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domingo, 28 de setembro de 2025

ARQUEÓLOGOS ENCONTRAM PIRÂMIDE NO FUNDO MAR MAIS ANTIGA QUE AS DO EGITO

 



Uma descoberta surpreendente nas águas do Atlântico pode alterar a compreensão sobre as civilizações antigas e sua capacidade arquitetônica, pois pesquisadores encontraram uma estrutura monumental, possivelmente mais antiga que as pirâmides egípcias.

Estrutura monumental encontrada no Atlântico. Potencial origem milenar antes das pirâmides egípcias. Abre questionamentos sobre conhecimentos arquitetônicos antigos.

Uma descoberta surpreendente nas águas do Atlântico pode alterar a compreensão sobre as civilizações antigas e sua capacidade arquitetônica, pois pesquisadores encontraram uma estrutura monumental, possivelmente mais antiga que as pirâmides egípcias.

Estrutura monumental encontrada no Atlântico. Potencial origem milenar antes das pirâmides egípcias. Abre questionamentos sobre conhecimentos arquitetônicos antigos.

O complexo descoberto inclui 10 estruturas que podem oferecer novas perspectivas sobre a história e o desenvolvimento da humanidade.

A posição e a construção dessas estruturas desafiam as teorias atuais sobre as capacidades das civilizações pré-históricas.

Dado interessante: uma das estruturas mede 27 metros, semelhante às encontradas no Japão, o que sugere uma possível conexão ou paralelismo cultural.

Esta descoberta não só acrescenta evidências de civilizações avançadas em tempos pré-históricos, mas também levanta novas perguntas sobre suas origens e influências geográficas.

Poderia indicar que a troca cultural entre civilizações era mais comum do que se pensava.

As questões que surgem poderiam levar a uma reavaliação das rotas antigas de comércio e encontros entre civilizações distantes.

Com o avanço tecnológico, poderiam ser criados modelos virtuais que permitam aos especialistas e ao público observar e compreender melhor essas estruturas dentro de seu contexto original. Isso facilita a visualização e o entendimento do propósito e uso real dessas antigas obras arquitetônicas.

À medida que a equipe de pesquisadores continua analisando as estruturas, o mundo aguarda novos achados que podem revolucionar nossa percepção do passado.

Reflexões finais sobre a história oculta no oceano. A descoberta aspira revelar detalhes ocultos sobre civilizações antigas. Possibilidade de múltiplas civilizações altamente desenvolvidas além das conhecidas. Indicação de interações culturais complexas através de diferentes regiões.

O oceano continua sendo um vasto mistério, suas profundezas abrigam segredos que definem nossa história e civilização. Fique atento a futuros desenvolvimentos enquanto esta pesquisa continua.


TIGELA ACHADA NO EGITO PODE SERIA A REFERÊNCIA MAIS ANTIGA A JESUS?

 


Inscrição grega em artefato do século 1 d.C. levanta debate sobre presença precoce de Jesus Cristo em Alexandria.

Uma tigela de cerâmica descoberta submersa nas ruínas do antigo porto de Alexandria, no Egito, pode conter a mais antiga referência arqueológica conhecida a Jesus Cristo. Apelidado de “Taça de Jesus”, o objeto foi descoberto em 2008 por uma equipe liderada pelo arqueólogo submarino francês Franck Goddio, durante escavações no local onde se acredita ter existido o palácio da rainha Cleópatra.

A tigela, datada do primeiro século depois de Cristo, traz a enigmática inscrição em grego DIA CHRSTOU O GOISTAIS, que muitos traduzem como “Por Cristo, o cantor” ou “O mágico, por Cristo”. Para estudiosos como o Dr. Jeremiah Johnston, especialista em Novo Testamento, o artefato pode confirmar que Jesus já era uma figura reconhecida por seus milagres e exorcismos mesmo fora da Judeia, em um período muito próximo ao de sua crucificação.

"Jesus era conhecido como curador e milagreiro”, afirma Johnston ao Daily Mail." “A Taça de Jesus é uma evidência material de seu impacto além das fronteiras judaicas.”

A peça remete a práticas de adivinhação da época, nas quais objetos semelhantes eram usados em rituais místicos. Em cerimônias descritas em textos antigos, praticantes lançavam óleo na água para obter visões e respostas espirituais. A invocação de nomes poderosos era comum — e, à época, o nome de Cristo já poderia ter sido associado a autoridade espiritual.


Taça de Jesus?

Contudo, a autenticidade da referência a Jesus ainda é motivo de debate. Alguns especialistas, como Bert Smith, da Universidade de Oxford, sugerem que a inscrição pode ter relação com um indivíduo chamado “Chrestos” — nome comum à época — e que “Ogoistais” faria alusão a um grupo religioso de origem pagã.

Outros estudiosos apontam que o termo “chrêstos” também poderia significar apenas “bom” ou “gentil”, indicando que a tigela pode ter sido um presente ou um utensílio ritualístico desvinculado de qualquer figura histórica específica, repercute o Daily Mail.

Outra hipótese, defendida por György Németh, da Universidade Eötvös Loránd, propõe uma interpretação mais pragmática: a tigela poderia ter sido usada para preparar unguentos, sendo a inscrição uma simples referência a pomadas de unção (diachristos), não ao Cristo bíblico.

Mesmo com as divergências, se a inscrição realmente fizer referência a Jesus, o achado torna-se um marco sem precedentes, possivelmente a mais antiga menção arqueológica ao cristianismo fora dos textos sagrados. Isso indicaria que a fama de Jesus se espalhou pelo mundo mediterrâneo ainda durante o século I, colocando Alexandria como um importante ponto de difusão precoce de sua influência.

A Taça de Jesus, portanto, reacende discussões sobre as origens do cristianismo e o intercâmbio religioso em um Egito antigo onde crenças judaicas, cristãs e pagãs coexistiam e se influenciavam mutuamente.


IGREJAS EVANGÉLICAS COMPRAM ESPAÇOS NAS TV ABERTAS

 


A quantidade notável de horas que igrejas evangélicas alugam na TV aberta. Emissoras como Band, Record e RedeTV! vendem horários de suas grades para religiosos.

Com a recente venda de faixas horárias de sua grade para a Igreja Universal, a Band voltou a ter conteúdo religioso em sua programação, seguindo outras emissoras, como RedeTV! e a própria Rede Record, do bispo Edir Macedo. Com isso, atualmente, as igrejas evangélicas ocupam um total impressionante de 20 horas diárias de programação na TV aberta. Somente Globo e SBT não contam com este tipo de publicidade em espaços comprados por instituições religiosas.

Antes, a Band exibia reprises do Jornal da Band e outros programas esportivos. Com a necessidade de faturar, a emissora do Morumbi fechou o negócio com a Universal, que agora ocupa 3h45 da programação. O canal também exibe mais 1h de conteúdo religioso e 1h do Show da Fé , apresentado pelo missionário R.R. Soares, de acordo com as informações no site oficial da emissora.

