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quarta-feira, 19 de março de 2025

CRISTÓVÃO COLOMBO

 


O explorador genovês do século XV Cristóvão Colombo 1451- 1506 era um judeu sefardita da Europa Ocidental, a expedição foi financiada pela Espanha a partir da década de 1490, abrindo caminho para a conquista, quer dizer, invasão europeia nas Américas. 

Colombo é creditado como o primeiro explorador europeu a estabelecer e documentar rotas comerciais para as Américas, apesar de ele ter sido precedido por uma expedição viking liderada por Leif Erikson 500 anos antes, no ano 100 ou 1021.

A primeira expedição de Colombo foi resultado de anos de atuação dele para convencer os reis espanhóis a financiarem sua viagem. Ao longo de sua vida, realizou o total de quatro viagens ao continente americano, ele morreu acreditando que havia chegado à Ásia. A partir da década de 1470, Cristóvão Colombo iniciou sua carreira profissional participando de viagens comerciais realizadas por duas famílias genovesas, com os Di Negro e com os Spinola. Essas viagens foram realizadas entre 1474 e 1475, e nelas Colombo navegou pelas águas do Mar Egeu. Em 1476, esteve em Lisboa, em Portugal, e em Bristol, na Inglaterra.

Mesmo que Colombo nunca tenha ido às Índias, portugueses e espanhóis já tinham ido, Portugal, por exemplo, foi até ao Japão, portanto, a geografia da Ásia já era um pouco conhecida, Cristóvão Colombo e outros, pelo sim, pelo não, tinham, nem que seja um pouco, da informação geográfica da Ásia. 

Morando em Portugal, Colombo procurou convencer o rei português, d. João II, a financiar uma expedição sua ao oeste. Seu objetivo era chegar às Índias, e para isso, procurava financiamento. A essa altura, Colombo já tinha uma grande experiência em navegação porque tinha participado de uma série de expedições pelo Atlântico. Colombo argumentava que, navegando para o oeste, conseguiria chegar a Cipango (atual Japão), e de lá iria para a Índia, mas a sua teoria foi desacreditada por outros navegantes de confiança do rei, e por isso ele não teve o apoio de que precisava.

Mas o rei de Portugal, provavelmente, queria contar com os serviços de Colombo para explorar a costa africana, mas Colombo estava determinado a seguir seu plano. Assim, depois que sua esposa faleceu (o ano do falecimento é incerto), ele partiu com seu filho para a Espanha. Instalou-se em Palos de la Frontera e, tempos depois, teve autorização para apresentar seus planos aos reis espanhóis.

A rainha Isabel de Castela e Fernando de Aragão, reis católicos, interessaram-se pelo projeto de Colombo, principalmente porque ele explorou as possibilidades religiosas de sua expedição, mas não quiseram financiá-lo. Isso porque, em 1486, os reis católicos estavam engajados na luta contra os mouros instalados em Granada.

Com a negativa espanhola, Colombo foi novamente atrás do apoio do rei português, mas, após nova rejeição, tentou obter o apoio de Henrique VII, rei da Inglaterra, e manteve contato por carta com a coroa francesa, mas ambas as tentativas também fracassaram. Somente em 1492, depois que a Espanha conquistou Granada, é que ele obteve o apoio dos reis católicos.

O contrato de Colombo (chamado de Capitulações) com a coroa espanhola foi assinado em 17 de abril de 1492. Suas exigências foram várias, e, apesar de uma recusa inicial, os reis católicos aceitaram todas, que foram:

Título de almirante;

Nomeação como vice-rei e governador das terras que ele descobrisse;

Recebimento do título de Don;

Recebimento de dois milhões de maravedis para preparar três caravelas;

Recebimento de uma porcentagem sobre todas as mercadorias e lucros obtidos por meio de sua expedição.


A primeira viagem de Colombo 1492-1493

A expedição de Colombo chegou à região das Antilhas, aportando em uma das ilhas que formam as Bahamas. Não existe comprovação a respeito de qual ilha a expedição alcançou primeiramente, mas acredita-se que pode ter sido a Watling’s Island. Os nativos chamavam-na Guanahani, mas Colombo renomeou-a de San Salvador.

Ele passou por outras ilhas do Caribe, como Cuba, que chamou de Juana, e a ilha onde fica o Haiti, chamando-a de Hispaniola. O contato com os indígenas foi tranquilo, mas Colombo relata que ele levou consigo alguns nativos à força para que eles pudessem dar detalhes da terra onde sua expedição tinha chegado. Colombo acreditou estar na Índia e chamou os nativos de “índios".

Nessa expedição, Colombo formou um pequeno assentamento (chamado Navidad) em Hispaniola, deixando nele algumas dezenas de homens de sua expedição. Em seguida, retornou à Europa para dar as notícias da sua viagem aos reis espanhóis.

Ao todo, Colombo realizou quatro viagens para a América, e em nenhuma delas se convenceu de que havia chegado a um continente desconhecido pelos europeus. Ele manteve-se acreditando que havia chegado à Ásia e que algumas das ilhas do Caribe eram parte do Japão. Os achamentos realizados por Colombo deram início a uma série de discussões entre Espanha e Portugal pela divisão das terras. Dessas negociações, nasceu o Tratado de Tordesilhas.


A segunda viagem de Colombo 1493-1496

A segunda viagem de Colombo partiu da Espanha em 23 de setembro de 1493. Formada por cerca de 1200 homens, essa expedição tinha como objetivo iniciar a colonização das novas terras. Quando chegou a Hispaniola, percebeu que o assentamento de Navidad havia sido destruído. Assim, Colombo decidiu formar outro assentamento em um local diferente da ilha. Isso levou à fundação de Isabela, em homenagem à rainha Isabel de Castela. Colombo também explorou novas ilhas do Caribe e lutou contra os nativos pelo controle de Hispaniola.


A terceira viagem de Colombo 1498-1500

A terceira viagem de Colombo iniciou-se em 30 de maio de 1498 e tinha como objetivo levar novos trabalhadores e suprimentos para Hispaniola. Colombo também estava dedicado a seguir explorando a região para encontrar a China. Essa expedição levou-o à América do Sul, pois encontrou a ilha de Trinidad (que forma Trinidad e Tobago atualmente) e navegou pelo delta do Orinoco, rio que passa pela Venezuela.

Quanto retornou para Isabela, Colombo encontrou a cidade em estado lamentável. Os colonos viviam em estado de grande pobreza, muitos haviam desistido do assentamento e tinham retornado à Europa, e os nativos tinham sido escravizados. Colombo foi acusado de tratar colonos e nativos de maneira negligente e, por isso, foi preso pelo inquisidor real Francisco de Bobadilla.

Basicamente, ele foi acusado de tirania, pois não distribuía as provisões aos colonos e autorizava a escravização dos nativos. O retorno dele à Espanha (ele viajou algemado) marca o fim do prestígio que ele havia adquirido com o feito da primeira viagem. Na Espanha, ele foi liberto, porém, perdeu o título de governador das colônias espanholas.


A quarta viagem de Colombo 1502-1504

Em 9 de maio de 1502, Colombo partiu para a sua quarta e última viagem para a América. Proibido de ir para a ilha de Hispaniola, ele explorou a costa da América Central e, em contatos com nativos no Panamá, recebeu a informação de que existia outro mar a oeste (Oceano Pacífico). Retornou para a Espanha em 1504.


Fim da carreira e Morte

Ao retornar para a Espanha, Colombo estabeleceu-se em Sevilha. Em descrédito, ele não recebeu a quantia em riquezas que lhe havia sido prometida no contrato com a coroa espanhola. 

Colombo morreu em Valhadolid a 20 de maio de 1506, com cerca de 55 anos, com uma considerável riqueza proveniente do ouro que os seus homens haviam acumulado em Hispaniola. À data da sua morte, Colombo estava ainda convencido de que as suas expedições tinham sido realizadas ao longo da costa oriental da Ásia. De acordo com um estudo publicado em fevereiro de 2007, realizado por Antonio Rodriguez Cuartero, do Departamento de Medicina Interna da Universidade de Granada, Colombo morreu de parada cardíaca causada por artrite reactiva. Segundo os seus diários pessoais e anotações deixadas pelos seus contemporâneos, os sintomas desta doença (ardor doloroso quando se urina, dor e inchamento das pernas, e conjuntivite) eram claramente evidentes nos três últimos anos da sua vida. Seus filhos, Diego e Fernando, entraram na justiça contra a Coroa da Espanha para receberem o que tinha sido prometido ao seu pai.


terça-feira, 18 de março de 2025

VIKINGS - OS PRIMEIROS VISITANTES NAS AMÉRICAS

 



Não há dúvidas sobre a chegada de vikings à América e o estabelecimento em ilhas da Groenlândia e Terra Nova (atual Canadá), onde se encontra o povoado viking de L'Anse aux Meadows, declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

Durante muitos anos, duvidou-se da autenticidade das sagas, até que em 1837, o arqueólogo dinamarquês Carl Christian Rafn descreveu os indícios de assentamentos vikings na América do Norte. Na década de 1960, foi comprovada a base histórica das sagas ao escavar um assentamento viquingue em Leifbundir (L'Anse aux Meadows) em Terra Nova.

