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sábado, 20 de janeiro de 2024

SOFISMA

 



Sofisma ou sofismo é um conceito filosófico que está relacionado com a lógica, a argumentação e os tipos de raciocínio.

Trata-se de um erro, uma argumentação falsa que é cometida intencionalmente com o intuito de persuadir seu interlocutor. Assim, ele gera uma ilusão de verdade.

Esse conceito é largamente utilizado nos argumentos filosóficos e por apresentarem uma estrutura lógica parecem reais.

Embora pareça ser um raciocínio válido, ele é inconclusivo de forma que usa de relações incorretas e propositalmente falsas e ilógicas.

Os chamados sofistas são filósofos da Grécia Antiga que dominavam técnicas de retórica e discurso.

Eles vendiam seus conhecimentos em troca do pagamento de taxa pelos estudantes ou aprendizes. Destacam-se Protágoras, Górgias e Hípias.

Esse modelo de divulgação do conhecimento foi muito criticado por alguns filósofos como Aristóteles e Platão.

Segundo eles, os sofistas trabalhavam com um jogo de palavras e raciocínios com o intuito de convencer as pessoas.

Em sua obra “Organon: as refutações sofísticas”, Aristóteles apresenta os problemas dos argumentos enganosos ao identificar os tipos de sofisma utilizados pelos sofistas.

O sofisma é um tipo de falácia, um engano, um argumento inválido, uma ideia equivocada ou ainda, uma crença falsa. Nos estudos da lógica, a falácia é um erro de raciocínio ou argumentação, mas que parece estar correto.

Nas chamadas “falácias formais”, o erro de argumentação pode ser facilmente identificado pela forma das proposições e premissas de um silogismo.

Por sua vez, nas “falácias não formais”, os erros podem ser identificados não por sua forma, mas pelo seu conteúdo.

Vale lembrar que o silogismo é um tipo de raciocínio formado por duas premissas e uma conclusão. No silogismo sofístico as conclusões são equivocadas.

Paralogismo é um conceito relacionado com a falácia, já que se trata de um erro lógico involuntário.

Embora não tenha a intenção de enganar, ele pode ser enganoso. Assim, podemos concluir que a falácia é um tipo de paralogismo.

Enquanto o sofismo tem a intenção de ludibriar seu interlocutor, agindo de maneira desonesta, o paralogismo por sua vez, é cometido de maneira não intencional.

Desse modo, seu locutor não tem consciência e conhecimento de que o que está sendo dito é um argumento inválido.

RETÓRICA

 



Retórica é uma palavra com origem no termo grego rhetorike, que significa a arte de falar bem, de se comunicar de forma clara e conseguir transmitir ideias com convicção.

A retórica é uma área relacionada com a oratória e dialética, e remete para um grupo de normas que fazem com que um orador comunique com eloquência. Tem como objetivo expressar ideias de forma mais eficaz e bonita, sendo também responsável pelo aumento da capacidade de persuasão.

A retórica corresponde à formulação de um pensamento através da fala e por isso depende em grande parte da capacidade mental do orador. A retórica pode ser praticada e por isso era ensinada em várias escolas da Antiguidade, que abordavam a retórica e os seus diferentes estilos, que se alteram dependendo do tipo de discurso em questão.

Durante bastante tempo, a retórica foi uma das bases da educação de jovens, e durante a Idade Média, era ensinada nas universidades, fazendo parte das três artes liberais, juntamente com a lógica e gramática. A retórica teve também uma forte influência em áreas como a poesia e política.

De acordo com a retórica, o discurso pode ser dividido em cinco partes cruciais:

invenção: o conjunto de todos os princípios relacionados com o conteúdo;

disposição: que corresponde à estruturação das formas de conteúdo;

elocução: expressão do conteúdo de acordo com o estilo apropriado;

fixação: consiste na memorização do discurso em questão;

Na Grécia Antiga, a linguagem corporal do orador também era muito importante, mais concretamente a postura, os gestos e a própria voz do orador. Na Grécia Clássica, Protágoras e Tísias contribuíram para o progresso da retórica, sendo que para isso se basearam na conhecida obra de Aristóteles, intitulada Retórica.

Na Idade Média, a retórica não era contemplada na sua vertente prática, sendo usada quase exclusivamente para o estudo de textos. Durante o Renascimento e Barroco, a retórica teve grande preponderância no discurso literário e era um elemento essencial no estudo das humanidades (Filosofia, Gramática, etc.).

Considerado por muitos como o maior orador de sempre da Grécia, Demóstenes é uma figura importante relacionada com a retórica. Como prova que a retórica é uma prática e por isso pode ser aperfeiçoada, Demóstenes teve que ultrapassar a sua gagueira. Para isso, a história conta que uma das suas atividades era fazer discursos com pedras na boca.

Em alguns casos, a palavra retórica pode ser usada com um sentido pejorativo, podendo ser usada para descrever uma discussão inútil, ou presunção por parte de uma determinada pessoa.

Uma pergunta retórica é uma pergunta que nem sempre exige uma resposta. Muitas vezes, a pessoa que faz a pergunta retórica, pretende simplesmente enfatizar alguma ideia ou ponto de vista.


DIALÉTICA

 



Dialética é uma palavra com origem no termo em grego Dialektiké e significa a arte do diálogo, a arte de debater, de persuadir ou raciocinar.

Dialética é um debate onde há ideias diferentes, onde um posicionamento é defendido e contradito logo depois. Para os gregos, dialética era separar fatos, dividir as ideias para poder debatê-las com mais clareza.

A dialética também é uma maneira de filosofar, e seu conceito foi debatido ao longo de décadas por diversos filósofos, como Sócrates, Platão, Aristóteles, Hegel, Marx, e outros. Dialética é o poder de argumentação.