A RedeTV, por sua vez, é emissora com maior tempo de exibição de igrejas evangélicas, com mais de 10 horas divididas entre a Igreja Internacional da Graça de Deus, Igreja Universal do Reino de Deus e Igreja da Graça no Seu Lar.

Emissora de Edir Macedo, a Record só exibe conteúdo da Universal, também fundada por Macedo, mas com conteúdos além da pregação, como o Fala que eu te escuto, que ouve e debate testemunhos de fé, e o Dicas de Amor, que dá conselhos matrimoniais.


Confira a quantidade de horas que cada igreja evangélica aluga e ocupa nas programações das emissoras Band, Record e RedeTV!:


BAND

– Igreja Universal 3h45

– Religioso – 1h

– Show da Fé R.R. Soares – 1h


REDETV!

– Igreja Internacional da Graça de Deus 3h30

– Igreja Universal do Reino de Deus 1h

– Igreja Universal do Reino de Deus 2h

– Igreja Universal do Reino de Deus 1

– Igreja Internacional da Graça de Deus 1h

– Igreja da Graça no Seu Lar 2h


RECORD

– Fala que eu te escuto 1h15

– Inteligência e Fé 0h30 ou Igreja Universal – Dicas de Amor 0h30

– Palavra Amiga (Edir Macedo) 1h

– Igreja Universal 1h30


CÁPSULA DO TEMPO PRÉ-HISTÓRICA’ DE 5 MIL ANOS É DESCOBERTA EM PÂNTANO

 


Os trabalhos de investigação tiveram início no verão (no Hemisfério Norte) e devem se aprofundar nas temporadas de outono e inverno.

Objetos de cerca de 5 mil anos, supostamente usados no período Neolítico, foram encontrados por arqueólogos suecos em um pântano nos arredores da região de Gerstaberg, próximo a Järna, na Suécia. A característica lamacenta e sem oxigênio da área favoreceu, segundo os especialistas, a alta preservação dos itens históricos.

De acordo com a Arkeologerna, consultoria sueca especializada em arqueologia e conservação do patrimônio cultural, os trabalhos se concentraram em uma área de 3,6 mil metros quadrados, onde antigamente existia um lago usado para pesca e coleta de castanhas-do-mar.

Com o passar do tempo, o lago se transformou em pântano, e itens humanos, assim como restos de animais, foram preservados sob a lama deste ecossistema por milhares de anos, agindo como uma espécie de cápsula do tempo natural.

“Ao examinarem recentemente o pântano, arqueólogos encontraram não apenas muitos ouriços-do-mar, mas também algo bastante incomum: estruturas de madeira bem preservadas, protegidas por milhares de anos em um ambiente sem oxigênio”, informou a Arkeologerna em texto divulgado em seu site.

Entre essas estruturas estão troncos e vime (madeira flexível) feitos de galhos. Quanto aos animais, foram encontrados peixes, como esturjões, com marcas nítidas de cortes. “Usando o método do carbono-14, os itens foram datados em dois períodos: 3.300-2.900 a.C. e 2.900-2.600 a.C.”, informou a consultoria, que também faz parte da Autoridade Sueca de Museus Históricos.

Os arqueólogos acreditam que os objetos eram usados para apoiar caminhadas pelo lago lamacento, facilitando a coleta de castanhas-do-mar, e também para confeccionar cestos (com o vime, por exemplo), usados para transportar as castanhas ou redes de pesca.

Nas proximidades do pântano, foi encontrada uma área de atividades com lareiras e uma pequena construção sustentada por postes, “provavelmente ligada à coleta e ao manuseio de castanhas-do-mar”, segundo a Arkeologerna.

“No entanto, ainda não está claro quais grupos culturais neolíticos atuavam ali, e nenhum artefato-chave, como cerâmica culturalmente típica, foi encontrado durante as investigações preliminares”, acrescentou.

Os trabalhos de investigação tiveram início no verão (no Hemisfério Norte) e devem se aprofundar nas temporadas de outono e inverno. A proposta é analisar uma área de 36 mil metros quadrados.

“A esperança é que isso nos forneça novos conhecimentos sobre como os povos da região ao redor de Järna utilizavam os recursos naturais durante o período Neolítico.”

O Neolítico, também chamado “Idade da Pedra Polida” ou “pedra nova”, é um período da Pré-História compreendido entre 10 mil a.C. e 3 mil a.C., cuja entrada foi marcada pela Revolução Agrícola.

De acordo com a Arkeologerna, o trabalho será documentado com vídeos nas redes sociais e, quando o projeto estiver pronto, as estruturas de madeira e o ambiente ao redor serão recriados em 3D, com o objetivo de proporcionar uma imersão digital direta na Idade da Pedra.


Fonte: https://www.infomoney.com.br/mundo/capsula-do-tempo-pre-historica-de-5-mil-anos-e-descoberta-em-pantano/

PAPIRO ANTIGO COMPROVA HISTÓRIA BÍBLICA DAS 10 PRAGAS DO EGITO?

 


Encontrado no início do século 19, Papiro Ipuwer voltou a repercutir nas redes sociais recentemente por corroborar com passagem da Bíblia; mas será que é isso mesmo?

Segundo o livro de Êxodo, Deus enviou diversas pragas para convencer o faraó a libertar os israelitas da escravidão. Entre elas estão enxames de gafanhotos, três dias de escuridão e até mesmo transformar as águas do Nilo em sangue. 

Embora muitos possam considerar os acontecimentos como alegorias, um manuscrito encontrado no início do século 19 parece corroborar com essas passagens. O Papiro Ipuwer, agora abrigado no Museu Nacional Holandês de Antiguidades, voltou a chamar a atenção nas redes sociais nos últimos dias. 

Em uma das linhas, o papiro descreve: “Há sangue por toda parte… Vejam, o Rio é sangue”. 

O documento, relata catástrofes generalizadas e convulsões sociais no antigo Egito, descrevendo fome, mortes em massa e desastres ambientais. “Vejam, árvores foram derrubadas, galhos arrancados”, provavelmente refletindo a tempestade de granizo que destruiu as plantações; e “Vejam, grãos estão faltando por todos os lados”, ilustrando a fome generalizada. 

Ainda assim, o papiro não é necessariamente uma prova de que tudo que foi relatado na Bíblia é verdade. Entenda!


As pragas e o papiro 

Conforme relata a Bíblia, Deus enviou dez pragas para o Egito Antigo para persuadir o Faraó a libertar os israelitas da escravidão. A primeira delas foi transformar Nilo em sangue — matando peixes e envenenando a água.

Depois, o Egito foi acometido por sapos, piolhos e moscas; além de doenças mortais no gado e furúnculos dolorosos. Uma forte tempestade de granizo foi seguida por enxames de gafanhotos e três dias de escuridão densa. Por fim, a morte de todos os primogênitos forçaram o faraó a libertar os israelitas. 

Seguindo os relatos, o Papiro Ipuwer possui passagens semelhantes às calamidades citadas na Bíblia. Pesquisadores acreditam que o documento foi escrito em algum momento entre 1550 e 1290 a.C. 

