O Período Pré-Colonial começa em 1500 com o Descobrimento do Brasil e vai até 1532, com a chegada das primeiras expedições colonizadoras comandadas por Martim Afonso de Souza.
Essa fase foi marcada por um relativo desinteresse dos portugueses pelo território recém-descoberto e por inúmeras tentativas de invasão de outros países europeus, como França, Inglaterra e Holanda.
A principal ideia dos colonizadores eram explorar as terras conquistadas com o intuito de enriquecer a metrópole e sobretudo, encontrar metais preciosos.
O rei Dom Manuel de Portugal batiza as terras descobertas de Vera Cruz e depois, Santa Cruz. Só em 1503 surge o nome Brasil, por conta da extração do pau-brasil.
Economicamente, o único proveito que os portugueses tiraram das terras brasileiras, durante o Período Pré-Colonial, foi por meio de três feitorias instaladas em Cabo Frio, Porto Seguro e em Igarassu. Essas feitorias serviram como ponto de armazenamento da primeira atividade econômica praticada no Brasil: a exploração do pau-brasil.
Foi diante desse fato que o processo de colonização do Brasil foi realizado num sistema de colonialismo denominado de “Colônia de Exploração”. Nesse sentido, a exploração das terras descobertas eram o objetivo central dos portugueses.
Durante os primeiros trinta anos (1500-1530), desde que chegaram no território brasileiro, eles descobriram o pau-brasil, uma madeira nativa da Mata Atlântica, que tinha sucesso no mercado consumidor europeu.
Foi então realizado o primeiro ciclo econômico do Brasil: o ciclo do pau-brasil. Essa espécie de madeira era utilizada, já pelos índios para o tingimento de tecidos.
O pau-brasil é uma árvore nativa da Mata Atlântica que era conhecida pelos nativos e chamada por eles de "Ibirapitanga". Os portugueses viram no pau-brasil, uma oportunidade para explorar a madeira para produção de objetos diversos e para extrair uma resina da madeira que permitia a produção de um corante utilizado no tingimento de tecidos.
O primeiro português a notar a abundância da árvore foi Gaspar Lemos, e o primeiro a receber o direito de exploração do pau-brasil foi Fernão de Noronha, em 1501. O trabalho de extração da madeira da mata era todo realizado pelos indígenas. Eles extraíam a madeira e levavam as toras para os portugueses, que os pagavam com facas, machados, espelhos e outros objetos.
As toras ficavam guardadas nas feitorias, e a primeira grande exportação do pau-brasil aconteceu em 1511, quando cerca de 5 mil toras foram levadas a Portugal. As feitorias tinham estruturas de madeira, que serviam como fortificação para proteger os portugueses de ataques de indígenas hostis ou de estrangeiros, como os franceses.
Inicialmente, eles tentaram o processo de escambo com os indígenas, ou seja, em troca da madeira lhes ofereciam espelhos, facas, moedas e diversos objetos, com o decorrer dos anos, o contato entre portugueses e indígenas se configurou como extremamente prejudicial para os índios, pois eles tiveram:
Perda de territórios;
Mortes por doença;
Repressões culturais e religiosas;
Mortes por confronto;
Escravização.
Em 1534, com o intuito de explorar melhor o território, D. João III propôs a criação do sistema de Capitanias Hereditárias.
Assim, o território foi dividido em 15 capitanias, as quais foram concedidas a 12 donatários (nobres de confiança), que ficariam responsáveis por explorar, administrar e povoar as colônias.
Paralelo a isso, e visto fracasso das capitanias hereditárias, o governo geral foi implementado em 1549, com o intuito de descentralizar o poder.
Nenhum comentário:
Postar um comentário