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sexta-feira, 18 de agosto de 2023

HOMEM DE GELO DE 5 MIL ANOS TINHA PELA ESCURA

 

O Homem de Gelo Tiroleano, também conhecido como "Ötzi", é a mais antiga múmia glacial conhecida, descoberta nos Alpes Italianos e preservada por ~5300 anos. Desde sua descoberta décadas atrás, várias reconstruções têm sido feitas sobre a aparência desse antigo humano (Homo sapiens) e tipicamente refletindo traços fenotípicos de Europeus mais modernos, em especial pele clara. Agora, em um estudo publicado no periódico Cell Genomics (Ref.1), pesquisadores conduziram uma compreensiva e detalhada análise genômica de amostras de DNA recuperadas da múmia e encontraram forte evidência de que o Ötzi possuía olhos escuros, pele escura e era afetado por extensiva calvície.

"A análise genômica revelou traços fenotípicos como alta pigmentação cutânea, olhos com cor escura, e calvície de padrão masculino que são totalmente contrastantes em relação a reconstruções prévias trazendo pele clara, olhos claros e um macho com bastante cabelo no escalpo," disse em entrevista o Dr. Johannes Krause do Instituto Max Planck para Antropologia Evolucionária, na Alemanha (Ref.2). "A múmia em si, no entanto, é escura e não possui cabelo." 

Segundo datação via radiocarbono e análise de isótopos estáveis, Ötzi viveu durante o Calcolítico (Idade do Cobre), em 3350-3120 a.C., no Alpe de Ötztal, na Itália. Com 1,50 cm de altura, mais de 40 anos de idade, sexo masculino e preservado em camadas de gelo desde sua morte, Ötzi possuía vários problemas de dentição (molar quebrado, dentes muito desgastados, incisivo danificado, várias cáries) e sua última refeição continha carne de veado-vermelho (Cervus elaphus) e íbex (Capra ibex). A péssima condição dentária do homem de gelo provavelmente foi resultado do uso dos dentes para manipular ferramentas de pedra e mastigar grãos duros - aliás, um maior consumo de carboidratos na forma de grãos pode explicar as cáries (uma doença que se tornou comum no H. sapiens desde o estabelecimento da agricultura). Além disso, Ötzi exibe várias tatuagens no corpo, as mais antigas conhecidas em humanos

A causa específica de morte de Ötzi é incerta, mas parece ter sido assassinado por outros humanos. No seu ombro esquerdo foi encontrada uma ponta de flecha associada a uma entrada de 2 cm a partir das costas. A flecha partiu a artéria subclavicular, indicando que Ötzi sangrou até a morte em uma questão de minutos. Ötzi também sofreu um severo trauma na cabeça, provavelmente no mesmo evento da ferida causada pela flecha. Esse trauma pode ter sido causado por uma queda quando foi atingido pela flecha ou por uma pancada na cabeça por outro humano atacante. Alguém - talvez o próprio Ötzi ou o seu assassino - removeu a flecha do corpo, mas com a ponta ficando retida durante a remoção. Alguns dias antes da sua morte, Ötzi também se envolveu em um combate corpo-a-corpo e recebeu um profundo corte na mão direita, sugerindo que o ataque letal foi resultado de um conflito que se escalou.

Os vestígios de Ötzi foram encontrados em 1991 por um duas pessoas que faziam trilha nos alpes e, em 2012, o primeiro sequenciamento de genoma inteiro foi publicado relativo ao espécime. Análises comparativas baseadas em dados autossômicos sugeriram uma afinidade genética próxima com os atuais habitantes da ilha Italiana de Sardenha. Nesse sentido, a mais famosa reconstrução de Ötzi, exibida no Museu de Arqueologia de Tirol do Sul, na Itália, traz um indivíduo de pele clara (Fig.5). Porém, essa análise genética comparativa foi feita com um número limitado de genomas e a partir de uma amostra com significativa contaminação de DNA moderno.

No novo estudo, os pesquisadores usaram amostras do mesmo osso ilíaco usado no estudo de 2012, mas reduziram o máximo possível a contaminação do DNA antigo (presença de ~0,5% de DNA humano moderno como contaminante). Eles então remapearam mais de 90% do genoma de Ötzi usando as mais avançadas técnicas disponíveis de análise genômica. Os resultados das análises mostraram que 92% da ancestralidade do homem de gelo era oriunda de antigos agricultores Anatolianos que começaram a migrar para fora da região atualmente pertencente à Turquia, há cerca de 8 mil anos. Essa é a maior porcentagem de herança genética Anatoliana [Ásia Menor] já registrada para um antigo Europeu no 4° milênio a.C. O restante do genoma explorado (8%) mostrou ser oriundo de um grupo distinto de caçadores-coletores do lado ocidental da Europa.

Esses achados sugerem que os ancestrais mais próximos de Ötzi podem ter tido origem direta da Anatólia, os quais formaram grupos que se estabeleceram em regiões montanhosas da Europa e mantiveram pouco contato com outros grupos (elevações alpinas como barreira geográfica limitando o fluxo genético). De fato, os pesquisadores encontraram que a última vez que os dois grupos interagiram (Anatolianos e Europeus Ocidentais) foi cerca de 56 gerações antes da morte de Ötzi. Os achados também apontam que grupos de caçadores-coletores Europeus sobreviveram no sul dos Alpes até tão tarde quanto 5 mil a 4 mil anos a.C.

Analisando marcadores genéticos associados a traços físicos de Ötzi, os pesquisadores encontraram assinaturas alélicas sugerindo fortemente que esse antigo Europeu possuía cabelo encaracolado e preto, uma pele escura, calvície comum (androgênica)  e um risco aumentado para diabetes e obesidade. Considerando que Ötzi tinha em torno de 45 anos de idade, é provável que seu escalpo possuía pouco cabelo ou era quase totalmente careca. O fenótipo de pele escura corrobora evidências genéticas prévias de outros antigos Europeus datados em mais de 5 mil anos e reforçam o acúmulo de evidências científicas fortemente sugerindo que o fenótipo de pele branca se tornou frequente na Europa apenas dentro dos últimos 5 mil anos, devido principalmente a migrantes da Ásia . 

> A cor escura da pele de Ötzi também entra em linha com análise histológica prévia que identificou uma pequena camada de grânulos de melanina marrom na epiderme da múmia. Já o fenótipo calvo entra em linha com o fato de que, mesmo a múmia tendo sido bem preservada no gelo, quase nenhum fio de cabelo humano foi encontrado na cabeça ou junto ao corpo.

(2) Calvície comum ou androgênica é determinada primariamente por fatores genéticos e nível de andrógenos circulantes. Para mais informações: Calvície comum: Causas, mitos e tratamentos 

(3) A evolução da cor de pele nos humanos modernos (H. sapiens) é muito mais complexa do que comumente pensado, e envolve mais fatores do que simples exposição solar e níveis circulantes de vitamina D. Para mais informações: Cor da pele, Vitamina D, Ácido Fólico e Evolução

Assim como esperado pela alta ancestralidade de agricultores Neolíticos, os pesquisadores também encontraram que Ötzi possuía adaptações metabólicas para uma dieta agrícola, com menos carne e mais alimentos derivados de plantas, como grãos e cereais. Apesar dos riscos aumentados para doenças metabólicas, provavelmente Ötzi não sofreu com diabetes ou obesidade, devido ao seu estilo de vida mais ativo e dieta saudável.


REFERÊNCIAS

Krause et al. (2023). High-coverage genome of the Tyrolean Iceman reveals unusually high Anatolian farmer ancestry. Cell Genomics. https://doi.org/10.1016/j.xgen.2023.100377

https://www.mpg.de/20711365/0804-evan-dark-skin-bald-head-anatolian-ancestry-150495-x

https://www.science.org/content/article/otzi-tyrolean-iceman-had-dark-skin-and-receding-hairline

 Deter-Wolf, A., Robitaille, B., Krutak, L., & Galliot, S. (2016). The world’s oldest tattoos. Journal of Archaeological Science: Reports, 5, 19–24. https://doi.org/10.1016/j.jasrep.2015.11.007

https://www.iceman.it/en/the-iceman/

https://www.saberatualizadonews.com/2023/08/homem-de-gelo-europeu-de-5-mil-anos.html?m=1&fbclid=IwAR1b3Wws4RFrHMP_ZA144BF_gt2hzseMiIWny4MK8KTJAn_SbSnn2bEwKrg

 


ANTIGO PARENTE HUMANO


 

Informações genéticas de um antigo parente humano foram extraídas, tornando-se os dados mais antigos recuperados até hoje.