Porém, segundo repercutido pelo Daily Mail, alguns estudiosos sugerem que o manuscrito possa estar alinhado com a cronologia bíblica do Êxodo, por volta de 1440 a.C. 

Em um estudo recente, o historiador bíblico Michael Lane afirmou: “Não há evidências conclusivas que determinem a data exata de sua composição, mas, devido ao seu estilo de escrita, parece ter sido escrito por uma testemunha ocular. Um grande número de estudiosos o situa por volta da data bíblica de 1440 a.C.” 

Apesar dos paralelos intrigantes, os estudiosos alertam contra a interpretação do papiro como prova direta do Êxodo.

Apesar das “semelhanças” entre os escritos, é importante ressaltar que o papiro não menciona explicitamente Moisés ou os israelitas. 

Desta forma, pesquisadores apontam que os relatos possam refletir desastres naturais mais amplos e turbulências sociais que o Egito vivenciou independentemente da narrativa bíblica.


Fonte: https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/papiro-antigo-comprova-historia-biblica-das-10-pragas-do-egito-entenda.phtml


ACHADOS ARQUEOLÓGICOS PODEM MUDAR O QUE SABEMOS SOBRE O EGITO

 


No popular imaginário, a Pedra de Roseta é frequentemente citada como a chave para desvendar os hieróglifos egípcios. No entanto, é importante lembrar que houve outras inscrições que desempenharam um papel crucial nesse processo. Entre elas, destaca-se o Decreto de Canopo, que foi emitido em 238 a.C. por todo o sacerdócio egípcio durante o reinado de Ptolemeu III. Este decreto, descoberto pela primeira vez em 1866 em Tânis, uma antiga capital localizada no nordeste do Delta do Nilo, mede quase dois metros e meio de altura e está escrito em três línguas: hieróglifos egípcios, escritura demótica e grego.

O Decreto de Canopo, diferente da famosa Pedra de Roseta, contém um número maior de hieróglifos e desempenhou um papel fundamental na pesquisa do século XIX para decifrar a escrita egípcia antiga. Atualmente, ele é uma peça central no Museu Egípcio de Cairo. Em setembro de 2025, o Ministério do Turismo e Antiguidades anunciou a descoberta de uma nova versão do decreto em um sítio arqueológico denominado “Colina dos Faraós”, na cidade de El Husseiniya, ao norte do Cairo.

A importância dessa descoberta reside no fato de ser uma versão completamente nova do Decreto de Canopo. Até agora, seis cópias do decreto haviam sido encontradas, todas em três idiomas. No entanto, esta versão recém-descoberta está inscrita exclusivamente em hieróglifos, o que garante uma nova perspectiva sobre a escrita egípcia antiga. A estela de arenito de quatro pés está em excelente estado de conservação, adornada com um disco solar alado e duas cobras reais no topo, características que refletem a iconografia egípcia.

Embora esta versão do decreto não seja tão elaborada quanto a exibição no Museu Egípcio, sua presença oferece novas oportunidades para os estudiosos explorarem as diferenças e semelhanças com outras versões. Esses detalhes podem lançar luz sobre as práticas religiosas e administrativas do Egito Ptolemaico.

Além de seu valor como ferramenta de tradução, o Decreto de Canopo é uma janela para compreender o governo ptolemaico no Egito. O decreto menciona a expedição militar de Ptolemeu III à Ásia para recuperar imagens divinas e a repressão das insurgências internas. Também destaca a sabedoria e generosidade do governante ao importar grãos durante uma seca recente. Um dos destaques do decreto é a declaração de que a falecida princesa Berenice, filha de Ptolemeu III e da rainha Berenice, deveria ser divinizada, inaugurando cultos em sua homenagem.

Um aspecto fascinante do Decreto de Canopo é sua contribuição para o desenvolvimento do calendário solar. Ele introduziu o ajuste mais preciso até então, incorporando um dia extra a cada quatro anos, o que se tornou um recurso essencial para a precisão dos ciclos sazonais e agrícolas. O decreto afirma: “Seja conhecido por todos os homens que a organização das estações do ano estava algo defeituosa. As regras que existem como leis da ciência e os caminhos do céu agora foram corrigidos”, enfatizando o avanço científico da época.

Atualmente, a cidade de Canopo, onde Ptolemeu III e seus sacerdotes se reuniram há 2.200 anos, está submersa ao largo da costa de Alexandria, consequência de terremotos e do aumento do nível do mar. Recentemente, arqueólogos egípcios começaram a realizar escavações subaquáticas, revelando mais sobre esse lugar histórico e seu legado. Essas descobertas contínuas enriquecem nosso entendimento sobre o passado glorioso do Egito, colocando a história antiga em diálogo com a arqueologia moderna.



Fonte: https://oantagonista.com.br/mundo/arqueologos-encontram-gravacao-em-pedra-que-pode-mudar-o-que-sabemos-sobre-o-egito/


IGREJAS DE 1600 ANOS MUDAM O QUE SE SABE SOBRE A FÉ

 


Igrejas de 1600 anos foram descobertas por arqueólogos no Oásis de Kharga, revelando uma parte pouco conhecida do cristianismo primitivo no Egito.

A região, localizada a cerca de 560 km a sudoeste do Cairo, guardava estruturas monumentais que resistiram ao tempo: uma basílica de tijolos de barro, ampla e imponente, e outra igreja menor, com planta retangular e colunas externas.

Essa descoberta lança luz sobre como comunidades cristãs floresceram em áreas distantes dos grandes centros urbanos.

O achado não se limita às construções religiosas. Também foram encontrados objetos e vestígios de uma vida cotidiana vibrante, como residências, fornos e jarros de armazenamento.

Juntos, esses elementos formam um mosaico histórico que demonstra que o cristianismo, mesmo em seus primeiros séculos, estava integrado às dinâmicas sociais e econômicas de seu tempo, tornando-se parte do tecido comunitário que estruturava a vida no deserto.

O Oásis de Kharga, onde foram achadas as igrejas de 1600 anos, sempre desempenhou papel crucial na sobrevivência de comunidades.

Em meio ao deserto, a presença de água subterrânea garantia condições mínimas para que povoados prosperassem.

Esse contexto geográfico explica por que estruturas religiosas e residenciais puderam ser erguidas e mantidas por gerações.

Além de ser um local de subsistência, Kharga se transformou em espaço de significado cultural e religioso. Antes da chegada do cristianismo, já havia cemitérios e templos na região.

A permanência de práticas espirituais demonstra que os oásis funcionavam como verdadeiros guardiões da memória e da fé no Egito antigo.


As características arquitetônicas reveladas

As igrejas apresentam particularidades que ajudam a entender a diversidade arquitetônica do cristianismo primitivo.

A basílica, construída com tijolos de barro, tinha salão central e duas naves laterais, o que sugere rituais elaborados, voltados para reunir grande número de fiéis.