O primeiro europeu a visitar o continente americano foi Bjarni Herjólfsson no ano 986,  segundo uma menção contida na Saga dos Groenlandeses. Bjarni Herjólfsson era filho de Herjulf Bårdsson, que foi um dos primeiros colonizadores viking na história da Gronelândia. Herjulf era natural de Drepstokki, Islândia; era filho de Bárður Herjólfsson e casou-se com Þorgerður. 

Herjólfr foi um dos homens de Erick, o Vermelho, que partiu da Islândia com 25 navios em 985 para colonizar a Groenlândia. De acordo com as sagas, dos 25 navios, apenas 14 chegaram ao continente americano. Herjulf e o seu pai Bárður estabeleceram um assentamento e construíram a sua fazenda em Herjolfsnes, que adquire o seu nome.

O povo nórdico, quando esteve por aqui, chamava os habitantes do continente de Skrælings, o povo que se deparou com os vikings era o ovo Thule, antecessores dos Inuits, que também são conhecidos como Eskimós. 

Os Thule chegaram à ilha a partir do continente americano no século XII e estiveram desde então em contacto com os nórdicos. As Sagas dos Groenlandeses e de Érico o Vermelho, escritas no mesmo século, denominam da mesma forma os povos presentes em Vinland e cujo primeiro contato sucede no século XI.

Existem relatos dos povos originários Inuítes que descrevem as viagens e interações entre os povos nas suas terras:

“o canoísta logo apontou a sua lança com determinação, matando-o no local… Ao chegar o inverno, havia a crença geral de que os Kavdlunait voltariam para vingar a morte do seu conterrâneo”

Kavdlunait era a palavra inuíte para "estrangeiro" ou europeu. Tal como nos relatos vikings, as interações entre os povos estavam envoltas em violência e revanche, impossibilitando uma convivência pacífica e dificultando a colonização pelos exploradores nórdicos.

Os vikings chegaram à América do Norte por volta do ano 1000 mas a presença deles foi confirmada em 1021. Os vikings não tinham a intenção de colonizar o continente americano, mas sim de procurar recursos naturais para fortalecer a colônia que já tinham na Groenlândia. 

A presença dos vikings na América do Norte teve um impacto na história da humanidade, pois foi o primeiro período conhecido em que o oceano Atlântico foi cruzado. 




Fontes:

Henry Rink Tales and Traditions of the Eskimo, William Blackwood and Sons, Edinburgh 1875, p. 310

ÍNDIO OU INDÍGENA - QUAL É O TERMO CORRETO?





Na verdade, nenhum, não se deve chamá-los de índio e nem de indígena, pois estes termos não eram usados por eles, estes termos foram dados pelos europeus e atualmente pela mídia tradicional e pela sociedade. 

Os termos retratam esses povos de maneira genérica, sem considerar as suas especificidades linguísticas e culturais, que reforça estereótipos preconceituosos, que geralmente retratam os povos indígenas como selvagens, atrasados e preguiçosos, quando, na verdade, não são e nunca foram.

Este termo modernizado de chamá-los de indígenas é mais uma frescura da cultura Woke esquerdista que os comunistas começaram a usar, devido ao politicamente correto. 

Dizem eles que o termo indígena significa "natural do lugar em que vive". Para os comunistas esquerdistas que amam a cultura Woke, é uma maneira mais respeitosa de se dirigir aos povos originários, entendendo que eles têm culturas e modos de viver variados, e merecem ser reconhecidos também por sua identidade individual. Mas se estes povos originários merecem ser reconhecidos também por sua identidade individual, então eles não deveriam ser chamados índios e muito menos de indígenas, pois o termo indígena é uma expressão substantivada oriunda do próprio radical substantivado índio. É apenas trocar o seis por meia dúzia.

As pessoas não têm o entendimento de que eles próprios já tinham a maneira de chamar a si próprios, e outra coisa, estamos falando de uma região que vivia muito bem com suas rotinas há milhares de anos antes dos europeus chegarem aqui e apelidarem estes povos de índios.

Índio é o indivíduo que nasce no país da Índia, eles, sim, devem ser chamados de índios e, não, os povos que nasceram aqui nesse continente que os europeus começaram a chamar de América.

Então, como devemos chamá-los?

Simples, devemos chamá-los conforme a nação, tribo e clã que na qual eles são, por exemplo, quem é da nação brasileira, é chamado de brasileiro, quem é da nação italiana, é chamado de italiano, da mesma forma de quem é da nação xavante, é chamado de xavante, quem é da nação kayapó é chamado de kayapó e assim sucessivamente.


DE ONDE VEM O NOME ÍNDIO?



Os índios que moram aqui nas Américas não são bem "Índios", isso porque o termo índio refere-se aos moradores do país da Índia. Os povos americanos nem conheciam o país da Índia nesse período. É errado chamá-los de índios ou indígenas, pois eles não têm nenhuma relação com o país da Índia. Eles foram chamados de índios pelos europeus que chegaram aqui, pois eles próprios não se chamavam de índios, indianos ou indígenas, este termos nem eram conhecidos por eles. 

A confusão e o erro de chamar os povos daqui das Américas de índios vem do genovês Cristóvão Colombo na sua visita que fez aqui no dia 12 de outubro de 1492. Cristóvão Colombo chega às Bahamas. Este feito é, em geral, considerado o descobrimento da América pelos europeus. Assim, a palavra índio foi utilizada para designar, sem distinção, uma infinidade de grupos indígenas.

Acontece que eles não chegaram bem por "engano", pois a região é diferente. Para começo de conversa, a Índia era uma nação rica nesse período, era um império, por assim dizer, era um local avançado tecnologicamente, culturalmente, religiosamente, militarmente e economicamente. Claro que, ao chegar aqui onde hoje é o Continente Americano, eles sabiam que estavam em um lugar diferente, eles não eram burros a tal ponto. Em ralação aos povos da Índia e da Ásia, os moradores originários daqui eram, por assim dizer, menos desenvolvidos e muito menos tecnológicos. A diferença era gritante, visível e óbvia, não tem como estas regiões serem semelhantes ao ponto de confundir os europeus, isso é impossível.

Antes de Maomé II conquistar Constantinopla e mudar o nome para Istambul, os portugueses e outros europeus já faziam comércio com a índia e terras adjacentes como: Afeganistão, Paquistão, Sri Lanka, Nepal, Butão, Laos, Tailândia, Camboja e outras regiões. E é justamente por este motivo que eles sabiam que não estavam nas Índias, eles não podiam saber onde estavam exatamente, mas com a experiência que tinham, sabiam sim que estavam em outras terras, mesmo não sabendo quais terras eram estas exatamente.

Portanto, desde então, o nome índio é usado pejorativamente para xingar alguém que alguém julga ser atrasado, obtuso, asno, caipira, alguém que seja um ermitão, vivendo isolado ou aquele que não gosta de viver com pessoas, sujeito que seja antissocial, enfim. 


O Significado do Nome Índio ou Índia

O nome Índia é derivado de Indus, que por sua vez é derivado da palavra Hindu, em persa antigo. Do sânscrito Sindhu, a denominação local histórica para o rio Indus, Indo, Indu ou Shindhu. O nome do país da Índia vem do Rio Shindhu. Os gregos clássicos referiam-se aos indianos como Indoi, povos do Indus. A Constituição da Índia e o uso comum em várias línguas indianas igualmente reconhecem Bharat como um nome oficial de igual status. Hindustão (ou Indostão), que é a palavra persa para a “terra do Hindus” e historicamente referida ao norte da Índia, é também usada ocasionalmente como um sinônimo para toda a Índia.

O termo "Índias" se refere à terra a leste do rio Indo . É totalmente intercambiável com a palavra índia. Os portugueses inicialmente descreveram toda a região que descobriram como Índias. As ilhas do Caribe foram inicialmente descritas como "Índias", pois acreditavam que eram a Índia. Quando se tornou conhecido que estavam no hemisfério ocidental, foram renomeadas como Índias Ocidentais. Assim, Índias Ocidentais significa Índia no hemisfério ocidental. O antigo nome da Indonésia é Índias Orientais Holandesas, que significa Índia no sudeste da Ásia. Índias Orientais são uma antiga colônia holandesa.

