Os quatro grandes códices são manuscritos de notória importância para a história das Escrituras. São eles Codex Sinaiticus (sigla א ca. 330–360 d.C.), Codex Vaticanus (sigla B; datado de entre 325 e 350 d.C.), Codex Alexandrinus (sigla A; datado de c. 400–440 d.C.) e Codex Ephraemi Rescriptus (sigla C; datado de c.450 d.C.).
Ainda descobertos em épocas e lugares diferentes, os quatro compartilham muitas semelhanças. Foram escritos na caligrafia uncial (em letras maiúsculas), em scriptio continua (sem espaçamento regulares entre as palavras). Somente aparecem poucas divisões entre as palavras nestes manuscritos, tampouco elas não terminam necessariamente na mesma linha em que começam.
O custo de material e de trabalho para a produção desses grandes códices foi alto. Foi escritos em pergaminho (um velino fino) por escribas profissionais, ao contrário dos numerosos papiros anteriores, boa parte copiados por letrados, mas não escribas profissionais.
Codex Bezae: No século XIX, o Codex Bezae também foi incluído no grupo dos grandes unciais por biblistas como F. H. A. Scrivener e Dean Burgon. Para Dean Burgon, os cinco grandes unciais (א, A, B, C, D) resultariam de uma inovação redacional alexandrina. Todavia, esta teoria não ganhou o consenso acadêmico da crítica textual do Novo Testamento.
Codex Alexandrinus: O Codex Alexandrinus foi o primeiro dos grandes manuscritos a se tornar acessível aos estudiosos. Richard Bentley fez uma colação em 1675 e uma publicação em fac-símile do Novo Testamento foi produzida por Carl Gottfried Woide em 1786. Depois, o Codex Ephraemi Rescriptus, um palimpsesto, foi decifrado por Tischendorf em 1841 e publicado por ele em 1845.
Codex Sinaiticus: O Codex Sinaiticus foi descoberto por Tischendorf em 1844 durante sua visita ao Sinai e publicado em 1862. O Codex Vaticanus está na Biblioteca do Vaticano pelo menos desde o século XV, mas somente seria amplamente disponibilizado depois da publicação de um fac-símile por Giuseppe Cozza-Luzi em 1889-1890 em três volumes.
Há uma hipótese de que o Codex Sinaiticus e o Codex Vaticanus faziam parte de uma encomenda do imperador Constantino para produzir 50 cópias da Bíblia.
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