Pretende-se chegar à verdade através da contraposição e reconciliação de contradições. A dialética propõe um método de pensamento que é baseado nas contradições entre a unidade e multiplicidade; o singular e o universal; o movimento da imobilidade.

Para Platão, a dialética é o movimento do espírito, é sinônimo de filosofia, é um método eficaz para aproximar as ideias individuais às ideias universais. Platão disse que dialética é a arte e técnica de questionar e responder algo.

Segundo o filósofo alemão Hegel, a dialética é a lei que determina e estabelece a auto-manifestação da ideia absoluta.

Para Hegel, a dialética é responsável pelo movimento em que:

uma ideia sai de si própria (tese);

para ser uma outra coisa (antítese);

depois regressa à sua identidade, se tornando mais concreta (síntese).

Apesar disso, Hegel também afirma que a dialética não é apenas um método, mas consiste no sistema filosófico em si. Segundo o filósofo, não é possível separar o método do objeto, porque o método é o objeto em movimento.

A dialética hegeliana é muito importante na filosofia existencial e outras áreas como a teologia evangélica.

 

Dialética Marxista

Segundo Marx e Engels, dialética é o pensamento e a realidade em simultâneo, ou seja, a realidade é compreendida através de suas contradições.

Para a dialética marxista, o mundo só pode ser compreendido em um todo, a partir de um pensamento dialético que considere as contradições existentes.

Marx e Engels mudaram o conceito de Hegel, e introduziram um novo conceito, a dialética materialista. Segundo a teoria, os movimentos históricos ocorrem de acordo com as condições materiais da vida, os modos de produção e a luta de classes.

 

Dialética de Sócrates

Sócrates criou um método dialético dividido em duas partes: ironia e maiêutica. Sócrates dizia que seu método dialético era como um parto, que dialética era “parir” ideias, auxiliar ao surgimento de novos conhecimentos.

Saiba mais sobre o significado da Dialética de Sócrates (Maiêutica).

 

Dialética de Aristóteles

Para Aristóteles, dialética era um processo racional, a probabilidade lógica das coisas, algo que é aceitável por todos, ou pelo menos pela maioria.

Kant continuou com a teoria de Aristóteles, dizendo que dialética é, na verdade, uma lógica de aparências, pois se baseia em princípios subjetivos.

A dialética erística é um sistema filosófico do filósofo alemão Arthur Schopenhauer que difere da dialética de Marx e Hegel.

Esta expressão também descreve uma obra não concluída por Schopenhauer, mas que foi publicada em 1831 por um amigo do filósofo.

Nesta obra, que ficou conhecida como "A Arte de Ter Razão" ou "Como Vencer um Debate Sem Ter Razão", são abordadas 38 estratégias para ganhar uma discussão.

AXIOMA

 


A palavra "axioma" vem da palavra grega ἀξίωμα (axioma), um substantivo verbal,  que significa "considerar valido"  que por sua vez vem da palavra ἄξιος (axios), que significa "estar em equilíbrio", e portanto "ter (o mesmo) valor (de)", "dígno" "valido", "apropriado". Entre os filósofos da Grécia Antiga, um axioma era uma afirmação que poderia ser vista como verdade sem nenhuma necessidade de provas. Portanto, Axiomas são verdades inquestionáveis universalmente válidas, muitas vezes utilizadas como princípios na construção de uma teoria ou como base para uma argumentação. Sendo assim, um Axioma é a verdade, é uma máxima, é tudo aquilo que é inquestionável, é o que é irrefutável, o que não tem como desmentir, o que é impossível negar ou contradizer, contestar, contrapor, objetar, o axioma é inquestionável e irrecusável.

AFORISMO

 



A palavra aforismo provém do grego aphorismós "definição", a partir de aphorízein "delimitar, separar", de apó- "afastado, separado" ou "proveniente, derivado de" + horos, "fronteira, limite" e horízein "limitar", através do latim aphorismu

A palavra aforismo foi utlizada pela primeira vez nos Aforismos de Hipócrates de Cós, uma longa série de proposições tratando de sintomas e diagnósticos de doenças e a arte da cura e medicina. Mais tarde o termo passou a ser aplicado em frases conceituais das ciências médicas e em seguida para todos os tipos de princípios. Atualmente o aforismo é compreendido como uma forma concisa e eloquente de declarar a verdade, é qualquer forma de expressão sucinta de um pensamento moral, seria portanto um provérbio, uma máxima, um pensamento.

Aforismos famosos:

“A vida é breve, a velhice é longa”.

“Seria cômico se não fosse trágico”.

“Rir é o melhor remédio”.

“Só percebemos o valor da água depois que a fonte seca”.

“O tempo dura bastante para aqueles que sabem aproveitá-lo”.

“Se você encontrar um caminho sem obstáculos, ele provavelmente não leva a lugar nenhum”.

 

ACADEMIA

 

 


A academia  foi fundada por Platão, aproximadamente em 384/383 a.C. Platão, como um rico cidadão ateniense, Platão pode comprar uma pequena propriedade no interior de uma área num dos mais belos subúrbios de Atenas. Considerada local público, esta era chamada Akademia ou Hekademeia, e ali havia um parque público com alamedas e belas árvores, adornada com estátuas, templos e sepulcros de homens ilustres onde haviam sido plantadas oliveiras. O nome original da Academia era Hekademia, este nome era em homenagem a um antigo herói Ateniense de nome Academo ou Hekademos, na lenda, Academo (Hekademos) mostrou, aos irmãos de Helena (Castor e Polideuces gr, Pólux latim), onde ela estava mantida cativa por Teseu, quando eles se deslocaram à cidade de Atenas para a resgatar.