As palavras Hindū (persa) e Hind (persa) vieram do indo-ariano / sânscrito Sindhu (o rio Indo ou sua região). O imperador aquemênida Dario I conquistou o vale do Indo por volta de 516 a.C., sobre o qual o equivalente aquemênida de Sindhu, a saber, "Hindush" ou Hi-du-u-š foi usado para a bacia do baixo Indo.

Obs: (o Š descrito nessa forma, tem som de X e é uma letra criada pelos Sumérios ou Šumérios)

O nome também era conhecido até a província aquemênida do Egito, onde foi escrito.

A palavra Índio ou Índia também vem do latim "indicus", que significa "da Índia". O latim "indicus" é derivado do grego Indikos, que também significa "da Índia". A palavra "índio" foi originalmente usada para se referir aos habitantes da Índia.

Hindush foi escrito em inscrições persas como Hidūsh (antigo cuneiforme para Hi-du-u-š. Também é transliterado como Hiⁿdūš, uma vez que o "n" nasal antes das consoantes foi omitido na escrita persa antiga e simplificado como Hindush.

É amplamente aceito que o nome Hindush deriva de Sindhu, o nome sânscrito do rio Indo, bem como da região na bacia do baixo Indo. A mudança sonora proto-iraniana *s > h ocorreu entre 850–600 a.C., de acordo com Asko Parpola. O sufixo -sh é comum entre os nomes de muitas províncias aquemênidas, como Harauvatish (a terra de Harauvati ou Haraxvaiti , ou seja, Arachosia ) ou Bakhtrish (Báctria). Consequentemente, Hindush significaria a terra de Sindhu.

Os gregos da Ásia Menor, que também faziam parte do império aquemênida, chamavam a província de 'Índia'. Mais precisamente, eles chamavam o povo da província de 'índios'. A perda do aspirado / h / foi provavelmente devido aos dialetos do grego falados na Ásia Menor. Heródoto também generalizou o termo "índio" do povo de Hindush para todas as pessoas que viviam a leste da Pérsia, embora ele não tivesse conhecimento da geografia da terra.

O geógrafo grego Heródoto descreve a terra como Índia, chamando-a de Indikē Chōrē, que significa "a terra do Indo", em homenagem a Hinduš, o antigo nome persa para a satrapia de Punjab no Império Aquemênida. O rei aquemênida, Dario, o Grande, conquistou este território em 516 a.C.

No livro 3 (3.89-97), Heródoto faz alguns relatos sobre os povos da Índia; ele os descreve como sendo muito diversos, e faz referência aos seus hábitos alimentares, alguns comendo peixe cru, outros comendo carne crua, e ainda outros praticando o vegetarianismo. Ele também menciona a cor escura da pele.

Em 3.38, Heródoto menciona a tribo indígena dos Callatiae por sua prática de canibalismo funerário; em uma ilustração impressionante do relativismo cultural, ele aponta que esse povo está tão consternado com a noção dos gregos praticando a cremação quanto os gregos estão com a de comer seus pais mortos. No livro 7 (7.65,70,86,187) e em 8.113, Heródoto descreve a infantaria e a cavalaria indianas empregadas no exército de Xerxes.


Cor da Pele Escura

Vocês repararam que Heródoto relatou que os indianos têm a pele escura, isso quer dizer que eles eram negros, pretos escuros, isto porque a palavra escuro quer dizer negro, preto. Eles eram e são negros, não são brancos, assim como os povos do Novo Mundo, que é o atual continente americano. Sendo estes povos das Américas tendo também a pele escura, logo, foram também chamados de índios, mas não devido à confusão, dando a alusão de que os visitantes europeus, tivessem confundido o povo ou a região, pois como já relatei, eles sabiam que estavam em um lugar diferente, poderiam não saber onde estavam exatamente, mas sabiam que aquele lugar não era a Índia.

Os Indianos tendo pele escura e os povos americanos também tendo a pele escura pode até causar uma confusão ou semelhança, mas ser semelhante não é ser igual, ser parecido não é ser idêntico, eram povos que tinham a tez de cor semelhantes, mas era óbvio que eram povos diferentes, cor da pele igual, mas pessoas, povos e nações diferentes. 


Fontes:

Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa de Antônio Geraldo da Cunha

Etimologia da Língua Portuguesa de José Pedro Machado

 A História da Palavra Índio de Luiz R. B. Mott

 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

The Wonder That Was India (A maravilha que era a Índia) de Arthur Llewellyn Basham, ano 1954, 572  páginas

 As raízes do hinduísmo de Asko Parpola - Oxford University Press. Capítulo 9, ano 2015

Índia (substantivo), Oxford English Dictionary (3ª ed.), 2009


segunda-feira, 17 de março de 2025

BRASIL ANTES DE PORTUGAL



Antes de o Brasil ter o nome que conhecemos e antes de os portugueses invadirem esta região, o lugar já era habitado por vários povos diversos, estes tinham várias etnias diferentes, religiões diversas, idiomas variados, culturas das mais diversificadas. Estes moradores foram erroneamente chamados de índios.

Estes povos originários diversificados e diferentes moravam aqui há mais de 15 mil anos, antes dos europeus invadirem a região e mudar para sempre nosso continente. 

Não se sabe ao certo quantas pessoas e famílias moravam na região, porém, com certeza, eram mais de 30 milhões de seres humanos que habitavam o local há milênios. Isso até os portugueses invadirem e mudar tudo para sempre. Destas diversas famílias, povos, tribos e clãs, temos as tribos dos Gês, Xavantes, Goytacazes, Tamoios, as diversas tribos dos Guaranis que se ramificam de mais de 45 tribos e suas variantes e as tribos dos Tupis que também se ramificam de mais de 45 tribos e suas variantes, Caraíbas, Guaicurus, Carajás, Chauapanas, Catuquinas, Pebas, Tacanas, Betoias (ou Tucanos), Potiguaras, Atikum, Kwarayuté, Pataxó, e por ai vai. Fora os que não foram contados ou relatados pois foram extintos, assassinados por povos europeus. Não existe uma estatística que seja confiável dos números de povos originários que moravam aqui onde hoje é o Brasil, pois até os Portugueses aprenderem os costumes, línguas e cultura dos povos que eles chamavam de índios, o assassinato e genocídio foram avassaladores, sem dó, pena, misericórdia ou piedade. 

Depois do morticínio de várias famílias que moravam aqui onde é o Brasil, o processo de invasão, dominação, escravidão e colonização destas tribos, foi aterrorizador.

Como todas as regiões onde os seres humanos moraram, havia todos os tipos de rivalidades, tais como: conflitos, invasões, escravidão, guerras, conquistas, paz (quando possível). As interações sociais, por bem ou por mal, eram feitas, como eram feitos em todo lugar em que grupos humanos habitavam.

Quando os portugueses e espanhóis vieram aqui às Américas, diversas tribos guerreavam entre si como qualquer povo, muitas destas tribos se aliaram com os europeus para derrotar as tribos rivais. Não havia paz, harmonia e passividade, como ensinam nos livros, filmes, desenhos, vídeos do YouTube, sites, etc. E nem existia essa concórdia, união e alegria idílica como nos ensinaram e como ainda se prega na mídia. O que havia eram guerras, disputas de territórios, rinhas e competições por espaços. 

Tribos e clãs rivais tinham rixas históricas com outras tribos e clãs adversários, como aconteceu no continente africano. As tribos que conseguiram fazer alianças com os europeus logo se fortaleceram para lutar contra suas rivais inimigas históricas. O ser humano faz guerra contra sua própria espécie por diversos motivos desde os primórdios e até hoje em dia. 

A vida destes povos seguia como sempre antes da chegada dos europeus, o continente não se chamava América e o país não se chamava Brasil, cada povo, cada clã, cada tribo, chamava o lugar de várias maneiras, pois eram idiomas diferentes, crenças diferentes, povos diferentes, com costumes e hábitos diferentes. Com a chegada dos europeus, tudo muda, e o resto é história.


domingo, 23 de fevereiro de 2025

A HISTÓRIA DA MANIPULAÇÃO DA MÍDIA

 


O método de enganação da indústria da mídia contra o povão, remonta ainda a antiga Romana de quando era ainda uma República, quando eles inventaram à política do Pão e Circo, nesse período, República Romana estava em frangalhos, com guerras civis, assassinatos, etc. E o povão republicano romano ficava tendo atrações populares para ficarem desatentos dos reais problemas que os cercavam.

