Preterismo é uma palavra que vem do latim, "Preter" que significa, passado.
Surgiu no ano de 1547, tendo como autor John Hentenius, no entanto, ganhou destaque depois que um padre jesuíta português, conhecido como Luís de Alcazar, que viveu entre 1554 a 1613, expôs sistematicamente a visão preterista, ao escrever um comentário de noventa páginas do livro de Apocalipse, entitulado "Investigação do Sentindo Oculto do Apocalipse" (em latim Vestigatio Arcani Sensus em Apocalypsi), com o objetivo de defender a Igreja Católica e o Papa, das intensas acusações dos protestantes que o acusavam de ser o Anticristo e a Igreja católica, a grande Babilônia de Apocalipse. Era o período da conhecida, Reforma Protestante, no ano de 1545 a Igreja Católica contra ataca, fazendo a Contra Reforma, e foi justamente na Contra Reforma que surgem as doutrinas futuristas que são cridas hoje pelos religiosos evangélicos.
Nesta visão, escatológica, o preterismo interpreta algumas profecias da Bíblia como eventos que já aconteceram nos anos 70 d.C. com a queda de Jerusalém pelos Romanos.
A interpretação literal da Bíblia é perigosa para os cristãos. Por exemplo, os preteristas empregam intencionalmente interpretações alegóricas para muitos dos símbolos de Apocalipse 4–19 . Para eles, as Bestas no capítulo 13 são símbolos do Imperador Romano Nero em 54–68 d.C., e a “tribulação” descrita no texto é um símbolo da perseguição cristã. Mas os preteristas parciais mudam os métodos interpretativos para os últimos três capítulos e arbitrariamente afirmam que os capítulos 20–22 ainda estão em nosso futuro, embora não acreditem que tudo isso será cumprido literalmente.
No entanto, a disciplina apropriadamente empregada de interpretação literal em todos os gêneros das Escrituras, incluindo profecia, leva a uma compreensão consistentemente clara e convincente do que o texto significava para o público original e para nós hoje. Não precisamos nos perder na subjetividade do simbolismo e da alegoria!
A interpretação dos preteristas das profecias sobre o julgamento final de Deus sobre as nações é problemática. Eles alegam que essas profecias de julgamento mundial foram realmente cumpridas na destruição de Jerusalém, como se Israel fosse o verdadeiro alvo de Deus. Isso leva a uma forma insípida de antissemitismo cristão. Mas a conclusão óbvia de Apocalipse, Daniel, Mateus 24–25 e outras profecias é que Deus julgará todas as nações da Terra com os eventos da Tribulação, não apenas Israel. A certeza dos preteristas de que Deus julgou e rejeitou Israel não é encontrada em nenhum lugar da Bíblia, e fica muito aquém do escopo do julgamento descrito nessas profecias.
Os preteristas afirmam que o Apocalipse foi escrito para dar esperança aos cristãos durante os dias difíceis da guerra romana com o povo judeu. Mas que conclusão um cristão que o lê hoje deve tirar se isso for verdade? O raciocínio mais comum é que se Deus julgou e rejeitou Israel e levantou um novo povo para Si mesmo, a saber, a igreja, então é aceitável que os cristãos tratem os judeus com o menor desprezo. Esse raciocínio levou a repetidos pogroms, expulsões e assassinatos de incontáveis judeus por cristãos ao longo da história. Deus não rejeitou Israel e os colocou de lado em favor da igreja.
Os preteristas apoiam a crença de que todas as profecias são cumpridas, em grande parte, por dois argumentos básicos: 1) certas passagens ( Mateus 16:28 ; 10:16–25 ; cap. 24; Apocalipse 1:1 ; 22:6–7 ) que eles interpretam como Jesus ensinando que tudo seria cumprido durante a vida dos 12 discípulos ou sua geração, e 2) sua datação inicial do livro do Apocalipse.
No entanto, a interpretação deles dessas passagens é altamente contestada. Jesus não estava ensinando que Ele voltaria durante a vida dos discípulos; caso contrário, Ele estaria mentindo. Em termos gerais, Ele estava afirmando a existência contínua do povo judeu até o fim dos tempos — Ele não havia terminado com eles, e eles farão parte de Seus planos.