Quando o herói Academo morreu, seu "túmulo" localizava-se perto de Cerâmico, Cerâmico era o cemitério de Atenas, e era rodeado por um jardim (ou bosque) sagrado, no qual se plantaram doze oliveiras e onde foi construído um altar dedicado à deusa Atena, foi próximo deste local que o filósofo Platão fundou, a célebre Academia de Atenas. O termo "academia" usado hoje, provém dessa primeira escola de Platão no bosque Sagrado de Academia ou Academo.

Na Academia de Platão, era reunido todos os tipos de conhecimentos da época, as matérias ensinadas na Academia de Platão eram, Filosofia Socrática, Literatura, História, Política, Geografia, Gramática, Retórica, Matemática, Geometria, Música, Ciências e Ginástica.

O último diretor da Academia de Platão foi Damáscio que comandou a escola até o ano 529 d.C. quando o Imperador Justiniano fechou no ano 529.

 


PRÉ-SOCRÁTICOS

 



Os filósofos pré-socráticos fazem parte do primeiro período da filosofia grega. Eles desenvolveram suas teorias do século VII ao V a.C., e recebem esse nome pois são os filósofos que antecederam Sócrates.

Esses pensadores buscavam nos elementos natureza, respostas sobre a origem do ser e do mundo. Focando principalmente nos aspectos da natureza, eram chamados de “filósofos da physis” ou "filósofos da natureza".

Foram eles os responsáveis pela transição da consciência mítica para a consciência filosófica. Assim, buscaram dar uma explicação racional para a origem de todas as coisas.

A mitologia grega explicava o universo através da religião.

Os filósofos pré-socráticos abandonaram essa ideia e construíram a cosmologia, explicação do universo baseado no lógos ("argumentação", "lógica", "razão").

A filosofia nascida com esses primeiros filósofos deu origem a toda uma produção de conhecimento e de representação da realidade. Toda essa construção serviu como base para o desenvolvimento da cultura ocidental.

Tales de Mileto tudo é Agua

Anaximandro de Mileto Discípulo de Tales nascido em Mileto, para Anaximandro (610 a.C. - 547 a.C.), o princípio de tudo estava no elemento denominado “ápeiron”, uma espécie de matéria infinita.

Anaxímenes de Mileto Discípulo de Anaximandro nascido em Mileto o princípio de todas as coisas estava no elemento ar

Heráclito de Éfeso Considerado o “Pai da Dialética”, Heráclito (540 a.C. - 476 a.C.) nasceu em Éfeso e explorou a ideia do devir (fluidez das coisas). Para ele, o princípio de todas as coisas estava contido no elemento fogo Nada é permanente, exceto a mudança

Pitágoras de Samos dizia que tudo são Números.  foi responsável por chamar de "amantes do conhecimento" aqueles que buscavam explicações racionais para a realidade, dando origem ao termo filosofia ("amor ao conhecimento").

Xenófanes de Cólofon Nascido em Cólofon, Xenófanes (570 a.C. - 475 a.C.) foi um dos fundadores da Escola Eleática, se opondo contra o misticismo na filosofia e o antropomorfismo.

Parmênides de Eléia Discípulo de Xenófanes, Parmênides (530 a.C. - 460 a.C.) nasceu em Eléia. Focou nos conceitos de “aletheia” e “doxa”, onde o primeiro significa a luz da verdade, e o segundo, é relativo à opinião. O ser é e o não ser não é.

Zenão de Eléia Discípulo de Parmênides, Zenão (490 a.C. - 430 a.C.) nasceu em Eléia. Foi grande defensor das ideias de seu mestre filosofando, sobretudo, acerca dos conceitos de “Dialética” e “Paradoxo”. O que se move sempre está no mesmo lugar agora.  

Demócrito de Abdera Nascido na cidade de Abdera, Demócrito (460 a.C. - 370 a.C.) foi discípulo de Leucipo. Para ele, o átomo (o indivisível) era o princípio de todas as coisas, desenvolvendo assim, a “Teoria Atômica”. Nada existe além de átomos e do vazio.

Correntes ou Escolas Pré-Socráticas

Segundo o foco e o local de desenvolvimento da filosofia, o período pré-socrático está dividido em Escolas ou Correntes de pensamento, a saber:

Escola Jônica: desenvolvida na colônia grega Jônia, na Ásia Menor (atual Turquia), seus principais representantes são: Tales de Mileto, Anaxímenes de Mileto, Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso.

Escola Pitagórica: também chamada de "Escola Itálica", foi desenvolvida no sul da Itália, e recebe esse nome visto que seu principal representante foi Pitágoras de Samos.

Escola Eleática: desenvolvida no sul da Itália, sendo seus principais representantes: Xenófanes de Colofão, Parmênides de Eléia e Zenão de Eléia.

Escola Atomista: também chamada de “Atomismo”, foi desenvolvida na região da Trácia, sendo seus principais representantes: Demócrito de Abdera e Leucipo de Abdera.

Fim da Filosofia Pré-Socrática

A filosofia pré-socrática tem seu fim com a mudança do pensamento que tinha como foco a natureza. Com a intensificação da vida pública, as atenções dos filósofos passaram a se relacionar com a vida pública e a atividade humana, esse novo período tem o filósofo Sócrates como marco da mudança e é chamado também de período antropológico da filosofia

 

 

O QUE É FILOSOFIA?




Não existe uma definição única do que seja a Filosofia, diferentes autores, cada qual do seu modo, tentam definir o conceito de filosofia, mas não há um consenso ou uma definição exata do que é, essencialmente, a Filosofia. Sendo assim, cada um tem seu conceito particular de definir o que é a filosofia.