Esse método foi logicamente copiado por outros povos, que dava todo tipo de entretenimento popular para o povão, enquanto o país, o reino ou o império vivia em uma crise sem precedentes.

Sempre existiram métodos e maneiras de deixar o povão acéfalo longe dos reais problemas que os cercavam, na idade média, o rei tinha o Bobo da Corte, que no futuro deu origem a figura do palhaço, mas acontece que a figura do palhaço já existia, por assim dizer, pois os palhaços surgiram na Grécia Antiga, há mais de 2.000 anos, como parte das comédias teatrais. Eles faziam uma versão do fato, onde os heróis apareciam como idiotas, após a apresentação de tragédias sérias. A figura do palhaço também está ligada ao "bobo da corte" e ao bufão, que tinham como função principal entreter os reis e seus súditos. Festas, festivais e outras comemorações também eram feitos no mundo antigo e na idade média, para justamente deixar parte da população, o chamado gado, idiotizado, iludido, anestesiado e fora da realidade problemática em que vivia.


Jornal e Mídia Impressa

Com o tempo, veio a imprensa, o jornal impresso como conhecemos, nasceu na China, eles já conheciam o método de impressão tipo móvel, a arte tipográfica é uma das grandes contribuições chinesas para a história do mundo. O artesão chinês Bi Sheng (990-1051 d.C.) é reconhecido como o inventor da primeira tecnologia de tipo móvel do mundo. O sistema de Sheng usava porcelana chinesa e foi desenvolvido por volta do ano 1041, durante a Dinastia Song. 

Na China antiga, antes de Bi Sheng, era usada uma técnica chamada “impressão em bloco”, com imagens e textos em blocos de madeira posteriormente mergulhados em tinta, num sistema que lembra a xilogravura. O grande avanço de Bi Sheng foi o “método de tipos móveis”, onde cada caractere era esculpido em pequenos blocos individuais. Esses blocos podiam ser organizados e rearranjados em uma prancha de impressão, permitindo a composição flexível de textos e a produção de cópias em abundância, mas os tipos móveis chineses eram feitos de madeira, embora fossem bastante eficientes.

Na Europa Medieval, o Alemão Johannes Gutenberg (1398-1468), inspirado na tecnologia de impressão chinesa, desenvolveu os métodos tipos móveis metálicos em 1439. Ele imprimiu a primeiramente a Bíblia, que é chamada de Bíblia de Gutenberg, impressa no dia 23 de fevereiro de 1455.

Com o tempo, esse negócio de papel impresso pegou na Europa, e tanto na China quanto na Europa já existiam os ditos "jornais impressos" que claramente transmitiam as notícias, mas para variar, as notícias que importavam ao governo, ao Rei ou aí Imperador, tanto na China, quanto na Europa. E esse negócio de fake news, notícias manipuladas, não vem de hoje, e certamente que as notícias merdiáticas e manipulativas eram as mais vendidas, divulgadas e financiadas. Sem contar com as postagens jornalísticas idiotas, manipulativas, que eram mais aceitas pela população que sabia ler.

Depois, vemos os primeiros jornais impressos como conhecemos nascerem, e temos a tal mídia impressa manipulada, claro, como conhecemos. Nunca existiu uma imprensa livre, isenta e neutra.


Telégrafo

Estes sistemas de enganocracias funcionavam? Com certeza, nenhum destes métodos de imbeciologia grupal falhou, nunca falha, pois o gado do mundo antigo é estulto, estúpido e bronco. Mas e se alguém melhorasse tais medidas e fizesse o sistema de enganatrix melhor para atingir mais números de pessoas por M²? Muita gente pensou nisso, e foram com o tempo, melhorando as formas de enganação social da população, e com o tempo, tivemos a dominação e o conhecimento profundo da Eletricidade, a partir de então, os métodos de comunicação de massa, começaram a ser feitos pelos meios elétricos, e o primeiro método de comunicação elétrica veio através do Telégrafo. 

O telégrafo primeiramente era semafórico, depois veio o telégrafo como conhecemos. O telégrafo semafórico, que antecedeu o elétrico, foi inventado por Claude Chappe em 1792, na França. A ideia era simples: postes com painéis colocados no alto de torres, dispostas a vários quilômetros entre si, retransmitiam sinais dados pelas posições de painéis colocados nas pontas dos postes.

Depois a tecnologia melhorou, e temos o Telégrafo como conhecemos, que é o Código Morse, criado por Samuel Morse em 1830 ou 1837. Esse aparelho utilizava a corrente elétrica para enviar códigos que eram interpretados pelo agente de telegrafia. As mensagens eram enviadas em um código que também foi inventado por Samuel Morse e recebeu o nome de Código Morse.

A primeira linha comercial de telegrafia foi inaugurada em 1844, e ligava Washington a Baltimore, nos Estados Unidos. Logo, a telegrafia se tornou o principal meio de comunicação do planeta, utilizada em todos os continentes. No Brasil, o telégrafo chegou em 1852, sendo instalado por decisão do imperador d. Pedro II.

Dai em diante, o método de jumentalização popular ficou muito melhor. Os canais de imprensa agora, faziam seu sistema de manipulação informativa com mais facilidade, e pasmem, os telégrafos que davam informações falsas eram mais recorrentes e tinham mais audiência do povo idiotizado, como também os telégrafos que só traziam mensagens sensacionalistas e idiotas eram os que tinham mais patrocinadores e alcance do povo burro.


Telefone

Depois do Telégrafo, o método de comunicação à distância melhorou com a invenção do Telefone. A invenção e patenteamento do primeiro aparelho de telefone ocorreram na década de 1870. O grande responsável por isso foi o inventor e empresário Alexander Graham Bell (1847-1922). O primeiro registro de transmissão elétrica de voz feito por Graham Bell aconteceu no dia 10 de março de 1876. 

Com o telefone, temos os famosos trotes, e a comunicação entre os poderosos era muito melhor, pois era uma comunicação mais rápida.


Rádio

Até agora, o meio de gadalização do otário povinho burro era eficiente, mas não tinha ainda um alcance massiva a distância, isso começou mesmo com o rádio, tinha a imprensa escrita, mas o índice de pessoas analfabetas no mundo medieval europeu e no mundo moderno e contemporâneo ocidental era gritante, o povo, como sempre foi burro, idiota e asno, não sabia ler, era raro um camponês ou artesão que sabia ler e escrever, portanto, a imprensa escrita era restrita a algumas famílias poderosas e letradas, embora, muitas destas famílias ricas não soubessem ler também. 

Mas o rádio resolveu este problema, pois as notícias falsas, os programas idiotas tinham um público fiel, bocó e retardado que davam muita audiência.

O rádio é a primeira mídia de massa que existe, que tem até hoje alcance surpreendente. A invenção do rádio tem muitas fazes.

Em 1860, o escocês James Maxwell descobriu as ondas de rádio. 

Em 1895, o italiano Guglielmo Marconi desenvolveu o primeiro sistema de comunicação por rádio. 

Em 1895, Tesla realizou experimentos pioneiros com transmissões de rádio, explorando a comunicação sem fio.

Em 1896, Marconi criou o primeiro aparelho de rádio do mundo. 

Em 1901, Marconi transmitiu através do Oceano Atlântico. 

Em 1906, o engenheiro canadense Reginald Fessenden transmitiu a primeira transmissão com voz humana. 

Desde então, temos transmissão de rádio difundida no mundo e os programas que mais davam audiência eram justamente os programas idiotas, inúteis que só transmitiam porcarias radiofônicas para o povão burraldo e ameba. Não é de hoje que a massa falida intelectualmente se ilude com programações de radiodifusão que são totalmente burrificantes, viciantes e idiotizantes.


Marketing

Com o sucesso do controle massivo do rádio na mente mentecapta do povão acéfalo, formas de manter a massa falida intelectualmente no controle tinha que ser mais administrada, e nada melhor que o Marketing para fazer essa função. Pois com o nascimento do Capitalismo Mercantil na Itália 1500 e do Capitalismo Fabril na Inglaterra 1750, as pessoas tinham que comprar o que era produzido pela indústria, para fazer as pessoas comprarem aquilo que elas não precisavam e não queriam, tinha que haver o Marketing, e com o rádio, a divulgação de tais produtos era mais eficaz. Pois agora, não basta apenas manter o idiota anestesiado socialmente em Nárnia, mas também mantê-lo feliz consumindo o que era produzido. Para isso temos o Marketing.

