Talento do latim: talentum, do grego antigo: talanton, significando "escala", "balança", especificamente era o prato da balança.
Era uma unidade da antiga Mesopotâmia para grandes quantidades de massa, sendo criada na Suméria, e consolidada por volta do Século XXIII a.C. Foi usado em toda a Antiguidade com poucas variações de peso: Grécia, Roma, Egito, Israel, Babilônia, Suméria e Acádia.
Um talento grego, também chamado ático, pesava 20,04kg; um talento romano pesava 32,3 kg; o egípcio 27 kg. Na Suméria eram usados dois tipos de talentos: um chamado "leve", com 30,3 kg, e o outro chamado "pesado", com 60,6 kg. Israel Antiga, e outros países levantinos, de início adotaram o talento sumeriano, mas posteriormente revisaram a massa. O talento usado nos tempos do Novo Testamento pesava 58,9 kg Os hebreus chamavam o talento de kikkar.
As civilizações mesopotâmicas (sumérios, caldeus, cassitas, acadianos, etc), hebreus e egípcios, dividiam o talento em 60 minas, cada mina subdividia-se em 60 siclos. Um talento tinha então 3600 siclos. Os gregos também usavam a razão de 60 minas para um talento. Sendo que uma mina equivalia a 100 dracmas (um dracma tinha de 4 a 6 gramas). Uma mina grega tinha de 431 à 437 gramas.
Como era uma unidade de massa, confundia seu significado com moedas, pois era usado para designar grandes quantidades de ouro ou prata.
Para se ter uma ideia da riqueza dos aristocratas romanos, pode-se citar os exemplos dos dotes atribuídos a uma mulher à altura do seu casamento, que variavam entre 50 a 300 talentos, normalmente de ouro. Júlia Cesaris, a filha de Júlio César, foi dotada com 100 talentos de ouro no seu casamento com Pompeu. Esta quantidade corresponde a cerca de 3,6 toneladas de ouro.
Os gregos chamavam tálanton ao pratinho de pesagem da balança e, por extensão, também às quantidades de metais preciosos que ali eram pesados. Posteriormente, com uma nova evolução do termo, se chamou talento a diferentes moedas que circulavam em várias cidades do mundo helênico. Foi como nome de moeda que talentum chegou mais tarde a Roma, até que a certa altura do desenvolvimento do Império, adquiriu o significado de tesouro.
A palavra aparece pela primeira vez em castelhano em 1155, já com o sentido de "inteligência" ou "dotes intelectuais". Corominas apresenta a hipótese de que essa mudança de sentido em espanhol pode ser devida à parábola evangélica do servidor que obteve lucro dos talentos (tesouro) que lhe foram confiados em custódia, ao contrário de outro, que enterrou o tesouro que lhe havia sido entregue sem extrair dele nenhum proveito, o que teria dado origem ao significado de talento como "dote natural".
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