Mesmo não sendo um consenso do que exatamente seja a Filosofia, podemos defini-la através da sua própria palavra, pois o termo Filosofia vem da palavra grega Philo Sophia e esta palavra quer dizer Amor pela Sabedoria, pois as Palavras Philo e Sophia querem dizer, exatamente isso.

A palavra Philo quer dizer Amizade, Amor, Carinho, Afeto, Desejo. E a palavra Sophia quer dizer Ciência, Cultura, Instrução, Educação, Cultura, Erudição, Sapiência, Sabedoria.

Então, a definição exata de filosofia é Amor ou Amizade pela Sabedoria, ou Conhecimento.

 

É necessário ter diploma de Filosofia para ser um Filósofo?

Não exatamente, todo indivíduo que é amante da cultura e do saber, já é um filósofo em potencial, e todo filósofo é considerado um sábio, sendo aquele que reflete e busca o conhecimento através do estudo e da instrução.

Pensadores com Confúcio, Lao Zi que é mais conhecido como Lao Tsé, Chuang-Tzu e o General Sun Tzu por exemplo, eram chineses e não gregos e todos eles são considerados filósofos.

O próprio Sidarta Gautama, por exemplo, era Hindu e é considerado um filósofo, um pensador.

Zoroastro era Persa e é tido como um filósofo, o Egípcio Himotep também é considerado um filósofo, Jesus também é considerado por muitos, sendo um filósofo, um sábio.

Não é obrigatório ter diploma de filosofia para ser um filósofo, mas é claro que ter um diploma de filosofia ajuda e apenas oficializa o que o indivíduo já é, que é ser um amigo do saber. De tão importante que é esse campo de estudo, foram criadas faculdades de filosofia, para se produzir mais amigos da sabedoria, ou seja, filósofos.

Qual é a Origem da Filosofia?

Para muitas pessoas, a filosofia nasceu na Grécia Antiga, mas isso é errado, pois desde a pré-história, o homem pensa, reflete e estuda o mundo a sua volta, e foi pensando e refletindo, que o homem conseguiu dominar o fogo, domesticar animais, etc. Claro que ainda não se tinha uma forma organizada de pensamento, mas vemos já desde cedo, pessoas que se dedicaram a buscar um meio de melhorar a vida através da observação, estudo e pensamento.

Foi pensando, refletindo e raciocinando que na antiga Suméria o homem produz a escrita, e desde então, temos textos escritos em caracteres cuneiformes em tabletes de barro, que expressam todo o saber que o homem já expressava ainda nos períodos Paleolítico e Neolítico.

Os antigos sumérios já desenvolviam a filosofia, pois seus textos, escritos em caracteres cuneiformes em tabletes de barro, já expressavam disciplinas acadêmicas no campo do conhecimento, da cultura e do saber.

Mas foi na Grécia antiga que a filosofia ganhou corpo da forma que conhecemos, pois os gregos foram os primeiros a separar a observação e a reflexão do mundo, da religião, para alguns filósofos gregos, os acontecimentos do mundo e da natureza eram ausentes dos Deuses, e por isso requereria um estudo mais aprofundado, eles chamavam isso de Atheos, não da forma pejorativa conforme conhecido hoje, e sim da forma de separar o que é de fato uma ação da natureza e dos homens da ação dos deuses. E a filosofia teve e ainda tem esse papel importante na história humana.

Para que serve a Filosofia?

A Filosofia serve para o homem observar, refletir e acompanhar tudo que acontece na sua rua, no seu bairro, na sua vila, no seu município, no seu estado e no seu país.

A Filosofia serve para dar as diretrizes e orientações de como se fazer as coisas da melhor forma possível, é o pensar antes de agir.

A filosofia é essencial para o surgimento de atitudes críticas sobre o mundo e os homens.

Críticas essas construtivas, para a melhoria da coletividade humana e do mundo.

Pois só o conhecimento e o saber, são capazes de melhorar o ser humano e o mundo.

Qual é o Valor Prático da Filosofia?

O valor prático da filosofia é de não só deixar o homem melhorado através do saber, como deixar o próprio país que ele vive melhor, pois a cultura, educação e o conhecimento, são as chaves para se ter um país rico e próspero.

Devemos lembrar que todos os países ricos são países que dão valor para cultura, estudo, educação e o conhecimento, não obstante, são países prósperos, pois amantes da sabedoria.

Já, por outro lado, todos os países que não dão valor para a cultura, estudo, educação e o conhecimento, são países pobres e atrasados, e o Brasil é um país que odeia justamente a cultura, estudo, educação e o conhecimento.

O Termo Filosofia existe somente na Grécia?

Não exatamente, outros lugares do mundo deram e dão nomes para as pessoas que se dedicam ao campo do saber, sendo assim, a filosofia ganha várias linguagens dependendo do lugar, mas todos têm os mesmos significados, que é sempre expressado e entendido, como sendo o conhecimento.

A palavra Ummia é um termo Sumério para Professor, Sábio, Doutor, Cientista, Pensador, Conhecedor, Mestre, etc. E existiam também as escolas, onde estes Ummias ensinavam e passavam seus vastos conhecimentos, estas escolas eram chamadas de Edduba que não eram apenas escolas, mas sim, universidades, que continham várias disciplinas, como se tem nos dias de hoje. O nome Edubba quer dizer “Casa da Tabuleta” e nestes centros do saber eram ensinados Medicina, Geografia, Matemática, História, Artes da Guerra, Arquitetura, Engenharia, Gramática, Religião, Mitologia, Política, Retórica, etc. É registrado e comprovado que os primeiros centros universitários da história, nasceram na Suméria, e não na Europa, como se ensinam erroneamente.

