No Brasil temos um grave problema chamado Colorismo.
O colorismo é um sistema de classificação social que determina como as pessoas devem ser lidas socialmente de acordo com o tom da pele e outras características. Ele pode acontecer nas relações entre pessoas de todas as cores, dependendo muito da história local. Essa forma de discriminação é baseada na tonalidade da pele e em outros traços físicos. Ela afeta a vida dos indivíduos porque ajuda a perpetuar desigualdades, prejudica a autoestima e impede o acesso a oportunidades.
No Brasil, o colorismo é amplamente discutido nas redes sociais e nas discussões políticas acerca do lugar de pessoas negras de pele clara, ou “pardas”, na população brasileira. Apesar de serem parecidos, o racismo e o colorismo apresentam diferenças importantes de ser explicadas. Todavia, assim como o racismo, o colorismo afeta negativamente a autoestima, o acesso a oportunidades e a saúde mental das pessoas negras.
Não existe tantas diferenciações assim com outros grupos humanos.
O ganês, Nabby Clifford, considerado embaixador do reggae no Brasil, país onde reside desde 1983 fez um vídeo sobre o que ele havia percebido a respeito do uso das palavras negro e preto no vocabulário dos brasileiros. O vídeo, na época, alcançou 6 milhões de visualizações, e mais de 200 mil compartilhamentos. Nele, o cantor constatou que:
“Um país, o Brasil, usa palavras como lista negra, dia negro, magia negra, câmbio negro, vala negra, mercado negro, peste negra, buraco negro, ovelha negra, a fome negra, humor negro, seu passado negro, futuro negro (…). Pega o dicionário de língua portuguesa, está escrito: negro quer dizer infeliz, maldito. Brasileiro quando valoriza alguma coisa não fala negro, ele fala preto.”
Então, de acordo com a interpretação apresentada por Clifford, os brasileiros, quando querem emitir juízos negativos normalmente associam ao uso do termo negro, como nos exemplos citados acima, e quando o juízo é positivo convencionou-se o uso do termo preto, para ele, o brasileiro:
“Ele não come feijão negro, come feijão preto, o carro dele não é carro negro, o carro dele é carro preto, ele não toma café negro, toma café preto, a fome é negra, quando ganha na loteria, ganha uma nota preta. Se branco não é negativo, preto também não é negativo.”
Tal observação, inevitavelmente, esbarra na discussão a respeito do colorismo, que compreende “a maneira pela qual compreendemos a condição negra, inferiorizada e subjugada ao branco; mas também tem como solução a compreensão dessa mesma condição negra, desde que liberta de sua grade racista.”
Mameluco
Do Árabe; escravo, servo, criado, pajem, empregado.
Aqui no Brasil a palavra era esada para descrever os filhos de portugueses e indígenas, que eram vistos como uma espécie de "mistura" ou "combinação" de diferentes grupos étnicos. E também era usada pela ideia de que esses indivíduos eram vistos como "servos" ou "dependentes" dos colonizadores portugueses.
Moreno
A palavra "moreno" vem do latim "Maurinus", que significa "de cor escura" ou "marrom". No entanto, no contexto da língua portuguesa, "moreno" é usado para descrever uma pessoa com pele escura ou morena, especialmente em relação à cor da pele.
A palavra "moreno" tem origem relacionada à Mauritânia. A palavra "mouro" (que é a raiz de "moreno") era usada pelos europeus para se referir aos povos do Norte da África, incluindo a Mauritânia, e tinha a conotação de "pele escura" ou "africano".
Esse nome, originou o nome Maurício
O nome próprio "Maurício" tem origem latina, derivado de "Mauritania" ou "Maurus", que significam "mouro" ou "da Mauritânia". A Mauritânia era uma região do Norte de África, que se referia a pessoas de pele escura ou berberes. Assim, "Maurício" era originalmente um nome que indicava a origem ou a aparência física de alguém.
No Brasil, o termo "moreno" é comumente usado para descrever pessoas com pele morena ou escura, e pode ser usado de forma positiva ou neutra. No entanto, é importante notar que a classificação racial e étnica no Brasil é complexa e envolve muitos fatores, incluindo a cor da pele, a ascendência, a cultura e a identidade.
Mulato
A palavra "mulato" vem do árabe "Muwallad", que significa "pessoa de ascendência mista" ou "mestiço". No entanto, no contexto da língua portuguesa, "mulato" se refere a uma pessoa de ascendência mista, especialmente de africanos e europeus.
Preto
A palavra "preto" vem do latim "precttus" derivado de pressus, que significa "apertado, denso, comprimido, negro, escuro" e "niger", que significa "negro" ou "de cor escura".
Negro
A palavra "negro" tem origem etimológica no latim "niger", que significava "preto" ou "escuro".
Pardo
A palavra "pardo" é sinônimo de "escuro" é uma mistura de marrom e cinza, sendo assim, uma pessoa de pele escura.
O IBGE sabiamente usa de malandragem social para não declarar o fato de que a maioria das pessoas que nascem no Brasil é negra, preta, escura, usando o termo Pardo para dizer que a maioria da população não é preta, temos uma gambiarra social, que malandramente é distorcido e apoiado pela grande mídia.
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