A religião ugarítica foi formada por várias categorias de divindades, e cada divindade correspondia à forma como o universo e os espaços físicos eram vistos5 . Cada divindade corresponde a um reino cósmico e espacial do universo como interpretada pela população de Ugarit. Nessa estrutura, em termos de divindades, existe divisão entre divindades benéficas, que são representadas antropomorficamente, e divindades maléficas, que são representadas em formas monstruosas, como veremos a seguir, para exemplificar, dois textos de Ugarit. O primeiro descreve Tunannu, um inimigo cósmico, como uma serpente com sete cabeças:
KTU 1.3 III,40–42
Certamente eu a amarrei e a destruí (?)
Eu lutei com a serpente sinuosa,
uma potestade com sete cabeças.
Da mesma forma, o segundo texto descreve Mot relembrando Baal da luta em
que o deus da tempestade derrotou Leviatã em termos muito parecidos:
KTU 1.5 I 1–3
Você matou Litan, a Serpente Voadora,
Aniquilou a Serpente Sinuosa,
Uma potestade com sete cabeças.
Essa distinção entre caos e ordem, deidades benéficas e deidades destrutivas diferenciava, a partir da elite urbana de Ugarit, o centro (ou o lar) e a periferia. Assim, tudo que é urbano, cultivado e cultural, é diferenciado por oposição ao não cultivado, não cultural e periférico. Nessa concepção, o centro significa a ordem simbólica das
“Sobre a estrutura das divindades de Ugarit, ver: SMITH, Mark, S. O Memorial de Deus: História,
Memória e a Experiência do Divino no Antigo Israel. São Paulo: Paulus, 2006, p. 134-150.”
coisas e dos valores da sociedade. Em Ugarit, como já demonstrado em nossa pesquisa, foi centro cultural de produção de textos, da administração e do ritual.
No centro se encontra a casa, que expressa ao mesmo tempo à proteção familiar e os conflitos domésticos, e também se encontra a terra, patrimônio familiar. A periferia se apresenta como zona de transição entre o centro e as regiões distantes do cosmos, locais de difícil acesso para a experiência humana. Podemos também acrescentar em conjunto com o centro e a periferia, as regiões que vão além da periferia.
A distinção entre o centro e a periferia é expressa por termos agrários como semear
versus a estepe. Podemos verificar essa distinção em um texto ugarítico6 :
KTU 1.23,65–69
Oh filhos! Ali produziu!
Fiz uma sagrada oferenda
no meio do deserto,
ali a permanência é curta
e existem dificuldades no meio de rochas e arbustos.
Por sete anos completos
oito ciclos de duração,
os graciosos deuses andaram sobre a estepe,
eles procuraram até as extremidades do deserto,
os dois encontraram–se com o guarda da semente
e os dois gritaram ao guarda da semente:
Oh guarda, Oh guarda, Abra!
E o próprio guarda abriu uma abertura para eles
E os dois entraram.
De acordo com esse texto, a semente contém alimento em abundância e vinho:
KTU 1.23,70–76
Se [ali existe para nós a]limento
dê–nos para que possamos comer!
Se ali [ para nós existe vinho]
dê–nos para que possamos beber!
E o guarda da semente respondeu para eles:
[existe comida para alguém que... (?)]
existe vinho para todos que entram... [...]
...ele próprio aproximou–se
ele serviu um pouco de seu vinho
e suas companhias[ saciaram–se] com vinho
O mapeamento das divisões do espaço cósmico e divino é feito pela separação
entre deidades e demônios. Deidades habitam lugares próximos do cultivo e das
pessoas, enquanto demônios ou monstros não. As deidades possuem lugar de culto e
“Ver: SMITH, Mark S. The Ritual Miths of the Feast of the Goodly Gods of KTU/CAT 1.23: Royal Constructions of Opposition, Intersection, Integration and Domination (Resources for Biblical Studies). Atlanta: Society of Biblical Literature, (nº 51), 2006.“
montanhas sagradas, e vários textos de Ugarit demonstram isso: El no Monte Ks, Baal no monte Safon ( KTU 1,100,9), Anat e Athtart no monte ’inbb (KTU 1.100,20), etc. Os inimigos cósmicos geralmente não possuem montanhas sagradas. As montanhas apontam para o nível celestial onde as divindades vivem. O deus Mot é uma exceção à regra, pois para chegar à montanha na qual a deidade mora, os mensageiros dos deuses precisam levantar a montanha para descer ao submundo e encontrar Mot.
