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sábado, 20 de janeiro de 2024

O NASCIMENTO DA MITOLOGIA

 




A mitologia nasceu na Pré-História, ainda no Paleolítico, quando o homem começou a querer saber sobre o mundo à sua volta. A palavra Mitologia quer dizer o estudo dos Mitos, a palavra Mito é uma palavra grega, que quer dizer, “história, fábula”.

O nascimento da Mitologia está intrinsecamente ligado ao nascimento da Religião e da Filosofia, no período da Pré-História, ainda no Paleolítico, o ser humano além de pensar sobre as questões da vida, ele pensava também sobre o que acontece além da vida, o que acontece no mundo invisível.

Para o humano pré-histórico estas questões eram importantes, pois ele tinha o perigo da noite, a morte sempre à espreita, e outras coisas tenebrosas que causavam lhe calafrio, entre estas coisas, tinham os elementos da natureza que o ser humano começou a querer saber a origem, como funcionava, e se tem alguma força mística por trás destes elementos.

Histórias eram criadas e contadas, conforme os acontecimentos, histórias míticas de homens, animais, objetos da natureza como árvores, flores, céu, nuvens, pedras, etc., foram criadas e contadas, conforme as coisas ocorriam.

Um homem guerreiro e valente que era o melhor no que fazia, era mitificado e adorado como deus ou como descendente desse deus ou como um representante do mesmo, quando em vida, este tinha suas histórias contadas conforme seus feitos de coragem, quando morto, suas histórias eram contadas oralmente, até que eram elevadas a uma categoria que só os moradores de lugares santos ou consagrados poderiam estar, este homem, agora não era apenas um ser humano, ele era o deus ou divindade representativa da caça, o deus da guerra ou alguma coisa do tipo. Se em vida, este amava comer xuxu, por exemplo, este legume era consagrado a ele, ou era um legume santo, ou sagrado. Isso é apenas um exemplo do nascimento da mitologia e da religião, pois estes elementos nascem conforme as coisas vão acontecendo na vida de uma pessoa, povo ou nação.

O mito, portanto, é uma história que pode ser real ou irreal de alguma coisa, algum evento ou caso que foi observado ou ocorrido em um local. Já a mitologia é a ciência que estuda estes casos, estas histórias, estes eventos, suas origens, suas causas e efeitos.

A mitologia se mistura com a religião, pois existem coisas na mitologia que não é normal no mundo real, como, por exemplo, um ser humano viver por mais de 500 anos, um rato falante, um lugar paradisíaco onde ninguém morre, etc. Há personagens que viram mitos ainda em vida, que são deificados enquanto estão vivos, temos o caso de Pelé, que ainda vivo, era, além de Rei, era também O Deus do Futebol para muitas pessoas e agora como está morto, para muitos, ele está entre dos deuses, do futebol.

Os mitos foram criados para que o ser humano tentasse compreender o mundo, a vida e tudo que está à sua volta. Com isso ele, da sua maneira, tentava explicar as coisas que o envolviam. A religião também nasceu nesse sentido.

Como já disse, o mito e a religião, nasceram praticamente juntas, e até nos dias atuais, o mito se confunde com a religião, e a religião se confunde com o mito.

 

O NASCIMENTO DA FILOSOFIA

 



A filosofia nasceu na Pré-História, ainda no Paleolítico, quando o homem começou a quer saber sobre o mundo à sua volta. Digo que a filosofia nasceu na Pré-História porque a própria palavra Filosofia, quer dizer “Amigo da Sabedoria, Amigo do Conhecimento, Amor ao Saber, Amor a Cultura”, de onde, Philos ou Philia quer dizer Amizade, Amor Fraterno e Sophia quer dizer Sabedoria, Conhecimento, Ciência.

