E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, do lado oriental; e pôs ali o homem que tinha formado.
E o Senhor Deus fez brotar da terra toda a árvore agradável à vista, e boa para comida; e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal.
E saía um rio do Éden para regar o jardim; e dali se dividia e se tornava em quatro braços.
O nome do primeiro é Pisom; este é o que rodeia toda a terra de Havilá, onde há ouro.
E o ouro dessa terra é bom; ali há o bdélio, e a pedra sardônica.
E o nome do segundo rio é Giom; este é o que rodeia toda a terra de Cuxe.
E o nome do terceiro rio é Tigre; este é o que vai para o lado oriental da Assíria; e o quarto rio é o Eufrates. E tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar. Gênesis 2:8-15.
Depois da expulsão de Adão e Eva do Jardim do Éden, ninguém mais teve acesso ao local, sendo assim, o que temos é uma conjectura de onde estaria este paraíso. E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida. Gênesis 3:24
Lendo Gênesis 2 entende-se que no Éden, foi feito um jardim dentro do Éden, isso quer dizer, que foi feito um paraíso dentro do paraíso, e este jardim ficava no lado oriental, isto quer dizer, que esse jardim, ficava à leste do Éden, ou seja à direita do Éden.
Éden é o nome de uma região, e nessa região, mais precisamente no lado leste, foi feito o Jardim. E esse rio que foi feito, não estava nesse Jardim, ele estava na região do Éden que ia regar esse Jardim que ficava a leste na região do Éden.
E saindo desse Jardim, o rio se tornava em quatro braços, ou seja, se dividia em quatro partes.
E saía um rio do Éden para regar o jardim; e dali se dividia e se tornava em quatro braços. Gênesis 2:10.
E foi lá que o primeiro homem e a primeira mulher viveram por algum tempo.
E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, do lado oriental; e pôs ali o homem que tinha formado. Gênesis 2:8.
É certo que o Jardim do Éden ficava na antiga Suméria, pois é mencionado o nome de dois rios conhecidos, que são os Rios Tigre e Eufrates, além de dizer os nomes de outros dois Rios que eram os Rios Pisom e Giom
O nome do primeiro é Pisom; este é o que rodeia toda a terra de Havilá, onde há ouro.
E o ouro dessa terra é bom; ali há o bdélio, e a pedra sardônica.
E o nome do segundo rio é Giom; este é o que rodeia toda a terra de Cuxe. E o nome do terceiro rio é Tigre; este é o que vai para o lado oriental da Assíria; e o quarto rio é o Eufrates.
Gênesis 2:10-14
O Rio Pisom atravessava a região de Havilá, que dizem que ficava entre o Iraque e o Egito. Ismael, filho de Abraão, morou em Havilá.
E estes são os anos da vida de Ismael, cento e trinta e sete anos, e ele expirou e, morrendo, foi congregado ao seu povo.
E habitaram desde Havilá até Sur, que está em frente do Egito, como quem vai para a Assíria; e fez o seu assento diante da face de todos os seus irmãos. Gênesis 25:17,18. O nome Pisom quer dizer Mais Espalhado. A identificação do rio Písom é pura especulação, sendo que as sugestões variam de certos rios da Armênia até o rio Ganges, na Índia. Flávio Josefo identifica o rio Pisom com o Ganges. Mas essas coisas não passam de suposições.
O Rio Giom atravessava a terra de Cuxe. A região conhecida como Cuxe na Bíblia corresponde ao atual Sudão, Sudão do Sul e a Eriópia. Giom com o rio Nilo, mas é lógico que a idéia de Flávio Josefo está totalmente errada.
E o nome do segundo rio é Giom; este é o que rodeia toda a terra de Cuxe. Gênesis 2:13.
Os Rios Tigre e Eufrates são os únicos rios desses quatro, que existem ainda nos dias de hoje. A localização desses quatro rios englobavam a área da antiga Suméria, os rios Tigre e Eufrates hoje englobam a região da Península Arábica e parte do Nordeste da África.
O problema é que desses quatro Rios do Paraíso, só temos dois rios, que são o Tigre e o Eufrates e não se pode fazer um cálculo da localização exata do Éden, sem os outros dois rios. Nem se pode levar em conta que os Rios Nilo e o Ganges possam ser o Pisom e o Giom, pois geograficamente estão em posições bem diferentes, não se conhece a localização dos rios Pisom e Giom.
