O termo “pré-histórico” aparece pela primeira vez na obra do pesquisador francês Paul Tournal, em 1833, referindo-se aos acontecimentos nas sociedades humanas anteriores à invenção da escrita, sentido que preserva desde então. A partir de 1850 a Pré-História vai se constituindo como disciplina autônoma, com métodos e ferramentas conceituais próprias.
Christian Jürgensen Thomsen nasceu em Copenhaguen em 29 de dezembro de 1788 e morreu em 21 de maio de 1865, foi um arqueólogo dinamarquês.
Famoso por ter proposto o sistema das três idades (idade da pedra, idade do bronze, e idade do ferro). Abriu caminhos para o estudo da cultura (etnologia e etnografia) com a fundação do mais antigo e mais variado museu etnográfico no mundo em Copenhaguen, na Dinamarca.
Em 1851 historiadores positivistas designam o período que antecede a invenção da escrita, mas essa definição é criticada pois supervaloriza civilizações com escrita e exclui a história de povos sem ela. Atualmente, o termo é mantido para fins didáticos, mas reconhece-se que as pinturas rupestres e outros vestígios arqueológicos também são fontes históricas valiosas que transmitem conhecimento e história.
Para eles, o período pré-histórico durou aproximadamente 5 milhões de anos. Ele tem início com os primeiros registros históricos e se estende até aproximadamente 4000 a.C.
A crítica disso, é que a definição é considerada pejorativa, pois dá a impressão de que os povos sem escrita não tiveram história, o que é falso.
É uma visão eurocêntrica que desconsidera civilizações importantes que não desenvolveram uma escrita convencional, como as indígenas, que possuíam outros sistemas de comunicação e organização.
O termo reflete uma visão eurocêntrica da história, onde a escrita era vista como um marcador de civilização avançada, desconsiderando outras formas de organização e conhecimento de outras culturas, como a dos povos pré-letrados ou ágrafos.
Historiadores mais recentes argumentam que qualquer registro deixado pelo ser humano no tempo é fonte histórica, incluindo pinturas rupestres, ferramentas e fósseis.
Arqueólogos e historiadores trabalham juntos para interpretar esses vestígios e entender as sociedades do passado.
Embora o termo "Pré-história" seja usado para fins didáticos, propostas incluem o uso de outras expressões, como "história dos povos sem escrita", para evitar a exclusão de outras culturas.
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