A XVIII dinastia egípcia foi criada após a expulsão dos Hicsos, povos de origem asiática, e que comandaram o Egito por quase duzentos anos e é talvez a mais bem conhecida dinastia do Antigo Egito.
Tradicionalmente diz-se que a XVIII dinastia egípcia reinou entre 1550 ou 1557 a.C. e 1295 a.C., totalizando 255 ou 262 anos de duração/ foi a era em que o antigo Egito atingiu o auge de seu poder.
A Décima Oitava Dinastia é única entre as dinastias egípcias nativas por ter tido duas rainhas reinantes que governaram como faraós: Hatshepsut e Neferneferuaten, geralmente identificada como Nefertiti.
A Décima Oitava Dinastia é renomada por suas realizações artísticas, incluindo a construção de templos monumentais como os de Luxor e Karnak, bem como o desenvolvimento do Período de Amarna sob o reinado de Akhenaton.
Os faraós da Décima Oitava Dinastia, particularmente Tutmés I, Tutmés III e Amenófis II, conduziram ambiciosas campanhas militares que expandiram as fronteiras do Egito ao máximo. Tutmés III, frequentemente chamado de "Napoleão do Antigo Egito", é especialmente renomado por suas numerosas e bem-sucedidas campanhas militares na Síria, Núbia e no Levante, que colocaram vastos territórios sob o controle egípcio.
A Décima Oitava Dinastia testemunhou conquistas culturais e arquitetônicas notáveis. Faraós como Hatshepsut, Akhenaton e Tutancâmon deixaram uma marca significativa na história egípcia. Hatshepsut, uma das faraós mais famosas, iniciou projetos de construção ambiciosos, incluindo a construção de seu templo mortuário em Deir el-Bahari. Akhenaton, conhecido por suas reformas religiosas e pelo estabelecimento de um culto monoteísta centrado no deus sol Aton, construiu uma nova capital chamada Akhetaton (atual Amarna). Tutancâmon, embora seu reinado tenha sido relativamente curto, é famoso pela descoberta de seu túmulo intacto no Vale dos Reis, que proporcionou um vislumbre extraordinário da riqueza e do requinte artístico da época.
A Décima Oitava Dinastia testemunhou desenvolvimentos religiosos significativos, particularmente durante o reinado de Akhenaton, que tentou mudar o foco religioso do Egito do panteão tradicional de deuses para o culto a Áton, o disco solar. Esse período de convulsão religiosa, conhecido como Período de Amarna, teve um profundo impacto na arte, arquitetura e sociedade egípcias.
A Décima Oitava Dinastia começou a declinar em seus últimos anos devido a conflitos internos, instabilidade política e ameaças externas. O reinado de Amenófis IV (Akhenaton) e seus sucessores testemunhou desafios às práticas religiosas tradicionais e um enfraquecimento da autoridade central. A dinastia acabou cedendo lugar à Décima Nona Dinastia após o reinado de Horemheb, que restaurou a estabilidade no Egito.
De modo geral, a Décima Oitava Dinastia do Egito representa um período de imenso poder, florescimento cultural e conquistas militares, deixando um legado duradouro na história e civilização egípcias.
A ordem dos governadores do Egito da XVII Dinastia. Há muitas divergências quanto as datas. É importante notar que a ordem cronológica dos faraós é um tema em constante evolução e, portanto, deve ser tratada com certa cautela. À medida que novas pesquisas são realizadas, a ordem pode estar sujeita a alterações, o que é um princípio fundamental que se aplica a todas as dinastias egípcias.
Amósis I, (Nebpehti-re[1]) – 1550-1525 a.C.
Amenófis I, (Djeserka-re) – 1525-1504 a.C.
Tutemés I, (Akhperenre) – 1504-1492 a.C.
Tutemés II, (Akhperenre) – 1492-1479 a.C.
Hatexepsute, (Maatka-re) – 1479-1457 a.C.
Tutemés III, (Menkheperu-re) – 1457-1425 a.C.
Amenófis II, (Akheper-re) – 1425-1400 a.C.
Tutemés IV, (Menkhperu-re) – 1400-1390 a.C.
Amenófis III, (Nebmaat-re) – 1390-1352 a.C.
Aquenáton, (Neferkheperu-re-waenre) – 1352-1338 a.C.
Semencaré, (Ankhkeperu-re) – 1338-1336 a.C.
Tutancâmon, (Nebkheperu-re) – 1336-1327 a.C.
Aí, (Kheperkheperu-re) – 1327-1323 a.C.
Horemebe (Djeserkheperu-re) – 1323-1295 a.C.
O auge do Egito Antigo, como um todo, ocorreu durante o período conhecido como Novo Império (aproximadamente entre 1550 a.C. e 1070 a.C.). Esta fase é frequentemente chamada de "Era de Ouro" da civilização egípcia devido ao seu extremo poder militar, prosperidade econômica e esplendor cultural.

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