A etimologia da palavra Marketing tem um pequeno longo histórico:

- Latim: "mercare" (comprar ou vender)

- Latim: "mercatus" (comércio ou mercado)

- Inglês: "market" (mercado ou vender)

- Inglês: "marketing" (promoção e venda de produtos ou serviços)

No entanto, a palavra "marketing" como a conhecemos hoje, com seu significado de "promoção e venda de produtos ou serviços", é um conceito mais recente. Ela surgiu no final do século XIX e início do século XX, com o desenvolvimento da economia de mercado e a ascensão da publicidade e da propaganda. Falando em propaganda, esta palavra vem do latim, que quer dizer Propagare (Propagar). Os romanos utilizavam primeiramente esta palavra para suas lavouras. Dizem alguns que esta palavra não é bem Romana, dizem que é Etrusca, Sabina ou que vem das tribos Latinas do antigo Lácio.

A questão é que a indústria do Marketing não está restrita somente ao consumo do povão, o Marketing tem suas influências na Política, Religião, Economia, Militarismo e no Entretenimento.

E o Rádio é até o momento, a melhor mídia de massa para a promulgação do Marketing macetar a cabecinha de gerico do povo idiota.


Televisão

A invenção da Televisão é igual à invenção do Rádio, não foi uma única pessoa quem a inventou, foi paulatinamente um conjunto de fatores e pessoas que contribuíram para a invenção da TV.

1842, Alexander Bain enviou uma imagem por telégrafo.

1873, Willoughby Smith descobriu que o selênio converte energia luminosa em elétrica.

1884, Paul Niokow criou um disco com orifícios em espiral que dividia uma imagem em elementos para transmissão.

1884, Tubos de raios catódicos foram aperfeiçoados para transmitir imagens à distância.

1924, John Baird construiu o primeiro sistema de televisão viável. 

1926, John Logie Baird demonstrou o primeiro sistema semimecânico de televisor analógico. 

1927, Philo Farnsworth criou a forma de televisão que conhecemos hoje. 

1936, a BBC transmitiu a cerimônia de coroação do Rei George VI. 

1939, os Estados Unidos transmitiram o discurso do presidente Roosevelt. 

Nem é preciso falar que a Televisão é a maior mídia de massa do planeta, superou o Rádio de uma forma que nem tem comparação. Como o Rádio, tem informação, diversão e é um ótimo passatempo, mas não se enganem, a Televisão sendo a maior mídia de massa do nosso planeta, é também a melhor forma de distração social do mundo, pois tem o poder de hipnose melhor que o rádio, pois se uma imagem vale mais que mil palavras, imagine esta imagem também com as palavras, que são os sons!

É verborreia cerebral com diarreia mental bem na mente amébica do povo burro, pacato e leso. É a melhor forma de desinformação familiar dentro de cada lar, casa e residência, agora o povo não tem que ir às praças para ser enganado, agora a enganação está dentro de casa. É claro que programas idiotizantes e laxantes culturais têm mais audiência.


Internet

O nascimento da internet no mundo é um processo que envolveu várias etapas e tecnologias ao longo de várias décadas.

- 1969: A Agência de Projetos de Pesquisa Avançada (ARPA) do Departamento de Defesa dos EUA cria a ARPANET, a primeira rede de computadores que se tornaria a base da internet.

- 1969: O primeiro mensagem é enviada pela ARPANET, de um computador da Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA) para um computador da Universidade de Stanford.

- 1971: A ARPANET é expandida para incluir mais universidades e instituições de pesquisa.

- 1973: O primeiro protocolo de comunicação da internet, o Network Control Protocol (NCP), é desenvolvido.

- 1983: O Internet Protocol (IP) é desenvolvido e se torna o padrão para a comunicação na internet.

- 1985: A Internet Relay Chat (IRC) é criada, permitindo que os usuários se comuniquem em tempo real.

- 1990: O World Wide Web (WWW) é criado por Tim Berners-Lee, permitindo que os usuários acessem informações na internet usando navegadores web.

- 1991: A internet é aberta ao público em geral, e o primeiro provedor de serviços de internet (ISP) é criado.

- 1993: O primeiro navegador web, o Mosaic, é lançado.

- 1994: O Yahoo! É fundado, tornando-se um dos primeiros diretórios de websites.

- 2000: A internet se torna uma parte integral da vida cotidiana, com a maioria das pessoas tendo acesso à internet em casa ou no trabalho.


Smartphone

- 1994: IBM Simon, o primeiro smartphone, é lançado.

- 1999: BlackBerry é lançado.

- 2007: iPhone é lançado pela Apple.

- 2008: Google lança o Android, um sistema operacional para smartphones.

- 2010: Os smartphones começam a se tornar mais populares do que os telefones celulares tradicionais.


Tanto a Internet, quanto os Smartphones são mídias digitais melhores que a TV e que até os computadores, pois o método de idiotização merdiática agora está a palma da mão, eu sei que eu deveria dizer informação midiática, mas sabemos que as pessoas não gostam de informação, instrução, etc. Elas gostam mesmo é de lixo informativo, desinformação Higtech, burrificação on the merda.

Para confirmarem o que digo, é só checar os sites mais acessados do Brasil, por exemplo, estes sites de sucessos são maioria esmagadoras, sites de burrices coletivas e anormais, como sites e canais de fofocas, sites e canais de políticas extremistas de esquerda e de direita, podcasts jumentificantes alucinativos, sem falar nos sites e canais religiosos que deixam o gado mais burro e mais débil mental. 

O método de hipnose de massa sempre ocorreu, o povo sempre foi manipulado e o gado idiota, ama ser burrificado e ter seu cérebro estuprado por alguém, hoje, o idiota e o esperto não necessariamente precisam sair de casa para se encontrarem, pois com o advento e avanço da tecnologia, eles podem se encontrar a distância mesmo. Mas uma coisa é certa, seja a distância ou pessoalmente, quando o esperto encontra o idiota ou idiotas, um negócio sempre é fechado, e o idiota sempre sofrerá curra intelectual coletiva e estupro cerebral grupal.

A voz do povo não é a voz de Deus, o poder não emana do povo, para o povo e pelo povo, o poder sempre emana da elite aristocrática fidalga.

O povo não sabe que não sabe, o povo é burro, é idiota, pacato, manso, leso, lerdo e mediocramente retardado.



Fontes:

- "A História dos Smartphones" de CNET

- "O Nascimento do Smartphone" de Wired

- "A Evolução do Smartphone" de TechRadar

- "A História da Internet" de Ian Peter

- "O Nascimento da Internet" de Katie Hafner e Matthew Lyon

- "A Internet: Uma História" de John Naughton

- "Wikipedia: História da Internet"

- "Oxford English Dictionary"

- "Merriam-Webster Dictionary"

- "Etymonline"

- "A História do Marketing" de Philip Kotler



sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

COMO SAIR DO VÍCIO DAS DROGAS?





A questão aqui é sair para nunca mais voltar, a chegar a tal ponto de ter nojo das drogas e tudo que envolve o sistema de entorpecentes.
Entrar no mundo das drogas é fácil, isso acontece por vários motivos, a saber: curiosidade, embalos dos amigos, depressão, decepção com a vida amorosa, decepção no trabalho, decepção com a família, dívidas, pobreza, solidão.... Enfim.
Sabemos que entrar é fácil, agora o problema é como sair, são vários caminhos que levam o indivíduo ao mundo das drogas, mas o caminho para sair e abandonar esse mundo é somente um, e não existem atalhos.