No nível cósmico e vertical, as deidades benéficas habitam o céu, enquanto as
forças monstruosas e demoníacas habitam o submundo ou o oceano cósmico. Mais especificamente, os reinos são divididos pelas divindades Baal, Yam e Mot. Baal governa o céu, Yam o mar, e Mot o submundo.
Em contraste com o centro, a estepe é caracterizada como uma região de rochas e arbustos. A estepe se caracteriza como lugar de perigo e transição. É nessa região que vão surgir os inimigos de Baal, o deus da fertilidade, para confrontá–lo.
Entre as divindades benéficas de Ugarit, podemos identificar níveis de hierarquia entre os deuses. No topo, temos um deus que reina e sua rainha consorte.
Abaixo, temos as outras divindades que servem ou são subordinadas às divindades chefes do panteão. Segundo esse esquema, podemos separar os níveis do panteão ugarítico em:
A alta autoridade do panteão
Deuses de maiores destaques
Deuses artesãos
Deidades mensageiras
Essa ideia básica familiar inclui o patriarca e sua esposa, seus filhos e familiares, assim como trabalhadores e escravos. A linguagem monárquica encontrada nos relatos envolvendo as divindades de Ugarit claramente reflete a casa monárquica.
A mais alta posição é ocupada por El, que é pai dos deuses, que preside o panteão epromulga decretos. Quando analisamos a literatura ugarítica, percebemos que através de seus epítetos, El foi visto como o deus criador por excelência:
KTU 1.4 II, 11
“Ver a função burocrática dos deuses de Ugarit no estudo de: HANDY, Lowel K. Dissenting Deities or
Obedient Angels: Divine Hierarchies in Ugarit and the Bible. Biblical Research, 35, 1990, p 18-35. ”
Ela rogou ao touro El,
O deus da misericórdia,
Ela suplica ao criador das criaturas.
Outro exemplo se encontra em KTU 1.6 III, 5:
No sonho do benigno,
de El, o misericórdioso,
Na visão do criador das criaturas.
Percebemos nesses epítetos não só a característica de criador das criaturas em El, mas
também o caráter de “misericordioso”8 .
Como criador, El permanece como cabeça do panteão cananeu, e como pai dos
deuses:
KTU 1.123,1
(Salve), óh pai e o (resto dos) deuse[s]!
(E) salve, salve, ó E [l (...)]!
[S]alve, óh El, o príncipe!
Como seus filhos, os deuses são na coletividade chamados de filhos de El (KTU 5.I.13;
32.I,2,9,16,25,33). Além de Yam, Mot e Anat, Baal é chamado de filho de El:
KTU 1.3 V, 35–36
Suspirando, proferiu assim ao Touro El, seu pai:
El, o rei, que criou ele
Nesse texto, Anat está na presença de El requerendo a construção de um palácio para
Baal. Anat se refere à Baal como “filho de El”, aquele que o criou.
O próprio Baal exalta El como aquele que formou e criou os deuses:
KTU 1.10 III,6–7
Eis! Nosso criador é eterno,
Eis! Imutável é ele que nos formou!
Fica claro que El é lido na literatura ugarítica como pai dos deuses, misericordioso, imutável e criador das criaturas. Por esses motivos, os deuses o reverenciam como um deus ancião, pai dos anos9 e chefe conselheiro do panteão.