Outro fato que dificulta nossa pesquisa, é que o dilúvio, além de mudar toda estrutura fluvial do planeta, não deixou nenhum vestígio dos rios Giom e Pisom, sem contar que os Rios Tigres e o Rio Eufrates, mudaram seu curso ao longo do tempo. Reparem que saia do Éden um rio que se dividia em quatro braços, E saía um rio do Éden para regar o jardim; e dali se dividia e se tornava em quatro braços. Gênesis 2:10
Não sabemos o nome desse Rio, e não temos sua exata localização, pois ele saía do Éden ou do Jardim que ficava à direita dentro do Éden, sendo por sua vez, sua capital?.
Estamos falando de eventos que aconteceram a mais de 100 mil anos atrás, não se sabe exatamente quando ocorreu o acontecimento no Éden, sem contar que os Rios mudam de curso com o passar das eras e os outros dois rios sumiram e devemos lembrar que tivemos o grande evento do dilúvio, que simplesmente mudou todo o sistema fluvial do planeta.
Por conta disso, é complicado saber com exatidão, onde ficava o Jardim do Éden.
É certo dizer que o Jardim do Éden ficava na Suméria, entre a região dos rios Tigre e Eufrates, mas o que não sabemos é aonde na Suméria.
Lembremo-nos que tais supostas localizações se dão de locais depois do dilúvio e não antes.
Estamos falando de evento que ocorreu a 8575 anos antes do Dilúvio, isto somando a idade dos patriarcas bíblicos pré diluvianos, que vai de Adão até Noé. Esta idade, é bem superior a nossa chamada civilização.
Todos os povos antigos tem uma religião, uma lenda e uma mitologia, mesmo sendo diferentes e contendo várias ramificações e variações, algumas coisas permanecem tendo a mesma raiz, que é chamado de arquétipo, e esses arquétipos são muitos, para termos uma ideia, temos alguns exemplos deles, que são: As árvores sagradas, cultos as deusas mães, fogo sagrado, adoração ao sol, o dilúvio, etc.
E todas essas religiões, ou mitos ou lendas, contam sobre uma era de ouro de paz e prosperidade, onde o homem era feliz, e por algum motivo, o mesmo homem causa sua própria desgraça, vindo após isso, a destruição (dilúvio) e no recomeço, o homem agora tem que trabalhar para comer.
Todos os mitos antigos partem desse princípio dessa era de ouro onde em um lugar idílico, o homem desfrutava de uma felicidade incomensurável e aprazível.
DILMUM
Dilmun, ou Telmun, foi uma antiga civilização de língua semítica oriental na Arábia Oriental mencionada no 3º milênio aC em diante. Dilmum estava localizado no Golfo Pérsico, em uma rota comercial entre a Mesopotâmia e a civilização do Vale do Indo, perto do mar e de nascentes artesianas. Dilmun abrangia Bahrein, Kuwait, e leste da Arábia Saudita. Esta área é uma das terras conquistadas pelo rei Sargão II e seus descendentes. Dilmun era um importante centro comercial. Dilmun foi mencionado pelos mesopotâmios como parceiro comercial, fonte de cobre e entreposto comercial. Dilmun foi um importante centro comercial do final de 4 Mil a.C. até 800 a.C. No auge de seu poder, Dilmun controlava as rotas comerciais do Golfo Pérsico e diversas regiões como o Vale do Indo e a Mesopotâmia em sua fase inicial e mais tarde entre a China e o Mediterrâneo.
Dilmun foi conquistada pelo Império Assírio Médio (1365-1050 aC), e seu poder comercial começou a declinar entre 1000 aC e 800 a.C porque a pirataria floresceu no Golfo Pérsico. No século 6 a.C, o Império Neobabilônico e, mais tarde, o Império Aquemênida, governou Dilmun.
Dilmun e a Suméria
As grandes conexões comerciais entre a Mesopotâmia e Dilmun eram fortes e profundas a ponto de Dilmun ser uma figura central do mito Sumério da criação. Dilmun foi descrito na saga de Enki e Ninhursag como pré-existente em um estado paradisíaco, onde os predadores não matam, a dor e as doenças estão ausentes e as pessoas não envelhecem. Os Sumérios consideravam Dilmun um lugar sagrado. O conto Sumério do jardim paradisíaco de Dilmun é a inspiração para a história do Jardim do Éden.
