Seguidores

sábado, 22 de março de 2025

VICENTE YÁÑEZ PINZÓN

 


Vicente Yáñez Pinzón 1462 - 1514. É considerado o descobridor do Brasil por diversos estudiosos e pelas enciclopédias Britânica e Barsa, por ter atingido o Cabo de Santo Agostinho no litoral de Pernambuco em 26 de janeiro de 1500, cerca de três meses antes da chegada de Pedro Álvares Cabral a Porto Seguro. Trata-se da mais antiga viagem comprovada ao território brasileiro. Por ter descoberto o Brasil, Pinzón foi condecorado pelo rei Fernando II de Aragão em 5 de setembro de 1501. Entretanto, a navegação de navios castelhanos ao longo da costa brasileira não produziu consequências. A chegada de Pinzón pode ser vista como um simples incidente da expansão marítima espanhola. Por isso, considera-se que Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil.

O navegador foi também codescobridor da América em 1492 como capitão da caravela La Niña, uma das três embarcações da primeira expedição de Cristóvão Colombo — sendo que os dois outros navios foram comandados pelo seu irmão mais velho Martín Alonso Pinzón (caravela La Pinta) e por Juan de la Cosa (nau Santa Maria, capitânia do almirante Colombo).

No dia 26 de janeiro de 1500, Pinzón desembarcou em um local que batizou de “Santa Maria da Consolação”, lugar que descreveu como dono de uma beleza indizível, que seria o litoral do Nordeste do Brasil. A localização exata é motivo de debate entre estudiosos, já que alguns acreditam que se trata do Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, e outros pensam ser a praia de Ponta Grossa, no Ceará.


Por que não ficou com as terras brasileiras?

Pinzón não tomou posse das terras brasileiras por 2 motivos: Conflitos com nativos e o Tratado de Tordesilhas.

Ao chegar no Brasil, o navegador encontrou muita hostilidade por parte do povo potiguara que vivia na região. Aconteceu um confronto entre 20 tripulantes e 40 indígenas, que descobriram em várias mortes. Pinzón capturou alguns indígenas e os levou para a Espanha como escravos.

Portugal e Espanha dominaram os oceanos no século 15 e foram países chaves da expansão marítima europeia. Para demarcar a posse das terras, persistimos no Tratado de Tordesilhas e dividimos o recém-descoberto “Novo Mundo”. O Tratado dividiu as terras descobertas em 2 partes. Uma linha imaginária garantiu os direitos de exploração das terras no Oeste de Cabo Verde para a coroa espanhola e no leste para Portugal.

Quando Pinzón chegou ao Brasil, 6 anos após a assinatura do Tratado, uma frota partiu em direção ao Oeste, portanto, ele sabia que estava em terras portuguesas.


Pororoca

Depois de continuar sua viagem costeira, por cerca de uma semana, partindo do noroeste da ponta de Jericoacoara, a tripulação da fontilha de Pinzón escutou um estrondo contínuo. Apavorados, perceberam que os navios foram agitados por fortíssimas correntes marítimas.

Notaram que as águas que retiravam do convés com baldes não eram salgadas e sim doces. Os estrondos que causaram pavor na tripulação e quase se afundou nas embarcações era o encontro das águas do Oceano Atlântico com o rio Amazonas, a Pororoca.

Os europeus registraram as características pela 1ª vez. Ao seguir em frente, atingiram a foz do rio. A partir daí, os espanhóis deduziram que um curso de água daquele tamanho só poderia nascer de grandes montanhas. Foi assim que concluíram que a terra que o rio banhava deveria ser um continente e pensaram ter encontrado na Ásia.

Pinzón esteve na baía de Marajó e batizou de Santa Maria de La Mar Dulce o que era, na verdade, o rio Amazonas. Atribui-se a ele o título de descobridor do Amazonas por causa da descrição minuciosa que fez na região.

Apesar da viagem ter sido um desastre econômico, tornou-se uma das mais importantes realizadas pelos espanhóis devido aos resultados geográficos. As descobertas foram úteis para o navegador e cartógrafo espanhol Juan de La Cosa (1460-1510), autor do primeiro planisfério no qual aparece representando o Novo Mundo, e o navegador italiano Américo Vespúcio (1451-1512).


Nenhum comentário:

Postar um comentário