Já a igreja menor, com planta retangular e colunas externas, possuía traços que indicam uma função diferente, talvez ligada a uma comunidade reduzida ou a ritos mais específicos.

Essas diferenças mostram que não havia um padrão único para construções cristãs naquela época. Cada edificação refletia as necessidades locais, os recursos disponíveis e até mesmo as escolhas espirituais da comunidade.

Isso ajuda pesquisadores a perceberem como o cristianismo foi se moldando às realidades distintas das regiões em que se instalava.


O mural e sua raridade histórica

Entre os elementos mais impactantes da descoberta está o mural de Jesus curando um doente, um registro visual raro e datado de aproximadamente 1.600 anos.

Essa pintura não apenas comprova o valor da arte sacra no Egito antigo, mas também oferece uma janela para o imaginário das comunidades cristãs, que viam na figura de Cristo a personificação da esperança e da cura.

A presença desse mural é uma prova de que a fé não se restringia ao espaço litúrgico ou ao texto escrito, mas ganhava forma em representações artísticas que atravessaram os séculos.

Mesmo fragmentados, esses traços de pintura confirmam que a devoção se expressava de forma visual, deixando marcas que permanecem até hoje como testemunhos únicos.


Significado histórico da descoberta

A revelação das igrejas de 1.600 anos reforça a importância do Egito como berço de tradições religiosas que moldaram o mundo ocidental.

Essas descobertas comprovam que a fé cristã se consolidava mesmo em regiões distantes e menos acessíveis, desafiando a ideia de que apenas os grandes centros urbanos eram protagonistas da história da religião.

Além disso, a transição entre práticas pagãs e cristãs se torna visível em elementos encontrados no local, como inscrições coptas e símbolos arquitetônicos.

Essa convivência entre passado e presente religioso enriquece a compreensão do processo histórico, revelando que o cristianismo copta foi fruto de adaptação e continuidade cultural, mais do que de ruptura radical.


Fonte: https://www.nsctotal.com.br/noticias/achado-historico-igrejas-de-1-600-anos-mudam-o-que-se-sabia-sobre-a-fe


CRANIO DE 1 MILHÃO DE ANOS PROVA QUE A HUMANIDADE É MUITO MAIS ANTIGA DO QUE SE PENSA

 


Um crânio gravemente esmagado, desenterrado há décadas na margem de um rio na China central e que antes desafiava classificação, agora está abalando a árvore genealógica humana, de acordo com uma nova análise.

Cientistas reconstruíram digitalmente a peça achatada, que se acredita ter 1 milhão de anos, e suas características sugerem que o fóssil pertencia à mesma linhagem de um espécime impressionante chamado “Homem-Dragão” e dos Denisovanos — uma população enigmática e recentemente descoberta de humanos pré-históricos com origens obscuras.

A idade do crânio e sua categorização como um ancestral inicial do grupo arcaico significariam que o grupo se originou muito antes do que se pensava.

A análise mais ampla dos pesquisadores, baseada na reconstrução e em mais de 100 outros fósseis de crânios, também esboçou um quadro radicalmente diferente da evolução humana, relataram eles nesta quinta-feira (25) na revista Science.

Os resultados alteram significativamente a linha do tempo de espécies como a nossa, Homo sapiens, e Homo neanderthalensis. Os neandertais, humanos arcaicos que viveram na Europa e Ásia Central antes de desaparecerem por volta de 40 mil anos atrás, são conhecidos por terem convivido com os Denisovanos e se cruzado com eles.

“Isso muda muito o pensamento porque sugere que, há 1 milhão de anos, nossos ancestrais já haviam se dividido em grupos distintos, apontando para uma cisão evolutiva humana muito mais precoce e complexa do que se acreditava anteriormente”, disse o coautor do estudo Chris Stringer, paleoantropólogo e líder de pesquisa em evolução humana no Museu de História Natural de Londres, em um e-mail.

As descobertas, se amplamente aceitas, empurrariam o surgimento de nossa própria espécie 400 mil anos para trás e remodelariam drasticamente o que se sabe sobre as origens humanas.


Ancestralidade emaranhada

O crânio é um de dois espécimes parcialmente mineralizados desenterrados em 1989 e 1990 em uma área conhecida como Yunxian, em Shiyan, localizada na província de Hubei, na China central. Uma terceira peça descoberta nas proximidades em 2022 ainda não foi descrita formalmente na literatura científica, observou Stringer.

“Decidimos estudar esse fóssil novamente porque ele possui datação geológica confiável e é um dos poucos ossos humanos com 1 milhão de anos”, disse o primeiro autor do estudo, Xiaobo Feng, professor da Universidade de Shanxi, na China, em um comunicado. “Um fóssil dessa idade é crítico para reconstruir nossa árvore genealógica.”

Ambos os crânios de Yunxian foram deformados por milênios passados no subsolo, mas o segundo, conhecido como Yunxian 2, foi melhor preservado.

Esse espécime formou a base da nova reconstrução, que usou tomografia computadorizada de ponta, imagem luminosa e técnicas virtuais para separar os ossos da matriz rochosa que os envolvia e corrigir as distorções inerentes ao fóssil.

A idade do crânio, determinada pela datação da camada de sedimento em que foi encontrado e de fósseis de mamíferos da mesma camada, levou alguns especialistas a acreditarem que ele pertencia ao Homo erectus, uma espécie humana mais primitiva conhecida por ter vivido em muitos lugares do mundo naquela época.

No entanto, embora a grande e baixa caixa craniana de Yunxian 2 se parecesse com a do Homo erectus, outras características do crânio, como as maçãs do rosto planas e rasas, não correspondiam.

Stringer e seus colegas concluíram que Yunxian 2 pertencia a um ancestral inicial do Homem-Dragão, formalmente chamado Homo longi.

Cientistas identificaram o Homem-Dragão em 2021 a partir de um crânio encontrado no fundo de um poço no nordeste da China, e autores de um estudo de junho usaram DNA antigo para vincular o Homo longi aos Denisovanos, uma população obscura conhecida a partir de informações genéticas extraídas de alguns fragmentos fósseis, mas que se acredita ter vivido em grande parte da Ásia.

A análise mais recente também sugere que outros fósseis difíceis de classificar descobertos na China deveriam ser agrupados com o Homo longi e os Denisovanos — incluindo partes que outra equipe de pesquisa recentemente propôs como uma nova espécie chamada Homo juluensis, um nome que se traduz aproximadamente como “homem de cabeça enorme”.

Stringer disse que o terceiro fóssil craniano de Yunxian, assim que os pesquisadores o prepararem e estudarem em detalhes, permitirá testar a precisão da reconstrução e sua colocação na árvore genealógica humana.

Reescrevendo a história

Com saliências e cristas reveladoras, os crânios são particularmente informativos no estudo da evolução humana porque possuem muitas características distintivas, e um crânio é tipicamente o espécime que pode confirmar definitivamente uma espécie recém-descoberta.