A palavra Buda, por exemplo, é uma palavra da Índia, que em Sânscrito, quer dizer Iluminado ou Despertado.

A palavra Guru é outra palavra da índia que em Sâscrito quer dizer Aquele que Remove a Escuridão da Ignorância, ou seja, o Mestre, o Professor.

O termo é utilizado para designar alguém com sabedoria e capacidade de orientar, educar e influenciar pessoas para a sabedoria e o conhecimento

A palavra Mago é uma palavra antiga, que vem desde os antigos Acádios, povo que conquistou a Suméria, esta palavra quer dizer, Sábio, Entendido, Douto, Inteligente.

Os Acadianos usavam o termo Maguš, para se referir a uma pessoa que era inteligente. Os Persas adotaram esta palavra dos Acadios, eles usavam o termo Magu ou Mgw para se referir a todo indivíduo que buscava o conhecimento.

Os antigos Hebreus usavam a palavra Rabi para se referir a pessoa que ensinava, essa palavra quer dizer Mestre, Doutor, Professor.

E os Gregos usavam a palavra Philosophia para quem era Philosopho, que quer dizer Amigo da Sabedoria. E o Philosopho era por sua vez um Mestre, um Doutor, um Professor, um Doutrinador.

Estes termos diferentes têm os mesmos significados, que é o Conhecimento, o Saber. Com isso, todas as pessoas que tem este tipo de comportamento, é diferente, estas pessoas são, portanto, diferenciadas, separadas.

 

O NASCIMENTO DA MITOLOGIA

 




A mitologia nasceu na Pré-História, ainda no Paleolítico, quando o homem começou a querer saber sobre o mundo à sua volta. A palavra Mitologia quer dizer o estudo dos Mitos, a palavra Mito é uma palavra grega, que quer dizer, “história, fábula”.

O nascimento da Mitologia está intrinsecamente ligado ao nascimento da Religião e da Filosofia, no período da Pré-História, ainda no Paleolítico, o ser humano além de pensar sobre as questões da vida, ele pensava também sobre o que acontece além da vida, o que acontece no mundo invisível.

Para o humano pré-histórico estas questões eram importantes, pois ele tinha o perigo da noite, a morte sempre à espreita, e outras coisas tenebrosas que causavam lhe calafrio, entre estas coisas, tinham os elementos da natureza que o ser humano começou a querer saber a origem, como funcionava, e se tem alguma força mística por trás destes elementos.

Histórias eram criadas e contadas, conforme os acontecimentos, histórias míticas de homens, animais, objetos da natureza como árvores, flores, céu, nuvens, pedras, etc., foram criadas e contadas, conforme as coisas ocorriam.

Um homem guerreiro e valente que era o melhor no que fazia, era mitificado e adorado como deus ou como descendente desse deus ou como um representante do mesmo, quando em vida, este tinha suas histórias contadas conforme seus feitos de coragem, quando morto, suas histórias eram contadas oralmente, até que eram elevadas a uma categoria que só os moradores de lugares santos ou consagrados poderiam estar, este homem, agora não era apenas um ser humano, ele era o deus ou divindade representativa da caça, o deus da guerra ou alguma coisa do tipo. Se em vida, este amava comer xuxu, por exemplo, este legume era consagrado a ele, ou era um legume santo, ou sagrado. Isso é apenas um exemplo do nascimento da mitologia e da religião, pois estes elementos nascem conforme as coisas vão acontecendo na vida de uma pessoa, povo ou nação.

O mito, portanto, é uma história que pode ser real ou irreal de alguma coisa, algum evento ou caso que foi observado ou ocorrido em um local. Já a mitologia é a ciência que estuda estes casos, estas histórias, estes eventos, suas origens, suas causas e efeitos.

A mitologia se mistura com a religião, pois existem coisas na mitologia que não é normal no mundo real, como, por exemplo, um ser humano viver por mais de 500 anos, um rato falante, um lugar paradisíaco onde ninguém morre, etc. Há personagens que viram mitos ainda em vida, que são deificados enquanto estão vivos, temos o caso de Pelé, que ainda vivo, era, além de Rei, era também O Deus do Futebol para muitas pessoas e agora como está morto, para muitos, ele está entre dos deuses, do futebol.

Os mitos foram criados para que o ser humano tentasse compreender o mundo, a vida e tudo que está à sua volta. Com isso ele, da sua maneira, tentava explicar as coisas que o envolviam. A religião também nasceu nesse sentido.

Como já disse, o mito e a religião, nasceram praticamente juntas, e até nos dias atuais, o mito se confunde com a religião, e a religião se confunde com o mito.

 

O NASCIMENTO DA FILOSOFIA

 



A filosofia nasceu na Pré-História, ainda no Paleolítico, quando o homem começou a quer saber sobre o mundo à sua volta. Digo que a filosofia nasceu na Pré-História porque a própria palavra Filosofia, quer dizer “Amigo da Sabedoria, Amigo do Conhecimento, Amor ao Saber, Amor a Cultura”, de onde, Philos ou Philia quer dizer Amizade, Amor Fraterno e Sophia quer dizer Sabedoria, Conhecimento, Ciência.