Ainda na Pré-História, algumas pessoas começaram a tentar não só apenas sobreviver, e sim, pensar em uma maneira para poder viver de uma forma mais eficiente. Acontece que estes minúsculos números de seres humanos, começaram a indagar sobre si próprios e sobre o mundo que os cercava. Começaram a olhar para o céu de uma forma diferente, olhar para os animais, plantas, montanhas, a vida nos mares e nos rios e tudo que os rodeavam, observando tudo isso, estes começaram a indagar como isso existe?, de onde vieram estas vidas e as coisas?, como e por que eles próprios existem?, de onde eles vieram?, qual o sentido vidas?, quais seus propósitos e objetivos? Eram tantas perguntas que exigiram respostas e, para ter estas respostas, eles começaram a pensar e a observar. Pois agora, já não era somente apenas sobreviver. E sim, pensar para viver e viver para pensar.

O fator da morte também faz parte da construção da filosofia, pois o ser humano, nesta fase, sabe que vai morrer, e os raros seres humanos que conseguiam viver muito tempo, entravam no processo de envelhecimento, e os quase impossíveis casos de pessoas que conseguiam envelhecer, viravam casos de notoriedade, embora perdessem seu vigor físico, a cultura adquirida nestes anos de vida, eram aproveitados pelos mais jovens, e a curiosidade da vida que passava, era motivo de indagação.

Estes pequenos números de pessoas que começaram a pensar em questões abstratas, faziam suas ponderações e quando possível, espalhavam para o clã. Nascem aí os primeiros professores, estes, pois, eram amantes do conhecimento, amigos do saber, eram mestres, instrutores, educadores e ensinadores.

Ao longo do nascimento de grandes civilizações que viraram grandes reinos e impérios, estes grandiosos povos, valorizavam estes pensadores, doutores e instrutores. Estes eram a espinha dorsal destes gloriosos reinos, pois como estas nações valorizavam estes mestres, pensadores e amigos do saber, toda nação se beneficiava com seus intelectos.

Chamamos estes de filósofos, mas acontece que esta palavra é grega, e cada povo, cada nação, tinha um nome para estes mestres do saber e do conhecimento. Os Sumérios foram os primeiros povos a dar um nome para estes doutores, eles eram chamados de Ummia os Ummias eram os Sábios, os Professores, os Mestres e Pensadores do povo negro Sumeriano. E existiam também as escolas, onde estes Ummias ensinavam e passavam seus vastos conhecimentos, estas escolas eram chamadas de Edduba que não eram apenas escolas, mas sim, universidades, que continham várias disciplinas, como se tem nos dias de hoje. O nome Edubba quer dizer “Casa da Tabuleta” e nestes centros do saber eram ensinados Medicina, Geografia, Matemática, História, Artes da Guerra, Arquitetura, Engenharia, Gramática, Religião, Mitologia, Política, Retórica, etc. É registrado e comprovado que os primeiros centros universitários da história, nasceram na Suméria, e não na Europa, como se ensinam erroneamente.

 

Na antiga Pérsia, onde é hoje o Irã, os sábios e pensadores, eram chamados de Mago

Na Índia, eles eram chamados de Guru, que significa Mestre em Sânscrito

Em Israel, eles eram chamados de Rabi ou Rabino

No Japão eles eram chamados de Sensei

Em Roma eles eram chamados de Magister, que quer dizer Mestre

E na Grécia eles eram chamados de Filósofos

 

Todos estes termos usados por estes povos, querem dizer que estes homens eram literatos, acadêmicos, professores, doutores, experts, especialistas, especializados, técnicos, peritos e sábios, amantes do saber e do conhecimento. A filosofia, portanto, não nasce na Grécia como se aprende nas faculdades, televisão, youtube, sites, revistas, etc. A filosofia nasce no mundo pré-histórico e no mundo antigo, a arte do pensar se espalha em algumas nações, e todas as civilizações que se tornaram grandes impérios, teve o papel fundamental destes grandes professores para dirigir a educação de seus países. E estes foram honrados, reverenciados, reconhecidos, estimados e benquistos por suas nações.

Atualmente, todos os países de primeiro mundo que investem pesado na educação de suas populações e que honram da melhor forma seus Magos, Gurus, Rabis, Senseis, Magisters e Filósofos são ricos, são países desenvolvidos, pois investem nos seus professores.


domingo, 31 de dezembro de 2023

ROMA E A BÍLIA



Imperador Augusto 27-14

Na época que o Imperador Augusto está no poder, Jesus Cristo nasce na Judeia, na cidade de Belém.

