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segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

O MITO DO DIABO NA BÍBLIA - MITOLOGIA ZOROASTRA

 


Zoroastro foi um importante sacerdote Persa (Iraniano) que viveu por volta do ano 1000 a. C. (data puramente hipotética, ninguém sabe corretamente a data de seu nascimento). Ele revolucionou as religiões Abraâmicas: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo.

Seu nome original persa é Zartosht ou Zarathushtra Spitama, Zoroastro é seu nome grego. Não sabemos os nomes de suas duas esposas, pois ele certamente deveria ter mais de duas mulheres. Contudo, sabemos os nomes de seus filhos: Isat, Vâstra, Urvatat, Nara,  Hvare, Chithra, Freni, Trite, Pouruchista. Zoroastro foi filho de Porushaspa e de Dugdow. Seu idioma nativo é o Avéstico ou Avestan.

Para alguns, Zoroastro não foi exatamente uma pessoa, mas sim uma classe sacerdotal altíssima, exclusiva e da mais elevada honraria.

A figura do Diabo, Satanás, Satã, Capeta, ou seja lá o que for, foi incorporado na mitologia Judaica durante o Cativeiro de Judá, quando Ciro o Grande, rei da Pérsia da tribo dos Aquemênidas, derrota os Caldeus. Nesse período, os Judeus e outros povos cativos, conhecem a religião persa, que é a Religião Zoroastra.

É nesse momento que os povos que estavam sob o comando Persa conhecem a cultura, religião e mitologia Zoroastrista, estes povos, incluindo os Judeus, conhecem os conceitos do Spenta Mainyu que é o Espírito Santo como conhecemos no Cristianismo.

Os Sete Espíritos de Deus da Bíblia, em Apocalipse 4:5 - Isaías 11:2, é na verdade o Amesha Spenta, que são os Sete Espíritos de  Ahura Mazda, que são:

Spəṇta Mainyu - Espírito/Mentalidade Sagrado/Criativo

Vohu Maná - Bom Propósito

Aṣ̌a Vahišta - Melhor Verdade / Justiça

Kshatra Vairya - Desejável Domínio

Spəṇta Ārmaiti - Santa Devoção

Haurvatāt - Totalidade

Amərətāt - Imortalidade


Os Judeus e outros povos também conhecem o conceito de Juízo Final, como é pregado no Cristianismo, Ressurreição de todos os Homens, Morte pelos pecados da humanidade, o Dualismo entre o Bem e o Mal, que são Ahura Mazda e Angra Mainyu ou Ahriman, a derrocata final do Mal, ou seja, a derrota de Angra Mainyu ou Ahriman, o conceito do Messias e etc.

O Diabo, Satanás, Capeta, Cão, Satã e etc, é justamente Angra Mainyu o espírito destrutivo. Segundo a religião Persa, Angra Mainyu é o responsável pela morte e por todo mau no mundo. Ele vive nas profundezas do Inferno, enquanto Ahura Mazda, o deus do bem, habita no Céu.

Para a religião Zoroastra, Ahura Mazda é o Senhor perfeitamente sábio, ele é tudo em todos, ele é o ser supremo e completo, pois ele é:

Onisciente (sabe tudo)

Onipotente (todo poderoso)

Onipresente (está em todo lugar)

Impossível para os humanos conceberem

Imutável

O Criador da vida

A fonte de toda segurança e felicidade


Este conceito entra na Religião Judaica e também no Cristianismo do Novo Testamento.

No Zoroastrismo, Ahura Mazda tem um adversário chamado Angra Mainyu (que significa "espírito destrutivo"). Angra Mainyu é o originador da morte e de tudo o que é mau no mundo.

Ahura Mazda, que é perfeito, habita no Céu, enquanto Angra Mainyu habita nas profundezas do Inferno, inclusive o conceito de inferno como conhecemos, é da religião Zoroastra.

Quando uma pessoa morre, ela irá para o Céu ou Inferno, dependendo de suas ações durante sua vida. Todo conceito de Céu, Inferno e Purgatório como se conhece, é também oriundo da religião Zoroastra.

É geralmente aceito que nas religiões Abraâmicas, os conceitos de Céu e Inferno, assim como o Diabo, foram fortemente influenciados pela crença zoroastriana.

 

 

O MITO DO DIABO NA BÍBLIA - MITOLOGIA SUMÉRIA




O mito do diabo ou Satanás que está na religião cristã, vem por várias fontes religiosas e mitológicas estrangeiras que foram introduzidos na religião hebraica, no mito sumeriano temos os espíritos maus que atormentavam as pessoas que eles chamavam de Utukku, Udug ou Udug Hul, Lemnutu, Gallu, Ghoul, Ugallu ou Galla, são vários nomes que eles davam para estes espíritos obsessores e opressores, outra divindade demoníaca que eles cultuavam e temiam era Pazuzu, um demônio que poderia ser bom (dependendo da ocasião). Todos estes demônios eram entidades ambíguas, às vezes eram bons, às vezes eram maus, assim como são os Leprechauns na mitologia Irlandesa.

Estas palavras eram também referidas para pessoas maléficas, é como se hoje em dia que chamamos certas pessoas de demônio, diabo, etc.

Não existiam somente estes espíritos maus na antiga Suméria, existiam outros, tais como:

Lamastu - utukku ou demônio sequestradora de bebês.

Bes - utukku, udug ou demônio protetor do lar, ás vezes era cultuado como Pazuzu.

Ugallu - a "Grande Besta do Tempo"  um udug ou demônio da tempestade com cabeça de leão e tinha os pés de um pássaro que aparece em amuletos de proteção. A função de Ugallu é intervir em momentos de desastre na vida de uma pessoa, como salvá-la da morte.

