O racismo empresarial é forte nos dias atuais. O pensamento de que profissionais negros não são tão capazes de gerir equipes, por exemplo, como outros profissionais, ainda é uma questão presente.
Em uma entrevista ao Roda Viva, Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank, afirmou que não dá para contratar profissionais negros para trabalhar no banco, pois o nível de exigência da empresa é alto. Contratando esses profissionais, o nível da empresa irá baixar.
Quando esses profissionais são contratados, eles não são considerados da mesma forma que profissionais brancos. Uma pesquisa realizada pela Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial aponta que profissionais negros ocupam apenas 6,3% dos cargos de gerência em 23 grandes empresas nacionais e multinacionais.
No entanto, nos cargos de aprendizes, estagiários e trainee, encontra-se uma maioria negra. De acordo com o IBGE, negros ganham 39,2% menos que brancos no trabalho. Profissionais negros enfrentam muitas dificuldades para crescer em empresas.
Além dessa diferenciação, quando um negro possui o mesmo cargo que um colega branco, ele ganha menos. A diferença salarial entre negros e brancos é de 48%. Para as mulheres negras, pode chegar a uma diferença de até 70% para o mesmo cargo e função.
O racismo não é sobre se esforçar ou se dedicar menos, é sobre direitos negados e portas fechadas. Para mudar esse cenário, as empresas precisam adotar medidas combativas.
Tudo isso está ligado ao racismo estrutural. Entender o racismo estrutural é essencial para ver as raízes das desigualdades em nossa sociedade. Esse conceito mostra um sistema que perpetua discriminação e exclusão. É crucial saber como ele se manifesta no trabalho. O racismo estrutural é um sistema que exclui grupos minoritários, especialmente negros. Ele vem da história de injustiças, como a escravidão. Essas práticas ainda afetam a sociedade, criando disparidades raciais.
O racismo estrutural afeta as empresas de várias maneiras. Ele impacta a cultura da empresa e como os colaboradores se sentem. É crucial entender como esses efeitos se manifestam em desafios reais para as empresas. As empresas com culturas fechadas têm dificuldade para atrair e manter talentos.
Pessoas negras no Brasil enfrentam uma realidade de maior vulnerabilidade e sub-representação no mercado de trabalho, concentrando-se em subempregos, informalidade e trabalhos de baixa remuneração, com salários significativamente menores que os de pessoas brancas, apesar de avanços pontuais na educação; essa situação acentua desigualdades sociais e restringe a ascensão profissional, sendo as mulheres negras as mais afetadas. Rendimentos médios de negros são inferiores aos de brancos, mesmo com níveis de escolaridade semelhantes, havendo uma diferença abissal em todas as posições.
A concentração em subempregos perpetua a desigualdade, afetando o acesso à educação, moradia e segurança, gerando um ciclo de vulnerabilidade social para a população negra.
Trabalhadores negros e negras ocupam cargos piores, recebem salários menores, têm mais dificuldade para conseguir empregos e estão em trabalhos precarizados, conhecidos como subempregos.
A discriminação racial acontece primeiramente na maior dificuldade de inserção
dos negros no mercado de trabalho. A taxa de desemprego dos negros é sistematicamente superior à dos demais trabalhadores.
A escravidão deixou um legado de exclusão, que ainda impacta a inserção e valorização da população negra no mercado de trabalho.


Nenhum comentário:
Postar um comentário