Ele faz o recenseamento do império para assim ajustar a economia do governo. Augusto foi imperador de 16 de janeiro de 27 a.C. a 19 de agosto de 14 d.C. ele foi um excelente imperador.

“E aconteceu naqueles dias que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse Lucas 2:1”


Imperador Tibério 14-37

Na época que o Imperador Tibério está no poder, Jesus Cristo morre na Judeia, na cidade de Jerusalém. Tibério foi imperador de 18 de setembro de 14 a 16 de março de 37, foi um péssimo imperador. Tibério faleceu em Miseno a 16 de março de 37 d.C. aos 77 anos. Segundo Tácito, a morte do imperador foi recebida com entusiasmo entre o povo romano, pois o mesmo foi um líder apático, distante e desinteressado, queda de Tibério não se deveu ao seu abuso de poder, mas ao facto de negar-se a usá-lo.

“E no ano quinze do império de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos, presidente da Judéia, e Herodes, tetrarca da Galiléia, e seu irmão Filipe, tetrarca da Itureia e da província de Traconites, e Lisânias tetrarca de Abilene. Lucas 3:1”

Também foi em sua época que o Diácono Estevão foi assassinado em 34

“E apedrejaram a Estêvão que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. Atos 7:59”.


Imperador Cláudio 41-54

O Imperador Cláudio que era tio de Calígula, era imperador na época de Atos dos Apóstolos, o imperador Cláudio foi imperador de 24 de janeiro de 41 a 13 de outubro de 54, ele morreu assassinado por envenenamento por Júlia Agripina Menor que era sua sobrinha e, ao mesmo tempo, esposa. Júlia Agripina era mãe do Imperador Nero, ela envenenou o imperador Cláudio para seu filho Nero ser imperador em seu lugar. Cláudio foi um bom imperador, apesar de ser manco e gago, muitos pensavam que ele era um homem débil, burro e inútil, mas mostrou ser um imperador excelente e capaz.

No início dos anos 40 e início dos anos 50, quando se passa a história dos Atos dos Apóstolos, uma grande crise econômica se passa por todo império Romano e a fome assola toda Roma “E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César. Atos 11:28” esta crise foram causadas pelas péssimas administrações dos Imperadores Tibério que reinou de 18 de setembro de 14 a 16 de março de 37 e Calígula que reinou de 18 de março de 37 a 24 de janeiro de 41, eles foram péssimos imperadores e mergulharam Roma em uma crise muito grave.

O Imperador Cláudio resolveu este problema com sua bela e competente administração. Durante o reinado de Cláudio o império atravessou o seu período de maior expansão após a época de Augusto. Foram anexadas, por diferentes motivos, as regiões da Trácia, Nórica, Panfília e Lícia. Contudo, a conquista de maior importância foi a da Britânia (Inglaterra).

Cláudio não perseguiu os cristãos, mas por contas de querelas religiosas entre cristãos e judeus que guardavam a lei de Moisés, Cláudio mandou-os embora de Roma.

“E, achando um certo judeu por nome Áquila, natural do Ponto, que havia pouco tinha vindo da Itália, e Priscila, sua mulher (pois Cláudio tinha mandado que todos os judeus saíssem de Roma), ajuntou-se com eles, Atos 18:2”


 Imperador Nero 54-68

Nero reinou de 13 de outubro de 54 a 9 de junho de 68. Sua mãe Júlia Agripina assassinou seu tio e marido o Imperador Cláudio para seu filho subir ao poder, foi no governo de Nero que começa a perseguição dos Cristãos. Também foi em seu governo que o Apóstolo Paulo morre no ano 64 e o Apóstolo Pedro morre em 67.

Nero foi um péssimo imperador, ele sabia que seria assassinado, então ele preparou-se para se suicidar com ajuda do seu secretário Epafrodito, que o apunhalou quando um soldado romano se aproximava para o matar.



sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

QUANTAS LÍNGUAS SURGIRAM NA TORRE DE BABEL?