Usando informações da nova reconstrução digital e dados anatômicos de 104 crânios e mandíbulas do registro fóssil humano, Stringer e seu coautor Xijun Ni, professor do Instituto de Paleontologia de Vertebrados e Paleoantropologia em Pequim, reconstruíram as relações evolutivas entre diferentes grupos usando um programa matemático empregado na biologia evolutiva.

A equipe montou o que é conhecido como árvore filogenética mostrando como diferentes espécies humanas podem ter divergido umas das outras ao longo do último milhão de anos.

A análise sugere que as origens do Homo sapiens, dos Denisovanos e dos Neandertais são muito mais antigas do que se pensava.

A descoberta desafia a visão tradicional, baseada em estudos de DNA antigo, de que as três espécies começaram a divergir de um ancestral comum entre 700 mil e 500 mil anos atrás — embora nunca tenha ficado claro quem eram esses ancestrais, às vezes apelidados de Ancestral X.

De acordo com a nova análise, Denisovanos e humanos modernos compartilharam um antepassado comum há cerca de 1,32 milhão de anos.

Os Neandertais se separaram dessa linha evolutiva antes, por volta de 1,38 milhão de anos atrás, sugeriu o estudo. As descobertas significam que os Denisovanos estão mais próximos de nós do que os Neandertais, que muitos consideravam a espécie-irmã mais próxima do Homo sapiens, escreveram os pesquisadores.

A reconstrução do crânio deformado ficou boa, disse Ryan McRae, paleoantropólogo do Museu Nacional de História Natural Smithsonian, em Washington, DC. McRae, que não participou da pesquisa, concordou que ele se encaixa no Homo longi e nos Denisovanos.

No entanto, McRae está menos convencido pela análise da árvore filogenética e disse que a equipe pode ter tentado “fazer demais de uma só vez com dados limitados”.

“Este estudo diz que os Denisovanos (Homo longi) e o Homo sapiens estão mais estreitamente relacionados, excluindo os Neandertais”, explicou. “Também dá um passo além, dizendo que as origens de todos esses grupos são muito mais antigas do que o esperado, cerca de duas vezes mais antigas, senão mais. Isso colocaria as origens de todos esses grupos firmemente na época do Homo erectus.

“Neste momento, acho mais seguro dizer que o grupo Homo longi/Denisovano e o Homo sapiens (incluindo fósseis muito arcaicos e humanos modernos) parecem mais semelhantes entre si do que aos Neandertais”, acrescentou ele por e-mail.

Se a cronologia apontada neste artigo estiver correta, McRae disse que o único candidato para o ancestral comum do Homo sapiens, Homo longi e Homo neanderthalensis seria o Homo erectus. “Realmente não há outra espécie conhecida do período de ~1,5 milhão de anos atrás que faria sentido”, disse McRae.

A espécie humana Homo antecessor é conhecida por ter vivido há cerca de 1 milhão de anos, e outra, Homo heidelbergensis, há cerca de 700 mil anos, acrescentou.

Stringer disse que previa que as descobertas atrairiam algum ceticismo, e os pesquisadores planejam ampliar suas análises para incluir mais fontes de dados e outros fósseis, inclusive da África, a fim de refinar o quadro.

O estudo levanta uma questão mais ampla sobre onde viveram as populações ancestrais de Homo sapiens, Neandertais e Homo longi: dentro ou fora da África, amplamente considerada o berço da humanidade, observou Stringer.

Os autores disseram que, embora o estudo avance um pouco na resolução do que os paleoantropólogos chamam de “confusão do meio” — a variedade enigmática de espécimes humanos no registro fóssil entre 1 milhão e 300 mil anos atrás — descobertas como o crânio Yunxian 2 também ressaltam o quanto os cientistas ainda têm a aprender sobre as origens humanas.

“Quando comecei a trabalhar com evolução humana, há mais de cinquenta anos, o registro do Leste Asiático era ou marginalizado, ou seus fósseis eram sempre considerados apenas como ancestrais diretos dos asiáticos orientais recentes”, disse Stringer por e-mail.

“Mas o que agora vemos em Yunxian — e em muitos outros sítios — é que o Leste Asiático preserva pistas cruciais para os estágios posteriores da evolução humana.”


Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/cranio-de-1-milhao-de-anos-desafia-crencas-sobre-evolucao-humana/




sábado, 20 de setembro de 2025

FILÓSOFOS SUMÉRIOS

 




Na antiga Sumeria, os professores tinham estaus de grande valia, eles são os primeiros filósofos, eram tidos como pessoas importantes para a sociedade sumeriana.


Dub Šar: Escriba, Professor

Ugula: Instrutor, Professor, Sábio, Filósofo

Ummia: Sábio, Erudito, Filósofo, Chefe da Edubba (Escola)

Ugulu Nu Diri: Supervisor Insuperável, Professor de Grande Sabedoria, Grande Sábio, Mestre Mor. Era um dos Epitetos da Deusa Nisaba.

Gestu Diri Tuku E: Professor(a), Senhor(a) de Imensa Sabedoria. Era um dos Epitetos da Deusa Nisaba.

Apkallu: Sábios ou Espíritos criados por Enk

Šhesh Gal: Grande Irmão, Ajudante do Professor na Edubba


A Deusa Nisaba ou Nidaba, era a Deusa da sabedoria, dos grãos, topografia, contabilidade, escrita, cana, palma (palmeira), astrologia.

Seu templo era chamado de E Zagin (casa da sabedoria, conhecimento).



sexta-feira, 19 de setembro de 2025

NINAZU - DEUS DA CURA



Seu nome quer dizer "Senhor Curandeiro" de onde Nin quer dizer Senhor e Azu quer dizer cura, curandeiro, médico.

Ninazu era um dos deuses do submundo, que tinha conexões com a agricultura, cura, guerras e serpentes. Foi filho de Eresquigal, a rainha do submundo, e filho de Gugalana "Grande Touro do Céu" . Gugalana é o primeiro marido da rainha do submundo Ereshkigal, e dessa união nasce Ninazu, que se torna um deus da cura e do submundo. É importante notar que existem outras tradições que apresentam diferentes origens para Ninazu, como ser filho de Enlil e Ninlil. 

 Ninazu era irmão de Nungal, uma deusa do submundo, consorte de Ninsutu, que aliviou as doenças de Enqui, e pai de Ninguiszida. Era um deus protetor e adorado em Enegi e Esnuna. Além disso, Ninazu era um ser de menos importância, exceto pelos encantamentos no terceiro e segundo milênio a.C., contra uma picada de uma cobra. Ele recebeu um título de "rei das cobras" em Ur III e na Babilônia.


Templos

E-Sikil (casa pura) para Ninazu em Eshnunna. O Templo depois foi dedicado a Tishpak.

E-Gida (casa longa) para Ninazu em Enegir

Como muitos outros templos na Mesopotâmia, fazia parte de um complexo cultural e religioso da época. 