Essa descoberta notável envolveu a análise de sequências de proteínas de vários fósseis de dentes de Paranthropus robustus encontrados em uma caverna sul-africana, datados de cerca de dois milhões de anos atrás.

Os dados genéticos recuperados desses fósseis são os mais antigos já coletados de qualquer hominídeo, empurrando o registro genético para tempos e lugares anteriormente inimagináveis, de acordo com os cientistas.

O estudo, liderado por Enrico Capellini, da Universidade de Copenhague, envolveu o uso de espectrometria de massa para analisar proteínas no esmalte dos dentes.

Uma das proteínas que eles identificaram, chamada amelogenina-Y, indicava que dois dos dentes pertenciam a homens, enquanto os outros dois dentes eram provavelmente de mulheres com base na presença da versão do cromossomo X da proteína.

Usando os dados de 400 aminoácidos sequenciados, os pesquisadores construíram uma árvore evolutiva simples, que confirmou que o Homo sapiens, os neandertais e os denisovanos estão mais relacionados entre si do que com o Paranthropus robustus, de dois milhões de anos.

Esses novos dados genéticos de proteínas antigas são considerados um avanço transformador para a paleoantropologia, potencialmente auxiliando na compreensão da linhagem evolutiva dos primeiros hominídeos.

As proteínas, sendo mais resilientes que o DNA, permitem que os pesquisadores afastem o registro molecular e forneçam informações sobre as relações dos hominídeos que antes eram difíceis de determinar. No entanto, alguns especialistas permanecem cautelosos sobre até que ponto as proteínas antigas podem fornecer clareza em comparação com a análise de DNA.

A preservação do material genético dos dentes é atribuída ao fato de a área árida ter sido afetada por inundações repentinas, garantindo uma preservação excepcional. Embora isso possa limitar o número de fósseis semelhantes encontrados neste local específico, as técnicas usadas neste estudo podem ser aplicadas em outros sítios geológicos.

Esta pesquisa inovadora abriu novas possibilidades para entender as antigas linhagens evolutivas e a complexa árvore genealógica dos seres humanos.

Paranthropus robustus é uma espécie extinta de hominídeo que viveu aproximadamente 1,2 a 2 milhões de anos atrás na África Austral, particularmente na atual África do Sul.


quinta-feira, 17 de agosto de 2023

ABRAÃO

 

Abraão era filho de Terá, neto de Naor, bisneto de Serugue .... e assim vai, até chegar em Adão. Abraão era irmão de Naor, de Harã e irmão de Sara por parte de Pai.
Neste período, todo clã morava na cidade de Ur, sendo assim, Terá e seus filhos, viviam na cidade de Ur. 
Não sabemos se Naor que é o pai de Terá viveu na cidade de Ur, também não sabemos se Serugue que foi avô de Terá, ou se Reú o bisavô de Terá foram viver na cidde de Ur, mas é certo que os filhos de Terá que foram Abraão, Naor, Harã e Sara, nasceram em Ur. Sabemos que Harã, irmão caçula dos homens, morreu na cidade de Ur Gn11:28. 
Terá nesse período estava vivo, ele participa do funeral de seu filho falecido Harã, na cidade de Ur. Abraão se casa com Sara, sua irmã por parte de Pai. 
Naor irmão de Abraão se casa com sua sobrinha Milca, ela era filha do falecido Harã. Naor e Milca foram os pais de Betuel e avós de Rebeca. 
O tempo passa e Terá, o patriarca da tribo resolve se mudar da cidade, ele junto com seu filho Abraão e com seu neto Ló, resolvem que vão morar na cidade de Canaã, mas por um tempo, ficaram na cidade de Harã. Gn 11:31. Naor não quer ir com o grupo, ele resolve ficar morando ainda na cidade de Ur .
Nesse período, Terá o chefe da Família morre aos 205 anos de idade. Gn 11:32. Abraão e seu sobrinho Ló, resolvem concluir o objetivo da viagem iniciada por Terá, que é chegar até á terra de Canaã. Gn12:5. 
Na bíblia temos a expressão Ur dos Caldeus Gn 11:28 - Gn 11:31 - Gn 15:7 - Ne 9:7. Mas se crusarmos as datas dos anos em que viveram Terá , Naor, Harã, Abraã, Sara, Ló e etc, os Caldeus não estão no poder, a tribo dos Caldeus só estarão no poder a partir de 626 a. C. com o Rei Nabopolazar pai de Nabucodonosr, isso são mais de 1300 anos de diferença entre o período em que Abraão e sua família viveu e o controle dos Caldeus na região. 
Na ocasião da época em que o clã de Terá estava morando em Ur, quem controlava a região era a tribo dos Amoritas.
A expressão Ur dos Caldeus que aparece em Gn é um acréscimo posteriro, é uma atualização literária feita no período em que os Judeus estavam morando na Babilônia, no que ficou conhecido "O Cativeiro Babilônico."



quarta-feira, 16 de agosto de 2023

A VERDADEIRA HISTÓRIA DO MOVIMENTO FEMINISTA

 


ANTECEDENTES

Às mulheres e crianças sempre vem sofrendo maus tratos por parte dos homens dominantes ao longo da história, no caso das mulheres, elas vem sendo tratadas como trapos, estupros, violências físicas, proibições políticas e religiosas e a desvalorização de sua humanidade, vem acontecendo desde sempre. Com a Revolução Industrial, a situação de mulheres e crianças pioraram ainda mais, pois muitas destas mulheres e crianças pobres tinham que trabalhar nas fábricas.  

A incorporação da mão de obra feminina, em massa nas indústrias e nas fábricas foi terrível, pois milhares de mulheres pobres trabalhavam nestas indústrias e fábricas sem direitos trabalhistas por horas a fio, a jornada de trabalho podia chegar a 10 horas por dia. Para piorar a situação, elas ganhavam bem menos que os homens, que também trabalhavam nestes lugares sem direitos trabalhistas e ganhavam pouco, na verdade os salários destes homens eram irrisórios, e se os salários dos homens eram irrisórios, os salários das mulheres eram deploráveis, nem se podia chamar de salário e sim de uma quase gorjeta. E às crianças ganhavam menos ainda, mas tinham a mesma jornada puxada de trabalho de 12 horas por dia. Além de terem um trabalho escravo, puxado que chegava a ter uma jornada de 12 horas, estas tinham ainda que dar conta dos serviços domésticos, (o que não é diferente dos dias de hoje) sem falar dos assédios que elas sofriam (e ainda sofrem) e todo tipo de injustiça que se possa imaginar, muitas por terem trabalhos perigosos pois os mesmos não tinham nenhuma segurança, milhares de mulheres morriam ou por exaustão, ou por falta de segurança nos seus trabalhos. Estas condições brutais de trabalhos eram sofridos também pelos homens pobres e infelizmente pelas crianças.

Por causa destes maus tratos que as mulheres vem sofrendo ao longo do tempo, nos meados do século XIX e no começo do século XX entre a Segunda Revolução Industrial e a Primeira Guerra Mundial, os movimentos feministas começam a ganhar força pela igualdade entre dos gêneros.

NASCIMENTO DO MOVIMENTO

O Movimento feminista nasce na época do Illuminismo, o Illuminismo foi um movimento criado pelos Illuminatis. Depois da Revolução Industrial surgido na Inglaterra em 1750 e 60, o mundo passou por mudanças radicais, tais como a Independência dos EUA, a Revolução Francesa e a Liberdade de Livre Pensamento criado pelos Illuministas, e estes movimentos fomentaram o movimento pela luta das igualdades de gênero na Europa e nos EUA. No final do século XIX e começo do século XX na Inglaterra e nos EUA, o feminismo começa a ganhar força e impacto, a própria Maçonaria começa a adotar mulheres em suas lojas, a primeira mulher a ser maçom, foi Elizabeth Aldworth, na Irlanda em 1732 e hoje temos várias lojas maçônicas femininas, no ano de 1847 na Loja Maçônica de Nova York, o Movimento Feminista é oficializado e com o tempo, o mundo conhece as ondas feministas que abalaram o planeta junto com outros movimentos civis.  