 


O mito da Torre de Babel conta por que existem tantas línguas no mundo. Nele, uma população unida e monolíngue decide construir uma torre que alcance o céu. Deus, irritado com a prepotência das pessoas, confunde a língua delas para que não se entendam mais e espalha as línguas pelo mundo.

Mito linguístico por trás dessa história: falar uma língua é o ideal. Falar muitas línguas é ruim, pois confunde e separa.

A narrativa de Babel talvez seja uma alegoria do que realmente pode ter ocorrido com as línguas humanas, só que os autores entenderam errado: não foram as muitas línguas que causaram a separação das pessoas, mas a separação é que deu origem a muitas línguas.

Quanto mais falantes uma língua houver e mais espalhados geograficamente estiverem, mais distantes se tornarão seus jeitos de se comunicar. Grupos separados e em contextos diferentes acabam adaptando a língua às suas realidades particulares e, com o tempo, a diferença entre seus dialetos se torna tão grande que um grupo já não compreende mais o outro. Temos, então, duas novas línguas. Foi mais ou menos assim que o latim se tornou português, espanhol, francês, italiano e outras vinte e poucas línguas. O processo é acelerado quando falantes de línguas diferentes entram em contato, pois elas incorporam elementos umas das outras, e daí às vezes nascem novas línguas. A língua crioula haitiana surgiu mais ou menos assim.

De volta ao mito, é importante esclarecer que, ainda que todas as línguas do mundo venham de uma só língua (não há de Babel, claro), isso ocorreu muito antes do surgimento de qualquer sociedade organizada. E é muito provável que tenham sido diversas “línguas-originais”, já que por mais de 2 milhões de anos (95,5% da existência dos humanos), fomos apenas vários bandos pequenos de caçadores-coletores nômades e desencontrados. A escrita só surgiu há 5 mil anos. Se a história da humanidade fosse uma pessoa completando 70 anos hoje, é como se ela só tivesse aprendido a ler e escrever um mês e meio antes desse aniversário.

A crença por trás de “uma língua = ordem; mais de uma língua = desordem” tem a ver com poder e dominação. É mais fácil controlar os subjugados se todos falam uma só língua – melhor ainda se for a do dominador. Essa crença alimenta outro mito: o de uma nação, uma língua. Embora a maioria do mundo seja bilíngue e praticamente todos os países tenham mais de uma língua, a ideia que querem que compremos é a de que cada país fala uma língua: no Reino Unido é o inglês, na Itália é o italiano e no Brasil é o português. Deixemos essas fake news de lado e prestemos atenção aos fatos: no Reino Unido se fala inglês e outras 15 línguas, na Itália se fala italiano e outras 34 línguas e no Brasil se fala português, pomerano, talian, kaingang e outras 214 línguas. Sim, mais de duzentas!

Ah! Só mais uma coisinha: no mito de Babel, Deus não amaldiçoou as pessoas ao lhes dar muitas línguas. Ele as salvou do tirano monolíngue que queria que construíssem uma torre para chegar a lugar nenhum.

PAULO FALAVA AS LÍNGUAS DOS ANJOS?

 

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.

E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. 1 Coríntios 13:1-3

 

Ainda - é um Advérbio, no caso é um Advérbio de Tempo.

*Os Advérbios são palavras que modificam o Verbo, o Adjetivo, ou outro Advérbio, ou até mesmo uma frase toda.

 

Que eu falasse.... ou Se eu falasse...  é a conjugação derivada da primeira pessoa no singular do Pretérito Imperfeito do Subjuntivo do Verbo Ser.

O “pretérito imperfeito do subjuntivo” expressa ações hipotéticas, fictícias, figuradas, indefinidas ou incertas no passado, presente ou futuro em relação ao momento em que se fala.

 Isso quer dizer que Paulo não está dizendo que ele fala todas as línguas dos homens e todas as línguas dos anjos, ele está dizendo que se ele falasse... ele está dando um exemplo de como seria se ele falasse todas as línguas dos homens e dos anjos. Mas ele não fala.

 

E não tivesse amor... ou Se não Tivesse Amor... é a conjunção da primeira pessoa do Subjuntivo do Pretérito Imperfeito do Verbo Ter.