1 - Força de Vontade: Tudo começa e termina com a boa e velha Força de Vontade, não tem outro remédio, a força de vontade é o elemento principal para se construir uma épica jornada de saída, sem volta, do mundo das drogas. Vamos, portanto, trabalhar com a Força de Vontade, pois não basta querer sair somente, tem que querer muito, é o querer, mais que o bem-querer.
Não devemos esquecer dos outros elementos, que são: foco, disciplina e organização. Sem estes elementos, não ganharemos a guerra.
2 - Novos Amigos: Todo seu hábito de vida tem que mudar radicalmente, isso inclui, ter novos amigos, é necessário andar com pessoas que vão agregar na sua vida, suas atuais companhias não são saudáveis para quem usa drogas. Novas pessoas incluem novas maneiras de comportamento.
"Ande com os sábios e será sábio, quem anda com os tolos será tolo." Provérbios 13:20.
3 - Estude, leia, se instrua: o estudo, a instrução e a leitura são outras maneiras de se obter novos hábitos, atitudes positivas que resultam em pensamentos positivos, pensamentos positivos que resultam em atitudes positivas.
"Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus." Mateus 22:29.
4 - Prática de Esportes: Não tem grana para pagar uma academia? Ande, faça caminhada, respire ar puro, faça uma corrida, é necessário incluir o esporte na sua nova vida, na luta contra as drogas.
"Portanto, corram para vencer. O atleta precisa ser disciplinado sob todos os aspectos" 1 Coríntios 9:24.
"Disciplino meu corpo como um atleta, treinando-o para fazer o que deve" 1 Coríntios 9:27
5 - Alimentação: Nesta mudança de hábitos, é necessário que uma alimentação saudável faça parte do novo estilo de vida. Beber água, comer legumes, frutas, carnes frescas ajuda muito. É necessário ter uma rotina de sono igualmente saudável.
6 - Recaídas: Mesmo com todo foco, empenho, disciplina e concentração, a luta do dependente químico é uma batalha a cada dia, mesmo nos melhores dias, este pode sucumbir ao uso das substâncias, é necessário rapidez na decisão de voltar ao plano original de saída do mundo das drogas, enquanto não se vence esta guerra, algumas batalhas serão perdidas, é necessário fazer uma datação desta queda e lutar, brigar para isso não se tornar um padrão, sendo necessário que este nunca esteja só, e que não se sinta só.
7 - Pessoas ao Redor: Cerque-se de pessoas ao seu redor, não precisa ser muito não, pois não é a quantidade de conhecidos que garante alguma coisa, e sim a qualidade destas pessoas. É importante sempre se sentir abraçado por pessoas que querem o seu bem, mesmo que estas lhe deem puxões de orelhas e chamem sua atenção. Lembre-se de que estamos em uma guerra, e ninguém vence uma guerra sozinho.
8 - Trabalho: É preciso que o dependente arrume um trabalho, não estou falando de emprego, estou falando de trabalho. O emprego implica em uma série de fatores burocráticos que certamente irá complicar a vida daquele que é dependente químico. Já o trabalho é uma ocupação que não visa o dinheiro em si, como o emprego, o trabalho visa a saúde mental do viciado. Ter uma ocupação para não ficar ocioso é de suma importância, pois mente vazia..... Já sabemos o resto né?
O trabalho pode ser voluntário, não tem problema, o intuito aqui é ter uma ocupação, não arrumou trabalho? Estude! O que não pode é ter uma vida ociosa, vazia e sedentária.
9 - Ajuda de Profissionais: Deve-se incluir um profissional no exército, para vencer esta guerra. O profissional pode ser uma pessoa com vasta experiência de vida que tenha um grande conhecimento (isso é complicado, visto que o saber e o conhecimento é mal visto no Brasil) mas não temos muita opção, um profissional sábio e experiente é útil para traçar as estratégias de batalhas na guerra pela liberdade daquele que busca sua liberdade. Este profissional pode ser um médico, enfermeiro, ou alguém que seja sábio e entendido, mesmo não sendo da área da saúde.
10 - Evangelho: Não estou falando de religião, a religião é outra droga muito mais perigosa, permissiva e letal para aquele que acabou de abandonar o mundo das drogas, sem contar que tirar alguém da religião é um trabalho muito mais difícil, é uma guerra complicada, perigosa e muito mais complexa. Estou falando do Evangelho, pois a palavra Evangelho quer dizer boas notícias, boas mensagens, de onde a palavra grega Eu quer dizer Bom e a palavra Angelion, quer dizer Mensagem, Notícias. Lembre-se que a palavra grega Eu quer dizer Bom, isto quer dizer que você somente tem que ser uma boa pessoa, para suas atitudes refletirem nos seus pensamentos, as pessoas que estão a sua volta vão ver, testificar e acompanhar sua transformação, pois você é o próprio Evangelho em carne e sangue, levando boas atitudes e notícias com seus atos, para os que te rodeiam, a leitura bíblia, conversa e diálogos interessantes com pessoas igualmente interessantes, irão com certeza, tirar você do mundo das drogas.
11 - Um Dia Após o Outro: Por último, mas não menos importante, é saber que cada dia é importante, se hoje as coisas não deram certo, amanhã com certeza irá dar, não desista em meio aos desafios, nada como um dia após o outro, está escrito que "basta a cada dia o seu mal" Mateus 6:34. e o dia de amanhã, cuidará de si mesmo Mateus 6:34.

O segredo do sucesso é nunca desistir, só a persistência é o caminho para sua liberdade; por isso, é importante ter Força de Vontade, Foco, Disciplina e Organização, sem estes elementos, não ganharemos a guerra.


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

BAAL O CICLO

 


O Ciclo de Baal é um texto ugarítico (c. 1500–1300 a.C.) sobre o deus cananeu Baʿal (𐎁𐎓𐎍 lit. "Dono", "Senhor"), um deus da tempestade associado à fertilidade .

O Ciclo de Baal consiste em seis tábuas, discriminadas como KTU 1.1–1.6. As tábuas um (KTU 1.1) e dois (KTU 1.2) são sobre a batalha cósmica entre o deus da tempestade Baal e o deus do mar Yam , onde o primeiro obtém a vitória. As duas tábuas seguintes (KTU 1.3–1.4) descrevem a construção do palácio de Baal que marca sua realeza cósmica. As duas últimas tábuas (KTU 1.5–1.6) descrevem as lutas de Baal contra Mot , o deus do submundo.

O texto identifica Baal como o deus Hadad , a forma semítica do noroeste de Adad . As histórias são escritas em ugarítico , uma língua semítica do noroeste , e escritas em um abjad cuneiforme . Foi descoberto em uma série de tábuas de argila encontradas na década de 1920 no Tell de Ugarit (moderno Ras Shamra ), situado na costa mediterrânea do norte da Síria , alguns quilômetros ao norte da moderna cidade de Latakia e muito à frente do litoral atual. As histórias incluem O Mito de Baʿal Aliyan e A Morte de Baʿal . Uma edição crítica do Ciclo de Baal foi publicada por Virolleaud em 1938. Recentemente, um fragmento do Ciclo de Baal foi descoberto na Arábia pré-islâmica.

A série de histórias do Ciclo de Baal é resumida como:

Yam quer governar os outros deuses e ser o mais poderoso de todos

Baal Hadad se opõe a Yam e o mata

Baʿal Hadad, com a ajuda de Anat e Athirat , convence El a permitir-lhe um palácio

Baʿal Hadad encomenda a Kothar-wa-Khasis a construção de um palácio para ele.

Rei dos deuses e governante do mundo busca subjugar Mot

Mot mata Baʿal Hadad

Anat mata Mot brutalmente, tritura-o e espalha suas cinzas

Baʿal Hadad retorna ao Monte Zefon

Mot, tendo se recuperado de ter sido moído e espalhado, desafia Baʿal Hadad

Baʿal Hadad recusa; Mot submete-se

Baal Hadad governa novamente


Os personagens principais do Ciclo de Baal são os seguintes:

Baal , o deus da tempestade e protagonista, cuja morada fica na montanha síria Monte Zaphon

Yam , o deus do mar e principal antagonista de Baal nas duas primeiras tábuas do Ciclo de Baal

Mot , o deus do submundo e principal antagonista de Baal nas duas últimas tábuas

Anat , irmã e grande aliada de Baal

Athtar , deus das estrelas

El , o rei dos deuses, e sua esposa, Athirat, a rainha-deusa e mãe do panteão. Esses personagens têm a classificação mais alta no Ciclo de Baal.

Kothar , um artesão e conjurador de feitiços que serve a várias divindades, vive principalmente em Memphis e Caphtor

Shapshu , o deus do sol e mediador de mensagens entre deuses rivais

Vários deuses mensageiros servindo divindades específicas de nível superior:

Servos de Yam, incluindo Lotan e outras figuras não identificadas

Dois mensageiros de Baal chamados Gupan e Ugar

Dois mensageiros de Athirat chamados Qudšu e Amrur .

Pidray , Tallay e Arsay ; as três filhas de Baal

Embora Baal alcance a realeza, ele não deve ser comparado aos deuses de status exaltado de outras narrativas como Marduk do Enuma Elish ou Yahweh . Sua realeza é limitada, alcançada por um difícil combate individual e com a ajuda de outros deuses, e sua superação de seus inimigos não é permanente.