A CRIAÇÃO DO TERMO

O termo Feminismo foi criado por um homem e não por uma mulher, no caso foi pelo estudante de medicina Ferdinand Valére Fanneau De La Cour que usou o termo em sua tese de doutorado no ano de 1871.

O título de sua tese de doutorado era Sobre Feminismo e Infantilismo em Pacientes com Tuberculose. Segundo sua tese, os pacientes homens que sofriam de Tuberculose ficavam feminizados por causa da doença, o médico afirmou que muitos homens doentes de tuberculose tinham traços “infantis e feministas” como “o cabelo fino, cílios longos, pele macia e branca, barba rala, órgãos genitais pequenos e mamas volumosas.

O estudo de Ferdinand Valére Fanneau De La Cour teve bastante sucesso de mídia e o escritor Alexandre Dumas Filho, jornalista muito ativo na época, e notadamente filho do famoso escritor Alexandre Dumas, utiliza o termo feminista criado por Ferdinand Valére Fanneau De La Cour  para desqualificar os homens que apoiavam a causa das feministas. Homens que, segundo Dumas, corriam o perigo de sofrer um processo de feminilização, semelhante aos que sofriam os tuberculosos se apoiassem a causa feminista.

PAUTAS DEFENDIDAS PELO MOVIMENTO FEMINISTA

Todas às pautas que são defendidas pelo movimento feminista vêm dos homens, e não das mulheres, idéias como, liberdade sexual por exemplo, já era defendida por Marquês de Sá ainda nos anos 1790.

As pautas defendidas pelo Movimento Feminista sempre foi apoiada ao Movimento Comunista Marxista, criado por homens, pois Karl Marx e Friedrich Engels eram homens, e é impossível dissociar o Movimento Feminista do Socialismo Esquerdista, isto porque o Movimento Feminista é totalmente vinculado ao Movimento Marxista masculino.

No livro intitulado A Ideologia Alemã escrito por Karl Marx e Friedrich Engels, concluída em 1846, mas lançado somente no ano de 1932, relata que as mulheres e as crianças eram escravas do homem, Karl Marx defendia a emancipação feminina, falava também da questão da mulher ser tratada como objeto, ele ensinava que a noção de casamento como existe, deveria ser abolido, pois é na verdade uma propriedade privada do mundo capitalista machista, Karl Marx também era a favor da emancipação feminina. Todas estas pautas que são defendidas pelo Movimento Feminista, na verdade são pautas criadas por homens e não pelas mulheres.

ONDAS FEMINISTAS

O Movimento Feminista realmente abalou o mundo, e este abalo passou por três momentos importantes para o movimento, que no Movimento Feminista são chamados de Ondas, assim sendo, tivemos três ondas feministas de peso, que são chamados de: Primeira Onda, Segunda Onda e Terceira Onda.

A PRIMEIRA ONDA DO MOVIMENTO FEMINISTA

A Primeira Onda do Movimento Feminina é Conhecido como Movimento Sufragista Feminino. O Sufrágio é o direito público de votar e ser votado, de acordo com a Constituição Federal. Sendo assim o Movimento Sufragista Feminino era um movimento social, político e econômico comunista que lutava em favor dos direitos ao voto das mulheres.

O movimento começou no Reino Unido em 1897, com a fundação da National Union for Women's Suffrage - União Nacional pelo Sufrágio Feminino criado por Millicent Fawcett, ela foi uma ativista feminista, intelectual e política inglesa.

Emili Punkhurst e seu Marido Richard Pankhurst, fundam a Franchise Female League - Liga Feminina de Franquia, este grupo era um grupo de esquerda comunista ultra radical ligado ao Partido Trabalhista Independente, que por sua vez era um Partido Socialista. Com a morte de seu marido no ano de 1989, ela funda no ano de 1903, outro movimento, mas agora com viés totalmente feminista, que foi o Women's Social and Political Union ou União Social e Política das Mulheres é primeiro grupo feminista que se tem notícia, o grupo acabou se dissolvendo no ano de 1914, pois Emili Punkhurst queria que o grupo feminista se unisse ao Partido Trabalhista Independente que era comunista, pois Emili Punk Hurst era filiada a este partido, mas muitas mulheres do Movimento eram contra a se submeter a um partido de esquerda.

O que foi mais agravante que causou a ruptura do Movimento das Women's Social and Political Union ou União Social e Política das Mulheres foi o fato de uma das filhas de Emili Punkhurst chamada Sylvia Pankhurst ser, expulsa do movimento feminino radical esquerdista, pois ela não concordava com o extremismo pregado pelo movimento, acontece que este movimento feminista estava cometendo atos de vandalismos e depredações públicas, e ela era radicalmente contra isso.

No ano de 1918 é dado à vitória da luta das sufragistas, pois as mulheres ganham o direito ao voto. O que as feministas não contam é que só podiam votar às mulheres que eram ricas, somente as mulheres que tinham posses e que eram abastadas, tinham o direito ao voto. Pois as mulheres pobres continuavam sem ter o direito de votar.

O Movimento Feminista não lutou para a liberação do voto feminino para as mulheres pobres. Antes, comemoraram a liberação do voto para as mulheres ricas e de alta classe.

Mas as mulheres pobres não eram as únicas que não podiam votar homens pobres e aqueles que não tinham se alistado no exército para ir á guerra, não tinham direito ao voto, e estes homens em 1918 não ganharam direito ao voto, pois eram pobres.

No Brasil aconteceu a mesma coisa, pois Selina Guimarães 1890 - 1972, uma professora, foi à primeira eleitora brasileira a votar, isso ocorreu no dia 5 de abril de 1928 na cidade de Mossoró, no interior do Rio Grande do Norte. Mas o que ninguém conta é que ela era uma mulher rica, uma mulher abastada, aqui no Brasil, só os homens brancos e ricos é quem podiam votar, homens brancos e pobres, não tinham o direito ao voto, e quando foi liberado o voto para as mulheres, somente mulheres ricas e brancas é quem podiam votar.  

A SEGUNDA ONDA DO MOVIMENTO FEMINISTA

A Segunda Onda do Movimento Feminista começou em meados dos anos 50, mas foi nos anos 60 que ganhou bastante força, esta segunda onda feminista, perdurou até metade dos anos 90.

O movimento da segunda onda tinha por pautas o papel da mulher no mercado de trabalho, o equiparamento salarial, a revolução sexual, ou seja, a liberdade sexual, a legalização do aborto, a legalização das drogas, ideologia de gênero, defesa do homossexualismo, a aceitação da orientação sexual, etc. Todas estas pautas, defendidas pelo movimento, eram pautas defendidas há muito tempo pelo Movimento Comunista criado por Karl Marx e Friedrich Engels e totalmente defendida por homens como Josef Stalin, Vladimir Lenin, Fidel Castro, Che Guevara, Hugo Chávez, Mao Tse-tung, Augusto Pinochet, Nicolás Maduro, etc. Todos estes personagens são ditadores, déspotas, tiranos autoritários e assassinos. Foi nessa época que surgiram várias vertentes do Movimento Feminista.

Vertentes do Movimento Feminista

O Movimento Feminista tem várias vertentes que são:

Feminismo Liberal: O feminismo liberal está diretamente relacionado à primeira onda, que parte dos ideais liberais para montar o movimento. Nesse sentido, a luta é pela inserção das mulheres na política e economia, as feministas liberais acreditam que, se cada uma mudar a sua forma de pensar, combaterá o machismo com facilidade.

Feminismo Radical: Esse movimento acredita que é necessária uma ação em conjunto para lutar contra o machismo. No entanto, ele vai além e afirma que as opressões surgem do alinhamento das questões culturais e sociais com o fato de se nascer mulher. Esse pensamento dá base para a luta da abolição dos gêneros, eliminando por completo os estereótipos de feminino e masculino, como roupas, ações e cores específicas para cada gênero.

Feminismo Marxista e Socialista: É o feminismo alinhado aos ideais do Comunista Karl Marx.

Ecofeminismo: Como o nome diz, é o Feminismo voltado às questões da mulher e o meio ambiente.

Feminismo Interseccional: Luta pela causa feminista, porém abraça outras causas minoritárias, como a luta pelos direitos dos homossexuais, a luta contra o racismo, luta em prol dos deficientes físicos, a luta para ajudar mães solteiras, etc.

Feminismo Negro: Luta pelos direitos das mulheres negras.

