundo. Na câmara de Puabi, os restos mortais de três outras mulheres foram encontrados, e esses servos pessoais tinham seus próprios adornos menores. O fosso encontrado acima da câmara de Puabi continha 21 assistentes, uma harpa ou lira elaborada, uma carruagem e o que restou de um grande baú com itens de higiene pessoal. Devido à localização dos fossos e à falta geral de evidências, não está claro se os fossos da morte podem estar diretamente ligados a Puabi.


Causa da Morte - Teoria

Evidências derivadas de tomografias computadorizadas pelo Museu da Universidade da Pensilvânia sugerem que alguns dos sacrifícios foram provavelmente violentos e causados ​​por traumatismo contundente. Uma ferramenta pontiaguda e pesada poderia explicar os padrões de estilhaços nos crânios que resultaram em morte, enquanto uma pequena ferramenta semelhante a um martelo também foi encontrada, recuperada e catalogada por Woolley durante sua escavação original. O tamanho e o peso da ferramenta correspondem aos danos sofridos pelos dois corpos examinados por Aubrey Baadsgaard, um candidato a doutorado na Universidade da Pensilvânia. Cinábrio, ou resíduo de vapor de mercúrio, também foi observado e teria sido usado para prevenir ou retardar a decomposição dos corpos até a conclusão dos ritos funerários necessários.


Restos

Os restos mortais de Puabi, incluindo pedaços de seu crânio gravemente danificado, são mantidos no Museu de História Natural de Londres. Os achados escavados da expedição de Woolley foram divididos entre o Museu Britânico em Londres, o Museu da Universidade da Pensilvânia na Filadélfia e o Museu do Iraque em Bagdá. Várias peças do tesouro foram saqueadas do Museu Nacional durante a Guerra do Iraque em 2003. Várias das peças mais espetaculares do túmulo de Puabi foram apresentadas em uma turnê de grande sucesso do Museu de Arte e História pelo Reino Unido e pelos Estados Unidos.


 

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

RAINHA KUABABA DE KISH

 


Kubaba foi uma lendária rainha mesopotâmica que, de acordo com a Lista de Reis Sumérios, governou Kish por cem anos antes da ascensão da dinastia de Akshak. Normalmente, presume-se que ela não foi uma figura histórica. 

O nome de Kubaba foi escrito em cuneiforme como kù-d ba-ú, kù-d bu-ú, ku-ub-ba-bu-ú ou ku-ub-ba-bu-ú. Também é romanizado como Ku-Baba, com um hífen separando os elementos e a primeira letra do teônimo em maiúscula. O primeiro sinal pode ser transcrito como kug em vez de ku, o que é refletido pelo título da entrada correspondente no Reallexikon der Assyriologie, Ku(g)-Baba. Este nome pode ser traduzido do sumério como "Baba radiante" ou "prata de Baba". A leitura correta do último sinal no teônimo usado como o segundo elemento deste nome teofórico permanece uma questão de debate, com /u/ e /wu/ propostos além de /ba/. O nome da rainha pode, portanto, ser romanizado como Kug-Bau ou Kug-Bawu.


Rainha Kubaba e deusa Kubaba

Devido a diferenças espaciais e temporais, não é possível estabelecer uma conexão entre os nomes de Kubaba e da deusa de nome semelhante Kubaba. Gonzalo Rubio enfatiza que o nome deste último não tem etimologia clara e não pode ser interpretado como originário do sumério ou de qualquer uma das línguas semíticas. Foi escrito em cuneiforme como d ku-ba-ba ou d ku-pa-pa.