“Para um estudo sistematizado dos epítetos das divindades cananeias, ver: RAHMOUNI, Aicha. Divine Epithets in the Ugaritic Alphabetic Texts. Leiden/Boston: Brill, 2008.”
Com El no topo do panteão, aparece a sua esposa Athirat, a Asherah bíblica,
que é descrita como mãe dos deuses10 :
KTU 1.4 I,22
Preparem por favor! Um presente em reverência,
para a senhora Asherah do mar,
um presente de súplica para a progenitora dos deuses.
Os deuses foram chamados de “setenta filhos de Asherah” (KTU 1.4 VI, 46). Embora discute se entre os estudiosos se Asherah em Ugarit exerce poder parecido do seu esposo El, não há dúvidas que ela tem forte influência em decisões referentes ao reinado cósmico (KTU 1.4 IV), e na participação do processo de decisão na escolha de um sucessor real para Baal:
KTU 1.6 I, 43–55
Em voz alta gritou El,
para a grande dama Asherah do mar:
escuta, óh grande dama Asherah do mar!
Dê–me um dos seus filhos para fazer–lhe rei.
No segundo nível, no qual aparecem divindades de maiores destaques,
encontram–se deidades astrais que é atestado em KTU 1.43,2–311, mas em geral as
divindades com essas características não são muito especificadas. Uma possível exceção
para identificarmos uma família astral de El se encontra em KTU 1.10 I, 3–5:
O qual os filhos de El não conhecem (?)
A assembleia das estrelas
O círculo daqueles do céu
Em contexto diferente, podemos reforçar a opinião de que El possuía como filhos, divindades de caráter astral. Shahar (aurora) e shalim (crepúsculo) são dois filhos de El, de acordo com KTU 1.23,50–53. O deus–lua Yarih é identificado como o favorito de El em KTU 1.24.25. Em KTU 1.92,14–16 Athtart’s providencia carne para El e Yarih, e este presumivelmente deve ser um membro da casa celestial. O deus sol Shapsu aparece servindo mensageiros de El em KTU 1.6 VI. Outras divindades astrais
“PARDEE, Dennis. Ritual and Cult at Ugarit. (Edited by Theodore J. Lewis). Atlanta: Society of Biblical Literature, 2002, p. 69-70.”
de destaque são Athtar e Athtart (KTU 1.92,14–16) Resheph, que aparece em KTU
1.7812 .
Nesse segundo nível da família divina, Baal, Yam, Mot são deuses que competem pelo domínio cósmico e parecem exercer maiores influências na literatura ugarítica. Precisamos salientar que os mitos de Ugarit destacam o crescimento de Baal como deus vitorioso e obtendo o seu reinado, como descrito no Ciclo de Baal–Yam (KTU 1. 1–2) e Baal–Mot (KTU 1. 3–6)13. Nesses conflitos contra essas divindades que simbolizam o caos, Baal sai vitorioso e sua vitória é simbolizada pela construção de seu templo e consequentemente, a sua ascensão sobre os outros membros do panteão14 .
A função do reinado cósmico de Yam nesses mitos não é certa. Mas ele aparece em KTU 1.2 III privilegiado com um palácio, símbolo da sua função como rei. Em KTU 2.1,17,33–34, ele é proclamado “senhor” por El. Esses textos demonstram que Yam foi visto em Ugarit como um poderoso monarca. Para obter o seu reinado, foi preciso Baal derrotar o seu rival, e assim tirar das mãos de Yam o reino cósmico:
KTU 1.2 IV 32
“Sem dúvida, Yam está morto,
Baal se transformou em rei...”