Ainda na Pré-História, algumas pessoas começaram a tentar não só apenas sobreviver, e sim, pensar em uma maneira para poder viver de uma forma mais eficiente. Acontece que estes minúsculos números de seres humanos, começaram a indagar sobre si próprios e sobre o mundo que os cercava. Começaram a olhar para o céu de uma forma diferente, olhar para os animais, plantas, montanhas, a vida nos mares e nos rios e tudo que os rodeavam, observando tudo isso, estes começaram a indagar como isso existe?, de onde vieram estas vidas e as coisas?, como e por que eles próprios existem?, de onde eles vieram?, qual o sentido vidas?, quais seus propósitos e objetivos? Eram tantas perguntas que exigiram respostas e, para ter estas respostas, eles começaram a pensar e a observar. Pois agora, já não era somente apenas sobreviver. E sim, pensar para viver e viver para pensar.

O fator da morte também faz parte da construção da filosofia, pois o ser humano, nesta fase, sabe que vai morrer, e os raros seres humanos que conseguiam viver muito tempo, entravam no processo de envelhecimento, e os quase impossíveis casos de pessoas que conseguiam envelhecer, viravam casos de notoriedade, embora perdessem seu vigor físico, a cultura adquirida nestes anos de vida, eram aproveitados pelos mais jovens, e a curiosidade da vida que passava, era motivo de indagação.

Estes pequenos números de pessoas que começaram a pensar em questões abstratas, faziam suas ponderações e quando possível, espalhavam para o clã. Nascem aí os primeiros professores, estes, pois, eram amantes do conhecimento, amigos do saber, eram mestres, instrutores, educadores e ensinadores.

Ao longo do nascimento de grandes civilizações que viraram grandes reinos e impérios, estes grandiosos povos, valorizavam estes pensadores, doutores e instrutores. Estes eram a espinha dorsal destes gloriosos reinos, pois como estas nações valorizavam estes mestres, pensadores e amigos do saber, toda nação se beneficiava com seus intelectos.

Chamamos estes de filósofos, mas acontece que esta palavra é grega, e cada povo, cada nação, tinha um nome para estes mestres do saber e do conhecimento. Os Sumérios foram os primeiros povos a dar um nome para estes doutores, eles eram chamados de Ummia os Ummias eram os Sábios, os Professores, os Mestres e Pensadores do povo negro Sumeriano. E existiam também as escolas, onde estes Ummias ensinavam e passavam seus vastos conhecimentos, estas escolas eram chamadas de Edduba que não eram apenas escolas, mas sim, universidades, que continham várias disciplinas, como se tem nos dias de hoje. O nome Edubba quer dizer “Casa da Tabuleta” e nestes centros do saber eram ensinados Medicina, Geografia, Matemática, História, Artes da Guerra, Arquitetura, Engenharia, Gramática, Religião, Mitologia, Política, Retórica, etc. É registrado e comprovado que os primeiros centros universitários da história, nasceram na Suméria, e não na Europa, como se ensinam erroneamente.

 

Na antiga Pérsia, onde é hoje o Irã, os sábios e pensadores, eram chamados de Mago

Na Índia, eles eram chamados de Guru, que significa Mestre em Sânscrito

Em Israel, eles eram chamados de Rabi ou Rabino

No Japão eles eram chamados de Sensei

Em Roma eles eram chamados de Magister, que quer dizer Mestre

E na Grécia eles eram chamados de Filósofos

 

Todos estes termos usados por estes povos, querem dizer que estes homens eram literatos, acadêmicos, professores, doutores, experts, especialistas, especializados, técnicos, peritos e sábios, amantes do saber e do conhecimento. A filosofia, portanto, não nasce na Grécia como se aprende nas faculdades, televisão, youtube, sites, revistas, etc. A filosofia nasce no mundo pré-histórico e no mundo antigo, a arte do pensar se espalha em algumas nações, e todas as civilizações que se tornaram grandes impérios, teve o papel fundamental destes grandes professores para dirigir a educação de seus países. E estes foram honrados, reverenciados, reconhecidos, estimados e benquistos por suas nações.

Atualmente, todos os países de primeiro mundo que investem pesado na educação de suas populações e que honram da melhor forma seus Magos, Gurus, Rabis, Senseis, Magisters e Filósofos são ricos, são países desenvolvidos, pois investem nos seus professores.


domingo, 31 de dezembro de 2023

ROMA E A BÍLIA



Imperador Augusto 27-14

Na época que o Imperador Augusto está no poder, Jesus Cristo nasce na Judeia, na cidade de Belém.

Ele faz o recenseamento do império para assim ajustar a economia do governo. Augusto foi imperador de 16 de janeiro de 27 a.C. a 19 de agosto de 14 d.C. ele foi um excelente imperador.

“E aconteceu naqueles dias que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse Lucas 2:1”


Imperador Tibério 14-37

Na época que o Imperador Tibério está no poder, Jesus Cristo morre na Judeia, na cidade de Jerusalém. Tibério foi imperador de 18 de setembro de 14 a 16 de março de 37, foi um péssimo imperador. Tibério faleceu em Miseno a 16 de março de 37 d.C. aos 77 anos. Segundo Tácito, a morte do imperador foi recebida com entusiasmo entre o povo romano, pois o mesmo foi um líder apático, distante e desinteressado, queda de Tibério não se deveu ao seu abuso de poder, mas ao facto de negar-se a usá-lo.

“E no ano quinze do império de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos, presidente da Judéia, e Herodes, tetrarca da Galiléia, e seu irmão Filipe, tetrarca da Itureia e da província de Traconites, e Lisânias tetrarca de Abilene. Lucas 3:1”

Também foi em sua época que o Diácono Estevão foi assassinado em 34

“E apedrejaram a Estêvão que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. Atos 7:59”.