Tábuas 1–2: Baal e Inhame

O início da história da batalha entre Baʿal e Yam está perdido, mas ouvimos primeiro sobre Kothar-wa-Khasis , o artesão dos deuses sendo convocado para El , que reside na confluência dos rios e dos dois oceanos. El diz a ele para construir um palácio para Yam, e para fazê-lo rapidamente, caso Yam tome uma ação hostil. Quando Athtar ouve isso, ele/ela pega uma tocha, cujo propósito não é conhecido devido ao texto danificado, mas ele/ela é confrontado por Shapash , que lhe diz que El deve conceder poder real a Yam, e então a oposição é inútil. Athtar então reclama que não tem lugar ou corte, e que agora teme a derrota nas mãos de Yam. Shapash sugere que o motivo é que ele não tem esposa, talvez significando que ele é muito jovem.

O texto seguinte está perdido, mas continua com El sentado em seu salão de banquetes. Aqui ele é abordado pelas outras divindades, que reclamam que Yam está sendo envergonhado. Embora o texto danificado torne o motivo pouco claro, parece que o motivo está conectado ao seu palácio. Os deuses ameaçam que, a menos que essa situação seja resolvida, eles causarão destruição. El lhes dá leite coalhado , aparentemente uma marca de estima. El diz que o nome de seu filho até então era Yaw, um nome pessoal. El então proclama que seu nome deveria ser 'querido de El'. No entanto, ele informa Yam que ele teria que expulsar seu rival Baʿal de seu trono e da sede de seu domínio. Em seguida, há um banquete.

Quando a história recomeça, Kothar-wa-Khasis chegou ao fundo do mar e diz a Yam que ele subiu presunçosamente à sua posição, e que Baʿal não pode ficar parado. Ele ameaça que Yam será destruído por uma arma mágica. Yam então envia uma mensagem a El, no monte de Lel , a morada de El, exigindo a rendição de Baʿal e seus capangas. No entanto, Baʿal, ao ouvir isso no monte de Lel, ataca os enviados, embora Anat e Athtart o detenham.

Quando a história recomeça, Baʿal já começou a lutar contra Yam, mas está em desespero devido ao poder de Yam e às ferozes criaturas marinhas. Kothar-wa-Khasis assegura a Baʿal que ele será vitorioso e ganhará um reino sem fim, e busca dois porretes divinos para uso de Baʿal. Ele lhes dá nomes mágicos e ataca Yam nas duas primeiras vezes. Baʿal então arrasta Yam e acaba com ele. Então Athtart diz a Baʿal para dispersar seu rival, o que ele faz, e então ele grita que Yam está morto e que ele será rei.


Tábuas 3–4: Palácio de Baal

Segue-se uma descrição do palácio de Baal. Começa com a descrição de um banquete oferecido em honra a Baal no Monte Zefon (atual Jebel Aqra ). Quando o texto retoma, vemos Anat fechando a porta de sua mansão e encontrando seus servos em um vale onde há duas cidades, que possivelmente representam Ugarit e seu porto. Ela mata os guardas e guerreiros e, em seguida, expulsa os habitantes da cidade. Ela então mata os guardas e guerreiros em seu palácio, terminando com uma oferta de paz. Quando o texto retoma novamente, Baal está se dirigindo a seus mensageiros, imaginando sua irmã Anat sentada com sua lira e cantando sua afeição por ele e suas filhas. Os mensageiros são instruídos a realizar um rito específico, e ela lhes dará uma comunicação importante para Baal, o segredo do relâmpago. Juntos, Anat e Baal buscarão o segredo na colina de Zefon. Ela responde que só realizaria o rito se Baal colocasse seu raio no céu e fizesse seu relâmpago brilhar. Ela então se junta a Baal em Zefon.

Quando o texto continua, Baʿal reclama com Anat que ele não tem uma casa, nem uma corte como outros deuses, o que significa que ele tem que viver na morada de seu pai El e Athirat . Anat então faz uma ameaça contra El, ameaçando fazer seus cabelos grisalhos correrem sangue a menos que ele permita que Baʿal tenha um palácio. Os terremotos aos seus pés fazem com que El seja exposto de sua câmara. Embora o texto seguinte esteja perdido, está claro que essa tentativa não teve sucesso, então Baʿal despacha Qodesh-wa-Amrur , o atendente de Athirat, para entregar uma mensagem a Kothar-wa-Khasis, cuja casa fica no Egito. Quando o texto continua, Qodesh-wa-Amrur entrega a mensagem de Baʿal, que é que Kothar-wa-Khasis deve criar presentes para Athirat, presumivelmente para que ela apoie a oferta de Baʿal por um palácio. Ele entra em sua forja e produz magníficas peças de mobiliário, um par de sandálias e uma mesa e tigela decoradas.

Quando o texto continua, vemos Athirat realizando seu trabalho de mulher na praia, quando ela então vê Baʿal e Anat se aproximando. Ela se pergunta se ele veio para matar todos os seus filhos e parentes, talvez uma referência ao mito hitita de Elkunirsa, onde o deus da tempestade se gaba de ter matado os muitos filhos de Athirat. No entanto, sua raiva diminui quando ela vê os presentes e, portanto, apoia Baʿal em sua oferta, e ela pede a Qodesh-wa-Amrur para lançar uma rede no mar para que ela possa ter provisões para entreter os convidados. Ele o faz, e quando o texto continua, vemos Anat encorajando Baʿal à medida que se aproximam de Athirat, lembrando que ele terá um reino eterno. No entanto, Baʿal ainda está ansioso. Eles convencem Athirat de seu caso.

Ela prossegue para a morada de El e expõe seu caso. Relutantemente, ele dá seu consentimento para que uma casa seja construída para Baal. Baal é então instruído a coletar madeira de cedro, tijolos e metais preciosos para construir sua casa. Kothar-wa-Khasis constrói um palácio para ele, mas Baal insiste que seja construído sem janelas, caso suas filhas escapem ou que Yam possa voltar e incomodá-lo. O trabalho é concluído e Baal se alegra. Quando o texto recomeça, Baal relembra seu triunfo sobre Yam e então marcha para fora tomando muitas cidades suas. Ele então consente em ter janelas em seu palácio e o faz trovejando-as para fora. Enquanto está sentado em seu palácio, ele se pergunta se alguém resistiria ao seu poder e, se alguém o fizesse, ele deveria enviar uma mensagem a Mot, deus da morte, para lidar com eles. Ele envia dois mensageiros a Mot convidando-o para um banquete e para reconhecer sua soberania. No final, que se perde, Mot faz sua resposta.


Tábuas 5–6: Baal e Mot

A parte final do ciclo de Baʿal está relacionada à batalha de Baʿal contra Mot, uma personificação da Morte . Continuando a partir da seção anterior, Mot conclui sua resposta a Baʿal. Sua resposta é que ele, como um leão no deserto, tem fome constante de carne e sangue humanos. Ao convidar Mot para uma refeição de pão e vinho, Mot fica ofendido e ameaça fazer os céus murcharem e entrarem em colapso, quebrando Baʿal em pedaços. Mot então o comerá pedaço por pedaço. Quando o texto continua, Baʿal, ou um orador em seu nome, admite seu medo e pavor de Mot. O orador então diz a Gupan e Ugar para voltarem a Mot e dizerem a ele que Baʿal será eternamente seu escravo, notícia com a qual Mot se alegra. Quando o texto continua, Baʿal reclama com El que seu domínio está em perigo de passar para Mot. Ele então envia mensageiros para Sheger e Ithm, que são responsáveis ​​pelo gado e ovelhas, e pede que eles forneçam animais para um banquete, para o qual ele convidará Mot. Quando os textos continuam, um mensageiro de Mot chega à assembleia divina, exigindo saber onde Baʿal está. Ambos vão até a casa de El, onde El pergunta o que está acontecendo. Quando o texto continua, um orador, que provavelmente é Shapash, a deusa do sol, se dirige a Baʿal. Ela o aconselha a encontrar um substituto em sua imagem, que será procurado e morto por Mot. Ela então promete enterrar seu corpo e o aconselha a ir até as duas montanhas que marcam a entrada do submundo e afastá-las. Então ele deve descer à terra e se esconder. Ele encontra uma novilha nos campos e com ela uma criança humana, a quem veste com suas vestes e oferece como presente a Mot.

Quando o texto continua, duas divindades, presumivelmente Gupan e Ugar, chegam à morada de El, e anunciam a ele que estavam procurando por Baʿal, mas o encontraram morto na margem do rio dos mortos. El então desce de seu trono e senta-se no chão, e lamenta, espalhando poeira em sua cabeça, veste roupas de saco, raspa sua barba e bate em seu peito em tristeza. Anat também veste saco quando encontra o falso cadáver. Shapash ajuda Anat a enterrar Baʿal no Monte Zefon, e Anat mata um grande número de bois, ovelhas, cabras e jumentos como um memorial. Anat retorna a El, e diz a Athirat e sua família (muitos dos quais estavam do lado de Mot) que eles podem se alegrar, já que Baʿal estava morto. El pergunta a Athirat quem ele pode nomear no lugar de Baʿal, e ela sugere Athtar. Athtar senta-se no trono de Baal, mas não é alto o suficiente, confirmando a suspeita de El de que ele é muito fraco para a posição.