Ghoul - é um ser  humanóide monstruoso associado a cemitérios e ao consumo de carne humana. Seria uma espécie de Zumbi ou Morto-Vivo. Este termo também é associado com pessoas que gostam de coisas macabras sobre à morte, ou o coveiro ou ladrão de túmulos.

Lulal ou Lula - um demônio protetor, um demônio do bem.

Edimmu - um tipo de utukku ou demônio que era uma espécie de  fantasma ou alma penada, eram os espíritos daqueles que não eram enterrados adequadamente, era a assombração ou zumbis que podiam possuir pessoas se não respeitassem certos tabus, como a proibição de comer carne de boi em algumas ocasiões.

Kilili - era um tipo de utukku ou gallu feminino.  Ela poderia ser chamada de "rainha das janelas", "a dos lugares assombrados" e presumia-se que ela fosse imaginada como uma coruja-demônio, ela era serva de Ishtar. Ela poderia ser um demônio do bem ou do mal, isso depende de vários fatores.

Lilith - na mitologia suméria, temos o nome Lili, para eles Lilu é o demônio masculino e Lilitu é o demônio feminino. Em Acádio o nome é Hilu, os termos Lili e Līlītu significam espíritos. Ela também é comparada ao demônio sumeriano Lamashtu. Na cultura Judaica, mais precisamente na Kabalah, Lilith é muito cultuada.

Na Lista de Reis Sumérios, Lugal Banda, o pai de Gilgamesh é considerado um Lilu.

Em estudos mais antigos, como The Devils and Evil Spirits of Babylonia (1904), de R. Campbell Thompson, referências textuais específicas raramente são fornecidas. Uma exceção é K156, que menciona um Ardat Lili, Heinrich Zimmern (1917) identificou provisoriamente Vardat Lilitu KAT3, 459 como amante de Lilu. Lilith portanto não é uma divindade Judaica como se pensa, e sim Suméria.

Uma inscrição cuneiforme lista Lilû ao lado de outros seres perversos da mitologia e do folclore mesopotâmico :

O perverso Utukku que mata o homem vivo na planície.

O perverso Alû que cobre (o homem) como uma vestimenta.

O perverso Edimmu , o perverso Gallû , que amarra o corpo.

O Lamme ( Lamashtu ), o Lammea ( Labasu ), que causa doença no corpo.

O Lilû que vagueia na planície.

Eles se aproximaram de um homem sofredor do lado de fora.

Eles trouxeram uma doença dolorosa em seu corpo .

tradução de  Stephen Herbert Langdon 1864 - 

Alû - é um espírito vingativo do Utukku que desce ao submundo Kur . O demônio não tem boca, lábios ou ouvidos. Ele vagava à noite e aterrorizava as pessoas enquanto elas dormem.  Alû também pode atormentar suas vítimas por diversão, a pessoa quando era possuída por Alû  resultaria em inconsciência ou coma, poderia ter o que é conhecido hoje como, ataque epilético.

Umū Dabrutu - significa "Tempestades Violentas" "dia feroz" era um dos onze monstros criados por Tiāmat em seu conflito com os deuses mais jovens na Epopéia da Criação, Enûma Eliš

Pazuzu - O professor Samuel Noah Kramer traduz o “Zu como "coruja", mas na maioria das vezes é traduzido como " águia ", " abutre " ou " ave de rapina ". Era uma espécie de rei sumério, demônio das sombras do vento.

Mimma Lemnu - nome sumério usado para um demônio e para um ritual.

Hanbi - senhor sumério do demônio das sombras chamado udug.

Ardat Lili - demônio das sombras sumério, parte mulher, parte cão e parte escorpião, devorador de crianças.

Vardat Lilitu - demônio das sombras vampiro sumério, devorador de crianças - os babilônios modificaram sua origem.

Alu/Lilu - demônio das sombras sumério sem rosto.

Pazuzu - rei sumério, demônio das sombras do vento.

Mukil Res Lemutti - demônio das sombras sumério capaz de possuir o corpo das pessoas e presságio de infortúnio.

Namtar - demônio das sombras sumério aliado ao Dingir (Deus) da vida após a morte Ereshkigal.

Ti'u - demônio das sombras sumério da mágoa.

Labasù - demônio das sombras sumério portador de doenças.

Abyzou - demônio das sombras sumério devorador de crianças.

Sathass - demônio das sombras sumério, inimigo dos deuses da vida após a morte.

Dimme-Kurr ou Akhkhazu - demônio feminino da Icterícia. Dimme-Kurr é seu nome Sumério, já o nome Akhkhazu é Acadiano.

A icterícia é uma condição médica caracterizada pela coloração amarelada da pele e dos olhos, causada pelo acúmulo de bilirrubina no sangue. A bilirrubina é um pigmento produzido durante a decomposição da hemoglobina, encontrada nos glóbulos vermelhos.

Dimme-Kurr  é chamada de "a apanhadora". Ela traz febre e pragas e é membro de um trio de demônios femininos: Labasu, Labartu e Akhkhazu. Apesar do fato da palavra "Akhkhazu" ter um gênero masculino, Akhkazu é frequentemente descrita como tendo uma natureza feminina.

Asag - No poema mitológico Sumério Lugal-E, Asag ou Azag, Asakku em Acadiano, é um demônio monstruoso, tão hediondo que sua presença por si só faz os peixes ferverem vivos nos rios. Dizia-se que ele era acompanhado na batalha por um exército de descendentes de demônios das rochas, nascidos de sua união com as próprias montanhas.

Anzû - é uma água com cabeça de leão,  foi concebido pelas águas puras do Abzu e da vasta Terra, ou como filho de Siris, a deusa da cerveja. É um monstro do bem.

Bašmu -  "serpente venenosa", morto por Ninurta

Mušmaḫḫū - "serpente distinta", morta por Ninurta

Serpente de sete cabeças , morta por Ninurta

Ušumgallu - "grande serpente"

Muš-Saĝ - um dos monstros mortos por Ninurta , deus patrono de Lagash, no antigo Iraque. Seu corpo foi pendurado na "viga brilhante" da carruagem de Ninurta. É uma Serpente de Sete Cabeças, na religião grega será a Hidra de Lerna que é morta por Héracles ou Hércules.

Nehushtan - quer dizer "A Grande Serpente" um dos monstros morto por Ninurta, deus patrono de Lagash  filho de Enlil. Os Judeus vão se inspirar em Nehushtan sumério para fazer o evento da Serpente de Bronze do Livro de Números e em 2 Reis 18:4. Este texto provavelmente foi incorporado ou modificado na Bíblia por volta dos anos 550 ou 400 a. C.

No Antigo Testamento não existem as palavras: Diabo, Satanás e Demônio, estes nomes não eram utilizados no Pentateuco e nos livros antigos testamentários, os hebreus não conheciam estas palavras. Certamente, eles utilizavam um destes vários nomes e epitetos que mencionei para chamar os espíritos maus, assombrações, vultos, entidades, espectros, fantasmas, etc.

Foi somente no período persa, quando os Judeus estavam cativos que eles começaram a introduzir aspectos da religião persa na mitologia religiosa judaica, e desde então, temos a dualidade do bem e do mal como conhecemos. Principalmente por volta de 200 a. C. que vemos esta efusão e modificação de conceitos Persas na religião Judaica.

Satã ou Satanás como conhecemos nos dias atuais, não fazia parte da cultura Suméria nesse período, Satã ou Satanás nesse período é um Juiz, um Dingir (Deus) da justiça, ele é um magistrado da juridicidade, ministro da legalidade, mestre da imparcialidade, igualdade, deus da licitude, validade, direito, equidade, paz, acordo, conciliação, concórdia, entendimento, harmonia, união, trégua, verdade, etc.

Na qualidade de ele ser inimigo ou adversário, Satã ou Satanás é inimigo e adversário da injustiça, ilegalidade, desrespeito, falsa acusação, injustiça, etc. Tudo que for errado, incorreto, falso, mentiroso, etc, Satanás ou Satã será inimigo mortal, rival, oponente, adversário.

Eu fiz um série de vídeos sobre Satã ou Satanás, seu nome original Sumério é Sataran.


domingo, 12 de janeiro de 2025

INTELIGÊNCIA

 




A inteligência não é genética, este conceito está errado, a inteligência é aprendida.

O errôneo pensamento de que a inteligência é genética, vem da Eugenia, a Eugenia é uma Pseudociênca Racista criada na Inglaterra em 1883 para dizer que a raça branca é superior do que todas as outras raças, principalmente a raça negra, preta, escura.

A inteligência é aprendida, quando o ambiente criado para o aprendizado, do cérebro, pois inteligência, talento e vocação, são qualidades aprendidas

Sistema Límbico é o rascunho do cérebro, seria a Memória Ram do Computador. É o sistema idiota do cérebro

Professores mal pagos, sem autoridade, sem credibilidade e sem prestígio.

O certo é a geração seguinte evoluir através da linguagem, e consequentemente espera-se que a nova geração sempre seja mais inteligente, evoluída e melhor que a geração anterior, isso é chamado de evolução intelectual.

Mas pela primeira vez na história da humanidade, temos a involução humana acontecendo.

A geração com maior acesso à informação é paradoxalmente a geração mais burra, estúpida e idiota de toda história da humanidade.

Podemos dizer que estamos na Pré-História da Tecnologia.

DDA e TDAH

 


A sigla DDA quer dizer Déficit de Atenção e TDAH, quer dizer Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, os distúrbios duas são basicamente as mesmas coisas, com a diferença de que a letra H significa Hiperatividade, isso quer dizer que um indivíduo com DDA não é Hiperativo enquanto o indivíduo com TDAH é Hiperativo. Mas os transtornos são basicamente os mesmos.

Os pacientes com TDAH ou DDA apresentam alterações na região frontal do cérebro, sendo o Córtex Frontal. Essa parte do órgão comanda nosso sistema nervoso central e é responsável pela inibição do comportamento, capacidade de atenção, autocontrole, planejamento e memória.

Pessoas com DDA ou TDAH costumam apresentar, com frequência, dificuldade de organização (do tempo e do espaço), dificuldade de aprender com os erros, adiamento de tarefas (procrastinação), impulsividade (falar sem pensar e se adiantar nas respostas) ter foco, etc.

A Organização Mundial da Saúde, que pertence à Organização das Nações Unidas, reconhece o DDA e o TDHA como transtornos, estas disfunções neurais também são reconhecidas pelos órgãos internacionais de psicologia.

O estudo do DDA e do TDAH foi investigado pelo Pediatra George Frederic Still 1868–1941 que no ano de 1902 apresentou casos clínicos de crianças com hiperatividade e outras alterações de comportamentos que, não poderiam ser explicadas por falhas educacionais ou ambientais, mas que deveriam ser provocadas por algum transtorno cerebral, desconhecido na época. E desde então, o TDAH é estudado pelos psicólogos por todo o mundo.

Hoje existem até remédios que tratam deste distúrbio, como, por exemplo, os Psicoestimulantes que são das categorias de medicamentos mais comuns no tratamento do TDAH. São os remédios mais utilizados para Déficit de Atenção e Hiperatividade. No Brasil, são encontrados nas farmácias por seus nomes comerciais, que são; Venvanse, Ritalina e Conserta. Desde muitos anos, são aliados importantes no tratamento do TDAH, especialmente dos casos mais graves, sempre como parte de um plano de tratamento mais amplo, com alternativas não medicamentosas sustentáveis e mudança de estilo de vida.

Agora a Verdade!!!

O DDA quer dizer Déficit de Atenção e o TDAH quer dizer Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade e não são distúrbios neurais como dizem as associações de psicologia mundial, estes distúrbios não são neurológicos e sim comportamentais.

Estes desarranjos neurais, até podem acontecer no Córtex Frontal do Cérebro, mas seus sintomas são todos comportamentais, e todos sabemos que os nossos comportamentos influenciam nosso cérebro e que o nosso cérebro influencia o nosso comportamento, e este ciclo se repete por toda a vida. Pois bons comportamentos produzem bons pensamentos e bons pensamentos produzem bons comportamentos, assim como os maus comportamentos produzem maus pensamentos e os maus pensamentos produzem maus comportamentos.

A ciência da psicologia diz que pessoas com DDA ou TDAH costumam apresentar com frequência dificuldade de organização (do tempo e do espaço), dificuldade de aprender com os erros, adiamento de tarefas (procrastinação), impulsividade (falar sem pensar e se adiantar nas respostas) ter foco, estudar, etc.

Tudo é uma questão de termos bons hábitos ou maus hábitos e estes costumes comportamentais irão instigar nossos pensamentos, quer sejam eles bons ou ruins. Isso quer dizer que tudo é uma questão de escolha, decisão.

Ninguém tem DDA ou TDAH quando joga vídeo game ou quando assiste a seus programas favoritos (novela, futebol, desenhos, séries, filmes, filmes pornôs) ou quando joga futebol, vôlei, basquete, etc. Ningém tem TDAH tomando cerveja e comendo churrasco, quando se está na praia, enfim, quando se está fazendo o que gosta ninguém tem DDA/TDAH. Mas basta abrir um livro, estudar, fazer coisas que exijam instrução, saber e conhecimento que o DDA/TDAH vem com tudo e com força. Isso não é estranho?

Tudo depende do meu interesse, se algo me trará interesse, aí não tenho o DDA/TDAH, mas se não vai me trazer interesse, aí eu tenho DDA/TDAH. Tudo depende do tipo de motivação que cada indivíduo terá ou não.

Maçonaria e TDAH

O pediatra inglês George Frederic Still que foi o investigador desta doença em 1902, quando tinha 34 anos, era membro da British Eugenics Association "Associação Britânica de Eugenia". Isto quer dizer que ele era um Eugenista raiz e também era membro da Maçonaria de Londres, era um maçom de baixo clero, mas era maçom, defendia os princípios da maçonaria e da eugenia.

A Inglaterra era naquele período um império colonial, era a maior potência do planeta, o capitalismo colonial inglês sobrepujava todas as outras potências mundiais. Os ingleses pregavam o Capitalismo Colonial pelo seu vasto império e, como era uma nação imperial que comandava o mundo, logicamente que seus ideais de higienização social, o qual é a eugenia, eram pregados e disseminados por todo o império.

Social

O ser humano que todo dia levanta cedo para trabalhar, pegando condução lotada, se é diagnosticado com DDA ou TDAH, continua sua rotina cansativa de trabalho sem folga. Com ou sem DDA/TDAH, o pobre tem que levantar cedo, pegar a condução lotada e ir ao trabalho, e se, na empresa, este apresenta o laudo do diagnóstico de DDA/TDAH, ele irá trabalhar normalmente. Com DDA/TDAH ou sem o DDA/TDAH, o pobre brasuca vai levantar de madrugada, pegar trensão, busão e metrô lotadaços e ir ao trabalho, e todos sabem que a massa de pobre no Brasil é gigante. Cadê os psicólogos para resolver o problema de DDA/TDAH do pobre trabalhador dos subempregos no Brasil?

Aprendizado

A criança ou o adulto diagnosticado com DDA, ou TDAH, não consegue a prender, pois este não tem sua atenção focada na matéria, pois a falta de concentração e foco são os impeditivos para que este se empenhe no aprendizado.

Por outro lado, se tem alguma matéria que este indivíduo goste, logo lhe desperta o interesse, o sistema educacional brasileiro, igualmente o sistema religioso, não desperta o interesse no estudante, seja este rico ou pobre. Se o professor é diferenciado, é bem provável que o estudante em questão irá se interessar pela matéria em questão, e logo veremos que o tal do DDA/TDAH não existirá naquela matéria em específico, justamente devido ao interesse que este se desenvolverá pelo estudo. Tudo é uma questão de política pública educacional mal feita, para deixar o povo com alergia de aprender, pois vivemos em um país onde o povo detesta aprender e o governo detesta ensinar.


TESTE DE QI



Tudo na vida, ou quase tudo, tem que ser testado, medido, avaliado, calculado e computado, ou seja, contado. No caso do cérebro humano ou pensamento, tal atividade também é feita, para o cérebro, tal cálculo é feito pelas cognições ou inteligência, ou seja, é medido a taxa de cognição do cérebro, avaliando assim, o quão o indivíduo é ou não inteligente, a esse estudo, é dado o nome de Quociente de Inteligência, é o famoso QI.

O teste de QI tem suas origens ligado ao movimento da Eugenia ou Darwinismo Social, pois queriam verificar por meio científico que o homem branco era mais inteligente e superior que o homem preto, o homem branco europeu estudava a capacidade da inteligência ou cognição da forma científica, como era o começo da pesquisa, eles estudavam no começo da forma antropológica, eles estudavam, o comportamento humano em sua vida diária, ou seja, a sua vida cotidiana.

O inglês Francis Galton foi o percursor do estudo padronizado da inteligência como se conhece, ou seja, ele criou um padrão a ser seguido, ele estabeleceu o primeiro centro de teste mental no mundo em 1882. Francis Galton era antropólogo, meteorólogo, matemático e estatístico, era primo de Charles Darwin, Galton também era um dos criadores da Eugenia, sendo assim, um dos seus maiores defensores. 

Depois de Galton, entram em cena Alfred Binet, Victor Henri e Theodore Simon. Em 1905, eles publicaram o teste Binet-Simon, neste teste, eles deram mais ênfase às habilidades verbais, isso quer dizer que a idade mental da criança era medida em uma escala, que variava de lenta a superdotada. 


Imprecisão no Teste

O problema do teste de QI é que ele leva em conta apenas o domínio que o ser humano tem nas matérias de lógica e exatas, ou seja, se o indivíduo é bom em tecnologia, matemática, física e química, por exemplo. Não leva em conta outras habilidades como alguém ser um exímio poeta, ou pintor, ou músico, nem leva em conta se alguém é habilidoso nas artes da política, ou um ótimo atleta. O teste de QI não leva em consideração que há diferentes tipos de inteligências que estão correlacionadas e estas situam-se nas diferentes áreas do cérebro. 

Outra coisa que o teste de QI não leva em consideração é que a memória, raciocínio, atenção e capacidades de planejamentos diferem para cada um, pode até ser igual para um determinado grupo de pessoas, mas diferentes para outros determinados grupos, é muito complexo e impreciso.


Racismo Científico 

Desde seu início, o teste de QI nunca foi uma medida exata, sempre se mostrava controverso, uma vez que, tal ciência foi feita para medir a capacidade de um determinado grupo de pessoas que alegavam ser mais inteligentes e, portanto, mais evoluídos que outras pessoas, tendo assim a legalidade científica para escravizar um certo números de seres humanos que estes alegavam ser seres irracionais, sem contar com a religião, que provava na Bíblia que um determinado grupo de seres humanos eram mais evoluídos que outros, sendo assim, podiam escravizar à raça que era menos evoluída, tanto é verdade tal sandice, que a Teologia Calvinista, foi e é uma corrente religiosa que alega que Deus predestinou algumas pessoas para o sucesso e para salvação eterna, enquanto outros, foram escolhidos para o infortúnio e para perdição eterna, estes deveriam servir ao primeiro grupo. Na religião Evangélica, este tipo de pensamento racista é conhecido como Teologia da Predestinação ou Teologia Calvinista.

O Quociente de Inteligência foi por muitos anos, a legalidade para o racismo, em termos técnicos, Eugenia ou Darwinismo Social, e é aplicado até nos dias de hoje.


Conclusão

O que classifica alguém ser um gênio? Certamente não são os exames de lógica, pois infelizmente é o que vem à mente quando se fala em testes de QI. Quem diria que um poeta, ou um atleta, ou um filósofo, ou um jornalista seria um gênio? Certamente, estes indivíduos não passariam no farsante teste de quociente de inteligência, quem diria que um cidadão comum, que é honrado, honesto, que pode até ser um analfabeto acadêmico, mas que entende como funciona à vida, sabe como pensa a maléfica mente humana, entende como é cruel o coração do homem e tem muita experiência de vida e é um sábio por conta da sua experiência, quem diria que este ser é um gênio, certamente, tal indivíduo não passaria em um teste de QI.

A verdadeira inteligência é servir a Deus: 

"O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução. Provérbios 1:7"

"O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo a prudência. Provérbios 9:10". 


Não nos esqueçamos que a verdadeira sabedoria ela é misericordiosa, procura proporcionar paz e bondade para a humanidade, a verdadeira sabedoria não é hipócrita, ao contrário da chamada sabedoria, ou ciência, ou conhecimento convencional, cheio de malícia, maldade, divisão, arrogância, heresia e maléfica. 


"Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato as suas obras em mansidão de sabedoria.

Mas, se tendes amarga inveja, e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade.

Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica.

Porque onde há inveja e espírito faccioso, aí há perturbação e toda a obra perversa.

Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia. Tiago 3:13-17"


Jesus, o maior gênio que já viveu, está longe de ser considerado um superdotado intelectualmente, pois o atrelam a uma religião, a uma teologia e a uma tradição eclesiástica, quando, na verdade, o próprio lutou contra tais conceitos dogmáticos religiosos. 





O HOMEM FOI CRIADO HÁ 6 MIL ANOS?

 




Pesquisas arqueológicas têm confirmado que a civilização humana tem pelo menos mais de 10 mil anos. Estudos nas ruínas de Jericó encontraram objetos que possuem mais de onze 11 anos. Pesquisas mais recentes feitas na Turquia, em Göbekli Tepe, revelam ruínas até mais antigas, podendo ultrapassar 12 mil anos. Portanto, é razoável concluir que a civilização humana, como a conhecemos, tem cerca de 15 mil anos.

Todavia, muita gente tem tentado calcular a idade da Terra e da espécie humana através de um estudo detalhado das genealogias da Bíblia, a partir do livro de Gênesis. Geralmente, a conclusão imediata sugere que o primeiro homem foi criado por Deus há cerca de 6 mil anos. Como entender a questão? Será que essa metodologia é adequada? A Escritura Sagrada tem o propósito de nos trazer esse tipo de informação?

Vamos examinar a discussão.

No século 17, o famoso arcebispo de Armagh, Irlanda, James Ussher (1581-1656), fez uma avaliação detida e pormenorizada da cronologia descrita no livro de Gênesis (5 e 10) e também examinou outros textos bíblicos para definir com precisão a cronologia bíblica. Um de seus propósitos principais era achar com exatidão o dia da criação de Adão, o primeiro homem.

Depois de muitos cálculos o arcebispo Ussher chegou à conclusão de que Adão fora criado num domingo, no dia 23 de outubro de 4004 antes de Cristo. A partir desse ponto de partida, diversas outras datas da cronologia da história bíblica foram definidas pelo religioso irlandês e pelos sucessores do seu método de contagem.

Com base em seus cálculos, Ussher acreditou haver descoberto, por exemplo, que, no dia 10 de novembro de 4004 a.C., Adão e Eva haviam sido expulsos do Paraíso. Além disso, ele afirmou que o dilúvio teria acontecido em 2358 a.C. Essa sugestão, muito atraente para interessados em escatologia, chegou até a levar algumas pessoas a concluir que Jesus teria nascido exatamente 4000 anos depois de Adão, e que provavelmente a sua Segunda Vinda ocorreria 2 mil anos depois.

Com essa matemática escatológica, depois de 6 mil anos, poderíamos presenciar a apoteótica inauguração daquilo que foi chamado de milênio sabático. Seria o descanso perfeito da Terra, no sétimo milênio a partir da criação.

Tais esforços têm se mostrado interessantes e revelam que, no decorrer dos séculos, houve um sincero desejo de harmonizar a cronologia presente nos textos bíblicos com a da história secular. Todavia, não há dúvida de que os resultados desses esforços estão equivocados. O cálculo elaborado por James Ussher trabalhava com a aritmética simples da contagem dos anos, lidos literalmente nas genealogias descritas em Gênesis. O problema é que, como muitos de nós fazemos ainda hoje, o famoso arcebispo leu Gênesis como se ele tivesse sido escrito no tempo e na cultura da Irlanda do século 17.

Há diversas razões pelas quais suas conclusões não estão certas:

 

1. As genealogias eram intencionalmente incompletas

O livro de Gênesis tem nítidas intenções literárias em sua organização. Um dos elementos mais importantes do livro é a questão dos números e seu significado

literário. Um dos números que merece destaque em Gênesis é o 10, que pretende dar o sentido de algo completo. Tudo indica que a lista genealógica do capítulo 5 traz 10 gerações especificamente escolhidas, e não todas as gerações envolvidas na história. Ou seja, elas não eram completas. Trata-se de uma lista selecionada.

É muito provável que haja “saltos” intencionais entre uma geração e outra. Do ponto de vista do livro, o importante é apresentar os “dez” selecionados. Isso ainda é corroborado pelo fato de que o verbo hebraico “yalad”, traduzido geralmente por “gerar”, significa também “ser avô” ou “ser antepassado”. Portanto, há mais gerações em Gênesis 5 e 10 do que imaginamos a princípio.

 

2. O problema dos manuscritos antigos

Poucos sabem que há muita discordância de cifras numéricas entre o Texto Massorético (Hebraico), o Pentateuco Samaritano e a Septuaginta (Grego). Pelo Texto Massorético, por exemplo, o dilúvio teria acontecido em 1656 a.C. depois de Adão, já no Pentateuco Samaritano seria no ano 1307 a.C., e na Septuaginta em 2262 a.C. Isso mostra que os manuscritos bíblicos antigos distintos registraram números variados, ainda que devamos preferir o Texto Massorético.

Todavia, é difícil ser dogmático sobre o assunto, exigindo um literalismo na interpretação dos números.

 

3. O calendário pode ser distinto do nosso

Não sabemos que tipo de calendário teria sido usado para contar os anos da vida dos descendentes de Adão. Não parece haver dúvida de que o texto sugere que eles viveram muito tempo. Todavia, se o texto tiver de fato uma tradição oral muito antiga, não sabemos exatamente quanto vale cada um daqueles anos quando comparado aos nossos. Isso poderia mudar o valor significativamente.

 

4. Os paralelos culturais e literários podem indicar outra direção

Geralmente imaginamos que a função dos números é apenas matemática. Entretanto, isso pode ser diferente quando vemos o significado dos números em outras culturas. A função pode ser completamente distinta. Os números podem ser usados em um sentido simbólico e não literal.

É interessante observar que metade dos nomes de Gênesis 5 morreram com uma idade que é múltiplo de 5. Além disso, devemos considerar também a questão do uso literário dos números. No português de hoje quem diz que já errou “mil vezes” e conhece um amigo “há séculos” não está mentindo nem aumentando os fatos. Trata-se de um simples uso de hipérbole. Todos sabem que nem sempre usamos os números com exatidão. Se alguém perguntar a sua idade, você jamais responderá que tem 23 anos, 4 meses, 12 dias, 5 horas, 18 minutos e 27 segundos. Quem age assim será visto como louco. Mas, na hora de pagar uma conta precisamos ser exatos no cheque preenchido. O contexto muda tudo.

Quando vemos textos antigos semelhantes aos de Gênesis, como os da cultura suméria, vamos encontrar listas genealógicas de reis que teriam vivido milhares de anos. Hoje sabemos que essa era uma forma “majestática” de prestar honra ao rei. Era algo parecido com a expressão “ilustríssimo senhor”, usada em cartas hoje. Será que o senhor para quem se está escrevendo é de fato “ilustríssimo”? Isso corresponde aos fatos? O exemplo dispensa maiores explicações.

Diante disso, há grande chance de os números nem sempre serem usados no sentido literal na Bíblia. Tal elucidação é importante para destacar algumas considerações e lições quanto à interpretação das Escrituras, particularmente levando em conta o exemplo do ano da criação de Adão.

Em primeiro lugar, deve-se evitar leituras imediatistas e simplistas de qualquer texto bíblico. É necessário pesquisa e leitura aprofundada para compreender o significado de um texto. A sinceridade e o coração são insuficientes.

Deve-se sempre considerar que temos a tendência de forçar nossa visão de mundo e a maneira de pensar na leitura do texto bíblico. Isso é problemático, pois impede que ouçamos a Palavra, e faz com que o texto se torne apenas um reflexo do que já pensamos.

As considerações sobre o ano da criação de Adão não nos devem fazer rejeitar a busca da relação devida entre a Bíblia e a história. Se fizermos todos os “descontos possíveis”, pelos relatos bíblicos a cronologia da história da civilização humana deve ter um pouco mais de 10 mil anos. Isso concorda com a história geral, quando consideramos Jericó, Göbekli Tepe, a Suméria, o Egito etc. À luz dos fatos, a Bíblia e a história não apresentam discrepâncias.

Por outro lado, não se pode exigir detalhes que o texto não “promete” em si mesmo. Nós não sabemos exatamente quando Adão foi criado. Os relatos de Gênesis têm elementos históricos, poéticos e preponderantemente teológicos. Se procurarmos o que eles não tinham intenção de revelar e não escutarmos o que eles pretendem ensinar, sairemos perdendo em nossa caminhada.

Infelizmente, muito da discussão popular entre Bíblia, História e Ciência é um equívoco desnecessário.


PERÍODO INTER TESTAMENTÁRIO

 




O período interbíblico, ou período intertestamentário, é o momento histórico que compreende o espaço de tempo entre o Antigo e o Novo Testamento. Na narrativa bíblica passaram-se cerda de quatrocentos anos entre a época de Neemias (quando o livro de Malaquias foi escrito) e o nascimento de Cristo (aproximadamente 433 – 5 a.C.).

Esse período entre os dois testamentos também é chamado por muitos como os “anos de silêncio”. Isso porque durante esse tempo não houve nenhum registro de uma palavra profética da parte de Deus para o povo de Israel.

Entretanto, muitas coisas significativas ocorreram no período interbíblico. Durante esse momento histórico, pode-se dizer que o mundo descrito no Novo Testamento estava em formação. Logo, o conhecimento dos fatos ocorridos durante o período interbíblico é fundamental para um melhor entendimento do contexto histórico do Novo Testamento.

PERÍODO INTERBÍBLICO DE MALAQUIAS A CRISTO

Recuando até o ano de 538 a.C., temos o início do período persa que durou até aproximadamente 330 a.C. Os persas conquistaram os babilônicos que, por sua vez, já haviam conquistado Jerusalém em 568 a.C. Isso acabou resultando no domínio da Pérsia sob os judeus por aproximadamente duzentos anos. Nesse período os judeus foram liderados por sumos sacerdotes, e tinham permissão para seguirem suas práticas religiosas. Nessa mesma época, por volta de 430 a.C., o profeta Malaquias exerceu seu ministério.

Em 333 a.C. foi a vez das tropas persas serem derrotadas por Alexandre o Grande. Então se deu início ao período helenístico que durou entre 330 e 166 a.C. Alexandre tinha a ambição de unificar o mundo com a cultura grega. Em 323 a.C. Alexandre morreu, e seu império foi dividido entre seus generais. Dessa divisão surgiram duas dinastias: a Ptolomaica (no Egito) e a Selêucida (na Síria e na Macedônia). Por mais de cem anos essas dinastias disputaram o controle da Palestina.

Enquanto os ptolomeus estavam no controle, as práticas religiosas dos judeus foram respeitadas. Porém, em 198 a.C., os selêucidas assumiram o poder, o que posteriormente resultou num período dramático e heroico da história judaica. Os primeiros anos foram tranquilos, mas em 175 a.C., quando Antíoco IV Epifânio subiu ao poder, as coisas ficaram muito complicadas. Antíoco IV Epifânio tentou impor um tipo de helenização radical, cometendo grandes atrocidades. Ele tinha o objetivo de acabar de vez com a religião judaica. Entre algumas coisas que ele fez, podemos destacar:

a. Proibiu elementos fundamentais dos costumes judaicos.

b. Tentou destruir todas as cópias da Torá (os cinco livros de Moisés – Pentateuco).

c. Exigiu que o deus grego Zeus fosse cultuado.

d. Sacrificou um porco dentro do Templo de Jerusalém.

A REVOLTA DOS JUDEUS NO PERÍODO INTERBÍBLICO

Matatias, um camponês idoso de família sacerdotal, juntamente com seus cinco filhos, Judas (Macabeu), Jônatas, Simão, João e Eleazar, formaram a liderança da oposição ao governo de Antíoco IV Epifânio. O conflito conhecido como Revolta dos Macabeus, durou vinte e quatro anos (166-142 a.C.). Esse conflito culminou na independência de Judá até 63 a.C. Quando Simão, último dos cinco filhos de Matatias, morreu, a dinastia dos Hasmoneus se transformou também num regime helenista, comparado ao imposto pelos Selêucidas. Entre 103 e 76 a.C., Alexandre Janeu chegou até mesmo a perseguir os fariseus.

Finalmente em 63 a.C. a dinastia dos Hasmoneus chegou ao fim, numa intervenção romana na disputa entre Aristóbulo II e Hircano II, filhos de Janeu. A dominação romana se iniciou de forma muito traumática para os judeus. O general Pompeu, que conquistou o Oriente para Roma, tomou Jerusalém e acabou massacrando sacerdotes e profanando o Lugar Santíssimo, após ter sitiado a área do Templo por cerca de três meses.

A LITERATURA NO PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO

Embora esse período interbíblico tenha sido marcado por turbulências e conflitos, muito material literário foi produzido pelos judeus durante esses anos, desde textos históricos até obras apocalípticas. Certamente as três principais obras desse período foram: a Septuaginta, os Apócrifos e os Manuscritos do Mar Morto.

A Septuaginta é a versão grega do Antigo Testamento, também conhecida pelo algarismo romano LXX. Ela possui esse nome porque, segundo as tradições judaicas, setenta e dois estudiosos teriam se reunido na Ilha de Faros, próximo à cidade de Alexandria, para traduzir o Antigo Testamento para o grego. Isso teria ocorrido num prazo de setenta e dois dias.

Entretanto, acredita-se que apenas a Torá (os cinco livros de Moisés) tenha sido traduzida nesse período. Já os demais livros do Antigo Testamento, juntamente com alguns outros livros não canônicos, foram incluídos na Septuaginta em algum momento antes do início da era cristã.

A Septuaginta se tornou a Bíblia dos judeus fora da Palestina. Isso seu deu principalmente pelo fato de que muitos deles já não falavam mais o hebraico. Posteriormente a Septuaginta também se tornou a Bíblia mais usada pela Igreja Primitiva. Embora a Septuaginta tenha sido produzida por volta de 250 a.C., pode-se dizer que as ações de Alexandre o Grande entre 333 e 323 a.C., quando incentivou os judeus a se mudarem para Alexandria dando-lhes até mesmo alguns privilégios comuns aos cidadãos gregos, preparam o caminho para que esse projeto fosse realizado.

Os Livros Apócrifos também foram escritos nesse período intertestamentário, com exceção de 2 Esdras que, provavelmente, data de 90 d.C. Os chamados “Apócrifos” constituem uma coletânea de livros juntamente com mais alguns acréscimos de textos aos livros canônicos. Por um lado, sem dúvida essa obra possui sua importância como fonte de informação para o estudo do período entre os dois Testamentos. Mas por outro lado, os Livros Apócrifos não apresentam nenhum valor doutrinário, além de conter erros cronológicos e várias ideias conflitantes com os textos canônicos.

Os Manuscritos do Mar Morto são documentos e fragmentos encontrados em 1947 em uma caverna nas colinas da costa sudoeste do Mar Morto. Esse material incluía: livros do Antigo Testamento; alguns dos Apócrifos; livros pseudoepígrafos (textos escritos por autores que se faziam passar por personagens importantes da Antiguidade); obras apocalípticas; e vários outros livros específicos da seita que os produziu.

A sociedade no período intertestamentário

Nesse período entre o Antigo e o Novo Testamento, as grandes mudanças que ocorreram resultaram na sociedade judaica descrita nos tempos de Jesus. Um dos movimentos mais significativos dessa época foi a Diáspora (ou Dispersão). Embora tenha começado no exílio, foi no período interbíblico que a Diáspora realmente ganhou força, espalhando o povo judeu até mesmo para as terras mais longínquas.

Esse período também foi marcado pelo surgimento de grupos políticos e religiosos que foram muito atuantes no primeiro século. Entre esses grupos destacam-se: os saduceus, os essênios e os fariseus.

Foi no período interbíblico que o conceito de Sinagoga se solidificou ainda mais. Durante o período do exílio na Babilônia, o povo de Israel não tinha mais aceso ao Templo, além de ser confrontado por práticas religiosas pagãs que ameaçavam a continuação da religião judaica. Diante dessa realidade os judeus se concentraram em preservar o que possuíam, no caso a Torá e a convicção de que eram o povo de Deus.

Essa forma de culto era fundamentada no estudo da Torá, na piedade pessoal e na oração, como forma de substituir os sacrifícios que não podiam mais ser oferecidos. Logo, o judaísmo podia ser praticado em qualquer lugar onde fosse possível levar a Torá. Esse conceito foi preservado após o exílio, e a reunião em Sinagogas, que eram os locais onde as pessoas se reunião para cultuar a Deus, tornou-se bastante popular.

Abaixo uma linha do tempo com os principais acontecimentos que ocorreram no período entre os Testamentos:

333-323 a.C. | Domínio de Alexandre o Grande.

323-198 a.C. | Os Ptolomeus dominam a Palestina.

320 a.C. | Jerusalém é conquistada por Ptolomeu I Soter.

311 a.C. | Início da dinastia Selêucida.

226 a.C. | Antíoco III conquista a Terra Santa.

223-187 a.C. | Antíoco se torna o governante Selêucida da Síria.

198 a.C. | Antíoco derrota o Egito e obtém o controle da Terra Santa.

198-166 a.C. | Governo dos Selêucidas sobre a Palestina.

175-164 a.C. | Antíoco IV Epífanio governa a Síria e o judaísmo é proibido.

167 a.C. | Matatias e seus filhos lideram a rebelião contra Antíoco IV.

166-160 a.C. | Judas Macabeu lidera.

165 a.C. | Rededicação do Templo.

160-143 a.C. | O sumo sacerdócio é exercido por Jônatas, filho de Matatias.

142-134 a.C. | Simão, filho de Matatias, se torna sumo sacerdote e começa a dinastia dos Hasmoneus.

134-103 a.C. | O estado independente judeu é expandido com João Hircano.

104-103 a.C. | Governo de Aristóbulo.

103-76 a.C. | Governo de Alexandre Janeu.

76-67 a.C. | Governo de Salomé Alexandra, e Hircano II é o sumo sacerdote.

66-63 a.C. | Conflito entre Aristóbulo II e Hircano II.

63 a.C. | Começa o domínio romano, com Pompeu invadindo a Terra Santa.

63-40 a.C. | Governo de Hircano II sob o controle de Roma.

48 a.C. | Júlio César derrota Pompeu.

44 a.C. | Assassinato de Júlio Cesár.

40-37 a.C. | Antígono governa sob os romanos.

37-4 a.C. | Herodes se torna governante da Terra Santa.

27 a.C. | César Augusto (Otaviano) governa o Império Romano.

19 a.C. | A construção do Templo de Herodes é iniciada.

4 a.C. | Herodes morre e Arquelau governa em seu lugar.