O pretérito imperfeito é aquele que se refere a uma ação anterior ao momento da fala e que, no tempo passado a que pertence, não foi finalizada, podendo ter sido, por exemplo, interrompida por outro acontecimento. Isto é, um acontecimento que não foi concluído.

A expressão “se não” é composta por uma conjunção condicional (“se”) e por um advérbio de negação (“não”). Assim, é uma expressão usada para indicar a negação de uma condição,  “caso não”.

Além de ser usado como conjunção, a palavra “senão” pode ser usada como substantivo, casos em que significa “defeito”, “problema”, “imperfeição”, “falha”.

A expressão "Se Não" pode ser substituída pela frase “caso não”.

Paulo não está dizendo que ele não tem amor, ele está dizendo que se ele não tivesse amor, ele seria como um metal que não faz barulho, ou como um sino que não faz som quando toca. 

domingo, 24 de dezembro de 2023

CRETA

 



Os minoicos, também conhecidos como cretenses, foram a primeira civilização grega e a primeira alfabetizada da Europa. Eles viveram na ilha de Creta, a maior e mais populosa das ilhas gregas.

O povo Minóico ou Cretense  floresceu durante a Idade do Bronze entre os anos 3000 a 1500 a.C.

O termo Minóicos vem do lendário e mítico rei e semi-deus Minos, ele era filho de Zeus e de Europa. Já o termo Cretense significa "natural ou habitante de Creta".

O mito mais conhecido pelos Cretenses ou Minóicos é a lenda do Minotauro, morto por Teseu.

A civilização cretense, também conhecida como minoica, foi descoberta em 1878 pelo arqueólogo amador Minos Kalokairinos. A descoberta foi feita na antiga cidade de Knossos, na ilha de Creta.

O Arqueólogo Arthur Evans descobre o Palácio do Rei Minos e o covil do Minotauro em 1900, o Palácio estava localizado na cidade de Cnossos. Evans trabalhou no palácio por 35 anos e investiu grande parte de sua fortuna na reconstrução do monumento. Ele também estabeleceu o termo “minoico” para se referir aos antigos moradores da ilha de Creta. O nome foi baseado na lenda de um rei mítico de Creta chamado Minos. Muitos duvidavam da existência de um tal Rei Minos ou de um labirinto do Minotauro, ou que a própria cidade de Cnossos tivesse existido e, Arthur Evans provou a todos os incrédulos de plantão.

Os Aqueus conquistaram Creta, e desta conquista, os Aqueus, Dórios, Jônios e Eólios, fundam o que conhecemos por Grécia.

 

FENÍCIA




A palavra “Fenícia” vem do grego antigo Phoinikes, que significa “púrpura tíria”, “carmesim” ou “murex”.  Os gregos usavam esse termo para se referir ao corante púrpura produzido pelos fenícios.Os Romanos chamavam os Fenícios de Phoenix e também de Punicus.

 O nome nativo da região era Canaã, que significa "terra baixa". A Bíblia também se refere à região como Cananeu e Sidônio.

A Fenícia era uma província da Síria que se localizava na costa asiática do Mar Mediterrâneo, aproximadamente no atual território do Líbano. Os fenícios eram comerciantes e falavam uma língua semítica, aparentada do hebreu, aramaico e árabe.

Os fenícios eram politeístas e alguns de seus deuses eram: Astarte, Baal, Yam, Melcarte. A Bíblia também relata o encontro de Jesus com uma mulher siro-fenícia. A mulher era grega e pedia a Jesus que expulsasse um demônio de sua filha.

Os fenícios foram uma das principais civilizações da Antiguidade. Eles inventaram o alfabeto e foram de longe os maiores navegantes do mundo antigo.

Os fenícios foram um povo da Antiguidade que habitou a região costeira da antiga Canaã, que hoje corresponde ao Líbano, Síria e norte de Israel. Eles eram originários do Golfo Pérsico e compartilhavam ancestrais com os árabes e os hebreus.