Feminismo Lésbico ou Lesbofeminismo: Defende à causa dos direitos das lésbicas.

Feminismo Anarquista ou Anarcofeminismo ou Feminismo Libertário: Luta contra qualquer forma de poder autoritário principalmente poder do patriarcado que gera desigualdade de gênero, é uma ramificação do Anarquismo.

Feminismo Cristão ou Feminismo Evangélico: É o empoderamento das mulheres na religião Evangélica. Como mulher sendo pastora, apóstola e bispa.  

Uma das impulsionadoras dessa Segunda Onda Feminista foi à escritora feminista comunista Shulamith Firestone com seu livro intitulado A Dialética do Sexo Um Manifesto da Revolução Feminista que foi publicado em Setembro de 1970 neste livro, a autora conta como o movimento feminista segue rigorosamente a cartilha do movimento comunista, ela foi influenciada profundamente com as idéias radicais esquerdistas de Sigmund Freud, Wilhelm Reich, Karl Marx, Friedrich Engels e Simone de Beauvoir.

Falando em Simone de Beauvoir, esta feminista, foi uma grande influência na vida de Shulamith Firestone, Simone de Beauvior também uma foi escritora feminista, ela escreveu 22 livros, dentre suas obras, o destaque é o seu livro intitulado O Segundo Sexo, lançado em 1949 neste livro ela analisa a situação da mulher na sociedade. Mas logicamente com viés totalmente anarquista e comunista.

Vale ressaltar que Simone de Beauvior embora seja vista como um ícone do Movimento Feminista, ela era adepta do Movimento Eugenista, era abertamente simpatizante e seguidora do Nazismo e era descaradamente uma abusadora de menores.

Simone de Beauvoir chegou a ser suspensa, devido a uma acusação Abusos de Menores no ano de 1939. Vários pais de alunas a acusaram de abusos, e em um destes casos, ela foi acusada de ter seduzido a sua aluna Natalie Sorokine, então com 17 anos na época. Os pais de Sorokine fizeram acusações formais contra Simone de Beauviore, como resultado, ela teve sua licença para lecionar na França caçada pra sempre. Apesar de Simone de Beauviore ser casada com o filósofo e escritor Jean-Paul Sartre, ela era conhecida por ter várias amantes do sexo feminino.

A escritora feminina Andrea Dworkin, no ano de 1974 publica seu livro intitulado Woman Hating - Mulher Odiando esta obra fala abertamente contra o fato da mulher ser Hétero, aborda a legalização do lesbianismo e também é contra o fato da mulher ser mãe, para Andrea Dworkin, ser mãe é se submeter ao sistema opressor machista autoritário capitalista.

A escritora feminina Naomi Wolf, lança no ano de 1991 seu livro intitulado The Beauty Myth - O Mito da Beleza, neste livro, a escritora diz que a mulher não pode ser feminina, é ensinado abertamente à rejeição da feminidade da mulher, o fato da mulher ser feminina, é na verdade uma forma de opressão dos homens machistas e capitalistas.

E teve mais escritoras nesse período que influenciaram muito o movimento feminista, tais como Audre Lorde uma escritora feminista lésbica norte americana, e Adrienne Rich feminista, professora e escritora dos Estados Unidos. Elas diziam que a heterossexualidade não existe, diziam que este conceito foi moldado pelo modelo patriarcal capitalista do mundo machista opressor autoritário para perpetuar seu domínio sobre as mulheres. Feministas como Simone de Beauvior, Shulamith Firestone, Audre Lorde, Adrienne Rich e etc, pregavam abertamente em alto bom som, a plenos pulmões, que se alguém for mulher e não ser lésbica é porque esta está sendo oprimida pelo sistema machista opressor do mundo patriarcado dos homens. Pregavam também contra a maternidade, ou seja, a mulher que por um acaso é mãe, está sendo explorada e oprimida pelo sistema patriarcal do mundo machista.

A TERCEIRA ONDA DO MOVIMENTO FEMINISTA

Teve início na década de 90. Na terceira onda o Movimento Feminista é totalmente influenciado pelo Movimento Punk. É reforçado ainda mais a questão da Ideologia de Gênero, e a legalização formal do homossexualismo, a legalização do aborto e a legalização das drogas.

 A prostituição é vista como uma forma de liberdade sexual, termos ofensivos como P*ta e Vadia, são agora adjetivos que são vistos com orgulho, honra e felicidade entre as feministas.

A exemplo disso temos a Marcha das Vadias que surgiu a partir de um protesto realizado no dia 3 de abril de 2011 em Toronto, no Canadá.

Outro exemplo dessa desvalorização do movimento feminista é o Femen um grupo feminista, fundado em 2008 na Ucrânia por Anna Hutsol, mas atualmente baseado em Paris.

CONCLUSÃO

O Movimento Feminista na verdade é um movimento distorcido comunista marxista, que não está preocupado com a melhora da mulher na sociedade, está sim interessado em fomentar ideologias questionáveis e manipulativos para deixar às mulheres ainda mais oprimidas.

O Movimento Feminista não é libertário, é um movimento totalitário e prisional. É mais um regime imbecilizador de idiotização mental que prega a doutrina de gadologia de anestesia intelectual.

É mais um método de guerra silenciosa de dominação cerebral que é travada na esfera cognitiva, é uma arma psicológica social de escravização mental que visa aprisionar mulheres despreparadas que não buscam a instrução e a erudição.

O Movimento Feminino é do Regime Comunista Socialista Marxista, é oriundo da Maçonaria, que tem pautas controversas e problemáticas.

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

NOSTRADAMUS

 

Michel de Notredame, mais conhecido como Nostradamus (1503), nasceu em Saint-Rémy de Provence, na França. Foi médico dedicado à Astrologia.

Ele escreveu supostas profecias em coletâneas de quadras proféticas, na época chamadas de “Centúrias”. Veja porque ele é considerado um falso-profeta (2 Jo 1:7):

1. Nostradamus utilizava Astromancia:  Como dá para observar, esse tipo de trabalho consultava os astros. À convite da Rainha Catarina de Médicis, sempre envolvida com ocultismo, Nostradamus preparava horóscopos e mapas astrais dos nobres, prática que contrariava A Bíblia (Is 47:12-15; Lv 19:31).

2. Nostradamus tornou-se o “Mago de Salon de Provence”:  Para isso, ele serviu-se do método lâmblico, neoplatônico do Século IV. Retirado do livro “De Misteriis Egyptorum”.  Como feiticeiro, passou a usar livros ocultistas e teve as visões através de um vaso de água posto num tripé de bronze e não de Deus (Ez 13:3; 21:21-24; Is 19:3 e 31:3).

3. Nostradamus proferiu profecias que não se cumpriram: Para ele, no dia 11/08/1999 deveria acontecer o fim do mundo. Como sabemos, nada aconteceu (Dt 18:20-22). A Bíblia é clara a respeito dos profetas mentirosos (Jr 23:32-36; Zc 10:2).

4 .Nostradamus passou a ser perturbado por demônios: Suas predições. Misturadas à magia negra, indicam ação demoníaca. Biógrafos dizem que ele via e ouvia maus espíritos pairando sobre si (Mt 7:15-23; 24:24; Jr 14:13-16; 1 Rs 22:22; Ez 13:6,7; Zc 13:4; Gl 1:6-7; 2 Tm 4:3-4; 2 Jo 9-11; Jd 11-13).

5. As Centúrias têm interpretação subjetiva e contraditória: Foram escritas em francês arcaico misturado com latim, grego, e ao languedoe (dialeto francês), além de anagramas. Referências mitológicas e astrológicas. Ademais, são reprovadas por Jesus. Ele condena acréscimos às profecias bíblicas, feitas à humanidade. Traz juízo ao vidente e a quem nele creia (Jr 14:14; Jr 8:5-9; Ap 22:18-19).


Fontes Bibliográficas

JACOBS, Cind. Desmascarando o ocultismo. Rio de Janeiro/RJ: Danprewan, 2003.

SCHAEFFER, Francis. Neo-moernismo no Cristianismo. São Paulo/SP: ABB.

GODIN, Ricardo. Fim do milênio: os perigos e desafios da pós-modernidade. São Paulo/SP: AP

WILKSON, Tom. Los egípcios.