Historicidade

Argumentos foram feitos de que Kubaba pode ter sido um governante histórico, embora essa visão não seja considerada plausível hoje. As primeiras fontes que a mencionam foram compostas apenas séculos depois de ela supostamente ter vivido. Os assiriólogos a consideram uma governante "lendária" ou "mítica". Conforme observado por Gianni Marchesi, nomes que começam com o elemento ku- não são atestados antes do período Ur III, e colocar um governante com um deles no período dinástico inicial constitui um anacronismo. Claus Wilcke aponta que na Lista de Reis Sumérios o reinado de Kubaba é sobrenaturalmente longo, durando 100 anos. Foi apontado que o SKL (Lista de Reis Sumérios) não reflete com precisão a história dinástica inicial, como indicado pela omissão completa de Lagash, que foi um grande poder político, especialmente durante o reinado de Eannatum. Kubaba também não é mencionado em nenhuma das inscrições descobertas de governantes históricos da Dinastia Inicial. Martel Stol conclui que os textos que mencionam Kubaba devem ser interpretados apenas como especulação sobre histórias populares tradicionais.


Lista de Reis Sumérios

Kubaba é mencionada na Lista de Reis Sumérios, embora devido ao seu gênero sua inclusão seja considerada incomum. Enquanto alguns autores modernos se referem a ela como uma rainha,  o título sumério aplicado a ela é lugal ("rei"), que não tinha equivalente feminino. Uma recensão de Ur afirma que não havia rei enquanto Kubaba reinou. Ela é a única governante da terceira dinastia de Kish listada. A lista a descreve como uma estalajadeira (mí LÚ.KAŠ.TIN- na), credita a ela o "fortalecimento da fundação de Kish" e atribui um reinado de 100 anos culminando em uma transferência temporária de poder de Kish para Akshak antes de ser recuperado por Puzur-Suen. Diz-se que o último governante é filho de Kubaba, o que a torna avó de Ur-Zababa, um lendário oponente do histórico Sargão da Acádia ; Piotr Steinkeller aponta que a historicidade desses governantes de Kish e a tradição relacionada a Sargão são contraditas por uma inscrição que menciona que a cidade foi saqueada por Enshakushanna de Uruk, que pode ter sido um contemporâneo de Sargão, e seu rei na época, que foi levado como prisioneiro, foi chamado Enbi-Eštar. As cópias mais antigas conhecidas do SKL datam do período Ur III. Embora os nomes de alguns governantes, por exemplo Mesannepada, provavelmente tenham sido originados de inscrições votivas, outros, como Bazi e Zizi, podem ter sido nomes comuns copiados de listas lexicais, como a chamada Lista de Nomes e Profissões da Dinastia Inicial, ou invenções definitivas. As primeiras versões do SKL não contêm anedotas sobre governantes individuais, incluindo Kubaba, o que indica que provavelmente foram uma invenção posterior. Os compiladores usaram poucos, ou nenhum, relatos históricos. Consequentemente, o passado de Kubaba é tratado como fantástico e foi comparado a outras histórias incomuns ou membros de várias profissões que se tornaram reis na mesma composição, incluindo o mais completo Susuda, o marinheiro Mamagal e o pedreiro Nanniya.


Outros Textos

Na chamada Crônica de Weidner, que é considerada um derivado da Lista de Reis Sumérios, a ordem da dinastia de Kubaba e da dinastia de Akshak é trocada, com Puzur-Niraḫ [ pl ] reinando antes dela, em vez de mais tarde. A seção dedicada a ela está mal preservada.  Ela relata como Kubaba recebeu a realeza de Marduk depois que ele entregou uma oferenda de peixes em seu templo Esagil. A composição se concentra em transmitir a mensagem de que os reis que negligenciaram a adoração de Marduk foram tornados impotentes e, para esse fim, emprega uma série de anacronismos, este relato sendo um deles.  É conhecido por cópias neoassírias e neobabilônicas e foi originalmente composto não antes de cerca de 1100 aC. 

