A palavra Natal derivado do nātālis no latim, do verbo nāscor que tem sentido de nascer. Do nātālis, em latim, surgiu natale em italiano, noël em francês, nadal em catalão, navidad em espanhol. Já o termo Christmas, usado nas línguas anglo-saxônicas para Natal, originou-se do inglês arcaico Christes maesse que evoluiu para Christ’s mass que quer dizer “missa (em louvor) de Cristo”.
Em 25 de dezembro de 336, em Roma, ocorreu a primeira celebração de Natal. Os cristãos já realizavam seus cultos abertamente desde 313 com a liberdade concedida pelo Edito de Milão. Pouco tempo depois, o papa Júlio I (pontificado de 337 a 352) formalizou o 25 de Dezembro como Natal, o nascimento de Jesus.
A celebração do Natal em 25 de dezembro ficou, inicialmente, restrita aos cristãos de Roma. Com a oficialização do cristianismo em 380, pelo Edito de Tessalônica, de Teodósio, o Natal tornou-se comemoração do Império Romano. Aos poucos, as comunidades cristãs do Oriente adotaram o 25 de dezembro como data do Natal: Constantinopla e Capadócia, em 380, Antioquia, em 386, Alexandria, em 432, Jerusalém, em 439. No ano de 449, o Papa Leão I oficializou 25 de dezembro para comemorar o nascimento de Jesus como uma das principais festas da Igreja Católica. Finalmente, em 529, o imperador Justiniano, do Império Romano do Oriente, declarou a data feriado oficial do império. Foi por essa época, também, a escolha do domingo, o Dies Solis como Dies Dominicus, Dia do Senhor. A escolha do domingo se deu pelo fato de Jesus ter ressuscitado no primeiro dia da semana, aquele dedicado ao sol, o Dies Solis. O domingo, Dia do Senhor, foi declarado dia obrigatório de descanso para disputas legais, para negócios e cobrança de dívidas, ordenando que aqueles que não cumprissem o edital fossem considerados sacrílegos (profanadores). Por que 25 de Dezembro?
O registro mais antigo do Natal como celebração cristã está no Cronógrafo de 354, um calendário elaborado por Fúrio Dionísio Filócalo. A partir disso, a festividade se espalhou rapidamente:
Na Capadócia em 370;
Em Constantinopla em 380;
Em Antioquia em 386;
E em Alexandria em 432.
Concílio de Nicéia
A data do Natal não foi decidida no concílio de Niceia.
O concílio de Nicéia, estabeleceu o arianismo como heresia e fixou a data da Páscoa, além de promulgar a lei canônica em sua primeira forma.
Foi no ano 352 que o papa Júlio I formalizou o dia 25 de Dezembro como data do Natal pela Igreja Católica. Constantino não governava mais Roma, pois morreu em 337. A Igreja do oriente levou mais tempo para aceitar a data, Constantinopla e Capadócia, em 380, Antioquia, em 386, Alexandria, em 432, Jerusalém, em 439.
Sol Invicto
Aureliano promoveu a unificação religiosa por meio do culto ao Sol Invicto (Sol Invictus). Em 274 d.C., ele inaugurou um grande templo em Roma dedicado a essa divindade.
Embora não tenha abolido o politeísmo, Aureliano preparou o caminho para um império mais centralizado espiritualmente. Alguns estudiosos consideram esse movimento uma prévia do monoteísmo cristão, que se firmaria no século seguinte.
A relação entre o Sol Invicto e o Natal é marcada por uma mistura de tradições pagãs e cristãs. O Sol Invicto, uma divindade solar, era celebrado no dia de Natal, e a escolha da data de 25 de dezembro para o Natal foi influenciada por essa festividade. O Natal, que celebra o nascimento de Jesus, foi oficialmente adotado como uma data cristã no século IV, mas sua origem está ligada a festivais romanos como a Saturnália e as brumálias, que também eram celebrados no dia de Natal. Essas festividades, que incluíam banquetes, trocas de presentes e reversões simbólicas de papéis sociais, foram absorvidas e ressignificadas ao longo dos séculos, resultando na celebração do Natal como um evento central da cultura cristã.
Saturnália
A Saturnália era um festival da Antiga Roma em honra ao deus Saturno, que ocorria em 17 de dezembro no Calendário juliano e mais tarde se estendendo com festividades até 23 de dezembro. O feriado era celebrado com um sacrifício no Templo de Saturno, no Fórum Romano, com um banquete público, seguido de troca de presentes em privado, festa contínua e uma atmosfera de carnaval que derrubava as normas sociais romanas: o jogo era permitido e senhores ofereciam serviço de mesa a seus escravos. O poeta Catulo chamava o festival de "o melhor dos dias".
A escolha do dia 25 de dezembro como a data do nascimento de Jesus foi uma decisão estratégica, alinhando-se com as festividades pagãs do solstício de inverno. Isso facilitou a aceitação do cristianismo entre os romanos, que já estavam acostumados a celebrar durante esse período. Muitos costumes da Saturnália, como a troca de presentes e as celebrações familiares, foram incorporados nas tradições natalinas, criando um sincretismo cultural que perdura até hoje.
Hanukkah
Hanukkah, o Festival das Luzes judaico,Comemora a revolta vitoriosa dos Macabeus contra o Império Selêucida no século II a.C. e a subsequente reconsagração do Segundo Templo em Jerusalém.
Em 168 a.C., o rei selêucida Antíoco IV Epifânio proibiu as práticas religiosas judaicas, ergueu um altar a Zeus e sacrificou porcos no Segundo Templo em Jerusalém, profanando profundamente o local sagrado. Essa opressão desencadeou um movimento de resistência judaica liderado pelo sacerdote idoso Matatias e seus cinco filhos na aldeia de Modiin.
Após a morte de Matatias, seu filho Judá, apelidado de "Judá Macabeu" (que significa "o Martelo"), assumiu o comando. Apesar de estarem em grande desvantagem numérica, os Macabeus usaram táticas de guerrilha para derrotar o exército greco-sírio, maior e melhor equipado, uma vitória considerada o primeiro milagre de Hanucá.
Em 164 a.C., Judá e seus seguidores reconquistaram Jerusalém e purificaram ritualmente o Templo. Construíram um novo altar e procuraram reacender a menorá (o candelabro de sete braços), conforme exigido pela lei judaica.
Hanukkah não é o equivalente do Natal para o judaísmo, mas ambas são festas de luz que ocorrem no inverno, com semelhanças superficiais como o costume de trocar presentes e a ênfase no tempo em família. A coincidência de datas é uma questão de coincidência calendárica, não de ligação direta, já que o Hanukkah é baseado no calendário judaico lunar, enquanto o Natal é no solar. A semelhança mais profunda é a celebração da luz em tempos de escuridão, tanto literal quanto metaforicamente.
Uma tradição popular em ambos os feriados, embora essa seja uma prática mais recente no Hanukkah e tenha se originado em parte pela proximidade com o Natal.

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