Extraido do Bolg Elevados.com.br

NOVOS FATOS SOBRE A TEORIA DA EVOLUÇÃO

 



Por gerações, muitos de nós temos sido fascinados pela ideia de onde viemos - e para onde estamos indo. A evolução tem feito os humanos percorrerem um longo caminho desde os primeiros dias, mas quanto realmente sabemos sobre nossos ancestrais?

Os fatos surpreendentes sobre os primeiros humanos e a evolução podem mostrar que as coisas mudaram muito mais do que as pessoas percebem. A reviravolta? Talvez tenhamos vivido nossas vidas de uma certa maneira por mais tempo do que as pessoas jamais apreciaram.

A teoria da evolução é algo que muitos aprenderam ao longo dos anos, mas ainda há algo que as pessoas frequentemente entendem errado: nossas raízes. Muitos assumem que, porque mostramos comportamentos semelhantes ao longo dos anos e temos genética e corpos semelhantes, devemos ter vindo dos macacos. Embora isso não seja totalmente falso, também não é verdade.

Em vez disso, uma vez compartilhamos um ancestral comum com uma espécie de macaco. A reviravolta? A separação ocorreu cerca de seis milhões de anos atrás, o que significa que você teria que voltar várias gerações até encontrar um elo evolutivo entre gorilas e humanos. Compartilhamos 90% do nosso DNA com os macacos, mas somos primos distantes, em vez de tataranetos.


CHARLES DARWIN NÃO ESTAVA CERTO SOBRE TUDO!

Charles Darwin é frequentemente a pessoa que as pessoas imaginam quando pensam na teoria da evolução. Seu livro, 'A Origem das Espécies', mudou para sempre a forma como as pessoas pensavam, dando ao mundo a chance de ver como diferentes espécies evoluíram ao longo do tempo para se adaptar ao seu ambiente e garantir que possam sobreviver a qualquer desafio que a vida lhes apresente.

No entanto, houve muitas vezes em que Darwin errou feio. Em um de seus livros posteriores, Darwin falou sobre certas qualidades, como o olfato ou a inteligência de alguém, que diferiam dependendo da raça. Ele também observou que os homens têm um "poder mental médio" que "deve ser superior ao das mulheres". Este pensamento é um pensamento Eugênico da raça branca superior.


O SER HUMANO ERA BEM MENOR DO QUE O ATUAL

Por anos, as pessoas assumiram que tinham descoberto todas as espécies humanas que já existiram. Isso foi até 2004, quando restos encontrados na caverna Liang Bua, na Indonésia, mostraram uma nova espécie humana - Homo floresiensis - uma espécie que rapidamente ficou conhecida como o "Hobbit". Afinal, os restos mostraram que eles tinham pouco mais de um metro de altura

Após 15 anos de pesquisa, descobriram que os restos dessa espécie de Hobbit viveram entre 60.000 e 90.000 anos atrás, mas por que eram tão pequenos? A teoria principal é chamada de "regra da ilha". Isso foi comprovado várias vezes, com animais encolhendo de tamanho quando vivem em ilhas, pois os predadores e presas já são muito menores.



OS SERES HUMANOS DO PASSADO ERAM MUITO INTELIGENTES

No início da história humana, nossos cérebros tinham o tamanho de um chimpanzé. Isso mudou ao longo do tempo e nos fez evoluir para níveis nunca antes vistos, mas muitos subestimam o 

quão inteligentes os primeiros humanos eram em seu auge. Durante anos, os pesquisadores assumiram que os primeiros humanos sobreviviam apenas do que encontravam ao seu redor.

Isso poderia significar comer coisas que cresciam ou animais que já haviam perdido a vida. No entanto, novas descobertas provaram que eles já fabricavam ferramentas de caça e trabalhavam em grupos para rastrear animais para obter comida, mais do que imaginávamos. O resultado? Os humanos têm aprendido sobre seu ambiente e como utilizá-lo há mais tempo do que se pensava.


OS PRIMEIROS HUMANOS, USAVAM FERRAMENTAS A MAIS DE 3,5 MILHÕES DE ANOS

Fósseis e descobertas têm ajudado a trazer o passado de volta à vida há séculos, mas também nos permitiram traçar uma linha do tempo de quando os primeiros humanos começaram a desenvolver hábitos que mudaram suas vidas. Isso inclui quando eles começaram a usar ferramentas para ajudar em suas vidas cotidianas. Durante anos, pensava-se que as ferramentas de pedra eram utilizadas há cerca de 2,6 milhões de anos.

Isso foi até que várias descobertas em Dikika, Etiópia, mostraram que os humanos podem ter usado ferramentas há cerca de 3,4 milhões de anos. Isso veio na forma de ossos de animais com possíveis marcas de açougue, o que significa que os humanos podem ter usado pedras naturalmente afiadas para cortar e comer animais tão grandes quanto antílopes todos aqueles anos atrás.


O FOGO FOI A LUZ DA IDADE DAS PEDRAS

Sabemos que certas coisas nos diferenciam dos primeiros humanos, mas não estaríamos onde estamos agora sem suas descobertas. Uma das mais impactantes foi o fogo, o que significa que de repente podíamos nos aquecer, enxergar melhor à noite e tínhamos uma maneira de cozinhar alimentos e criar refeições que os primeiros humanos não podiam comer antes.

No entanto, quando o fogo foi utilizado pela primeira vez tem sido algo que as pessoas não conseguiam entender. Agora, ferramentas de sílex da Idade da Pedra podem mostrar que estamos usando fogo há pelo menos 2,6 milhões de anos. As evidências parecem indicar que elas eram usadas para acender fogo, além de cortar e raspar carne dos ossos.



ROUPAS ERAM USADAS A MAIS DE UM MILHÃO DE ANOS

Por milhares de anos, os primeiros humanos tinham muito mais pelos naturais no corpo do que temos hoje em dia. Ainda assim, houve um momento em que começamos a usar roupas em vez de depender do que tínhamos naturalmente, com a data exata ainda sendo desconhecida. É provável que as roupas tenham surgido depois que evoluímos para ter menos pelos no corpo.

É claro que essas roupas não eram as mesmas que usamos hoje e geralmente eram feitas de peles e pelos de animais. Atualmente, os cientistas acreditam que isso aconteceu cerca de um milhão de anos atrás. Isso se deve a vários fatores, como a coloração genética da pele que nossos ancestrais tinham na época, o que significava que precisávamos de calor extra.


A FALA TEM MAIS DE CEM MIL ANOS

Hoje, existem mais de 7.000 línguas faladas ao redor do mundo. No entanto, houve um tempo em que todos os primeiros seres humanos viviam na África, o que significa que havia muito menos dialetos do que os que existem hoje. Mesmo assim, a língua que eles usavam seria muito diferente de tudo o que conhecemos hoje, por várias razões.

Existe a possibilidade de que os primeiros seres humanos tenham começado a evoluir seu próprio tipo de linguagem quando ainda viviam no mesmo continente, o que significa que isso pode ter começado há mais de um milhão de anos. Provavelmente, eles usavam grunhidos e sons em vez de palavras reais, mas provavelmente ainda eram usados para expressar sentimentos e instruções.

Você sabia que os seres humanos são os únicos mamíferos que não conseguem engolir e respirar ao mesmo tempo? Houve um tempo em que também era impossível engasgar com nossa própria comida, mas isso é algo que nossa espécie desenvolveu e nos diferencia dos demais. Há uma razão para isso, e isso teve um custo.

À medida que começamos a desenvolver linguagens faladas, nossas caixas vocais tiveram que descer em nossas gargantas para criar uma maior variedade de sons que usamos para formar palavras. Isso acontece durante a infância e, por sua vez, significa que há um obstáculo maior em nossa garganta. O resultado? Agora temos que ter mais consciência para garantir que não engasguemos.



EVA MITOCONDRIAL

Embora todas as espécies humanas tenham evoluído e se adaptado ao longo do caminho, os Homo sapiens acabaram sendo os únicos a sobreviver. Uma teoria acredita que todos os Homo sapiens na verdade descendem de uma mulher que vivia na África Oriental, conhecida agora como Eva Mitocondrial. Aparentemente, ela viveu na África em algum momento entre 150.000 e 200.000 anos atrás.

Isso não é tudo sobre a Teoria da Eva Mitocondrial. Ela também sugere que foi por volta desse tempo que os humanos começaram a desenvolver o tipo de cultura que conhecemos hoje. Enquanto eles tinham fogo e ferramentas simples, coisas como arte, ferramentas complexas, ornamentos e comunicação só se tornaram parte de nossas vidas quando a Eva Mitocondrial apareceu.