Nos textos ugaríticos, não temos a informação de como Yam se tornou rei. Mas temos nos textos indícios que esse reinado foi dado por El, pois ele é chamado de “amado de El” (KTU 1.1 IV, 20; 1.3 III, 38–39; 1.4 II, 34)15. Como personificação do mar, ( KTU 1.1,21,23) Yam foi visto como o maior adversário para o estabelecimento da ordem no cosmos. Com a vitória, Baal se transformou no mais poderoso deus e digno de reinar o reino cósmico. Mesmo com a legitimação de Yam por El nos textos ugaríticos, a vitória de Baal foi aprovada por El. A conquista do seu reinado derrotando Yam habilita Baal a possuir o Monte Safon, o qual é associado com essa divindade nos textos ugaríticos. Baal é chamado de “cavaleiro das nuvens”, devido talvez ao topo da montanha que fica coberto por nuvens.
“Para um estudo das divindades astrais em Ugarit, ver: SMITH, Mark S. The Origins Of Biblical
Monotheism: Israel Polytheistic Background and the Ugaritic Texts. New York/Oxford: Oxford
University Press, 2001, p. 61- 66.
13 Confira Del Olmo Lete, 1981, p.155-213.
14 Ver: JR. E. Theodore Mullen. The Assembly of Gods: The Divine Council in Canaanite and Early
Hebrew Literature. Michigan: Scholar Press, 1980, p. 46-84.
15 Confira Rahmouni, 2008, p.212-214.
16 Para um estudo mais aprofundado sobre a relação do Monte Safon e Baal ver a dissertação de mestrado
de: MENDONÇA, Elcio Valmiro Sales de. Monte Sião, Extremidade do Safon: Estudo da Influência
da Mitologia Cananeia na Teologia de Sião à Partir da Análise Exegética do Salmo 48. São Bernardo
do Campo: Umesp, 2012. ”
Outro adversário cósmico para Baal foi Mot, o deus da morte, que reinou o submundo (KTU 1.4, VIII, 1–24) e desejou aumentar o seu poder, e reino no lugar de
Baal:
KTU 1.4 VII, 47–52
Para que grite Mot em sua alma
se instrua o amado de El em seu interior:
você é o único que reinará sobre os deuses
e que verá saciados deuses e homens
e que saciará as multidões da terra.
O desejo de Mot é um conflito direto com Baal e tomar o poder das mãos do deus da tempestade e da fertilidade. O que Mot almeja é tirar a fertilidade da terra e provocar a escassez para reinar sobre o cosmos. O conflito é certo, pois segundo KTU 1.4, VII, 42–44 Baal proclama de sua montanha templo que nenhum rei se estabelecerá em seu domínio. No momento em que o reino de Baal está no seu ápice, Mot entra em cena para colocar perigo ao domínio da divindade fertilizadora. A luta dessas duas divindades pelo reino cósmico representa fertilidade e morte.
A progressão do mito envolvendo Baal e Mot é perceptivelmente coerente, pois depois de se livrar de Yam, o deus que representa as forças caóticas do mar, Baal terá que enfrentar o deus da morte, da infertilidade. Da mesma forma que Yam, os textos não explicam como Mot obteve o seu reinado. Mot é chamado de “amado de El”, e de “herói”: KTU 1.4 VII, 46–47
Eu certamente enviarei um mensageiro
para o filho de El, Mot,
uma mensagem para o amado de El, o herói.
Assim como Yam, Mot tem um relacionamento especial com El e foi nomeado rei pela divindade. Mot representa uma força primária no universo, ou seja, a morte.
Baal estendeu o seu domínio sobre as forças do mar caótico, agora deveria derrotar o deus da esterilidade e da morte. Somente assim o cosmos voltaria a ser seguro e fértil.
Baal desce ao submundo para enfrentar Mot e seu destino é contado a El pelos mensageiros do deus da fertilidade:
KTU 1.5 VI, 9–10
Baal está morto, o vitorioso
pereceu o príncipe, o senhor da terra
Após esse acontecimento, El lamenta a derrota de Baal e um rito pela morte do
deus tem início (KTU 1.5 VI, 11–25). O lamento de El revela um terrível efeito na natureza da terra. A morte triunfou sobre a fertilidade. Parece–nos que El mesmo com o posto de deus chefe do panteão, respeita os domínios cósmicos e não influencia nas lutas entre as divindades que governam cada região do cosmos.
