Seguidores

sábado, 19 de abril de 2025

DOM JOÃO VI NO BRASIL 1808-1821


 

João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís António Domingos Rafael, mais conhecido como Dom João VI, nasceu em 13 de maio de 1767, em Lisboa, Portugal. Ele era o segundo filho da Rainha Maria I e do Rei D. Pedro III. Quando criança, não se esperava que João herdasse o trono, pois seu irmão mais velho, José, era o herdeiro. No entanto, com a morte de José em 1788, João tornou-se o novo herdeiro do trono.

Em 1792, João casou-se com Carlota Joaquina da Espanha, com quem teve nove filhos. Sua esposa, Carlota Joaquina da Espanha, conspirou persistentemente contra o marido, motivada por seus interesses pessoais ou por aqueles ligados à sua terra natal, a Espanha. Em 1816, a mãe de João faleceu no Rio de Janeiro, 20 de março de 1816, e João ascendeu ao trono como Rei João VI.

O reinado de D. João VI como Rei de Portugal foi marcado por diversos desafios e transformações. Ele era conhecido por seu intelecto, compaixão e compromisso com a reforma. Seu apelido "João Clemente" refletia sua natureza benevolente e misericordiosa.

Durante seu reinado, D. João VI enfrentou instabilidade política e econômica, incluindo a invasão de Portugal pelas forças de Napoleão. Para salvaguardar a corte portuguesa e manter sua independência, D. João VI tomou a importante decisão de transferi-la para o Rio de Janeiro, Brasil, em 1808.

A presença de D. João VI no Brasil teve um profundo impacto no desenvolvimento do país. Ele estabeleceu o  Reino Unido de Portugal , Brasil  e Algarves , designando o Rio de Janeiro como a nova capital.

Sob o governo de D. João VI, o Brasil testemunhou um progresso significativo em diversas áreas, incluindo educação, infraestrutura e cultura. Sua corte no Rio de Janeiro atraiu intelectuais, artistas e cientistas, tornando-se um centro de atividade intelectual e artística.

Apesar de seus esforços para manter o controle sobre o Brasil, D. João VI também enfrentou crescentes demandas por independência por parte das elites brasileiras. A complexa relação entre D. João VI e a busca do Brasil pela independência moldaria o futuro da nação.

Essa transferência deu destaque à  corte do Rio de Janeiro  , transformando o Brasil de uma colônia distante no coração do império português. Marcou uma mudança histórica na dinâmica de poder e preparou o cenário para profundas transformações na sociedade, na política e na cultura brasileiras.

No Brasil, a presença da corte trouxe importantes avanços em infraestrutura, educação e artes. Estimulou o crescimento econômico e o intercâmbio cultural, atraindo artistas, intelectuais e cientistas da Europa.

A vinda da Família Real para o Brasil significou a criação de instituições e construções que tinham por finalidade tornar a vida da corte portuguesa melhor e melhorar a economia local.

É nesse contexto que se deu a criação do Banco do Brasil, do Teatro Nacional, Biblioteca Nacional e Jardim Botânico. Dom João também investiu na criação de estradas e aboliu a lei que proibia a criação de fábricas no Brasil.

Além disso, Dom João criou e imprensa real e contratou artistas franceses para retratar o Brasil, a chamada Missão Francesa. O mais conhecido artista francês foi Jean Baptiste Debret.

Foi também durante o Período Joanino que o regente reuniu tropas para invadir a Guiana Francesa e a Cisplatina (atual Uruguai), que estavam sob domínio da França e Espanha, respectivamente. Essa decisão aconteceu em represália à aliança desses países e sua intenção de conquistar Portugal.

Em 1818, Dona Maria I vem a falecer, transformando o regente Dom João em Dom João VI, Rei de Portugal.

Embora a chegada de D. João VI ao Brasil tenha proporcionado avanços e progresso dentro da colônia, também alimentou o desejo por maior autonomia. À medida que a população brasileira se expunha aos ideais iluministas e aos conceitos de autodeterminação, o clamor pela independência se intensificou.

No entanto, D. João VI não abriu mão do controle facilmente. Implementou medidas repressivas para reprimir a dissidência e manter a autoridade portuguesa. No entanto, esses esforços acabaram se revelando inúteis à medida que a busca pela independência do Brasil se intensificava.

Apesar de suas tentativas de manter o controle, o reinado de D. João VI marcou uma virada na luta pela independência do Brasil. A presença da corte no Rio de Janeiro serviu como catalisador para mudanças políticas e sociais, reacendendo ainda mais as chamas da revolução.


Nenhum comentário:

Postar um comentário