USARAM BARCOS PARA CHEGAR NA AUSTRÁLIA

Hoje em dia, viajar ao redor do mundo é muito mais simples do que costumava ser. E que tal fazer uma jornada pelo planeta sem mapas, uma bússola ou qualquer ideia de para onde você está indo? Isso é o que aparentemente aconteceu com os primeiros humanos quando eles chegaram pela primeira vez à Austrália. Mesmo agora, essa linha do tempo está em constante mudança.

Por muitos anos, foi assumido que os humanos chegaram pela primeira vez na Austrália cerca de 47.000 anos atrás, sinalizando um dos últimos lugares que encontraram. No entanto, evidências mais recentes sugerem agora que os humanos podem ter pisado pela primeira vez na Austrália há até 65.000 anos, graças à descoberta de machados e ferramentas de pedra encontrados por toda a nação.



MUDANÇAS HÁ 80 MIL ANOS!

Não foram apenas os dinossauros que foram quase extintos devido à instabilidade do planeta na época. Houve uma vez um período em que uma grande parte da população humana foi dizimada, e os cientistas ainda não têm certeza do que causou o evento de extinção em massa. Seja qual for o caso, provavelmente foi algo importante e nada bonito.

O cenário mais comumente aceito é que uma erupção vulcânica massiva fez com que cinzas preenchessem o ar, bloqueando a maior parte do calor do sol por anos. Nessa teoria, eles afirmam que isso desencadeou algum tipo de evento da Era do Gelo que fez com que temperaturas congelantes dominassem o planeta, afetando tudo o que vivia e crescia na Terra na época.

Aproximadamente 74.000 anos atrás, a erupção do Monte Toba se tornou a pior erupção vulcânica dos últimos dois milhões de anos. Isso mudou significativamente o mundo que conhecemos, causando uma queda nas temperaturas mais uma vez e quase aniquilando completamente todas as espécies de humanos. Uma das áreas mais afetadas de todas foi a África do Sul.

No entanto, descobertas recentes na África do Sul mostraram que algo incrível aconteceu na área após a erupção. Aparentemente, as pessoas que viviam lá antes, durante e após a erupção vulcânica continuaram a prosperar. Quatrocentos mil artefatos mostraram que eles caçavam, faziam ferramentas e fogo, e até mesmo permaneceram lá por gerações, sem que ninguém soubesse ao certo como eles sobreviveram ao desastre.


DEPENDÊNCIA DOS PAIS

Embora muitos outros animais tenham momentos em que precisam cuidar de seus filhotes, os seres humanos são os únicos mamíferos que têm uma fase prolongada de infância. Também dependemos de adultos por períodos prolongados de nossas vidas, mesmo depois do desmame, pois precisamos deles para comida, segurança e proteção. Também somos os únicos com uma fase de adolescência.

Este é um momento em nossas vidas em que alcançamos a capacidade de reprodução, mas ainda temos muito crescimento pela frente. Durante a adolescência, os seres humanos aprendem há muito tempo como brincar, socializar, aprender sobre o mundo e absorver tudo o que precisamos para sobreviver por conta própria antes de entrar na idade adulta, ao contrário da maioria dos outros.


Fonte - Revista Fame

https://fame1st.com/post/2268/fatos-sobre-os-primeiros-humanos?utm_source=Facebook&utm_campaign=EarlyHumanFactsPT+V1..D+GS+CWW+Auto+VA3+1ST32+F.f9c+C.S1+FB&al=1&utm_medium=Facebook_Desktop_Feed&fbclid=IwAR2v14Tbex9rv09STZBXGMWQ2SkLyL0J6qeIS0GSvwiG3EYkVQeCpHYZX_w

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

ASERAH - DEUSA MÃE DE ISRAEL

 

No livro do profeta Jeremias, parte do Antigo Testamento da Bíblia e possivelmente escrito no século 7 a.C., há curiosas menções a uma “rainha dos céus”. Especialistas contemporâneos acreditam se tratar, na verdade, de uma divindade antiga que foi cancelada com o advento do monoteísmo patriarcal: Asherah, a esposa de Javé.

A história se torna ainda mais interessante quando contextualizamos que Javé é justamente o Deus judaico-cristão, ou seja, aquele que “sobreviveu” das antigas mitologias medio-orientais para se tornar a divindade única do monoteísmo. Em outras palavras, Asherah seria então a mulher de Deus.

Defensora desta tese, a teóloga britânica Francesca Stavrakopoulou, professora na Universidade de Exeter, fez um documentário sob o tema, exibido pela BBC. “Se Asherah for a mulher de Deus, isso seriamente compromete as bases do monoteísmo”, diz ela, no programa.

No vídeo, ela promove uma investigação sobre o tema, ouvindo especialistas e mostrando a presença da deusa em escrituras e esculturas do mundo antigo. Na Bíblia hebraica, o nome Asherah aparece 40 vezes, mas, na maior parte das versões traduzidas, o termo foi suprimido e substituído.

É o caso do trecho, constante no livro dos Juízes, em que está escrito que “os filhos de Israel fizeram o que é mau aos olhos do Senhor: eles se esqueceram do Senhor, seu Deus, e serviram aos Baalim e às Asherás” — este excerto é a versão da Tradução Ecumênica Bíblica.

O que era uma deusa, Asherá, acabou reduzido às estatuetas da deusa, o que justificaria o plural. Mas a metonímia se torna ainda mais redutora em outras versões, como na tradução Almeida Revisada Atualizada, em que Asherá é substituída por “poste-ídolo”.

Na famosa tradução para o inglês conhecida como Authorized King James Version, o mesmo trecho usa o termo “groves” (bosques) no lugar de Asherá.

Stavrakopoulou identifica isso como um padrão no Antigo Testamento: a substituição de menções originalmente atribuídas à mulher de Deus por simplificações que configuravam idolatria ou elementos da natureza, sobretudo “árvore”, “árvore da vida” e “bosque”.

“A arqueologia hoje mostra que Asherá não foi sempre um objeto”, afirma a pesquisadora, no documentário. “Ela foi uma poderosa divindade, a mulher do Deus chefe El”.

À BBC News Brasil, por e-mail, a pesquisadora definiu Asherah como “o antigo nome hebraico de uma importante deusa adorada em várias culturas levantinas [Levante é uma ampla área do Oriente Médio] no segundo e primeiro milênios a.C.”. Ela ressalta que o conhecimento que temos dela é maior a partir da cidade-estado de Ugarit, onde hoje é a Síria, no final da Idade do Bronze.

“Ela era a mãe dos deuses e consorte do deus-supremo, El”, pontua ela. “Antigas inscrições hebraicas do século 8 a.C. a associam a Javé (nome que também foi adaptado do hebraico para "Jeová"), a divindade patrona do antigo reino de Israel e Judá. Essas inscrições sugerem que ela era uma deusa protetora, concedendo bênçãos divinas aos adoradores, e que ela desempenhou um papel crucial na mediação entre os humanos e o deus-supremo Javé”, completa.

Para os cananeus, El era o deus criador. E pesquisadores contemporâneos acreditam que o Deus bíblico, Javé, seja a fusão de deuses de mitologias antigas, inclusive El, no processo de monoteização.

“A Bíblia usa a palavra Asherah e a sua forma plural, asherim, várias vezes. O termo é limitado à literatura que foi composta durante e após o reinado de Josias, no fim do século 7 a.C., e aparece de duas maneiras diferentes”, explica à BBC News Brasil o teólogo americano Daniel McClellan, cujo mestrado foi sobre estudos judaicos na Universidade de Oxford.

“Uma das formas de uso é em referência à deusa, mas este não é o uso mais comum da palavra. A maior parte do uso é em referência a uma imagem divina, um ídolo, que pode ter sido representado ou se assemelhado a uma árvore. Este fato resulta, provavelmente, da associação feita entre a deusa Asherah, na arte, com árvores.”

Stavrakopoulou lembra que, embora a Bíblia “frequentemente se refira a Asherah”, isso costuma ocorrer “quase sempre em termos negativos”. “Ela é lançada como uma divindade ‘estrangeira’, adorada tanto por cananeus quanto por israelitas idólatras e judaítas [referente aos habitantes de Judá], vilipendiados por criar imagens ou objetos sagrados que manifestam sua presença”, contextualiza, lembrando que “essas imagens e objetos também recebem o nome de ‘asherah’”.