Quando o texto continua, Anat está procurando no submundo pela sombra de seu irmão. Ela exige que Mot o devolva a ela. No entanto, Mot responde que o procurou sobre a terra, onde o encontrou na entrada de seu domínio, e então ele simplesmente o comeu. Anat continua sua busca, até que ela perde a paciência, e ela agarra Mot, e o ataca com uma espada, sacudindo-o, queimando-o, esmagando-o, então jogando seus restos mortais para os pássaros. Quando o texto continua, Anat retorna a El e anuncia que Mot está morto. El então tem um sonho que lhe diz que Baʿal vive. Pouco depois disso, Baʿal retorna. No entanto, logo Mot volta à vida e reclama com Baʿal do tratamento que recebeu. Ele exige que Baʿal entregue um dos irmãos de Mot. Quando Mot retorna, Baʿal envia mensageiros dizendo a ele que ele o banirá, e que se ele estiver com fome, ele pode comer os servos de Baʿal. No entanto, isso não agrada a Mot, e então os dois deuses lutam no Monte Zefon até ficarem exaustos. Shapash chega e avisa Mot que lutar contra Baal é inútil, e que El agora está do lado de Baal e derrubará o trono de Mot. Mot fica com medo, e então declara que Baal é rei.

A morte de Baal e o reinado de Mot foram considerados um mito sazonal, marcando Baal como um deus da vegetação cuja morte e renascimento são responsáveis ​​pela seca de verão e pelas chuvas de outono do Levante . No entanto, Oldenburg argumenta contra isso, dizendo que, em vez disso, representa "uma catástrofe especial de seca e infertilidade quando a chuva não chega na sua estação".

Acredita-se que os detalhes elaborados do ciclo sobre a construção do palácio de Baal refletem os ritos de um festival outonal cananeu esquecido que envolvia a construção de barracas representando o palácio de Baal (talvez um precursor do feriado judaico de Sucot ), e uma crença cananeia de que construí-las com precisão era fundamental para a renovação das chuvas.

O Ciclo Ugarítico de Baal é uma das várias narrativas antigas do Oriente Próximo que registram uma batalha cósmica entre um deus do mar e um deus da tempestade. Essas narrativas também são conhecidas do antigo Israel e Judá , Babilônia , Egito Antigo e Anatólia . Em particular, a versão dessa batalha do deus do mar/tempestade no Ciclo de Baal agrupa-se mais de perto com outras versões encontradas no Egito e na Anatólia (que podem ser denominadas "Versão A"), enquanto as versões israelita e babilônica se agrupam entre si (que podem ser denominadas "Versão B"). A versão ancestral das duas versões tem a seguinte sequência geral:

O deus do mar busca a realeza sobre os outros deuses.

Os deuses da tempestade e do mar lutam entre si, e o deus da tempestade sai vitorioso.

O deus da tempestade está entronizado.

Um palácio é erguido para o deus da tempestade.

A versão B se distingue pela colocação de uma narrativa da criação após a vitória do deus da tempestade. A versão A, por outro lado (incluindo o Ciclo de Baal), tem elementos adicionais entre (1) e (2), onde o deus do mar busca exigir tributo dos outros deuses, seguido por uma tentativa da deusa dos grãos de apaziguar o deus da tempestade, seguido finalmente pela deusa dos grãos tentando seduzir o deus da tempestade.

O hino de encerramento do Ciclo de Baal, na sexta e última tábua, foi relacionado por Ayali-Darshan ao gênero de poemas de disputa sumérios e acadianos.

Alguns têm argumentado que a disputa entre Baal e Yam é um protótipo para a visão registrada no 7º capítulo do Livro Bíblico de Daniel . [ 19 ] [ 20 ] Outros têm relacionado a sequência de eventos escatológicos em Apocalipse 21 :1–4 (morte do Mar, vinda da cidade do céu à terra e a derrota final da Morte) à progressão narrativa do Ciclo de Baal (a vitória de Baal sobre o deus do mar Yam, sua entronização celestial em seu palácio e suas batalhas contra Mot, o deus do submundo).


Traduções

Tradução de Ginsberg de 1969 no volume Textos Antigos do Oriente Próximo Relacionados ao Antigo Testamento.

Disponível.

Tradução de Coogan de 1978 em Histórias da antiga Canaã

Traduções parciais

Comprimidos 1 e 2 ( KTU 1.1–1.2):

Mark Smith, O Ciclo Ugarítico de Baal: Volume 1 , Brill, 1994.

Comprimidos 3 e 4 (KTU 1.3–1.4):

Mark Smith e Wayne Pitard, O Ciclo Ugarítico de Baal: Volume 2 , Brill, 2009.


Tradução do Texto Completo

Tradução do texto completo do CAT 1.3 e CAT 1.4 (p. 69-86)


Bibliografia

Al-Jallad, Ahmad (2015). "Ecos do Ciclo de Baal em uma Inscrição Safaito-Hismaica" . Journal of Near Eastern Religions . 15 : 5– 19. doi : 10.1163/15692124-12341267 .

Ayali-Darshan, Noga (2015). "A outra versão da história do combate do deus da tempestade com o mar à luz dos textos egípcios, ugaríticos e hurro-hititas" . Journal of Ancient Near Eastern Religions . 15 (1): 20– 51.

Ayali-Darshan, Noga (2020). "O Hino de Encerramento do Ciclo Ugarítico de Baal (KTU 1.6 VI 42–54): Um Contexto Mesopotâmico?" . Die Welt des Orients . 50 (1): 79– 96.

Collins, John J. (1984), Daniel: Com uma introdução à literatura apocalíptica , Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Publishing, ISBN 9780802800206.

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Oldenburg, Ulf (1969), O conflito entre El e Baʿal na religião cananéia , Leiden: EJ Brill

Smith, Mark (1994). O Ciclo Ugarítico de Baal: Volume I. Introdução com Texto, Tradução e Comentário de KTU 1.1-1.2 · Volume 1. Brilhante. ISBN 978-90-04-27579-9.


domingo, 2 de fevereiro de 2025

MEŠKIAĞAŠER

 



Meshkiangasher (Lit. "Meski'ağ, ele é poderoso" 𒈩𒆠𒉘𒂵𒊺𒅕) foi um rei lendário mencionado na Lista de Reis Sumérios como o sacerdote do templo Eanna em Uruk , cuja jornada o levou a entrar no mar e subir as montanhas. 

A lista de reis menciona Meshkiangasher como um descendente do deus sol Utu, que se tornou o sumo sacerdote de Inanna no templo de Eanna, reinando por 324 anos, e concebeu seu filho e sucessor ao trono Enmerkar. Seu epíteto conclui com sua descida ao mar e ascensão às montanhas, uma jornada que foi comparada à trajetória do sol, acreditada pelos sumérios que fez a viagem exata e adequada para o "filho do deus-sol".

Ao contrário de seus sucessores, Meshkiangasher não é encontrado em nenhum poema ou hino além da lista de reis. Seu reinado há muito é suspeito de ser uma invenção durante o período Ur III, devido à estrutura híbrida suméria-acadiana de seu nome, o elemento MES ,que ocorre em nomes reais históricos de Ur, e a tradição sobre seu desaparecimento. A invenção do rei Meshkiangasher pode ser um arranjo para separar o deus Utu de ser o pai biológico de Enmerkar, como mencionado em Enmerkar e o Senhor de Aratta, e dar a ele um descendente real em vez disso.



Referências

 Marchesi, G. (2010). A Lista de Reis Sumérios e a História Antiga da Mesopotâmia. Em MG Biga - M. Liverani (Eds.), Ana Turri Gimilli: Studi Dedicati Al Padre Werner R. Mayer, SJ, Da Amici e Allievi (Vicino Oriente - Quaderno 5; Roma), Pp. 231-248.

 Jacobsen, Thorkild. A Lista de Reis Sumérios . pp.  85– 93.

Mittermayer, Catherine [em alemão] (2009). Enmerkara und der Herr von Arata: Ein ungleicher Wettstreit . pág. 93.

Drewnowska, Olga; Sandowicz, Malgorata (2017).Fortuna e infortúnio no antigo Oriente Próximo. Winona Lake, Indiana: EISENBRAUNS. pág. 201.