Os fenícios fundaram cidades costeiras, como Biblos, Sídon e Tiro, onde o comércio era a atividade essencial. Eles também são conhecidos como “Sidônios”, termo que tem como base a cidade de Sidon.

Os Fenícios fundaram várias colônias, a maior e mais próspera delas era Catargo, que era localizada na costa norte da África, onde hoje ficam os países da Argélia e Tunísia. Cartago foi fundada pelos fenícios de Tiro, a cidade de Tiro, e o nome significa "cidade nova" em fenício.

Ciro, o Grande, rei da Pérsia, conquistou a Fenícia em 539 a.C. Os persas dividiram a Fenícia em quatro reinos vassalos: Sídon, Tiro, Arwad, e Biblos.


ALEXANDRE



Alexandre não recebeu o epíteto de O Grande sem merecer, pois foi um grande general e um exímio estrategista de guerra. Após o assassinato de seu pai ele continua os projetos de seu pai e avança para a Pérsia, derrotando seu último soberano que foi Dário III, aos dezoito anos, Alexandre já é um dos principais Generais de seu Pai Felipe na Batalha de Queronéia, aos vinte anos ele já é um grande Imperador. Alexandre era muito culto, assim como fora seu Pai Felipe, pois Alexandre teve como professor o Filósofo Aristóteles, o maior filósofo de sua época.

Alexandre expandiu o Império Macedônico iniciado por seu pai conquistando a Ásia, África, Império Persa, Fenícia, Egito e parte da Índia, ele queria chegar até o Rio Ganges e quem sabe cruzá-lo, mas suas tropas não quiseram, pois estavam cansados de tantas conquistas e desejavam chegar em casa.

Alexandre espalhou a cultura helênica por todo seu vastíssimo império, helenizando todo o mundo antigo. Por outro lado, seu gênio forte, bebidas e festas em demasias, fizeram com seus generais e amigos de infância brigassem entre si, isso aconteceu por vários motivos:

a) eles estavam a mais de uma década longe de casa e queriam voltar, pois já estavam fartos de guerrear

b) Alexandre casou-se com Roxana, Parisátide II e Estatira, mulheres estrangeiras e não teve um filho macedônio ou grego legítimo.

c) Alexandre mandou executar alguns amigos de infância por vários motivos, e, isto baixou o moral de seus conhecidos.

d) a morte de seu amante Heféstio em 324 a.C.  causou muita tristeza e indignação, fazendo-o a entregar-se mais ainda à bebida

Com estes problemas gratuitos, Alexandre não soube administrar a paz em seu reino, e depois de mais uma noite de bebedeiras e exageros, ele amanhece doente, sua febre dura algumas semanas, fazendo-o falecer poucos dias antes de completar 33 anos no mês de junho de 323 a.C. Especula-se que ele morreu assassinado.

Como Alexandre não determinou um herdeiro, seus generais e amigos de infância Alexandre não determinou um herdeiro, seus generais guerrearam entre si pelo domínio do Império e o dividiram.

Ptolemeu ficou com o Egito

Cassandro com a Macedônia e a Grécia

Lisímaco com parte da Península da Anatólia e da Trácia

Selêuco com os territórios da Mesopotâmia e do Império Persa

Esses generais, seus descendentes e outros governadores de províncias estavam constantemente em guerra entre si tentando reestabelecer o Império de Alexandre em toda a sua magnitude. Assim, por exemplo, com a morte de Lisímaco, um de seus oficiais tomou o que restou de seu Império na Anatólia, em torno da cidade de Pérgamo e deu origem a dinastia Atálida.

Essa divisão política acabou permitindo que os romanos, entre os séculos II e I a.C., dominassem estes reinos. Vários traços da cultura grega acabaram sendo absorvidos nesse novo processo de dominação. Dessa forma, a civilização grega vivenciou a última etapa da sua história na Antiguidade.

 

sábado, 23 de dezembro de 2023

BATALHA DE QUERONEIA



A Batalha de Queroneia ocorreu no dia 2 de agosto de 338 a.C. Foi a batalha mais importante travada pelo então rei da Macedônia, Filipe II.