“A maioria dos estudiosos concorda que o retrato bíblico de Asherah é deliberadamente distorcido e depreciativo, e que ela provavelmente era adorada como um membro importante de um antigo panteão israelita e judaico, no qual Javé desempenhou um papel de liderança”, acrescenta a teóloga.

McClellan situa as origens da divindade na Idade do Bronze (de 3300 a 1200 a.C.), entre o povo hurrita, que habitou parte da Mesopotâmia até os séculos 14 ou 13 a.C. De lá, segundo o pesquisador, o culto se espalhou para a antiga Ugarit, a Anatólia (hoje, Turquia), a Fenícia “e o território atualmente ocupado por Israel e Palestina”.

“Ela foi identificada como a consorte ou parceria das altas divindades Anu, da Mesopotâmia, e El, do mundo semítico ocidental, desempenhando assim um papel significativo nos panteões do antigo sudoeste asiático”, complementa ele. “Estava associada à fertilidade e à guerra e, nos primeiros anos de sua existência, estava associada ao mar e à pesca.”

A ideia de Asherah como mulher de Deus se confirma por achados arqueológicos que vão além de sua representação imagética. Conforme conta McClellan — e também mostra Stavrakopoulou no documentário —, antigas inscrições hebraicas foram descobertas em escavações com textos que mencionam Javé “e a sua Asherah”.

“Uma dessas inscrições foi escrita diretamente sobre um desenho de divindades masculinas e femininas com braços entrelaçados”, relata ele. O teólogo afirma que “é provável que Asherah também fizesse parte do primeiro panteão israelita”.

Essas descobertas arqueológicas começaram a ocorrer a partir dos anos 1950. “E o que se encontrou mostra que ela foi uma figura central nesse judaísmo antigo”, comenta à BBC News Brasil o pesquisador Thiago Maerki, estudioso de textos antigos e membro da Hagiography Society, dos Estados Unidos.

“Nos anos 1960, foram descobertas estátuas quebradas, representando mulheres, perto do Templo de Salomão, em Jerusalém. Acredita-se que o fato de elas estarem juntas seja o indicativo de que foram ali depositadas quando houve a determinação, por parte do rei, da destruição de todas as representações de Asherah”, diz Maerki.

A deusa proibida

Segundo a teóloga Stavrakopoulou, as “tentativas de distorcer e difamar” a deusa provavelmente começaram na segunda metade do primeiro milênio a.C, “depois que o templo de Jerusalém foi temporariamente destruído pelos babilônios em 587 a.C.”.

“À medida que o templo foi reconstruído, o mesmo aconteceu com a adoração a Javé: e Javé tornou-se um deus intolerante com todas as outras divindades, incluindo a deusa Asherah”, comenta ela.

Nesse processo, segundo sua explicação, Javé “assumiu os papéis de outras divindades”. Ao mesmo tempo em que a religião se “masculinizaria”, com a ideia de que “havia apenas um deus, e ele era homem”, Asherah passou a ser tratada como “uma divindade falsa ou ilegítima” e sua adoração passou a ser tachada como “primitiva”.

Em artigo intitulado "Asherah: a deusa proibida", publicado em 2007 na Revista Aulas, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a teóloga Ana Luisa Alves Cordeiro explica como apagamento de Asherah se deu durante o processo de transformação das religiões politeístas em uma crença monoteísta.

“Reconstruir a presença da deusa Asherah na vida de mulheres e homens no antigo Israel é um esforço de, a partir de uma perspectiva feminista e de gênero, trazer elementos que nos ajudem numa maior aproximação do que foram os espaços religiosos e vitais deste povo”, escreve ela.

“Esta reconstrução é algo necessário, uma vez que estamos diante de textos sagrados marcados pelo sistema patriarcal, onde há o domínio do pai e quiriarcal, onde há o domínio do senhor.”

Este processo não ocorreu de uma hora para outra e, ao que tudo indica, passou a ser enfatizado nas escrituras a partir do século 8 a.C., com o profeta Oseias equiparando a adoração de outras divindades que não Javé ao pecado da idolatria. É a partir de então, e sob este contexto, que as menções a Asherah começam a ser ressignificadas na literatura antiga.

Cordeiro pontua as modificações da representação da deusa ao longo desses séculos, lembrando que, entre 1800 e 1500 a.C., ela costumava ser esculpida como uma deusa-nua, “destacando o triângulo púbico, emergindo também representações em forma de ramos ou pequenas árvores estilizadas, combinação que vem a ser denominada ‘deusa-árvore’.

Algum tempo depois, essa metáfora arbórea também sofre mudanças, “aparecendo em forma de uma árvore sagrada flanqueada por cabritos ou como um triângulo púbico, que substitui a árvore”.

“Neste período, já se nota a tendência de substituição do corpo da deusa pelos seus atributos, em especial a árvore”, enfatiza a pesquisadora, destacando que houve “uma mudança decisiva no campo das figuras de material mais precioso: as deusas nuas foram substituídas em grande parte por deuses guerreiros (…).”

“A deusa continua perdendo representatividade na religião oficial, onde divindades masculinas ganham cada vez mais força, principalmente a partir de características dominadoras e guerreiras”, afirma ela.

Apesar de evidências históricas desses processo, há ainda uma resistência na aceitação. “A dificuldade ou relutância com que alguns acadêmicos bíblicos encaram a evidência da pluralidade divina (…) pode muito bem refletir, em parte, um choque cultural ou um desconforto decorrente das preferências religiosas e filosóficas das tradições intelectuais ocidentais (…)”, escreve Stavrakopoulou, no capítulo que assina do livro The Bible and the feminism (A Bíblia e o feminismo).

“O próprio conceito de um ‘Deus’ monoteísta e transcendente, que continua a dominar o discurso cultural ocidental, é o de uma divindade única e solitária de desempenho e envolvimento ‘macrorreligioso’ (…).”

McClellan conta que as tentativas de marginalizar ou apagar Asherah começaram “provavelmente por volta do reinado de Josias”, no século 7 a.C., “que implementou uma campanha de centralização do culto para garantir” um monopólio da fé no templo de Jerusalém.

Datam desta época livros bíblicos como o do Deuteronômio. “Um dos principais objetivos do Deuteronômio e de outros livros bíblicos que se lhe seguiram, conhecidos como literatura deuteronomista, era eliminar o culto a Asherah”, diz o teólogo.

A tática principal era associar o nome dela a um ídolo, e não a uma deusa. “Outra era recontar as histórias dos reis que vieram antes de Josias e pintá-los como reis perversos que estavam conscientemente violando a lei quando permitiam a adoração de Asherah”, acrescenta.

Deu tão certo que, segundo frisa o teólogo, a partir de meados do século 4 a.C. “o judaísmo já havia praticamente esquecido que a deusa Asherá havia feito parte do panteão israelita primitivo”.

Esse processo foi intensificado com a ajuda do exílio babilônico, ocorrido no século 6 a.C. “A literatura que foi escrita para ajudar Israel a permanecer fiel à sua identidade étnica e ao seu Deus Javé, na sequência dessa crise, ajudaram a reescrever a compreensão que Israel tinha de si próprio”, analisa McClellan.

“Isso incluiu a vilipendiação do culto a Asherah, que tinha lugar antes do reinado de Josias, e a autocompreensão de Israel avançaria dando prioridade a esse novo entendimento do papel de Javé como objeto exclusivo do culto israelita.”

O teólogo conclui que “a continuação do culto a Asherah não teria qualquer chance em tal ambiente”.

“Nesse contexto patriarcal, a figura de Javé se torna símbolo da representação do sagrado masculino, que de fato justificaria a dominação masculina em vários aspectos sociais, econômicos, religiosos e políticos”, contextualiza Maerki.

“A gente pode dizer que a religião oficial de Israel vai adquirir uma identidade unicamente masculina e o feminino, assim como a deusa Asherah, vai para o plano secundário.”

Talvez estejam aí as raízes da sociedade patriarcal que se formaria no Ocidente, afinal.

“O apagamento de Asherah e o surgimento dessa cultura mais centrada na figura de um Deus masculino é, apesar de distante da nossa época e da nossa realidade contemporânea, algo que tem muito a dizer simbolicamente sobre as relações entre homens e mulheres no nosso mundo”, reflete Maerki.