Após o triunfo do deus da morte, Anat, a deusa guerreira nos textos ugaríticos, começa a buscar por Baal (KTU 1.5 VI, 26–31). Após sepultar Baal e oferecer ela própria um sacrifício pela morte do deus da tempestade no Monte Safon ao lado de Shapsu (KTU 1.6 I, 11–31), ela confirma à El a morte de Baal (KTU 1.6 I 32–43). El e Asherah escolhem Attar como substituto para Baal, mas Attar é incapaz da posição (KTU 1.6 I 53–65). A natureza e a ordem do cosmos estão em grande perigo, pois ninguém é capaz de governar no lugar de Baal.
No final do Ciclo de Baal–Mot, lemos que Anat, a companheira guerreira de Baal,agarra Mot e exige o retorno de seu irmão do submundo cósmico (KTU 1.6 II, 9–12). Mot se nega e reconta como derrotou o deus da tempestade (KTU 1.6 II, 13–23).
Anat ataca–o e o mata: KTU 1.6 II, 30–35
Ela agarrou o filho de El, Mot
ela perfurou ele com uma espada
ela espalhou ele como uma peneira
ela queimou ele no fogo
ela triturou ele como pedras de moinho
ela semeou ele no campo
Mot foi totalmente destruído em um ritual de plantação para produzir a fertilidade. Anat frustra os planos de Mot de estender o seu reinado até os domínios de Baal. Com a derrota de Mot, Baal revive. El em uma visão descobre que Baal ressuscitou:
KTU 1.6 III, 20–21
Eis! Baal o vitorioso vive!
Certamente o príncipe,
o senhor da terra existe!
Baal revive e a ordem triunfa sobre as forças caóticas da morte. Anat que é narrada nesses textos com destaque, pertence ao grupo de divindades de maior importância em Ugarit. Ela é irmã de Baal e filha de El (KTU 1.3 V, 26–28). Seu relacionamento com Asherah parece sugerir que ela não seja de sua descendência. Demonstra extrema violência e autoridade diante do deus chefe dosdeuses, El (KTU 1.3 V, 19–25). Ela é descrita com poder enganador e furioso no panteão. Mas a chave para entender Anat é seu forte amor por seu irmão, Baal.
No terceiro nível cósmico vemos Kothar –Wa– Hasis como o deus artesão em Ugarit por excelência. Ele serve os dois graus da família divina e é solicitado por El para a construção de um palácio para Baal (KTU 1.1 III). Além do palácio, fabrica uma arma para Baal (KTU 1.2 IV). Kothar ocupa um lugar abaixo das grandes divindades do panteão, e como servo divino, desenvolve várias funções para as grandes deidades.
Kothar não serve apenas as divindades com sua mão–de–obra, mas também com seus
conselhos, palavras e sabedoria (KTU 1.4 VII).
Assim como as casas familiares em Ugarit, o panteão também tem os seus trabalhadores, servos e mensageiros divinos. Podemos identificar no último nível, deuses menores que servem a um grande deus guerreiro (KTU 1.5 V).
Portanto, seguindo a estrutura familiar divina de Smith18, com algumas variantes propostas para essa pesquisa, os níveis da família divina de acordo com suas hierarquias são:
Nível 1: O deus ancião El e sua esposa Asherah
Nível 2: Os filhos divinos: Athtart e Athtar (a noite e a estrela da manhã);
Shapsu (sol); Yarih (lua); Shahar (aurora); Shalim (crepúsculo);
Resheph (Marte?); Baal (deus da Tempestade); Yam (deus do mar);
Mot (deus da morte); Anat (deusa guerreira);
Nível 3: Kothar–Wa–Hasis (deus artesão)
Nível 4: trabalhadores divinos: mensageiros, porteiros, servos.
Algumas dessas divindades aparecem na Bíblia Hebraica, a qual passaremos a analisar.