Ninazu era o deus-cidade de Enegi, no sul da Suméria, e de Ešnunna, no norte. No sul, ele é claramente uma divindade do submundo: recebe o epíteto de "administrador do submundo"; na lamentação suméria " No Deserto na Grama Primitiva", ele é lamentado juntamente com outros deuses ctônicos  do TT  ( Cohen 1988 : II 668-703, como Umun-azu), e seu festival em Ur era marcado por oferendas a reis e sacerdotisas falecidos ( Cohen 1993 : 149-50).

Em Ešnunna, seu aspecto guerreiro é mais proeminente, o que, juntamente com a genealogia alternativa atribuída a ele aqui (veja abaixo), levou van Dijk a sugerir que havia dois Ninazus diferentes ( van Dijk 1960 : 77-8). No entanto, Wiggermann reconstrói apenas uma divindade ctônica, identificando conexões com o submundo em Ešnunna também e apontando para o fato de que em ambas as genealogias Ninazu tem a mesma consorte e irmão ( Wiggermann 1989 : 122; Wiggermann 1998-2001: 330 ).

Como outros deuses que morrem e retornam, Ninazu está ligado à vegetação e à agricultura; em Como os grãos chegaram à Suméria ( ETCSL 1.7.6 , 1), ele e seu irmão trazem cevada e linho aos humanos, que "costumavam comer grama com a boca como ovelhas", enquanto em Enlil e Ninlil ( ETCSL 1.2.1 , l. 116) ele é chamado de "o senhor que estende a linha de medição sobre os campos".

Outra característica que Ninazu compartilha com outros deuses com os quais é frequentemente agrupado é a associação com cobras. Em Ur III e em encantamentos da Antiga Babilônia, ele é chamado de "rei das cobras" (ver van Dijk 1969 , esp. 542-3) e o logograma d MUŠ ("serpente divina") é dado como uma grafia de seu nome na lista de deuses An = Anum ( Litke 1998 : 191, l. 240). Diante disso, é provável que tanto Tišpak quanto Ningišzida herdem sua conexão com o "leão-dragão" ou "serpente-dragão" ( mušḫuššu ) de Ninazu; o mušḫuššu está ligado ao seu centro Enegi, e o dragão (ušumgal) associado a ele em um encantamento do primeiro milênio pode ser a mesma criatura (veja mais Black and Green 1998 : 137; Wiggermann 1995 : 457).

Apesar do seu nome, Ninazu não era uma grande divindade curadora; exceto pelos encantamentos do terceiro e segundo milênios contra picadas de cobra, ele raramente aparece no corpo médico.


Genealogia Divina e Sincretismos

Como mencionado acima, Ninazu tem duas genealogias diferentes. Em Enegi, ele geralmente é filho de Ereškigal e 'o grande senhor' (provavelmente o marido de Ereškigal, Gugal'ana), reforçando seus atributos ctônicos. Alternativamente, Enlil e Ninlil são seus pais; os Hinos do Templo Sumério ( ETCSL 4.80.1 , linhas 425-47) associam essa genealogia com Ešnunna, mas ela também aparece em outros lugares. Em ambas as tradições, Ninazu tem um irmão, Ninmada; em Enlil e Ninlil ( ETCSL 1.2.1 ), além de ser filho do casal homônimo, ele tem três irmãos: Meslamtaea , Enbilulu e Sin .

A esposa de Ninazu era a deusa Ningirida, embora raramente Ereškigal ou (U)kulla(b), a consorte de Tišpak, apareçam nesse papel. O deus ctônico Ningišzida é bem atestado como filho deles. A lista de deuses An = Anum também lista três irmãs de Ningišzida e outros sete "filhos de Ningirida", que são mais obscuros ( Litke 1998 : 191-2, 11.255-7; 242-9).

Em Ešnunna, durante o período acádio antigo, Ninazu foi parcialmente identificado, mas não totalmente sincretizado, com Tišpak, que eventualmente o substituiu como deus da cidade. No épico Anzu , do primeiro milênio , ele é equiparado a Ninurta ( Saggs 1986 : 27, l. 139).


Locais de Culto

Os templos de Ninazu em Enegi e Ešnunna eram, respectivamente, é-gíd-da, "Armazém", e é-sikil.(la), "Casa Pura" ( George 1993, n.º 392, 987 ). Ele era particularmente popular em Ur, onde, durante o período Ur III e a Antiga Babilônia, um grande festival era realizado em sua homenagem no sexto mês. Ele também recebia oferendas em Lagaš, Umma e Nippur.


Períodos de Tempo Atestados

Ninazu é atestado pela primeira vez em meados do terceiro milênio, nas listas de deuses Fara e nos hinos zà-mì (louvor) de Tell Abu Salabikh ( Biggs 1974 : 45). Durante o período dinástico inicial, oferendas eram feitas a ele em Enegi; o rei de Ur , A-Anepada, dedicou uma tábua de argila a ele ( Frayne 2008 : E1.13.6.6) e seu culto foi introduzido em Lagaš , onde o governante Gudea mais tarde construiu um templo para ele em Girsu ( Edzard 1997 : E3/1.1.7.30). No período Ur III, seu culto é atestado em Ešnunna , Enegi, Ur , Lagaš/Girsu, Nippur e Umma ; nos quatro primeiros centros, continuou no período da Antiga Babilônia.

Nos Hinos dos Templos Sumérios ( ETCSL 4.80.1 ), que sobrevivem em cópias de Ur III e da Antiga Babilônia, Ninazu aparece em disfarces muito diferentes em seus dois templos principais: ele está "tocando alto em um instrumento zanaru , doce como um bezerro" na Egidda em Enegi (l.183) e "rosnando como um dragão contra as muralhas das terras rebeldes" no hino a Esikil em Ešnunna (l.434). Do período da Antiga Babilônia, temos um hino sumério a Ninazu ( ETCSL 4.17.1 ). Ele também aparece em dois poemas de louvor a Šulgi ( Klein 1981 , Šulgi D e X; online em ETCSL 2.4.2.04 e ETCSL 2.4.2.24 ).

O culto a Ninazu perdeu força com a ascensão dos deuses da morte, Tišpak e Nergal , e, após o período da Antiga Babilônia, é atestado no sul da Mesopotâmia apenas em Ur, onde continuou a figurar em nomes pessoais até o período persa. Durante o primeiro milênio, ele aparece esporadicamente em listas de deuses, encantamentos, textos cultuais e literários.


Iconografia

Nenhuma representação certa de Ninazu é atestada, embora ele tenha sido identificado com o deus em pé nas costas de um leão com uma cauda de cobra em um selo do período dinástico inicial ( Boehmer 1965 , Tf. XXV fig. 283; veja a imagem), e outro em pé sobre um dragão do período acádio antigo ( Boehmer 1965 , Tf. XLVIII fig. 570; Collon 1982 , no. 144), bem como com uma divindade escamada representada em uma pedra do terceiro milênio Ešnunna ( Wiggermann 1993-97 : 457).