Imperador Cláudio 41-54

O Imperador Cláudio que era tio de Calígula, era imperador na época de Atos dos Apóstolos, o imperador Cláudio foi imperador de 24 de janeiro de 41 a 13 de outubro de 54, ele morreu assassinado por envenenamento por Júlia Agripina Menor que era sua sobrinha e, ao mesmo tempo, esposa. Júlia Agripina era mãe do Imperador Nero, ela envenenou o imperador Cláudio para seu filho Nero ser imperador em seu lugar. Cláudio foi um bom imperador, apesar de ser manco e gago, muitos pensavam que ele era um homem débil, burro e inútil, mas mostrou ser um imperador excelente e capaz.

No início dos anos 40 e início dos anos 50, quando se passa a história dos Atos dos Apóstolos, uma grande crise econômica se passa por todo império Romano e a fome assola toda Roma “E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César. Atos 11:28” esta crise foram causadas pelas péssimas administrações dos Imperadores Tibério que reinou de 18 de setembro de 14 a 16 de março de 37 e Calígula que reinou de 18 de março de 37 a 24 de janeiro de 41, eles foram péssimos imperadores e mergulharam Roma em uma crise muito grave.

O Imperador Cláudio resolveu este problema com sua bela e competente administração. Durante o reinado de Cláudio o império atravessou o seu período de maior expansão após a época de Augusto. Foram anexadas, por diferentes motivos, as regiões da Trácia, Nórica, Panfília e Lícia. Contudo, a conquista de maior importância foi a da Britânia (Inglaterra).

Cláudio não perseguiu os cristãos, mas por contas de querelas religiosas entre cristãos e judeus que guardavam a lei de Moisés, Cláudio mandou-os embora de Roma.

“E, achando um certo judeu por nome Áquila, natural do Ponto, que havia pouco tinha vindo da Itália, e Priscila, sua mulher (pois Cláudio tinha mandado que todos os judeus saíssem de Roma), ajuntou-se com eles, Atos 18:2”


 Imperador Nero 54-68

Nero reinou de 13 de outubro de 54 a 9 de junho de 68. Sua mãe Júlia Agripina assassinou seu tio e marido o Imperador Cláudio para seu filho subir ao poder, foi no governo de Nero que começa a perseguição dos Cristãos. Também foi em seu governo que o Apóstolo Paulo morre no ano 64 e o Apóstolo Pedro morre em 67.

Nero foi um péssimo imperador, ele sabia que seria assassinado, então ele preparou-se para se suicidar com ajuda do seu secretário Epafrodito, que o apunhalou quando um soldado romano se aproximava para o matar.



sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

QUANTAS LÍNGUAS SURGIRAM NA TORRE DE BABEL?

 


O mito da Torre de Babel conta por que existem tantas línguas no mundo. Nele, uma população unida e monolíngue decide construir uma torre que alcance o céu. Deus, irritado com a prepotência das pessoas, confunde a língua delas para que não se entendam mais e espalha as línguas pelo mundo.

Mito linguístico por trás dessa história: falar uma língua é o ideal. Falar muitas línguas é ruim, pois confunde e separa.

A narrativa de Babel talvez seja uma alegoria do que realmente pode ter ocorrido com as línguas humanas, só que os autores entenderam errado: não foram as muitas línguas que causaram a separação das pessoas, mas a separação é que deu origem a muitas línguas.

Quanto mais falantes uma língua houver e mais espalhados geograficamente estiverem, mais distantes se tornarão seus jeitos de se comunicar. Grupos separados e em contextos diferentes acabam adaptando a língua às suas realidades particulares e, com o tempo, a diferença entre seus dialetos se torna tão grande que um grupo já não compreende mais o outro. Temos, então, duas novas línguas. Foi mais ou menos assim que o latim se tornou português, espanhol, francês, italiano e outras vinte e poucas línguas. O processo é acelerado quando falantes de línguas diferentes entram em contato, pois elas incorporam elementos umas das outras, e daí às vezes nascem novas línguas. A língua crioula haitiana surgiu mais ou menos assim.

De volta ao mito, é importante esclarecer que, ainda que todas as línguas do mundo venham de uma só língua (não há de Babel, claro), isso ocorreu muito antes do surgimento de qualquer sociedade organizada. E é muito provável que tenham sido diversas “línguas-originais”, já que por mais de 2 milhões de anos (95,5% da existência dos humanos), fomos apenas vários bandos pequenos de caçadores-coletores nômades e desencontrados. A escrita só surgiu há 5 mil anos. Se a história da humanidade fosse uma pessoa completando 70 anos hoje, é como se ela só tivesse aprendido a ler e escrever um mês e meio antes desse aniversário.

A crença por trás de “uma língua = ordem; mais de uma língua = desordem” tem a ver com poder e dominação. É mais fácil controlar os subjugados se todos falam uma só língua – melhor ainda se for a do dominador. Essa crença alimenta outro mito: o de uma nação, uma língua. Embora a maioria do mundo seja bilíngue e praticamente todos os países tenham mais de uma língua, a ideia que querem que compremos é a de que cada país fala uma língua: no Reino Unido é o inglês, na Itália é o italiano e no Brasil é o português. Deixemos essas fake news de lado e prestemos atenção aos fatos: no Reino Unido se fala inglês e outras 15 línguas, na Itália se fala italiano e outras 34 línguas e no Brasil se fala português, pomerano, talian, kaingang e outras 214 línguas. Sim, mais de duzentas!

Ah! Só mais uma coisinha: no mito de Babel, Deus não amaldiçoou as pessoas ao lhes dar muitas línguas. Ele as salvou do tirano monolíngue que queria que construíssem uma torre para chegar a lugar nenhum.

PAULO FALAVA AS LÍNGUAS DOS ANJOS?

 

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.

E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. 1 Coríntios 13:1-3

 

Ainda - é um Advérbio, no caso é um Advérbio de Tempo.