Os preteristas argumentam que o livro do Apocalipse foi escrito em 65 d.C., colocando assim sua escrita antes da destruição de Jerusalém e satisfazendo a alegação de João de que ele estava escrevendo uma “profecia” sobre o suposto julgamento de Deus em 70 d.C. O problema com esse argumento é que praticamente todos os estudiosos concordam que o Apocalipse foi escrito na década de 90 d.C. durante o reinado de Domiciano, como os pais da igreja atestam. Então, se o livro foi escrito com o propósito de descrever o julgamento de Deus sobre Israel por meio de Roma, então João estava escrevendo história, não profecia!
A profecia sempre tem o objetivo de dar esperança aos leitores. Esperança de que Deus fará o que Ele diz. Esperança de que, apesar da dor e do sofrimento que estamos enfrentando, Deus tem um plano para vencer o dia. Esperança de que Deus trará justiça e cura a este mundo quebrado. Que esperança João poderia dar aos seus leitores se tudo o que ele escreveu já estava feito e acabado? Que esperança Deus nos oferece hoje se o livro do Apocalipse significa pouco ou nada para o nosso futuro também? É de vital importância que nos apeguemos à esperança que Ele nos deu na profecia!
Aguente firme, igreja! Jesus realmente está voltando.
IMPERADOR ADRIANO
Após o fatídico evento que resultou na derrota dos Judeus em 70, eles não aprendem a lição e continuam suas revoltas, 65 anos depois de serem derrotados pelo General Tito, as revoltas judaicas continuam a todo vapor, agora, 65 anos depois, Bar Kochba, um homem comum que, de repente, tornou-se um importante líder e foi considerado até mesmo um messias, graças ao decisivo apoio do rabino Akiva, a maior liderança espiritual da Judeia. Bar Kochba logo demonstrou seu talento militar.
Ciente das limitações de seus comandados, ele evitou o combate aberto com as forças romanas, claramente superiores, recorrendo a táticas de guerrilha. Organizou pequenos grupos regulares de combate e, pouco a pouco, conseguiu expulsar as tropas romanas de suas posições. Cerca de três anos após o início da revolta, Bar Kochba conduziu seus soldados até Jerusalém, reconquistando a cidade e proclamando o restabelecimento da independência do Estado Judeu.
Nomeado nasi (príncipe), Bar Kochba ou Simão Barcoquebas obteve amplos poderes e estabeleceu um Estado teocrático. Nos anos que governou, ele ficou conhecido por seu estilo centralizador e pragmático, adaptando as formas de administração romanas às novas condições.
Para resumir a história, em 135, o imperador Adriano mandou arrasar a cidade, ao cabo da revolta judaica liderada por Simão Barcoquebas ou Bar Kochba.
A destruição da Jerusalém foi pior que da primeira, e olha, que em 70 a destruição causou terror, medo e pavor na população, mas o Imperador Adriano fez o que era ruim, ficar pior cem vezes mais, foi um genocídio, massacre, carnificina de primeira qualidade, foi um arraso total, imparcial, sem dó, pena, piedade, desastre sem comparação.
Sobre os restos de Jerusalém, edificou-se uma cidade helênica (Élia Capitolina) e sobre o monte onde se erguera o santuário de Javé, erigiu-se um templo dedicado a Júpiter Capitolino. Todo o território de Israel, foi detonado, arrasado, e o país foi renomeado de Síria Palestina, quem dissesse o nome Israel ou Jerusalém, seria executado sem julgamento, sem dó, pena ou misericórdia.
Esta foi a última destruição que colocou um fim de vez em alguma tentativa de reerguer o templo. Até a data atual o templo de Jerusalém não foi ainda reerguido e resta apenas um grande muro que cercava a região do antigo templo. Popularmente conhecido como o muro das lamentações.
A destruição de Jerusalém foi mil vezes pior que na época do Imperador Vespasiano, sob o comando do General Tito, se Jesus não voltou naquele período, ele tinha então que voltar na época do Imperador Adriano, e não voltou, isso é mais uma prova de que a Teologia Preterista é uma farsa, uma fraude.
Nenhum comentário:
Postar um comentário