Do Grego Daemon ou Daímôn "divindade", "espírito" e do Latim Daemonium ou Daimônion. É um tipo de ser na mitologia grega que em muito se assemelha aos gênios da mitologia árabe.
São deuses de determinadas entidades da natureza humana, como a Loucura, a Ira, a Tristeza, seu temperamento liga-se ao elemento natural ou vontade divina que o origina. Não se fala em "bem" ou "mal". Um mesmo daemon pode apresentar-se "bom" ou "mau" conforme as circunstâncias do relacionamento que estabelece com aquele ou aquilo que está sujeito à sua influência.
O conceito original entre os gregos ainda os conecta, aos elementos da natureza, surgidos em seguida aos deuses primordiais. Assim, há daemones do fogo, da água, do mar, do céu, da terra, das florestas, etc. Há espíritos que regem ou protegem um lugar, como uma cidade, fonte, estrada, etc.
Às afetações humanas, de corpo e de espírito, tendo sido estes daemones criados depois. Entre eles estão: Sono, Amor, Alegria, Discórdia, Medo, Morte, Força, Velhice, Ciúmes etc.
O termo "daímôn", o gênio pessoal, foi usado por Sócrates quando, ao contrário de seus colegas sofistas, não abriu escola para transmitir seus ensinamentos, assim como não cobrou dinheiro por isso. Ele dizia que apenas falava em nome do seu "daímôn", do seu gênio pessoal. Marco Aurélio usou extensivamente o termo em suas meditações.
A palavra "daímôn", da qual se originou o termo demônio, não era, na Antiguidade, tomada à parte má, como nos tempos modernos. Não designava exclusivamente seres malfazejos, mas todos os Espíritos, em geral, incluindo os deuses e os demônios propriamente ditos. Na mitologia grega original seria um gênio, uma divindade menor, um ente espiritual que poderia ser bom ou mal.
Para o poeta grego Hesíodo (século VIII a. C), os demônios eram as almas das pessoas mortas que tinham a missão de cuidar dos vivos. Platão, consideravam o demônio como um ser que guiava e inculcava conhecimentos aos humanos, às vezes podendo incluir espíritos dos mortos.
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