O rei macedônio lutava pela expansão territorial de seu reinado e a consequente integração das cidades-estado gregas, que ficariam unificadas sob o comando da Macedônia. Para compreendermos a importância dessa batalha, temos que entender o contexto em que ocorreu o empreendimento expansionista de Filipe II.

Filipe assumiu o reino da Macedônia em 359 a.C., época em que a Macedônia estava subjugada pelos Ilírios, povos indo-europeus que haviam ocupado parte da Península Balcânica. Uma das primeiras ações político-militares de Filipe foi justamente promover a libertação de seu reino, guerreando com os Ilírios. Desde o início, portanto, Filipe II deu um caráter belicoso (propenso à guerra) ao governo. O projeto que sucedeu à libertação da Macedônia foi o de conquista das outras cidades-estado gregas, começando por aquelas que tinham potencial de reação mais baixo que as duas mais poderosas, Atenas e Tebas.

A política de expansão de Filipe ocorreu em uma época em que a Hélade havia enfrentado um período turbulento com a chamada Guerra do Peloponeso, um conflito interno entre as principais cidades gregas, que lutavam pela hegemonia política. Essa guerra durou o longo período de 431 a 404 a.C. As principais cidades-estado, Esparta, Atenas e Tebas, demoraram para conseguir sua recuperação e, ainda assim, continuaram, nas décadas seguintes, à frente de conflitos menores com cidades sob sua influência.

Esse cenário acabou por favorecer a Macedônia, que passou a ocupar cidades menores, como Elateia e Anfissa, demonstrando seu poderio militar para toda a Hélade. Em seguida, Filipe II e seu exército ocuparam Queroneia, cidade próxima a Tebas. Sabendo do avanço intermitente de Filipe, Tebas e Atenas, que haviam sido rivais na Guerra do Peloponeso, aliaram-se para confrontá-lo, marchando também para a cidade de Queroneia. Entretanto, essa grande ofensiva de Tebas e Atenas, que ocorreu em 3 de agosto de 338 a.C. mas não tiveram sucesso. O exército poderoso de Filipe conseguiu acabar com as defesas das duas grandes cidades-estado e estabelecer o domínio completo sobre a Grécia Antiga.

Após conquistar os Helenos, Felipe se organizou para conquistar o Reino da Média, mas morreu assassinado antes de executar seu projeto.

As conquistas de Filipe II foram o primeiro passo para a construção do Império Macedônico, que seria comandado por seu filho, Alexandre Magno, que, participou da Batalha de Queroneia como general de cavalaria, aos 22 anos.

 

FELIPE II DA MACEDÔNIA



Felipe da Macedônia era filho do Rei Amintas III da Macedônia e filho de Arrideu, Amintas III reinou na Macedónia em 393 a.C., e novamente 392-370 a.C. até ser assassinado por Ptolomeu Alorita, o usurpador do trono macedônico.

Felipe da Macedônia não era apontado para ser rei, pois ele tinha dois irmãos mais velhos que foram Alexandre II da Macedônia, que reinou de  370 a.C. a 368 a.C., após o assassinato do seu pai Amintas III. Alexandre II reinou somente 2 anos, pois morreu assassinado por Ptolomeu Alorita durante uma festa.

Ele tinha outro irmão mais velho que era Pérdicas III que reinou em lugar de seu irmão assassinado. Pelos cálculos de Jerônimo de Estridão, Pérdicas reinou por seis anos, de 368 a.C. a 362 a.C. mas como era muito novo para governar, o oportunista Ptolomeu Alorita governou como regente. Mas seu reinado durou somente quatro anos, que foi de 372 a.C. a 368 a.C. pois Pérdicas matou-o e tomou o trono.

Ptolomeu Alorita, era um ambicioso aristocrata macedônio, sem ter consciência, colaborou para o desenvolvimento militar do Estado nos anos seguintes ao planejar o assassinato do rei Amintas, neto de Alexandre I, por volta de 370 aC.