A civilização Dilmun é mencionada pela primeira vez em tabuletas de argila cuneiformes Sumérias datadas do final do terceiro milênio a.C, encontradas no templo da deusa Inanna, na cidade de Uruk.
Uma das primeiras inscrições que mencionam Dilmun é a do rei Ur-Nanshe de Lagash (c. 2300 aC) encontrada em um soquete de porta: "Os navios de Dilmun trouxeram-lhe madeira como tributo de terras estrangeiras.”
No épico inicial Enmerkar and the Lord of Aratta, os eventos principais, que se concentram na construção de Enmerkar dos zigurates em Uruk e Eridu, são descritos como ocorrendo em uma época "antes de Dilmun ainda ter sido colonizado".
Dilmun, às vezes descrito como "o lugar onde o sol nasce" e "a Terra dos Vivos", é o cenário de algumas versões do mito Sumério da criação, e o lugar onde o divinizado herói Sumério do dilúvio, Utnapishtim ou Ziusudra ou Atrahasis, foi levado pelos deuses para viver para sempre.
Dilmun também é descrito na história épica de Enki e Ninhursag como o local onde ocorreu a Criação. O Enuma Elish babilônico, fala do local da criação como o lugar onde a mistura de água salgada, personificada como Tiamat, se encontrou e se misturou com a água doce de Abzu. A palavra Bahrein em árabe significa "as águas gêmeas", onde a água doce do aquífero árabe se mistura com as águas salgadas do Golfo Pérsico.
A promessa de Enki a Ninhursag, a Mãe Terra: Para Dilmun, a terra do coração de minha senhora, criarei longos cursos de água, rios e canais, por onde a água fluirá para saciar a sede de todos os seres e trazer abundância a todos os que vivem.
Ninlil, a deusa Suméria do ar e do vento sul, tinha sua casa em Dilmun.
No entanto, também se especula que Gilgamesh teve que passar pelo Monte Mashu para chegar a Dilmun na Epopéia de Gilgamesh, que geralmente é identificada com o conjunto das cordilheiras paralelas do Líbano e do Anti-Líbano, com a estreita lacuna entre essas montanhas constituindo o túnel.
A palavra: “Jardim” no hebraico é: Gan. Essa mesma palavra em grego significa: pa-rá-dei-sos ou “Paraíso”. Já o nome: “Éden” não é de origem hebraica e sim Sumeriana, sua etimologia vem da palavra: “Edin” ou “Edinu”, que significa: “campo ou planície”. O nome Éden, deriva do Acadiano Edinnu ou Edennu, o nome Edinnu ou Edennu, vem da palavra Sumeriana Edin, que quer dizer, Planice, Estepe. E estas palavras, tem a mesma sonoridade de Éden. A palavra: Edinu assemelha-se com Eridu, cidade em que Adapa vivia.
Sabendo as origens das palavras: Jardim do Éden, podemos concluir seu significado que é: “Paraíso da Planície”. Para os romanos, o local em que os mortos iam era uma espécie de paraíso, chamado de: “Campos Elísios” – o “Campo” pode ser associado, também uma planície. Enkidu amigo de Gilgamesh era chamado de “pantera da planície”. Edin é um nome sumério que deriva de: Gu-Edin, que significa: “borda da estepe”. O Éden da Bíblia, seria uma referência a Gu-Edin (um local paradisíaco). Segundo consta, as cidades de Lagash e Umma, que ficavam a 30 km de distância uma da outra, estiveram em guerra por 100 anos. Outras fontes falam em 150 anos de conflito. O motivo dessa disputa era controle de: Gu-Edin. Descrita como uma região muito rica em recursos naturais: “ali havia pastagens para rebanhos e manadas, além de caça abundante para cultivar: javalis, cervos, gazelas, órixes, avestruz, jumentos selvagens, bois selvagens”. O controle desse território era de extrema importância para as duas cidades, com o objetivo de expandir seus domínios, aumentando a criação de gado e a produção de cereais. O solo daquela região era extremamente fértil. Quando, o rei de Lagash venceu Umma encomendou-se a criação algo que mostrasse toda a campanha militar. Foi criado então: Estela dos Abutres, sendo datada do início da III Dinastia Suméria, em torno de: 2.600-2.350 a C.
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