“Porque vivemos em um mundo marcado pelo machismo, pela centralidade do homem, e pela luta das mulheres cada vez mais por igualdade.”

“Quando a gente vê o apagamento da deusa, estamos pensando naquilo que seria o início de uma cultura patriarcal que, depois, imperaria no mundo”, completa.

Mas é uma história que vem sendo revisitada e reescrita. Como comenta Stavrakopoulou em seu texto, “mais recentemente, a maior parte dos estudiosos bíblicos e historiadores das antigas sociedades israelitas e judaicas passaram a reconhecer este retrato antigo”.

Ela acrescenta que, nas últimas décadas, a maneira de estudar o assunto vem sofrendo mudanças, “motivadas em parte pela influência persuasiva da crítica feminista, queer, pós-colonial e sociocientífica” e isso desafia “seriamente a confiança na fiabilidade histórica” de como a Bíblia retrata o passado, bem como mostra como tanto os escritores dos textos considerados sagrados quanto seus estudiosos ao longo dos últimos séculos “podem, muitas vezes, terem deturpado as realidades religiosas”.

No e-mail trocado com a reportagem, a teóloga acredita que Asherah foi vítima de um longo e exitoso processo de difamação. “A campanha da Bíblia contra Asherah foi tão bem-sucedida que, mesmo no mundo antigo, sua adoração como deusa plena logo desapareceu”, afirma. “Com o surgimento do monoteísmo, consolidou-se a crença de que havia apenas um deus, e esse deus era masculino.”

Stavrakopopulou, contudo, entende que vestígios desse feminino divino resistiram tanto no judaísmo como no cristianismo.

“No judaísmo antigo, a sabedoria divina estava intimamente associada a uma ‘árvore da vida’, e a sabedoria de Deus era personificada como figura semelhante a uma deusa criada pelo próprio Javé”, diz.

“Em vários textos judaicos antigos, ela atua como mediadora entre os adoradores e o Senhor. Em algumas formas de cristianismo tradicional, Maria, a mãe de Jesus, tornou-se uma mãe celestial, mediando bênçãos entre Deus e seus adoradores.”


Fonte: BBC News Brasil

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c72v2l74p59o?fbclid=IwAR3oXE4QcBJ179D2HAVEEEIXV42dj4usK9a7ELFcODfCQsjO3qRnkL_1qoE


sexta-feira, 4 de agosto de 2023

RODRIGO SILVA

 


O Herege Religioso Adventista Rodrigo Silva acredita em teoria da “amálgama” que gerou dinossauros e outras feras antes do Dilúvio, ele admitiu durante sessão de perguntas e respostas para irmãos da cidade de Dallas, nos EUA, que também acredita na “teoria da amálgama”, ou hibridização por engenharia genética, no período antediluviano. Ele citou dois conhecidos textos de Ellen G. White, rarissimamente mencionados por teólogos adventistas, segundo os quais, Satanás, seus anjos e os gigantes da maldade dos dias de Noé alteraram geneticamente seres humanos e animais, preoduzindo então animais ferozes, como os dinossauros e outros, aos quais Deus destruiu no Dilúvio.
Dr. Rodrigo Silva é Mestre e Doutor em Teologia pela PUC-SP, Especialista em Arqueologia Bíblica pela Universidade Hebraica de Jerusalém, além de estudos Pós-Doutorais pela Andrews University, Michigan – EUA, Hoje Professor de Teologia no Centro Universitário Adventista de São Paulo – UNASP-EC, e apresentador do programa Evidências da Rede Novo Tempo. 


UR ZABABA

 

《☆"Zababa" Deus de Sumri ☆》 Zababa / ˈz /b كانb aba/ (sumário: كان dza-ba4-ba4 era [o símbolo de Zababa é a águia], e pode ser representado em uma série de textos que glorificam a biografia do (Rei Hamourabi) em que o Deus (Zababa). Em que um hino lembra que ele é um dos Deuses responsáveis por: 'suas vitórias'. [Zabba e Ninorta] partilham vários adjetivos, e podem ser encontradas indicações para o uso de armas por Zabba geralmente associadas a Ninorta ou para lutar contra os seus inimigos míticos em textos antigos. Também é conhecido por ser chamado de "Quiche Narkal. " No entanto, há também textos (como hinos e canções de embalar) onde todos os três mostram que são deuses distintos uns dos outros. A lista dos deuses no 1.o milênio a.C. definiu Zaba como [[porco de guerra]] tinha pele bronzeada e olhos vermelhos empoeirados. Ele tem cicatrizes no rosto, especialmente à volta do olho esquerdo e da vagina. O seu cabelo branco ondulado pendurado abaixo dos ombros, as suas sobrancelhas brancas grossas e uma barba branca. Seus chifres têm formato espiral e uma cor castanha profunda, mais escura do que os seus chifres. Parece que o chifre direito tem feridas ou cicatrizes. /Fonte:- W. Sallaberger, Zababa [in:] Reallexicon de Assiriologia e arqueologia pré-asiática vol. 15, 2017, p. 168 . //@:- O início da ftlawi sttar_babylon@yahoo.com 4.8.2023. 《☆Zababa, Deus sumério da guerra ☆》 Zababa foi / ˈzɑ ːbɑ ːbɑ ː/ (sumério: 𒀭𒍝𒂷𒂷 dza-ba4-ba4) [O símbolo de Zababa é a águia], e ele é retratado como (um símbolo encimado por uma águia) em vários textos glorificando a biografia do (Rei Hammurabi) em que o deus (Zababa) é mencionado. Um hino menciona-o como uma das divindades responsáveis por: 'Suas vitórias. ' [Zababa e Ninurta] compartilham muitos atributos, e referências ao Zababa usando armas geralmente associadas com Ninurta ou lutando contra seus inimigos míticos podem ser encontradas em textos antigos. Também é conhecido por se referir a Zababa como "Zababa Nargal Kish. ” No entanto, há também textos (como hinos e lamentações) onde todos os três aparecem como divindades distintas umas das outras. Uma lista de divindades no primeiro milênio a.C. identificou Zababa como [[Marduk da Guerra]] com pele bronzeada e olhos vermelhos empoeirados. Ele tem cicatrizes no rosto, proeminentemente à volta do olho esquerdo e bochechas. Ele tem cabelo branco, ondulado que cai abaixo dos ombros, sobrancelhas brancas arbustas e uma barba branca. Os seus chifres têm uma forma espiral e uma cor castanha profunda, mais escura do que a dos seus chifres. O chifre direito parece ter feridas ou cicatrizes. /Fonte:- W. Sallaberger, Zababa Reallexikon der Assyriologie und vorderasiatischen Archaeologie vol. 15, 2017, p. 168. //@:- sttar al-ftlawi sttar_babylon@yahoo.com 4.8.2023. 《☆Zababa, dios sumério de la guerra ☆》 Zababa era / ˈzɑ ːbɑ ːbɑ ː/ (sumério: 𒀭𒍝𒂷𒂷 dza-ba4-ba4) [o símbolo de Zababa é a águia], e é representado como (um símbolo coroado por uma águia) em vários textos que glorificam a biografia de (o rei Hammurabi) em que o deus (Zababa). Um hino menciona-o como uma das divindades responsáveis por: 'Suas vitórias'. [Zababa e Ninurta] compartilham muitos atributos e referências a Zababa usando armas geralmente associadas a Ninurta ou lutando contra seus inimigos míticos podem ser encontrados em textos antigos. Também é conhecido que ele se refere a Zababa como "Zababa Nargal Kish". No entanto, também existem textos (como hinos e lamentações) onde os três aparecem como divindades diferentes entre si. Uma lista de divindades no primeiro milênio antes de Cristo identificou Zababa como [[Marduk of War]] com pele bronzeada e olhos vermelhos empoeirados. Tem cicatrizes no rosto, proeminente em torno do olho esquerdo e das bochechas. Tem cabelos brancos e ondulados que cai abaixo dos ombros, sobrancelhas brancas e povoadas e barba branca. Seus chifres têm forma de espiral e uma cor castanho intensa, mais escura do que os seus chifres. O chifre direito parece ter feridas ou cicatrizes. Fonte:- W. Sallaberger, Zababa [en:] Reallexicon de Assiriologia e arqueologia pré-asiática vol. 15 - 2017 Pagode. 168. //@:- O início da ftlawi sttar_babylon@yahoo.com