Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, conhecido como Dom Pedro I, ele é chamado de "o Libertador", "Pai da Pátria" e "o Rei Soldado".
Foi o primeiro Imperador do Brasil como Pedro I de 1822 até sua abdicação em 1831, e também Rei de Portugal e Algarves como Pedro IV entre março e maio de 1826.
Quando Pedro tinha 22 anos, o seu pai retornou a Portugal e, no ano seguinte, solicitou que o filho o acompanhasse. A intenção das Cortes portuguesas era recolonizar o país.
Quando seu pai faleceu, em 1826, Dom Pedro I foi nomeado Monarca de Portugal. Mas abdicou da coroa e no seu lugar ficou sua filha mais velha Maria da Glória (que seria a rainha dona Maria II), que tinha apenas 7 anos de idade.
No entanto, Miguel, o irmão mais velho de Dom Pedro I, reivindicou o trono de sua sobrinha.
Com diversos problemas para resolver na colônia e na metrópole, Dom Pedro I abdica do trono de Imperador do Brasil em 7 de abril de 1831.
Em seu lugar permaneceu seu filho mais novo, Pedro de Alcântara, que subiria ao trono como Dom
Pedro II, que na época tinha 5 anos de idade.
A primeira esposa de D. Pedro foi Maria Leopoldina, arquiduquesa da Áustria, filha do imperador austríaco Francisco I. Leopoldina era cunhada de Napoleão, já que sua irmã, Maria Luísa, fora casada com o imperador francês. Além disso, Leopoldina teve uma educação esmeradíssima, sob a supervisão do ministro de Francisco I, príncipe de Metternich. Tinha muito interesse em mineralogia e botânica. Foi também amiga do músico Schubert e do poeta Goethe.
Leopoldina e D. Pedro casaram-se em 13 de maio de 1817, em Viena. Entretanto, não demorou muito para que o agitado marido levasse a cabo a infidelidade. A principal amante de D. Pedro I foi Domitila de Castro Canto e Mello, que receberia o título de Marquesa de Santos. D. Pedro e Domitila começaram o seu romance em agosto de 1822, um mês antes da Independência concretizar-se. O caso, ao contrário de outros que o imperador tivera, tornou-se público e escandaloso, a ponto de Domitila valer-se da má fama para galgar os degraus da corte brasileira. O primeiro posto na corte que recebeu de D. Pedro foi o de primeira-dama da imperatriz Leopoldina, fato que ocorreu em 4 de abril de 1825.
Mas os escândalos sexuais de D. Pedro foram ainda mais além, chegando ao ponto de se relacionar com uma irmã casada da Marquesa de Santos.
O 9 de janeiro de 1822 entrou para a história como o dia em que Dom Pedro I publicamente declarou que ficaria no Brasil e não retornaria para Portugal. Ele, então, disse a famosa frase:
“Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto. Diga ao povo que fico.”
Temendo perder o reino português, Dom João VI voltou para o Portugal, em 1821, e deixou seu filho, Dom Pedro, no Brasil. A Revolução do Porto, ocorrida no ano anterior, motivou o retorno do rei e desencadeou uma série de medidas que buscavam reverter suas ações no Brasil, como a elevação a Reino Unido. Os portugueses não queriam perder sua colônia na América e pressionaram o príncipe regente a retornar o mais rápido possível para a metrópole.
As elites estavam satisfeitas com as mudanças trazidas pela família real para o Brasil. Além de relativa autonomia provocada pela elevação a Reino Unido, a economia da colônia desenvolveu-se com o comércio de produtos ingleses. No entanto, os portugueses ainda detinham o poder do comércio litorâneo.
O apoio à independência fortaleceu-se, pois o Brasil independente daria a essas elites o controle do comércio até então nas mãos dos portugueses. Na política a presença de portugueses em postos importantes da administração colonial incomodava a elite, que desejava ocupar esses cargos. O domínio português foi questionado em todas as frentes.
Logo após a chegada de Dom João VI a Portugal, a Coroa exigiu a volta de Dom Pedro. Assim, a recolonização brasileira seria efetivada. Por isso a permanência do príncipe regente no Brasil encaminharia o processo de independência. O apoio à libertação política brasileira de Portugal ganhava adeptos e pressionava Dom Pedro a permanecer. José Bonifácio foi interlocutor do príncipe e auxiliou-o em sua decisão. Percebendo a força de sua liderança entre os brasileiros, Dom Pedro decidiu descumprir as ordens portuguesas e permanecer no Brasil para conduzir os passos finais rumo à independência.
Em 7 de abril de 1831, D. Pedro I, imperador já há quase dez anos, abdicou do trono em favor de seu filho Pedro de Alcântara (futuro D. Pedro II). Essa abdicação resultou de intensas manifestações da elite política brasileira insatisfeita com seu reinado. A economia, por exemplo, percorreu sérios caminhos à época, a ponto de o Banco do Brasil ter que ser fechado. A saída do imperador, nascido em Portugal, e a expectativa de se alçar ao trono outro imperador propriamente brasileiro (Pedro II) apascentavam os ânimos dos opositores de D. Pedro.
Após a abdicação, D. Pedro I passou um tempo na Inglaterra. Quando seu irmão, D. Miguel, tentou usurpar o trono português – à época pertencente à filha de D. Pedro, D. Maria II, a quem o imperador (que sucedeu o pai, D. João VI, após a morte deste em 1826) também havia confiado o cargo –, teve início a Guerra Civil Portuguesa. Essa guerra tornou-se intensa nos anos de 1833 e 1834, mas D. Pedro I, que era chamado de D. Pedro IV, em Portugal, conseguiu derrotar seu irmão e restituir o trono à filha.
Entretanto, a tuberculose, que não tinha tratamento eficaz à época, já consumia o imperador por dentro, ainda que contasse apenas 36 anos de idade. Em 24 de setembro, D. Pedro faleceu em Lisboa.
Curiosidades:
D. Pedro I, segundo filho de D. João VI de Portugal e D. Carlota Joaquina, nasceu em 12 de outubro de 1798. Permaneceu em Portugal até próximo aos 10 anos de idade, já que teve que sair do país natal com toda a Família Real rumo ao Brasil. Isso ocorreu no contexto das guerras napoleônicas. Passando a adolescência e a juventude no Brasil, D. Pedro revelou-se um sujeito frenético e efusivo. Segundo a historiadora Isabel Lustosa, D. Pedro era o que hoje os médicos diagnosticam como uma pessoa hiperativa. Vivia em permanente movimento, não sabia o que era sossego, repouso, tédio e também não conheci a fadiga.
O 1º imperador brasileiro viveu 35 anos, teve dois casamentos, várias amantes e 13 filhos.
O imperador tinha fama de mulherengo e é lembrado por contrariar as ordens do pai (Rei de Portugal) no famoso "Dia do Fico", e ainda declarar a independência do país no mesmo ano.
D. Pedro, porém, sofria da mesma moléstia que acometeu personalidades como os escritores F. Dostoiévski e Machado de Assis: a epilepsia. Os seus ataques epilépticos passaram a ocorrer desde pelo menos 1811.
Era amante da Marquesa de Santos e teve 5 filhos com ela
Tinha fama de mulherengo
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