Nome e Grafia

Nin-azu é geralmente interpretado como "Senhor Curador"; os dois elementos estão em aposição, e não em uma relação genitiva ( Wiggermann 1998-2001 : 330). Uma interpretação alternativa do nome foi proposta por Jacobsen, que leu nin-a-sud, "Senhor que Derrama Água" ( Jacobsen 1987 : 170, ver também Wiggermann 1998-2001 : 330).


Formas escritas:

(d) nin-a- zu5 ; (d) nin-a-zu; (d) nin-a-su; Emesalù-mu-un-a-zu; (d) umun-a-zu.

Para uma lista mais completa e distribuição cronológica das grafias, veja Wiggermann 1998-2001 : 329-330.

Formas normalizadas: Ninazu, Nin-azu, Nin-asu.




PRÉ-HISTÓRIA - A CRIAÇÃO DO TERMO

 


O termo “pré-histórico” aparece pela primeira vez na obra do pesquisador francês Paul Tournal, em 1833, referindo-se aos acontecimentos nas sociedades humanas anteriores à invenção da escrita, sentido que preserva desde então. A partir de 1850 a Pré-História vai se constituindo como disciplina autônoma, com métodos e ferramentas conceituais próprias.

Christian Jürgensen Thomsen nasceu em Copenhaguen em 29 de dezembro de 1788 e morreu em 21 de maio de 1865, foi um arqueólogo dinamarquês.

Famoso por ter proposto o sistema das três idades (idade da pedra, idade do bronze, e idade do ferro). Abriu caminhos para o estudo da cultura (etnologia e etnografia) com a fundação do mais antigo e mais variado museu etnográfico no mundo em Copenhaguen, na Dinamarca. 

Em 1851 historiadores positivistas designam o período que antecede a invenção da escrita, mas essa definição é criticada pois supervaloriza civilizações com escrita e exclui a história de povos sem ela. Atualmente, o termo é mantido para fins didáticos, mas reconhece-se que as pinturas rupestres e outros vestígios arqueológicos também são fontes históricas valiosas que transmitem conhecimento e história. 

Para eles, o período pré-histórico durou aproximadamente 5 milhões de anos. Ele tem início com os primeiros registros históricos e se estende até aproximadamente 4000 a.C.

A crítica disso, é que a definição é considerada pejorativa, pois dá a impressão de que os povos sem escrita não tiveram história, o que é falso. 

É uma visão eurocêntrica que desconsidera civilizações importantes que não desenvolveram uma escrita convencional, como as indígenas, que possuíam outros sistemas de comunicação e organização.

O termo reflete uma visão eurocêntrica da história, onde a escrita era vista como um marcador de civilização avançada, desconsiderando outras formas de organização e conhecimento de outras culturas, como a dos povos pré-letrados ou ágrafos. 

 Historiadores mais recentes argumentam que qualquer registro deixado pelo ser humano no tempo é fonte histórica, incluindo pinturas rupestres, ferramentas e fósseis. 

Arqueólogos e historiadores trabalham juntos para interpretar esses vestígios e entender as sociedades do passado. 

Embora o termo "Pré-história" seja usado para fins didáticos, propostas incluem o uso de outras expressões, como "história dos povos sem escrita", para evitar a exclusão de outras culturas. 




EL SHADAY - UM DEUS ACADIANO

 


Ao pé da letra, El Shaday quer dizer Deus da Montanha, de onde El quer dizer Deus e Shaday quer dizer Montanha.

O nome original em Acadiano é Shaddu (Montanha) os Hebreus falavam Shaday, o termo basicamente é o mesmo. "Shaddu" é uma palavra Acadiana que significa "Montanha", e a frase "El Shaddai" é um nome bíblico para Deus que significa "Deus da Montanha", referindo-se à sua presença e poder associados ao Monte Sinai, e outras montanhas sagradas, como o Monte Zagros. A interpretação para "Deus Todo-Poderoso", é um significado posterior, tem também o termo "Deus Suficiente" ou convencionalmente, "Deus dos seios", baseado na raiz hebraica Shad (seio).


Raízes do Nome

•Sadû: Montanha - Deus Acadiano da Montanha

•Saddāʾû - Shaddû: Morador da Montanha, como era o caso do Deus  Amurru, Deus dos Amorreus, apesar que seu nome é Acadiano. Seu nome original em Sumério é Martu. Deus associado ao pastoreio, às estepes, às montanhas e ao clima. Ele era um deus do clima e um exorcista, considerado o "Senhor da Montanha" e exercia o papel de uma divindade exorcista.


Montes Sagrados na Bíblia

O conceito de um "Deus da Montanha" é reforçado pelo uso frequente de montanhas como lugares de encontro e revelação divina na Bíblia. 

• Monte Sinai(ou Horebe): O exemplo mais famoso, onde Deus apareceu pela primeira vez a Moisés e depois lhe deu os Dez Mandamentos.

• Monte Moriá(mais tarde Sião): O local onde Abraão foi testado e recebeu a ordem de sacrificar Isaque. Mais tarde, Salomão construiu o Templo nesta mesma montanha.

• Monte Carmelo: O local onde o profeta Elias derrotou os profetas de Baal em um confronto divino.

• O Monte das Oliveiras: Um local significativo nos Evangelhos onde Jesus ensinou e orou antes de sua crucificação. 

Em 1 Reis 20:28, os sírios acreditam erroneamente que o Deus de Israel é apenas um "deus das colinas". Deus responde provando sua soberania sobre toda a criação, demonstrando que ele é o Deus dos vales e de todos os outros lugares também. 


Em Sumério

Em sumério, a palavra para "montanha" é Kur. No entanto, é importante notar que o termo "kur" tem um significado complexo e pode referir-se não apenas a uma montanha, mas também a uma terra estrangeira, ou até mesmo ao mundo inferior (o submundo) ou a um dragão que vivia no mundo inferior, dependendo do contexto do mito ou lenda. 


Ekur

Tem também o Ekur, que é o termo sumério para a "casa da montanha", também associado ao mundo dos mortos e à morada dos deuses, sendo uma referência à montanha divina. 


Conclusão

O nome Shaday ou El Shaday não é original dos Hebreus ou do Povo Judaico. Como todos os povos, eles importaram a crença na montanha, tendo como sagrada, eles acreditavam realmente que uma divindade morava em montanhas, assim como os povos da época.

Hoje, temos os evangélicos que acreditam piamente que a montanha (monte) é sagrado.