*Os Advérbios são palavras que modificam o Verbo, o Adjetivo, ou outro Advérbio, ou até mesmo uma frase toda.

 

Que eu falasse.... ou Se eu falasse...  é a conjugação derivada da primeira pessoa no singular do Pretérito Imperfeito do Subjuntivo do Verbo Ser.

O “pretérito imperfeito do subjuntivo” expressa ações hipotéticas, fictícias, figuradas, indefinidas ou incertas no passado, presente ou futuro em relação ao momento em que se fala.

 Isso quer dizer que Paulo não está dizendo que ele fala todas as línguas dos homens e todas as línguas dos anjos, ele está dizendo que se ele falasse... ele está dando um exemplo de como seria se ele falasse todas as línguas dos homens e dos anjos. Mas ele não fala.

 

E não tivesse amor... ou Se não Tivesse Amor... é a conjunção da primeira pessoa do Subjuntivo do Pretérito Imperfeito do Verbo Ter.

O pretérito imperfeito é aquele que se refere a uma ação anterior ao momento da fala e que, no tempo passado a que pertence, não foi finalizada, podendo ter sido, por exemplo, interrompida por outro acontecimento. Isto é, um acontecimento que não foi concluído.

A expressão “se não” é composta por uma conjunção condicional (“se”) e por um advérbio de negação (“não”). Assim, é uma expressão usada para indicar a negação de uma condição,  “caso não”.

Além de ser usado como conjunção, a palavra “senão” pode ser usada como substantivo, casos em que significa “defeito”, “problema”, “imperfeição”, “falha”.

A expressão "Se Não" pode ser substituída pela frase “caso não”.

Paulo não está dizendo que ele não tem amor, ele está dizendo que se ele não tivesse amor, ele seria como um metal que não faz barulho, ou como um sino que não faz som quando toca. 

domingo, 24 de dezembro de 2023

CRETA

 



Os minoicos, também conhecidos como cretenses, foram a primeira civilização grega e a primeira alfabetizada da Europa. Eles viveram na ilha de Creta, a maior e mais populosa das ilhas gregas.

O povo Minóico ou Cretense  floresceu durante a Idade do Bronze entre os anos 3000 a 1500 a.C.

O termo Minóicos vem do lendário e mítico rei e semi-deus Minos, ele era filho de Zeus e de Europa. Já o termo Cretense significa "natural ou habitante de Creta".

O mito mais conhecido pelos Cretenses ou Minóicos é a lenda do Minotauro, morto por Teseu.

A civilização cretense, também conhecida como minoica, foi descoberta em 1878 pelo arqueólogo amador Minos Kalokairinos. A descoberta foi feita na antiga cidade de Knossos, na ilha de Creta.

O Arqueólogo Arthur Evans descobre o Palácio do Rei Minos e o covil do Minotauro em 1900, o Palácio estava localizado na cidade de Cnossos. Evans trabalhou no palácio por 35 anos e investiu grande parte de sua fortuna na reconstrução do monumento. Ele também estabeleceu o termo “minoico” para se referir aos antigos moradores da ilha de Creta. O nome foi baseado na lenda de um rei mítico de Creta chamado Minos. Muitos duvidavam da existência de um tal Rei Minos ou de um labirinto do Minotauro, ou que a própria cidade de Cnossos tivesse existido e, Arthur Evans provou a todos os incrédulos de plantão.

Os Aqueus conquistaram Creta, e desta conquista, os Aqueus, Dórios, Jônios e Eólios, fundam o que conhecemos por Grécia.

 

FENÍCIA




A palavra “Fenícia” vem do grego antigo Phoinikes, que significa “púrpura tíria”, “carmesim” ou “murex”.  Os gregos usavam esse termo para se referir ao corante púrpura produzido pelos fenícios.Os Romanos chamavam os Fenícios de Phoenix e também de Punicus.

 O nome nativo da região era Canaã, que significa "terra baixa". A Bíblia também se refere à região como Cananeu e Sidônio.

A Fenícia era uma província da Síria que se localizava na costa asiática do Mar Mediterrâneo, aproximadamente no atual território do Líbano. Os fenícios eram comerciantes e falavam uma língua semítica, aparentada do hebreu, aramaico e árabe.

Os fenícios eram politeístas e alguns de seus deuses eram: Astarte, Baal, Yam, Melcarte. A Bíblia também relata o encontro de Jesus com uma mulher siro-fenícia. A mulher era grega e pedia a Jesus que expulsasse um demônio de sua filha.

Os fenícios foram uma das principais civilizações da Antiguidade. Eles inventaram o alfabeto e foram de longe os maiores navegantes do mundo antigo.

Os fenícios foram um povo da Antiguidade que habitou a região costeira da antiga Canaã, que hoje corresponde ao Líbano, Síria e norte de Israel. Eles eram originários do Golfo Pérsico e compartilhavam ancestrais com os árabes e os hebreus.

Os fenícios fundaram cidades costeiras, como Biblos, Sídon e Tiro, onde o comércio era a atividade essencial. Eles também são conhecidos como “Sidônios”, termo que tem como base a cidade de Sidon.

Os Fenícios fundaram várias colônias, a maior e mais próspera delas era Catargo, que era localizada na costa norte da África, onde hoje ficam os países da Argélia e Tunísia. Cartago foi fundada pelos fenícios de Tiro, a cidade de Tiro, e o nome significa "cidade nova" em fenício.

Ciro, o Grande, rei da Pérsia, conquistou a Fenícia em 539 a.C. Os persas dividiram a Fenícia em quatro reinos vassalos: Sídon, Tiro, Arwad, e Biblos.