Referências a Kubaba também são conhecidas em textos focados em presságios ligados à adivinhação do fígado.  Conforme observado por Beate Pongratz-Leisten, referências a governantes lendários como ela, Gušur, Etana ou Gilgamesh em obras pertencentes a esta categoria tinham como objetivo estabelecê-los como modelos paradigmáticos de realeza.  Em um dos compêndios de presságios, o "presságio de Kubaba" é o nascimento de um ser andrógino com um pênis e uma vagina. É possível que se refira ao nascimento de uma ovelha em vez de um humano. Diz-se que tal evento prediz que "o país do rei será arruinado".  Marten Stol argumenta que seu caráter negativo refletia uma percepção negativa de uma mulher cumprindo um papel tipicamente masculino, o de governante. Outros presságios preservam uma tradição segundo a qual Kubaba era um guerreiro. 


EA-NĀṢIR - O GOLPISTA

 


Ea-Nāṣir foi um personagem Sumério,  comerciante de cobre que viveu em Ur em meados dos anos 1800 a.C. Seu nome quer dizer, "Ajudado por Ea (Enk)", Apoiado por Ea (Enk), Ea (Enk) é Vitória. Grafias alternativas devido à transliteração incluem Naser, Nasser, Naseer e Nacer. A forma feminina do nome é Nāṣira. 

Um nome famoso entre os amantes de futebol, é o clube Al-Nassr, da Arábia Saudita, sediado na cidade de Riade.

Ele era membro da Alik Tilmun, uma guilda de comerciantes sediada em Dilmun, região que hoje abrange o Bahrein, Kuwait, e leste da Arábia Saudita. Foi durante os XI e XIX anos de reinado do governante Larsa, Rim-Sîn I. Ele era um vendedor de lingotes de cobre originários de Magan. Ele é mais conhecido por ser o assunto de uma reclamação de cliente escrita contra ele por Nanni em 1750 a. C. A tabuinha detalha que Ea-nāṣir viajou para Dilmun para comprar cobre e retornou para revendê-lo em sua cidade. 

De acordo com a reclamação, Ea-nāṣir concordou em vender alguns lingotes de cobre para Nanni, após o que ele presenteou o servo de Nanni com lingotes de baixa qualidade enquanto o maltratava e o minava, e declarou o equivalente da antiga Babilônia de "pegue ou deixe". Enfurecido, Nanni escreveu:


"Quem sou eu para que vocês estejam tratando dessa maneira e me ofendam ( ia-a-ti a-na ki(!)-ma ma-an-ni-im tu-ši-im-ma-ni-[i]-ma ki-a-am tu-me-i[š-an]ni linhas 16-18); (que isso pudesse acontecer entre) cavalheiros como nós (ambos) somos! ( ma-a-ri a-we-li ki-ma ne-ti , elíptico na linha 19)" e ele continua, "Quem entre os comerciantes de Telmun agiu contra mim dessa maneira ( i-na a-li-ik Te-el(!)-mu-un ma-an-nu-um ša kci-a-am i-pu-ša-an-ni-i-ma linhas 26-27)?"

— AL Oppenheim, Os mercadores marítimos de Ur

Em resposta, Ea-nāṣir escreveu:

"Eu mesmo dei, por sua conta, 19 talentos de cobre ao palácio, e Sumi-abum deu (da mesma forma) 18 talentos de cobre, além do documento selado que ambos entregamos ao templo de Shamash."

— AL Oppenheim, Os mercadores marítimos de Ur


A Placa de Reclamações para Ea-Naṣir foi descoberta em Ur na década de 1920 por Sir Leonard Woolley, é atualmente mantida no Museu Britânico. Escrito em cuneiforme acadiano, tornou-se conhecida como a reclamação de um consumidor mais antiga do mundo. 

Outras tábuas foram encontradas nas ruínas que se acredita serem a morada de Ea-nāṣir. Entre elas, uma carta de um homem chamado Arbituram, que reclamava ainda não ter recebido seu cobre, enquanto outra tábua dizia que ele estava cansado de receber cobre de má qualidade.