Felipe era muito jovem para assumir o trono, então o próprio Ptolomeu Alorita tornou-se o novo regente da Macedônia. Nessa mesma época, os tebanos quebraram a hegemonia espartana vencendo em Leuctras, e Tebas se tornaria a cidade-estado mais poderosa da Grécia. Atento a isso, Ptolomeu, desejando aproximar-se de Tebas e afastar possíveis pretendentes ao trono da Macedônia, ofereceu aos tebanos alguns distintos reféns macedônios.

Entre eles estava o futuro rei Filipe II, na época com 15 anos. Filipe viveu em Tebas sob a tutela de Panmenes, amigo próximo do histórico general Epaminondas. Aos 24 anos, Filipe assume o trono da Macedônia. Ele enfrentou forte oposição de concorrentes que almejavam sua posição, entretanto aprendeu a usar de grande capacidade diplomática, poder de persuasão e de intimidação para assegurar seu trono.

A Filipe atribui-se uma série de mudanças dentro do Exército macedônico, que o fizeram mais eficiente e profissional, como a instalação de um núcleo de soldados permanentes profissionais e alto investimento na formação de engenheiros para o desenvolvimento de técnicas de sítio, exaltadas e copiadas na época até por seus críticos. Filipe inovou também no posicionamento da cavalaria macedônica, que costumava apresentar-se em formação linear, e passou a usar a forma de cunha. Essa novidade possibilitou uma mudança mais rápida de direção e, também, explorar melhor os buracos no Exército inimigo.

A nova formação da cavalaria tornou-se tendência em toda a Grécia e marca o momento em que ela assume um papel mais decisivo nas estratégias militares gregas, passando a ser temida por todas as infantarias. Com Filipe a infantaria macedônica ganhou força e destaque, com o desenvolvimento dos perzhetaroi, o famoso batalhão do seu Exército.

Apesar de terem, de fato, se desenvolvido a partir de Filipe, os perzhetaroi foram criados anos antes por Alexandre I. Foi com Filipe que os homens que compunham esse contingente foram tão bem preparados e passaram a ter como arma principal a sarissa, lança de longo alcance com cerca de 4 metros. Filipe instaurou um forte regime disciplinar sobre seus soldados. Há relatos de marchas forçadas de 300 estádios olímpicos que o rei impunha aos seus comandados, que, ainda, deviam carregar às pelta (escudos) e as sarissa no trajeto.

Todas as inovações trazidas por Filipe possibilitaram à Macedônia controlar melhor suas fronteiras e expandir sua influência por toda a Grécia. A vitória na batalha de Queroneia, em 338 a.C. contra uma aliança de cidades-estados gregos liderados por Atenas e Tebas, deu à Macedônia uma posição central na política grega e tornou-se Filipe o senhor da Grécia. Dessa forma, o rei firmou a criação da chamada Liga de Corinto (apenas Esparta não entrou para a Liga), com a qual se organizou, anos depois, a expedição à Pérsia, que teria como líder Alexandre, o Grande.

O reinado de Filipe significou uma ascensão meteórica do reino da Macedônia, que até então não passava de uma periferia do mundo grego. Filipe morreu no outono do ano de 336, dando início ao reinado de seu filho Alexandre, o Grande. O rei dos macedônios foi assassinado em meio a um festejo, por Pausânias, seu claro amante. A causa do assassinato permanece obscura. Alguns alegam a participação da mãe de Alexandre, Olímpia, que desejava que o filho subisse logo ao trono, pois Filipe havia se separado dela e poderia ter outros herdeiros.

A morte prematura o impediu de dar início ao seu grande gol, conquistar o Império Persa. Para esse capítulo a História reservou um papel especial ao seu filho Alexandre,

que pelo sucesso alcançado na Ásia se tornou o maior conquistador da Antiguidade.

Felipe II foi muito maior que seu filho Alexandre, pois ele causou revolução e mudanças no exército de seu país e de seu novo império. Ele derrotou toda a Hélade e fez todos os preparativos, planos e táticas para conquistar a Média. Seu filho Alexandre teve felizmente a felicidade de herdar tudo de mão beijada e aproveitou a ocasião, lógico que Alexandre é um exímio líder militar, mas seu pai é quem deveria ter a alcunha de O Grande, pois ele revolucionou a arte da guerra de seu reinado no mundo antigo.