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quinta-feira, 22 de agosto de 2024

TEODATO - O QUARTO REI DA ITÁLIA

 


Teodato ou Theodatus foi um nobre da tribo dos Ostrogodos, membro da casa dos Amalos, que tornar-se-ia rei ostrogótico da Itália em 534. Reinou até 536.

Teodato era membro da dinastia dos Amalos, filho de Amalafrida e sobrinho de Teodorico, o Grande. Tinha uma irmã cujo nome era Amalaberga. Casou com Gudeliva em data desconhecida e o casal teve dois filhos, Teodenanda e Teudegisclo. Cassiodoro o citou numa ocasião (507/511) como homem importante e notável. Tinha vastos domínios na Etrúria e desejava mais. Comumente tomou terras de forma equivocada e precisou restaurá-las. Algumas delas eram do patrimônio régio e em 527 herdou os domínios de sua mãe. Em 533/534, considerou ceder suas propriedades na Etrúria ao imperador Justiniano em troca de uma residência em Constantinopla, a capital do Império Bizantino, uma pensão e um título, bem como propôs enviar emissários.

Procópio e Cassiodoro o definiram como alguém não belicoso e desinteressado em assuntos públicos. Foi bem versado em literatura latina, teve particular ligação com doutrinas de Platão e demonstrou familiaridade com escritos eclesiásticos. Cassiodoro o endereçou várias cartas ao longo da vida. Em 534, já era velho e vivia como cidadão privado na Etrúria. Com a morte de Atalarico em 2 de outubro de 534, sua mãe Amalasunta convocou Teodato para ser rei, mas antes devia fazer um juramento de lealdade no qual aceitava só reinar nominalmente, deixando o poder de fato com ela.  

Teodato, parceiro no trono (embora não na condição de seu marido, já que ele tinha uma esposa ainda viva), mas com a intenção de fortalecer sua posição. Teodato era filho de Amalfrida, irmã de Teodorico. A escolha, no entanto, não foi feliz, pois Teodato não era visto com afeição pelos godos. Amalasunta acabou presa a mando do próprio Teodato, e encarcerada na ilha de Martana, no Lago Bolsena, onde, na primavera de 534/535, ela foi assassinada durante um banho. Na primavera de 535, enviou os emissários Libério e Opílio para Justiniano para justificar sua ação.

Mais adiante, Teodato negociou a possibilidade e abandonar o trono para Justiniano, mas mudou de ideia quando o general bizantino Mundo foi morto na Dalmácia. Em 536, após Belisário tomar Nápoles, Teodato não tomou ação para se opor à invasão da Itália e a oposição entre os ostrogodos aumentou. Vitige foi escolhido como sucessor e Teodato, quando deixou Roma em direção a Ravena, foi interceptado no caminho e morto sob ordens de Vitige. Seu assassinato ocorreu em dezembro.


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