SUMÉRIA - CONTAGEM DO TEMPO

 


Os textos mais antigos sobre calendários e festivais, que chegaram até nós de cidades sumérias, nos permitem afirmar que o calendário sumeriano era solar-lunar; e nunca vimos um calendário puramente lunar lá desde que os textos foram compilados (Cohen, 1993, 3-20). Não há uma palavra especial para 'calendário' nas línguas da Antiga Suméria. Para definir um ano, eles usavam o sumério "mu" e o acadiano "šattu". O ano no calendário era dividido em duas metades. Em textos assírios do primeiro milênio a.C., o verão era kum 'calor' com um sinal inscrito do 'sol', o inverno era notado com o mesmo sinal com um sinal inscrito de 'água'. Interpretações desses logogramas acadianos são 'quente seco' e 'quente úmido'. A primeira metade do ano era escrita e "me-eš" em sumério e incluía sete meses; a segunda metade era chamada en-te-en, en-te-na e continha cinco meses (Emelianov, 2015, 34). Os nomes dessas metades eram sumérios; seu significado exato não é conhecido. De acordo com uma hipótese de Benno Landsberger, emeš, im-eš significa 'vento quente' ou 'clima quente', e en-te-en, im-ten significa 'vento frio' ou 'clima frio'. Os nomes acadianos para essas metades do ano eram 'ummu' 'calor' e 'kuṣṣu' 'frio'. Há um texto de ficção sumério provisoriamente chamado 'A Disputa de Emeš e Enten'; duas metades do ano se gabam de suas propriedades perfeitas diante do árbitro, o deus Enlil. Contrariamente à expectativa do leitor, Enten torna-se o vencedor, porque a água é recolhida em canais na sua época, e fornece irrigação e prosperidade ao país durante todo o ano (Landsberger, 1949, 286, notas 120; Emelianov, 2015, 16–46). O ano é dividido também em quatro estações (apenas três delas são definidas com nomes específicos) e doze meses. Conhecemos os nomes acádios das três estações: "daš'ū" é a primavera (do verbo dš' 'desdobrar, desfraldar, inchar, inchar'), harpu ou ebūru é o verão (literalmente 'semeadura precoce', 'colheita (precoce) (de frutos)'), kuṣṣu é o inverno (literalmente 'frio, geada'). O outono não é marcado. De tempos em tempos, eles introduziam o décimo terceiro mês adicional para o calendário solar-lunar após o primeiro ou o segundo semestre do ano.

Na Sumeria o Ano Novo za g -mu(-k, rēš šatti era celebrado duas vezes, porque o marcador mais importante para o ciclo do calendário era o ciclo de reprodução da cevada. O primeiro, o Ano Novo da primavera, era chamado de ki-ti-še-gur -ku ou seja, 'akitu da colheita', porque a colheita da cevada acontecia na primavera. O segundo Ano Novo era chamado de ki-ti-šu-numun ou seja, 'akitu da semeadura', porque a semeadura da cevada acontecia no outono, em setembro-outubro. O início ritualmente fixo do ano na Mesopotâmia era associado à primeira lua nova após o início da cheia, em março-abril. Mas toda a cevada deveria ser colhida antes da cheia. Ela não caía no mesmo dia a cada ano, por isso o início do Ano Novo podia ser adiado em vários dias e até mesmo uma semana. Eles esperavam o início da cheia, depois a lua nova, e só depois celebravam o "akitu da colheita". O ano incluía meses de 29 ou 30 dias.


Contagem do Tempo

Ano Novo: EZEN Á.KI.TUM - ki-ti-še-gur, akiti-šekinku, ceifa da cevada, em Akadio,  akitu ou rêš-šattim, cabeça do ano

Primavera: Akitu, Zagmuk. Ano Novo e colheita.

Verão: Emesh, é a colheita da cevada e do trigo. Março/Abril

Inverno: Enten, é o descanso. Novembro/Dezembro

Utu: Shamash: Sol

Lil: Vento

An: Céu

Sin, Nanna: Lua

Estrela: Dingir

ŠÀ-Kal: Nuvem

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

FANTASMA OU ESPÍRITO EM SUMÉRIO

 


A palavra suméria para "espírito", particularmente o dos mortos, é Gidim, que se refere às sombras dos mortos que habitam o submundo. Se o espírito era malévolo, podia ser classificado como um demônio, um Asag, que era um demônio monstruoso. 

• Gidim: A palavra Gidim em sumério era usada para os espíritos dos mortos. Acreditava-se que estes espíritos eram criados na morte, assumindo a personalidade dos mortos.

• Submundo (Irkalla): Os gidim viajavam para o submundo, conhecido como Irkalla, onde recebiam uma posição e levavam uma existência comparável à dos vivos.

• Relação com os Vivos: Esperava-se que os parentes fizessem oferendas de comida e bebida aos mortos para aliviar as suas condições, e a falta dessas oferendas poderia levar os espíritos a trazerem infortúnios aos vivos.

• Etem: O sopro vital, a vida, a essência da pessoa.

• Tulpu: A sombra ou o corpo que permanecia após a morte do indivíduo.

• Kur: O mundo subterrâneo, um lugar sombrio e desolado para onde as almas dos mortos iam após a morte.

• Kishpu: Uma prática de magia ou feitiçaria que os sumérios usavam, talvez na tentativa de se comunicar com o mundo dos mortos ou para afetar a vida.

• Asag ou Asague: Um tipo de demônio sumeriano com um espírito malévolo e monstruoso. 

• Utucu: Em contraste, quando um espírito era benévolo, podia ser classificado como Utucu. Estes também podiam ser um tipo de entidade associada a demónios, mas sem a conotação negativa da doença e da morte que os Gidim possuíam. 



APKALLU - ABGAL

 


Os Apkallu ou Abgal são sábios mitológicos da Suméira que, segundo a lenda, surgiram das águas para ensinar a civilização à humanidade. Descritos com cabeças de peixe, pássaro ou humanas, e por vezes com o torso inferior de peixe, eles transmitiram artes, leis e conhecimentos, servindo também como conselheiros dos primeiros reis. Eram vistos como seres intermediários entre os deuses e os homens, com o primeiro deles sendo Oannes ou Adapa. 

Criados pelo deus Enki ou Ea, os Apkallu ou Abgal emergiram das águas, possivelmente do Apsu.  A sua principal tarefa foi a de introduzir a civilização e a cultura à humanidade, ensinando sobre: 

Artes e Ofícios: Metalurgia, música, escrita e outras habilidades. 

Conhecimento: Medicina, magia, agricultura e leis. 

Organização: Ensinaram os reis a governar e a construir os seus reinos. 


Aparência e Simbolismo

Aparência: Podiam ser representados de várias formas, como homens com cabeças de peixe ou águia, com asas, ou com o corpo inferior de peixe. 

Símbolos: Por vezes, eram retratados com um balde e um cone ou pinha, ferramentas que simbolizavam o seu poder místico para canalizar a sabedoria divina e manter o equilíbrio cósmico. 


Papel na Mitologia

Intermediários: Os Apkallu ou Abgal funcionavam como mensageiros entre os deuses e os mortais, transmitindo a cultura e a ordem divinas. 

Eram conselheiros dos primeiros reis sumérios, transmitindo-lhes o conhecimento divino para que pudessem, por sua vez, guiar a humanidade. 

Permaneciam com os humanos durante o dia, observando e guiando, mas retornavam para as águas ao pôr do sol, retornando à sua origem aquática. 

O seu papel é descrito em vários textos sumérios e acádios, como o épico de Erra. 

A história do primeiro Apkallu ou Abgal, Oannes ou Adapa, também foi registrada pelo sacerdote babilónio Beroso no século III a.C.