A palavra Alfabeto é formada por duas palavras Gregas Alfa e Beta que eram as duas primeiras letras do Alfabeto Grego, que corresponde ao nosso A e B.
Por volta de 1900 a.C., na Península do Sinai, num lugar chamado de Serabit El-Khadim foram achados dezesseis textos escritos em caracteres semíticos. Nestes textos, aparece um total de 27 sinais semelhantes aos velhos ideogramas. Foi demorado o avanço dos sinais para o alfabeto, uma jornada que durou muitos séculos, até os Fenícios.
O ALFABETO FENÍCIO
O Alfabeto foi criado pelos Fenícios.
Na Bíblia, os Fenícios são conhecidos como Sidônios, termo que deriva do nome Sídon. Ele era filho de Canaã e neto de Cam filho de Noé, sendo, portanto, pertencente ao grupo de nações Camitas assim como os Egípcios ou Kamitas.
A palavra Fenícia é de origem grega que vem de Phóinix, isto é Palma, devido às palmeiras que eram abundantes na região. O nome Fenícia também quer dizer Vermelho, devido à cor púrpura produzida pelos Fenícios. O púrpura era um dos mais importantes e mais caros pigmentos naturais da Antiguidade, era preparado com tintas de vários moluscos.
Os Fenícios foram os primeiros grandes navegadores e viajantes da história, na verdade, eles foram os maiores e melhores navegadores da antiguidade e os maiores comerciantes do mundo antigo.
Justamente por causa disso que eles procuravam uma forma melhor de escrever documentos e calcular, bons comerciantes que eram eles queriam em todas as coisas disciplina e ordem.
No princípio os Fenícios usaram a escrita Cuneiforme dos Sumérios ou Ug Gag Sig Gá, para seus registros, tempos depois eles utilizaram a escrita Hieróglifa dos Egípcios ou Kamitas, estas escritas até que serviam para os curtos textos religiosos, militares e inscrições monumentais, mas não serviam para o comércio.
Foi aí que os Fenícios produziram uma série de caracteres com 22 sinais que eram escritos e lidos horizontalmente da direita para esquerda, que hoje chamamos de Alfabeto.
Com essas 22 letras, os Fenícios agora podiam escrever qualquer palavra. Todas as letras do Alfabeto Fenício eram consoantes, foram os gregos que introduziram as vogais.
Mas os Fenícios não criaram o Alfabeto devido a seu gênio cultural ou porque queriam fazer belas contribuições para a humanidade, eles fizeram o Alfabeto para melhorar e ampliar seu comércio.
Como eles estavam apenas pensando em ganhar dinheiro, os inventores do Alfabeto não criaram nenhuma obra literária, práticos que eram, eles fizeram o que fizeram por motivos puramente comerciais.
O ALFABETO GREGO
Os Gregos eram um povo formado da fusão de quatro grupos rivais: Os Aqueus, Os Eólios, os Dórios e os Jônios.
Os Jônios adaptaram o Alfabeto Fenício.
Heródoto atribui a Cadmo o mérito de levar o alfabeto fenício à Grécia. E para isso, os gregos logicamente têm uma lenda, reza esta lenda que Cadmo foi enviado por seu pai com a missão de recuperar Europa sua irmã, que havia sido raptada por Zeus. Como Agenor proibiu a volta dos filhos até que Europa fosse encontrada, Cadmo, que havia viajado com sua mãe Teléfassa, desistiu da busca, e se fixou na Trácia.
Quando Teléfassa morreu, Cadmus foi ao oráculo de Delfos perguntar sobre a sua irmã, mas o oráculo disse para ele não se preocupar com ela, e para ele seguir uma vaca, e fundar uma cidade onde a vaca caísse de cansaço. Assim ele fez, e encontrou uma vaca, do rebanho de Pelagon, na Fócida e ele seguiu o animal até o local onde mais tarde seria fundada Tebas. Aos moradores de Tebas e para os povos visinhos, Cadmo ensinou a arte de fundir metais, e introduziu a escrita, ensinando esses povos a ler e a escrever. E de Tebas, a escrita introduzida por Cadmo, foi difundido por todo mundo Helênico.
Com o tempo, os Gregos foram cada um ao seu modo criando sua própria mitologia do surgimento da escrita, cada qual em sua respectiva cidade. Cada grande cidade-estado grego, criou sua própria versão de um herói local criador da escrita.
Na cidade de Atenas esse herói foi Cecrope, na cidade de Tebas esse herói foi Linus no lugar do estrangeiro Cadmo e em Argos o herói foi Palamedes.
O alfabeto grego foi introduzido pelos fenícios por volta de 1500 a.C. Os gregos não gostavam de usar o alfabeto estrangeiro por muito tempo, logo eles começaram a adaptar o alfabeto fenício ao seu próprio jeito.
Por exemplo, o sinal Aleph se transformou em Alfa, o He se transformou em Épsilon, o Iodh ou I consoante, se transformou no Iota, o sinal Aiin se transformou em Omicron e o Waw ou U consoante, se transformou F com som aproximado do V, para tornar-se mais tarde o Ü Ipsilon.
Na Grécia, o Alfabeto não ficou restrito nas mãos dos comerciantes, poetas e filósofos foram grandes contribuintes da melhoria e divulgação das letras.
Palemedes, por exemplo, em 1220 a.C., inventou as letras Theta, Phi, X que se lê Khi, das quais mais tarde vieram suas correspondentes latinas ou romanas conhecidas como TH, PH e CH.
Simônides por volta do ano 627 a.C. inventa as letras Z Zêtha, H Eta, Psi, Ômega, as quais mais tarde vieram suas correspondentes latinas ou romanas conhecidas como Z, E, OS e O.
Dessa forma, em 600 a.C. estava completo o Alfabeto em sua estrutura.
Para melhor entendermos, devemos estar cientes de que os gregos inventaram o T, H, P, C, Z, E, O, S como conhecemos.
E as vogais, como conhecemos, também foram os Gregos quem inventaram. Lembrando que as consoantes já existiam no Alfabeto Fenício.
ALFABETO ROMANO
Os Romanos importaram dos Gregos seu alfabeto, contendo 16 letras, igualmente ao alfabeto grego, coisa que iria logo se modificar. O alfabeto romano é conhecido como alfabeto latino.
Os Romanos criaram as letras G, H J, Q, V, X Y e Z.
Além disso, os romanos fizeram várias modificações, criando novas letras.
A letra C deu origem as letras G e Q
O Ç que tem som de S foi outra invenção dos Romanos.
A letra U deu origem a letra V, no Século VII a.C. antes, estas letras eram uma só.
A letra X foi criado no início da República Romana, esta letra nasceu devido à necessidade de representar a abreviação de um grupo de letras que entrasse o S no final.
A letra Y foi criada pelos romanos por causa da confusão gerada pelo I grego.
A letra J foi originalmente utilizada pelos Romanos, como uma alternativa à letra I, mas foi Pedro de La Ramée ou Petrus Ramus no final da Idade Média quem diferenciou de fato o J do I, pois muitos povos de fala latina não diferenciavam uma letra da outra.
Pedro de La Ramée ou Petrus Ramus foi o primeiro a distinguir de fato as letras I e J impregando sons diferentes para tais letras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário